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RESUMO DAS CONDICIONANTES PARA MANUTENÇÃO DO
EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DOS CONTRATOS D
CONCESSÃO DO TRANSPORTE COLETIVO DO MUNICÍPIO DO
RIO DE JANEIRO
O Contrato de Concessão do Serviço Público de Transporte Coletivo de
Passageiros por Ônibus do Rio de Janeiro prevê os seguintes mecanismos
para manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da Concessão:
 reajuste anual das tarifas,
 revisão das tarifas,
 revisão do Equilíbrio Econômico-Financeiro do Contrato
REAJUSTE ANUAL DAS TARIFAS
O valor das tarifas será reajustado anualmente ou na periodicidade que for
fixada na legislação, com base em fórmula paramétrica, que leva em
consideração índices econômicos e respectivos percentuais de participação,
demonstrado no quadro abaixo.
FORMULA PARAMÊTRICA
ITENS INDICE
ECONÔMICO
PARTICIPAÇÃO
ÓLEO
DIESEL
Coluna 54 da FGV 21%
RODAGEM Coluna 25 da FGV 3%
VEÍCULO Coluna 14 da FGV 25%
MÃO DE
OBRA
INPC 45%
OUTRAS
DESPESAS
INPC 6%
REVISÃO DAS TARIFAS E DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO
DO CONTRATO
Uma vez decorrido o prazo de 12 (doze) meses do início da operação dos
serviços, o PODER CONCEDENTE realizará o processo de revisão da tarifa
com o objetivo de rever seu valor em função da produtividade e eficiência na
prestação dos serviços pela CONCESSIONÁRIA.
Pc = Po 𝒙 ( 0,21
𝑂𝐷𝑖
𝑂𝐷𝑜
+ 0,03
𝑅𝑂𝑖
𝑅𝑂𝑜
+ 0,25
𝑉𝐸𝑖
𝑉𝐸𝑜
+ 0,45
𝑀𝑜
𝑀𝑜 𝑖
+ 0,06
𝐷𝐸𝑖
𝐷𝐸𝑜
)
2
Novos processos de revisão da tarifa serão realizados a cada período de 4
(quatro) anos,
O processo de revisão do Contrato de Concessão somente ocorrerá nos casos
em que a ocorrência de eventos relacionados no Contrato venha resultar em
variação do fluxo de caixa projetado do empreendimento, de modo a reduzir ou
majorar a TIR (Taxa Interna de Retorno), declarada pela Concessionária em
sua proposta comercial.
O processo de revisão das tarifas e/ou do Equilíbrio Econômico-Financeiro do
Contrato, consiste em apurar os custos, receitas operacionais e valores
investidos já realizados no sistema, estimar os respectivos valores para os
anos restantes do Contrato de Concessão e assim apurar o valor da TIR,
comparando-a com a do Contrato.
Ocorrendo variações na análise comparativa da TIR deverão ser
implementados mecanismos para reequilíbrio do sistema.
Neste processo são realizadas as etapas e procedimentos de cálculo descritos
a seguir.
DETALHAMENTO DO PROCESSO DE REVISÃO
1ª ETAPA – Dimensionamento dos custos envolvidos na prestação do
serviço.
Nesta etapa é necessário apurar os dados e custos operacionais do sistema.
1.1. DADOS OPERACIONAIS – em função do padrão de serviço definido
pelo Poder Concedente são levantadas: a quilometragem realizada
pelos veículos, composição da frota por ano de fabricação e modelos
dos veículos.
Estes dados são extraídos pelo sistema de bilhetagem eletrônica que
controla diariamente a operação dos veículos nas linhas.
1.2. PLANILHA DE CUSTOS – para cálculo dos custos é adotado uma
estrutura de planilha de custos padrão que divide os itens em dois
grupos básicos:
 Custos Variáveis do transporte – são os que dependem da
quilometragem percorrida pela frota, como o combustível,
rodagem, lubrificantes, pecas e acessórios.
 Custos Fixos – são os que independem da quilometragem
percorrida, como as despesas com pessoal de operação e
manutenção, despesas administrativas, despesas com Sistema
Inteligente de Transporte, Sistema de Controle e Monitoramento
da Frota, seguros e depreciação do veiculo.
3
Para cada item de custo são adotados coeficientes de consumo (como
por exemplo – consumo de óleo diesel e vida útil dos pneus), parâmetros
e métodos de cálculo (como por exemplo – quantitativo e horas
trabalhadas pelos motoristas e cobradores, encargos sociais
trabalhistas), bem como os preços dos insumos utilizados.
