Este documento discute a educação no campo no Brasil. Ele fornece um breve histórico da educação rural no país desde a Constituição de 1934 e destaca a diferença entre educação rural e educação do campo, sendo esta última mais contextualizada e voltada para os interesses dos camponeses. Finalmente, defende que a geografia pode contribuir para a educação do campo ao incorporar elementos do cotidiano rural e entender as especificidades do campo.
Educação do e no campo um direito, um dever - ensino de geografia
1. Educação do e no campo:
um direito, Um dever
Equipe:
Ana Èrica, Maria do Socorro, Regina Marta, Ricardo Ferreira,
Rita de Cássia, Rodrigo Sousa
Universidade EstadualVale do Acaraú - UVA
Centro de Ciências Humanas -CCH
Curso de Geografia
Disciplina: Ensino de Geografia
Professora: Dra. Martha Maria Júnior
Data: 22-11-2011
2. Introdução
Todos têm direito de ser educado em seu
lugar onde vive, levando-se em consideração
sua realidade e suas experiências.
Por isso, uma EDUCAÇÃO DO E NO
CAMPO.
Deve levar em consideração ainda, as
necessidades e anseios do povo que a esta
têm direito.
3. Introdução
A cada dia que passa o campo sofre um
enorme avanço tecnológico, as máquinas cada
vez mais, estão presentes, as sementes
modificadas geneticamente, a irrigação. Mas
resta fazermos a pergunta:
Quem realmente está sendo
beneficiado com todos estes
avanços? O homem do campo?
4. Introdução
Mas quando e como realmente
surge a preocupação por uma
educação rural
No Século xx
Por políticas públicas
5. Breve histórico da Educação do
Campo
1934
• Constituição
1946
• Constituição
1964
• Golpe
militar
1988
• Constituição
1996
• LDB
1998
• 1ª CNEBC
Art. 156. A União, os Estados e Municípios
aplicarão nunca menos de dez por cento
e o Distrito Federal nunca menos de
vinte por cento da renda resultante dos
impostos, na manutenção e no
desenvolvimento dos sistemas
educacionais. Parágrafo único. Para
realização do ensino das zonas rurais, a
União reservará, no mínimo, vinte por
cento das cotas destinadas a educação no
respectivo orçamento anual.
6. Breve histórico da Educação do
Campo
Art. 168: III- As empresas
industriais, comerciais e
agrícolas em que trabalham
mais de 100 pessoas são
obrigadas a manter ensino
primário gratuíto para os
seus servidores e para os
filhos destes.
1934
• Constituição
1946
• Constituição
1964
• Golpe
militar
1988
• Constituição
1996
• LDB
1998
• 1ª CNEBC
7. Breve histórico da Educação do
Campo
A educação como mecanismo de conter
movimentos sociais no campo;
Capacitação para o trabalho assalariado.
1934
• Constituição
1946
• Constituição
1964
• Golpe
militar
1988
• Constituição
1996
• LDB
1998
• 1ª CNEBC
8. Breve histórico da Educação do
Campo
Planos para a LDB;
Art. 28. Na oferta da educação
básica para a população rural, os
sistemas de ensino promoverão as
adaptações necessárias a sua
adequação, às peculiaridades da
vida rural e de cada região [...].
Primeiras idéias por uma Ed. Do
Campo.
1934
• Constituição
1946
• Constituição
1964
• Golpe
militar
1988
• Constituição
1996
• LDB
1998
• 1ª CNEBC
9. Breve histórico da Educação do
Campo
Reconhecimento à pluralidade
sociocultural, como também o
respeito às diferenças e às
igualdades.
Mas na prática, o objetivo da
educação rural ainda é
simplesmente alfabetizar o
homem do campo.
1934
• Constituição
1946
• Constituição
1964
• Golpe
militar
1988
• Constituição
1996
• LDB
1998
• 1ª CNEBC
10. Breve histórico da Educação do
Campo
1ª Conferência Nacional Por uma
Educação Básica do Campo:
EDUCAÇÃO DO CAMPO;
Educação voltada aos interesses dos
camponeses e dos movimentos sociais;
Valorização do lugar, dos
trabalhadores, das tradições e dos
costumes.
