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Escola Técnica Geração
Turma: E214B
Educadora: Psicóloga Ana
Eixo: Saúde mental
Alunos: Ana Paula, Amanda Carneiro, Claci
Leticia, Merlei Mara, Ricardo Pereira.
Itajai, Fevereiro de 2016.
Maconha
• A maconha é originária da África. No entanto, talvez a mais antiga
referência à planta e a seu uso como medicamento esteja no
primeiro herbário construído no mundo, uma coleção de plantas
de um imperador chinês, e num livro de Medicina escrito na China
no ano 7000 A.C.
• Na época das Cruzadas, espalhou-se a crença de que a maconha ou
haxixe que os muçulmanos fumavam geraria a agressividade com
que combatiam os cristãos que queriam libertar Jerusalém.
• O primeiro registro sobre o uso da maconha em nossa língua data
de 1564 e foi escrito por um português. Um sultão, parece que
amigo de Martin Afonso de Souza, contou-lhe que, quando queria
ir à Pérsia, à China ou ao Brasil, fumava um pouco dessa droga.
•
• Embora do ponto de vista científico não esteja claro que a
maconha possa provocar dependência química, não existe
consenso popular da existência ou não dessa dependência. Muitos
defendem tratar-se de uma droga que não vicia e que a
dependência é meramente psicológica. Outros asseguram que vicia
sim e, por isso, deve ser mantida na ilegalidade.
• É importante, então, esclarecer como a maconha age no
organismo. Assim que a fumaça é aspirada, cai nos pulmões que a
absorvem rapidamente. De seis a dez segundos depois, levados
pela circulação, seus componentes chegam ao cérebro e agem
sobre os mecanismos de transmissão do estímulo entre os
neurônios, células básicas do sistema nervoso central. Os
neurônios não se comunicam como os fios elétricos, encostados uns
nos outros. Há um espaço livre entre eles, a sinapse, onde ocorrem
a liberação e a captação de mediadores químicos. Essa transmissão
de sinais regula a intensidade do estímulo nervoso: dor, prazer,
angústia, tranquilidade.
• As drogas chamadas de psicoativas interferem na liberação desses
mediadores químicos, modulam a quantidade liberada ou fazem
com que eles permaneçam mais tempo na conexão entre os
neurônios. Isso gera uma série de mecanismos que modificam a
forma de enxergar o mundo.
Qual a capacidade de a
maconha causar dependência?
• Quanto ao problema da dependência, é importante considerar as
conclusões de alguns estudos sobre o fenômeno da dependência.
Pode parecer incrível, mas há trabalhos descritos na literatura
sobre a dependência, por exemplo, da cenoura. As pessoas comem
tanta cenoura que ficam com a pele amarelada e, por alguma
razão, impedidas de comer, entram em crise de abstinência. Há
também descrição de dependência, inclusive com síndrome de
abstinência, entre pessoas que tomam placebo, substância inócua
que não deveria causar alteração nenhuma nesse mecanismo.
Em relação à maconha, há casos registrados de dependência, mas
eles não são frequentes, se considerarmos a imensa população
mundial de usuários. Além disso, comparada com outras drogas, a
maconha é muito menos indutora de dependência química.
Fala-se que a maconha não
induz dependência porque se
compara com outras drogas
mais indutoras?
• Pode ser o ponto, mas se colocarmos a maconha no mesmo saco
que as outras drogas, corremos o risco de desacreditar as
mensagens de alerta em relação à cocaína, heroína, etc. “Ah, já
fumei maconha várias vezes e está tudo bem comigo. Se é tudo
igual, posso usar as outras sem preocupação”.
AÇÃO DA MACONHA NO
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
• Como age a maconha no sistema nervoso central? O que explica
que algumas pessoas experimentem uma sensação de paz e
tranquilidade, enquanto outras se queixem de delírios
persecutórios?
• Até 1964, quando foi encontrado e isolado o tetraidrocanabinol
(THC), sequer se conhecia o princípio ativo dessa planta. Tal
descoberta deu lugar a dois questionamentos. Primeiro: se existe o
THC, uma substância pura que age no cérebro, nele deve existir
um receptor programado para recebê-la. Segundo: se esse receptor
existe, nós devemos produzir espontaneamente uma espécie de
maconha interna para atuar sobre ele. O passo seguinte foi
descobrir que todos os cérebros fabricam uma substância
endógena, uma espécie de maconha interna que foi chamada de
anandamida, palavra que em sânscrito quer dizer bem-
aventurança. Disso resultou uma série enorme de cogitações
científicas. Por exemplo: se todos têm um sistema canabinoide que
age no cérebro, será que doenças mentais não poderiam resultar
de alterações no funcionamento desse sistema?