2ª ETAPA – Dimensionamento da receita bruta e líquida gerada na
prestação do serviço de transporte
Nesta etapa a receita total do sistema é separada nos seguintes grupos, em
função dos impostos incidentes:
2.1. RECEITA TARIFÁRIA – levantada com base no número de passageiros
transportados, forma de pagamento (em dinheiro ou cartão eletrônico) e
os valores tarifários efetivamente pagos pelos usuários do sistema
(passagem inteira, com desconto das integrações (BUC e BU) e das
gratuidades legais existentes).
Estes dados são obtidos através do Sistema de Bilhetagem Eletrônica
instalado nos veículos do Sistema de transporte.
3ª ETAPA – Fluxo de Caixa da Concessão e a Taxa interna de retorno - TIR
O fluxo de caixa é um recurso fundamental para os gestores analisarem a
movimentação financeira (as entradas e saídas de recursos financeiros)
durante o período de vigência do Contrato de Concessão.
O fluxo de caixa da Concessão considera as ENTRADAS DE CAIXA e as
SAIDAS de CAIXA, da seguinte forma:
3.1. ENTRADAS DE CAIXA
 Resultado Líquido – é a receita liquida deduzindo-se os custos
operacionais e de manutenção, além da depreciação.
 Valores não desembolsáveis – valores anuais referente a depreciação
da frota
3.2. SAÍDAS DE CAIXA
 Investimento – valor investido na compra de veículos, garagens e nos
sistemas inteligentes de transportes, monitoramento e controle da frota.
3.3. SALDO DE CAIXA – resultante da diferença entre as entradas e as saídas
de caixa.
4
Com base no fluxo de caixa dimensionado calcula-se a Taxa interna de retorno
TIR, definida como sendo a taxa de juros que faz com que dois conjunto de
capitais (um de entradas de caixa e outro de Saídas de caixa) tenham o
mesmo valor atual. A TIR representa a taxa de lucratividade do
Concessionário.
Em seguida, compara-se o valor da TIR calculada com a estabelecida no
Contrato de Concessão. Ocorrendo variações na análise comparativa da TIR
deverão ser implementados mecanismos para reequilíbrio econômico-
financeiro do Contrato, são eles:
 reajuste das tarifas;
 revisar o subsidio extratarifário;
 revisar a carga tributária incidente tanto sobre a receita quanto sobre os
preços dos insumos utilizados pelo setor;
 revisar o prazo da Concessão.
Estes mecanismos poderão ser adotados individualmente ou em conjunto.

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Resumo das condicionantes para equilíbrio dos contratos

  • 1. 1 RESUMO DAS CONDICIONANTES PARA MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DOS CONTRATOS D CONCESSÃO DO TRANSPORTE COLETIVO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO O Contrato de Concessão do Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Rio de Janeiro prevê os seguintes mecanismos para manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da Concessão:  reajuste anual das tarifas,  revisão das tarifas,  revisão do Equilíbrio Econômico-Financeiro do Contrato REAJUSTE ANUAL DAS TARIFAS O valor das tarifas será reajustado anualmente ou na periodicidade que for fixada na legislação, com base em fórmula paramétrica, que leva em consideração índices econômicos e respectivos percentuais de participação, demonstrado no quadro abaixo. FORMULA PARAMÊTRICA ITENS INDICE ECONÔMICO PARTICIPAÇÃO ÓLEO DIESEL Coluna 54 da FGV 21% RODAGEM Coluna 25 da FGV 3% VEÍCULO Coluna 14 da FGV 25% MÃO DE OBRA INPC 45% OUTRAS DESPESAS INPC 6% REVISÃO DAS TARIFAS E DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO CONTRATO Uma vez decorrido o prazo de 12 (doze) meses do início da operação dos serviços, o PODER CONCEDENTE realizará o processo de revisão da tarifa com o objetivo de rever seu valor em função da produtividade e eficiência na prestação dos serviços pela CONCESSIONÁRIA. Pc = Po 𝒙 ( 0,21 𝑂𝐷𝑖 𝑂𝐷𝑜 + 0,03 𝑅𝑂𝑖 𝑅𝑂𝑜 + 0,25 𝑉𝐸𝑖 𝑉𝐸𝑜 + 0,45 𝑀𝑜 𝑀𝑜 𝑖 + 0,06 𝐷𝐸𝑖 𝐷𝐸𝑜 )