1934
• Constituição
1946
• Constituição
1964
• Golpe
militar
1988
• Constituição
1996
• LDB
1998
• 1ª CNEBC
11. Educação do Campo X Educação Rural
Educação Rural
Ao longo da história as oligarquias
rurais dominaram todas as esferas,
inclusive a política, moldando a
sociedade camponesa às suas
necessidades. (exclusão edesigual-
dade)
“Para a escolinha rural qualquer
coisa serve”
A escola rural sob um modelo
urbano (o urbano superior ao rural).
A perca de identidade, estimulada
pelo preconceito ao que é campo.
12. Educação do Campo X Educação Rural
Educação do Campo
Educação que deve ser discutida,
construida e reinvidicada pela
população rural;
Buscar a materialização das
políticas publicas;
CONTEXTUALIZADA;
Busca da dignidade e
enfevercimento da didentidade e
orgulho do homem do campo.
13. As contribuições da Geografia para a Educação
do Campo
O ensino seguia uma
tendência nacionalista e
funcionava como mais
um mecanismo de
atuação do estado, de
modo a cercear os
movimentos sociais que
questionassem o sistema
de governo.
14. As contribuições da Geografia para a Educação
do Campo
São elementos do cotidiano que devem ser
inseridos á realidade dos alunos, de modo que
haja uma interação dialética entre a Geografia
na sala de aula e a realidade dos educandos,
motivando e, conseqüentemente, melhorando a
compreensão e assimilação critica dos alunos.
15. As contribuições da Geografia para a Educação
do Campo
Acreditamos que a educação do campo é fundamental
para diminuir a desigualdade social no Brasil, pois ela
alimenta sonhos e expectativas, capacita e orienta essa
população para a vida digna e produtiva no campo,
principalmente se for pensada pedagogicamente ligada
ao “sujeitos concreto”, ou seja [...] uma educação do
povo do campo e não apenas com ele, nem muito
menos para ele
16. As contribuições da Geografia para a Educação
do Campo
Entender as especificidades do campo como sendo
a expressão de um povo que constrói e reconstrói
seu espaço geográfico é um importante começo
para o ensino de Geografia colaborar, de forma
criticam dentro do novo projeto de educação do
campo, contemplando as reais necessidades de
uma população camponesa em movimento.
17. Assentamento
Com o tema assentamento, o professor de
Geografia pode trabalhar a questão do território
que se explica na própria conquista da terra.
Pode ser trabalhada a cartografia do assen-
tamento.
18. Salas multiseriadas
Segundo AROYO, a palavra multisseriada
significa várias séries.
A multisseriação segue a mesma lógica da
seriação, o planejamento.
Quanto à espacialidade é bastante complexo
para o profissional da educação multisseriada.
Há acumulo de tarefas exercidas pelo professor
que assume classes multisseriadas.
Há precariedade com a ausência do material
pedagógico, e a estrutura física é inadequada
quanto aos prédios escolares.
19. Educação Rural e Modernidade
Ao refletir o paradigma da
educação rural percebemos a
relação estreita entre este
paradigma e o paradigma
moderno.
O ensino para as populações
rurais teria objetivo bem
definido como a domesticação,
alienação, reprodução de
ideologia ruralista e a
inferiorizarão.
A própria idéia de escola que
temos está estritamente ligada
à modernidade
20. Conclusões
Defendemos, portanto, uma educação que se
ocupe da realidade do aluno, busque na
história de seus povos, a fundamentação para
a formentação dos seus sentimentos de
pertencimento e identidade com o lugar em
que vive. Da Geografia, exigimos, não menos,
que o compromisso com uma educação
paltada nos seus conhecimentos científicos,
mas que não desconsidere a referida
realidade dos seus alunos.
21. ALVES, W.G; MAGALHÃES, S.M.F. O Ensino de Geografia
nas Escolas do Campo: Reflexões e Propostas. Sobral:
Revista da Casa da Geografia de Sobral, v. 10, n.1, p. 79-91,
2008.
PINHEIRO, Maria do Socorro Dias. A concepção de
educação do campo no cenário das políticas publicas
da sociedade brasileira. In: ANPAE, 2007, Rio Grande do
Sul. Por uma Educação de qualidade para todos. Rio Grande
do Sul: UFRGS, 2007.
CORDEIRO, Tássia Gabriele Balbi de Figueiredo. Ensino de
Geografia, Educação Rural e Educação do Campo:
Modernidade, Subalternidade e Resistência. Rio de
Janeiro: UERJ, 2010.
Referências Bibliográficas: