O documento descreve a arte e a cultura brasileira durante a ditadura militar de 1964 a 1968, quando a arte atuou como resistência política, e de 1968 em diante, quando passou a agir de forma metafórica e marginal devido à censura. Apresenta os principais movimentos artísticos como a Tropicália e o Cinema Novo, assim como os principais artistas da época.
1. Arte e a Ditadura
Militar
no Brasil
Prof
Rodrigo Retka
2. Antecedentes e início
• Aumento do consumo.
• Padrões de vida norte-americano.
• Difusão da Pop e da Op Art no país.
• Retorno da figuração, Nova Figuração.
• Grupos artísticos atuantes:
• Figuração Fantástica – José Roberto
Aguilar.
• Popcreto – Waldemar Cordeiro e Augusto
de Campos.
• Arteônica – Waldemar Cordeiro.
• Grupo Rex – Geraldo de Barros, Wesley
Duke Lee e Nelson Leirner.
• Eventos de destaque:
• Opinião 65 – Jean Boghici.
• Nova Objetividade Brasileira – Hélio
Oiticica.
• Música como elemento de diversidade,
representada principalmente pela
Bossa Nova e MPB.
• Golpe Militar:
• De 1964 até 1968 – A arte age como
resistência política e abertamente
engajada.
• 1968 – Com o Ato Institucional 5 (AI – 5) a
arte passa a atuar de maneira metafórica e
marginal.
3. Waldemar Cordeiro – A mulher que não era B.B.
(1971)Antonio Dias – Recortes (1967)
5. Wesley Duke Lee - O Guardião; a Guardiã; as
Circunstâncias (tríptico composto de O Guardião, O
Cadeado e A Guardiã – 1966) Hélio Oiticica – Seja Marginal Seja Herói (1968)
7. Bossa Nova
• 1950;
• Samba Canção e Jazz;
• Ligada a classe média da Zona Sul
carioca.
• Temas ligados a boêmia, natureza e
ao amor.
• Nova interpretação para elementos
já tradicionais da música.
• Ritmo leve e tranquilo, cantado de
maneira intimista e sutil.
• Destaque internacional.
• Principais artistas:
• Nara Leão;
• João Gilberto;
• Ary Barroso;
• Tom Jobim;
• Vinicius de Moraes.
• MPB:
• Se desenvolve principalmente após a
Bossa Nova (1966), mais engajada
politicamente, mas muito influenciada
pela estilo anterior. Chico Buarque e
Elis Regina são grandes exemplos da
MPB da época.
9. Tropicália
• 1967: III Festival de Música Popular Brasileira.
• Renovação da cultura nacional.
• União do tradicional e da vanguarda.
• Mistura de ritmos e estrangeirismo.
• Guitarras elétricas.
• Subversão de valores burgueses.
• Pop Art.
• Antropofagia.
• 1968: “Tropicália ou Panis et Circencis”
• Principais artistas:
• Caetano Veloso;
• Gilberto Gil;
• Nara Leão;
• Gal Costa;
• Os Mutantes (Arnaldo Batista, Sérgio Dias e Rita
Lee);
• Tom Zé;
• Rogério Duprat;
• Capinan;
• Hélio Oiticica;
• Rubens Gerchman;
• Carlos Vergara;
• Glauber Rocha.
10. Os Mutantes - Tropicália ou Panis Et Circencis (1968)
11. Pós AI – 5
• Censura;
• Artistas agindo sob vigilância.
• Artistas marginais.
• Arte metafórica para driblar a censura.
• Arte Conceitual (Performances e
Intervenções).
• Músicas com duplo sentido.
• Quadrinhos e charges políticas:
• Meio marginal, muitas vezes anônimo e
independente;
• Ziraldo, Millôr Fernandes, Carlos Zéfiro,
Edgar Vasques e Laerte Coutinho.
• Grafites e Pichações.
• Exemplos de artistas atuantes no
momento:
• Artur Barrio;
• Cildo Meireles;
• Rubens Gerchman;
• Hélio Oiticica;
• Ziraldo;
• Chico Buarque;
• Raul Seixas;
• Secos e Molhados;
• Novos Baianos.
12. Artur Barrio – Situação TE (Trouxas ensanguentadas – 1970)
13. Cildo Meireles – Inserções em circuitos ideológicos 1: Projeto Coca-Cola (1970 - 71)
14. Cildo Meireles – Inserções em circuitos ideológicos 3: Projeto cédula (1970)
17. • Novos produtores cinematográficos
queriam mais espaço e mais
independência na produção nacional a
partir dos anos de 1950.
• Influenciados pelos Neorrealistas
Italianos e a Nouvelle Vague Francesa.
• Cinema objetivo, de caráter crítico e
social.
• Filmes rodados em locações reais,
buscando naturalismo e realismo.
• Folclore nacional e temas populares.
• Avanços técnicos e desconstrução de
clichês.
• Durante a Ditadura assumiu papel de
resistência e foi influenciado pelo
Tropicalismo.
• Principais artistas:
• Glauber Rocha;
• Nelson Pereira dos Santos;
• Alex Viany;
• Roberto Santos;
• Anselmo Duarte;
• Joaquim Pedro de Andrade.
Cinema Novo:
“Uma câmera na mão e Uma ideia na cabeça”
18. Anselmo Duarte – O Pagador de Promessas (1962) Glauber Rocha – Deus e o Diabo na Terra do Sol (1963)