O documento descreve o vírus Ebola, incluindo sua história, sintomas, transmissão e surtos na África. O Ebola foi detectado pela primeira vez em 1976 no Sudão e Congo e é transmitido através do contato com fluidos corporais de pessoas infectadas. Surtos recentes na África Ocidental causaram quase 5.000 mortes.
1. Vírus Ebola
A febre hemorrágica Ebola ou (FHE) é a
doença humana provocada pelos vírus do
Ebola.
Atualização dos dados (10/11/2014)
2. Introdução
Existem cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo,
Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados
a partir das regiões onde foram detectados. É uma das
doenças mais mortais já identificadas, se contraída por
humanos. Trata-se de um vírus altamente infeccioso,
com taxas de mortalidade que variam entre 25% e 90%,
dependendo da sua origem.
3. História
Foi detectado pela primeira vez em 1976, em surtos
simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na Congo,
em uma região situada próximo ao Rio Ebola, que dá nome à
doença. Logo que surgiu, o vírus foi diagnosticado em 318
pessoas no Zaire — atualmente Congo — e em 284 pessoas
no Sudão. Na época, destes 602 casos, 436 morreram.
4. Vírus
Ebola é um vírus altamente infeccioso, que ainda não
possui cura, sendo assim, extremamente mortal.
Morcegos frugívoros são considerados os hospedeiros
naturais do vírus Ébola.
5. Sintomas
A doença é frequentemente caracterizada pelo início
repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de
cabeça e inflamação na garganta. Isso é seguido por
vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções
hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento
interno e externo.
6. Inundação de citoquinas
Inundação de citoquinas: Células imunológicas entram
em colapso espalhando citoquinas (proteínas das
células que causam inflamação), atingindo ainda mais
o sistema imunológico.
7. Choque séptico
As células infectadas se desligam dos vasos,
causando extensas hemoragias. A perda de sangue
leva à insuficienia renal e hepática.
8. Infecção
O genoma do Ebola contém quatro genes que
impedem as células dendríticas-de pele, nariz, pulmão
e sistema digestivo - de enviarem mensagens para
alerta o sistema imunológico.
9. Transmissão por infectados
O contato com sangue, saliva e outros fluídos
corporais do infectado, também é uma porta de
entrada para o vírus.
10. Cronologia do vírus
Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a
exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda
apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados,
soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e
engolir.
11. Casos da doença
Nunca houve casos da doença em humanos fora do
continente africano até 06/10/2014. As populações africanas
são infectadas em alto número, devido à cultura das aldeias,
onde as famílias tem o costume de lavar o corpo dos mortos
de forma manual, antes do enterro. Assim, o indivíduo morto
pelo Ebola, transmite o vírus a todos aqueles que tiverem
contato com o corpo.
12. Primeiro caso fora da África
Teresa Romero estava na equipe que cuidou de dois
missionários infectados com a febre hemorrágica na África,
que haviam sido repatriados à Espanha nos dias 8 de agosto e
22 de setembro. Ambos os religiosos morreram poucos dias
depois de sua repatriação. A espanhola superou a doença 15
dias depois de sua internação, em 6 de outubro, embora tenha
manifestado os primeiros sintomas em 29 de setembro.
13. Contenção do vírus
Para conter o vírus, é necessário isolar o grupo que
apresentar os sintomas, embora a infecção dependa de
um contato muito próximo para ser transmitida a outra
pessoas. O fim de um surto do Ebola só é declarado
oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum
novo caso confirmado.
14. Tratamento
Ainda não há um tratamento ou vacina específica para
conter o Ebola. Por enquanto, os profissionais de
saúde limitam-se à hidratação dos pacientes,
manutenção dos níveis de oxigênio e pressão
sanguínea, além do tratamento de possíveis infecções.
15. Droga experimental
Nancy e Brantly foram trazidos da Libéria em agosto e foram
tratados em uma unidade de isolamento do hospital. Os dois
receberam uma droga experimental para tratar Ebola
chamada ZMapp, produzida por uma pequena empresa
californiana, para combater a doença mortal. "Francamente,
não sabemos se os ajudou, se não fez diferença ou se
teoricamente atrasou sua recuperação", disse o médico
Ribner, sobre a droga Zmapp.
16. Vacina experimental
A clínica UKE testará em humanos, pela primeira vez na
Alemanha, uma vacina contra o ebola, já testada com
sucesso em animais e que está sendo estudada também nos
Estados Unidos. A clínica universitária indicou que a vacina
rVSV-ZEBOV será testada durante os próximos seis meses,
inicialmente em 30 voluntários, as primeiras doses foram
aplicadas em novembro.
17. Conclusão da vacina
Se todas as fases de testes terminarem com sucesso,
a expectativa é poder utilizar a vacina a partir do
quarto trimestre de 2015, informou uma porta-voz da
UKE.
18. Numero de mortos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou nesta
sexta-feira (7) um novo balanço da epidemia do vírus
ebola, que já causou 4.960 mortes em oito países, de
um total de 13.268 casos registrados até 4 de
novembro.
● Libéria registrou 6.619 casos e 2.766 mortos.
● Em Serra Leoa, a OMS contabiliza 1.130 mortos
entre 4.862 casos declarados.
● Na Guiné, foram registrados 1.760 casos e 1.054
mortos.
19. Risco mundial
o público em geral não está em alto risco de infecção.
Porém, a OMS mobilizou centenas de médicos extras
como parte de uma ajuda de emergência aos países
afetados. Também há um reforço no cordão sanitário
nas fronteiras desses países. O auxílio foi avaliado em
mais de R$ 200 milhões.
20. Prevenção no Brasil
Pela rotina, a tripulação é orientada a encaminhar aos
agentes sanitários instalados em portos e aeroportos
brasileiros pessoas que apresentem sintomas de
doenças não identificadas. Depois do desembarque, o
viajante é encaminhado para uma área remota e, então,
é avaliado por profissionais de saúde.
21. Outos países
A comunidade internacional também se manifestou
sobre o tema. O governo britânico realizou, na quarta-feira
(06/08/2014), uma reunião de emergência para
avaliar a ameaça. A União Europeia enviou uma ajuda
financeira de 2 milhões de euros. Já os EUA pediu para
os Americanos não viajarem para países afetados pela
doença.