  • 2. 2 Novos processos de revisão da tarifa serão realizados a cada período de 4 (quatro) anos, O processo de revisão do Contrato de Concessão somente ocorrerá nos casos em que a ocorrência de eventos relacionados no Contrato venha resultar em variação do fluxo de caixa projetado do empreendimento, de modo a reduzir ou majorar a TIR (Taxa Interna de Retorno), declarada pela Concessionária em sua proposta comercial. O processo de revisão das tarifas e/ou do Equilíbrio Econômico-Financeiro do Contrato, consiste em apurar os custos, receitas operacionais e valores investidos já realizados no sistema, estimar os respectivos valores para os anos restantes do Contrato de Concessão e assim apurar o valor da TIR, comparando-a com a do Contrato. Ocorrendo variações na análise comparativa da TIR deverão ser implementados mecanismos para reequilíbrio do sistema. Neste processo são realizadas as etapas e procedimentos de cálculo descritos a seguir. DETALHAMENTO DO PROCESSO DE REVISÃO 1ª ETAPA – Dimensionamento dos custos envolvidos na prestação do serviço. Nesta etapa é necessário apurar os dados e custos operacionais do sistema. 1.1. DADOS OPERACIONAIS – em função do padrão de serviço definido pelo Poder Concedente são levantadas: a quilometragem realizada pelos veículos, composição da frota por ano de fabricação e modelos dos veículos. Estes dados são extraídos pelo sistema de bilhetagem eletrônica que controla diariamente a operação dos veículos nas linhas. 1.2. PLANILHA DE CUSTOS – para cálculo dos custos é adotado uma estrutura de planilha de custos padrão que divide os itens em dois grupos básicos:  Custos Variáveis do transporte – são os que dependem da quilometragem percorrida pela frota, como o combustível, rodagem, lubrificantes, pecas e acessórios.  Custos Fixos – são os que independem da quilometragem percorrida, como as despesas com pessoal de operação e manutenção, despesas administrativas, despesas com Sistema Inteligente de Transporte, Sistema de Controle e Monitoramento da Frota, seguros e depreciação do veiculo.
  • 3. 3 Para cada item de custo são adotados coeficientes de consumo (como por exemplo – consumo de óleo diesel e vida útil dos pneus), parâmetros e métodos de cálculo (como por exemplo – quantitativo e horas trabalhadas pelos motoristas e cobradores, encargos sociais trabalhistas), bem como os preços dos insumos utilizados. 2ª ETAPA – Dimensionamento da receita bruta e líquida gerada na prestação do serviço de transporte Nesta etapa a receita total do sistema é separada nos seguintes grupos, em função dos impostos incidentes: 2.1. RECEITA TARIFÁRIA – levantada com base no número de passageiros transportados, forma de pagamento (em dinheiro ou cartão eletrônico) e os valores tarifários efetivamente pagos pelos usuários do sistema (passagem inteira, com desconto das integrações (BUC e BU) e das gratuidades legais existentes). Estes dados são obtidos através do Sistema de Bilhetagem Eletrônica instalado nos veículos do Sistema de transporte. 3ª ETAPA – Fluxo de Caixa da Concessão e a Taxa interna de retorno - TIR O fluxo de caixa é um recurso fundamental para os gestores analisarem a movimentação financeira (as entradas e saídas de recursos financeiros) durante o período de vigência do Contrato de Concessão. O fluxo de caixa da Concessão considera as ENTRADAS DE CAIXA e as SAIDAS de CAIXA, da seguinte forma: 3.1. ENTRADAS DE CAIXA  Resultado Líquido – é a receita liquida deduzindo-se os custos operacionais e de manutenção, além da depreciação.  Valores não desembolsáveis – valores anuais referente a depreciação da frota 3.2. SAÍDAS DE CAIXA  Investimento – valor investido na compra de veículos, garagens e nos sistemas inteligentes de transportes, monitoramento e controle da frota. 3.3. SALDO DE CAIXA – resultante da diferença entre as entradas e as saídas de caixa.
  • 4. 4 Com base no fluxo de caixa dimensionado calcula-se a Taxa interna de retorno TIR, definida como sendo a taxa de juros que faz com que dois conjunto de capitais (um de entradas de caixa e outro de Saídas de caixa) tenham o mesmo valor atual. A TIR representa a taxa de lucratividade do Concessionário. Em seguida, compara-se o valor da TIR calculada com a estabelecida no Contrato de Concessão. Ocorrendo variações na análise comparativa da TIR deverão ser implementados mecanismos para reequilíbrio econômico- financeiro do Contrato, são eles:  reajuste das tarifas;  revisar o subsidio extratarifário;  revisar a carga tributária incidente tanto sobre a receita quanto sobre os preços dos insumos utilizados pelo setor;  revisar o prazo da Concessão. Estes mecanismos poderão ser adotados individualmente ou em conjunto.