O documento descreve um projeto realizado no interior do Rio Grande do Sul que utilizou metodologias participativas e educativas para prevenir acidentes domésticos com crianças. Oficinas foram realizadas separadamente com crianças e pais usando músicas, dramatizações e dinâmicas para discutir os riscos e como preveni-los. A pesquisa concluiu que essa abordagem mobilizou os participantes e pode transformar as concepções sobre a prevenção de acidentes.
2. Introdução
Realizado no interior do RS;
Prevenir acidentes domésticos com
crianças;
Alta relevância frente a potencialidade
dos resultados;
Atuar de forma diferenciada utilizando-
se da participação comunitária;
Abordagem de metodologias
participativas e inovadoras.
3. Metodologias
PCA – Pesquisa Convergente-
Assistencial;
Sete teses sobre a educação sanitária
para a participação comunitária;
Plano do trabalho estudado.
4. Metodologias - PCA
Abordagem inovadora de investigação
científica;
Processo associativo da abordagem de
pesquisa e prática;
Pesquisa como parte integrante na vida
profissional;
Interpretar e descrever a complexidade
da vida social no seu contexto subjetivo
histórico, cultural e interacional;
Envolvimento do pesquisador também
na assistência;
5. Metodologias - PCA
Interesses em inserir-se no campo de
prática assistencial;
Construção de um conhecimento novo e
que renove práticas assistenciais no
campo estudado;
Forte a contribuição da PCA na
humanização da assistência à saúde;
Implica o compromisso de beneficiar o
contexto assistencial durante o
processo investigativo,ao mesmo tempo
em que se beneficia;
6. Metodologias - PCA
O contexto da prática assistencial
suscita inovação, alternativas de
solução, renovando práticas;
Comprometimento dos profissionais em
incluir a pesquisa nas suas atividades
assistenciais, pela união do saber-
pensar ao saber-fazer.
7. Metodologias - “Sete Teses”
Princípios:
“É necessário conhecer e contar com o ser
humano.”
Premissas:
○ quot;Só conhecendo o indivíduo e suas
circunstâncias é possível uma ação eficiente
e permanente em saúde“;
○ quot;Ninguém pode cuidar da saúde de outro se
este não quer fazê-lo por si próprio”.
8. Metodologias - “Sete Teses”
Teses:
○ “I - Não há um que sabe e outro que não sabe, mas dois
que sabem coisas distintas”;
“II - A educação não ocorre só nos programas
○
educacionais, mas em toda o ação sanitária”;
“III - A ignorância não é um vazio a ser preenchido, mas
○
um cheio a ser transformado”;
“IV - A educação deve ser dialogada e participativa”;
○
“V - A educação deve reforçar a confiança das pessoas em
○
si mesmas”;
“VI - A educação deve procurar reforçar o modelo de
○
conhecimento: esforço – recompensa”;
“VII - A educação deve fomentar a responsabilidade
○
individual e a cooperação coletiva”.
Retirado de Sete teses sobre a educação sanitária para a participação comunitária
de Roberto Briceño-León
9. Metodologias - Aplicação
Abordagem qualitativa;
Aprovação em comitê de Ética;
Apoio da gestão de saúde;
Desenvolvido em duas Etapas;
Subdivididas em quatro encontros;
Abrangendo:
○ Profissionais de Saúde (elaboração);
○ Comunidade (aplicação);
Uso de Diário de Campo.
10. Oficinas - Crianças
Linhas gerais:
Momento de interação com as crianças;
Mobilização de discussões sobre a
prevenção de acidentes infantis (objetivo);
Realizado em quatro momentos.
Ferramentas Educacionais:
Música “a lição do Sapeca”;
Dramatização da música;
Dinâmica da “Casa Simulada”;
Dinâmica “O que é isto?”.
11. Oficinas - Crianças
Música “A lição do Sapeca” (1º Momento):
Acidentes domésticos mais freqüentes (tema):
○ Quedas;
○ Queimaduras;
○ Intoxicações.
Interpretação da Música (2º Momento):
Realizada pelos membros da equipe de saúde
que observaram nas crianças:
○ Indícios de aprendizado;
○ Estabelecimento de relações com suas vivências.
12. Oficinas - Crianças
Dinâmica “O que é isto?” (3º Momento):
Utilização de embalagens;
Percepção das crianças do risco de acidentes.
Conclusões:
○ Freqüência do contato com produtos perigosos;
○ Intenso desejo de colocar na boca as coisas
pequenas;
○ Vulnerabilidade quando estão com fome;
○ Uso de embalagens descartáveis para armazenar
produtos tóxicos aumenta o risco de intoxicação
exógena;
13. Oficinas - Crianças
Avaliação (4º Momento):
Reflexão sobre a oficina;
Tecer relações com vivências anteriores;
Desenhos:
○ Associam os dizeres da música à prevenção
de acidentes;
○ Demonstram situações rotineiras de perigo
em domicílio.
14. Oficinas - Pais
Foi planejada e desenvolvida pela equipe de
saúde;
Objetivo de refletir sobre o papel dos pais na
construção da prevenção de acidentes
domésticos;
A equipe de saúde construiu um ambiente
acolhedor para recepcionar os pais;
Primeiro foi desenvolvido a dinâmica “O que
é isto?”;
No segundo momento da oficina foi
realizada a dinâmica da “Casa simulada”;
15. Oficinas - Pais
A equipe de saúde, ao analisar os resultados,
constatou que é possível estabelecer a
construção da participação comunitária por meio
da educação em saúde;
Foram revelados indícios de aprendizagem;
Interação dos participantes nas reflexões;
Comunicação dos profissionais de saúde e
participantes;
Identificação de potencialidades individuais e
coletivas;
Sem participação de pais(homens);
Houve consenso de que esta realidade
domiciliar pode ser transformada.
16. Conclusão
“Construção e aplicação de Sensibilização – Reflexão;
estratégias educativas
Compartilhamento de sabres;
criativas”;
Construção de novas
“Mobilização e
concepções;
comprometimento dos
Participação e co-
participantes”;
responsabilização gerando
“Componente lúdico”;
protagonismo.
Educação em Saúde.
Superação do modelo rígido
verticalizado pelo modelo de
17. “...desenvolvimento não é
dinheiro, nem máquinas, é o
ser humano, é uma
sociedade forjando um
destino conforme seus
valores, seus gostos e suas
possibilidades históricas.”
(Briceño-León, 1991)