• Outro aspecto que está sendo muito discutido é a relação entre
esquizofrenia e os grandes usuários de maconha. Muitos
estudiosos levantam a hipótese de que não são as pessoas comuns
que se tornam dependentes. Seriam as portadoras dessa doença
que desenvolveriam extrema dependência da droga na tentativa de
automedicar-se sem ter o conhecimento exato do que estão
fazendo.
• Na esquizofrenia, existem algumas características chamadas de
sintomas negativos. Os pacientes apresentam grande achatamento
do afeto. Não vibram com nada. Morrer a mãe ou ganhar um
prêmio na loteria dá no mesmo, pois são incapazes de serem
tocados pelas emoções e isso faz falta para o ser humano que
precisa estabelecer relacionamentos afetivos e experimentar
alegrias e tristezas. Parece que a maconha estimula a evocação de
sentimentos e sensações que essas pessoas desconheciam e disso
decorreria enorme dependência. Com base nesses dados, está
sendo estabelecida nova teoria sobre os efeitos da maconha.
GRAU DE DEPENDÊNCIA DA
DROGA
• Os usuários costumam queixar-se da qualidade da maconha
atual. Será que a droga perdeu realmente a qualidade ou, à
medida que vai sendo usada, induz tolerância e são necessárias
doses cada vez mais altas para produzir o mesmo efeito????
• É verdade que há indivíduos que ficam dependentes da maconha,
não é o que mais preocupa. Um grupo da Organização Mundial de
Saúde que estudou o problema do uso cultural da maconha e deu a
oportunidade de verificar que grande número de pessoas não se
torna dependente, por exemplo, em Atenas, na Grécia, estivadores
saírem do porto no final da tarde e se reunirem nos bares para
fumar haxixe, uma forma concentrada de maconha, como se
estivessem tomando o chá das cinco. Os psiquiatras gregos que os
acompanhavam comentaram que se tratava de um encontro
meramente social repetido todos os dias e que não havia indicação
de dependência da droga nessas pessoas.
• Além disso, a maconha foi considerada um medicamento valioso
no século XIX e nos primeiros 30 ou 40 anos do século XX. Nas
farmacopeias americana, inglesa, brasileira, e nos livros de
medicina dessa época, é possível encontrar receitas de maconha
para uma série de distúrbios. A maconha tem esse lado
contraditório. A literatura está repleta de trabalhos sobre as
misérias humanas e sobre os benefícios terapêuticos, que não são
poucos, que essa droga produz. Por exemplo, nos casos de
esclerose múltipla e de dores neuropáticas, seu efeito não é
desprezível.
APLICAÇÃO TERAPÊUTICA
DA DROGA
• Os grandes usos médicos da maconha são inibir o vômito na
quimioterapia, reduzir a pressão intraocular nos casos de
glaucoma e melhorar o apetite de doentes com AIDS em estágio
avançado. Com exceção da esclerose múltipla, para todas essas
outras situações existem drogas muito melhores do que a
maconha, mais potentes e com eficácia comprovada.
• Isso confirma as observações do passado
e abre novas perspectivas. A Holanda, por
exemplo, já comunicou à ONU que está
admitindo a plantação de maconha para
fins comerciais e terapêuticos em
fazendas monitoradas pelo governo, uma
vez que doze mil pessoas dependem dela
para tratamento médico e que o país
pretende exportar o cigarro no futuro. Em
1905, a Gazeta Médica de São Paulo
publicava um encarte de propaganda a
respeito de cigarros de maconha
importados da França: “Cigarros Índios
(outro nome da maconha)”
RELAÇÃO ENTRE MACONHA
E VIOLÊNCIA
• A imprensa tem falado muito sobre o assunto e, às vezes refere-se
à maconha, às vezes, à cocaína. No entanto, sob hipótese alguma
essas drogas sejam capazes de gerar violência patológica, violência
assassina, se a tendência já não existir dentro do usuário. A droga
irá possibilitar, apenas, que determinadas características pessoais
aflorem e se manifestem.
• No livro “Casa Grande e Senzala”, que comenta a formação
socioeconômica do nordeste, o autor Gilberto Freire relata que os
donos de engenho davam bastante maconha para os escravos
porque sob sua ação a senzala ficava em paz. Isso não vai contra o
que sabemos hoje sobre maconha e violência: aparentemente a
relação, se houver, é negativa, isto é, as pessoas não se tornam mais
agressivas do que naturalmente são.
THC MIMETIZA A
ANANDAMIDA
• O que acontece quando os componentes ativos da maconha chegam ao
cérebro?
• Em várias áreas do nosso cérebro existem os chamados receptores
para a maconha, localizados na superfície dos neurônios sobre os
quais a droga irá atuar.
• Quando se processa o estímulo nervoso, as moléculas
dos neurotransmissores são liberadas e vão atuar no neurônio
receptor . Se substituirmos a dopamina citada como exemplo pelo
neurotransmissor anandamida, teremos ideia do processo de
funcionamento dos componentes ativos da maconha no cérebro,
pois o THC existente no cigarro de maconha faz as vezes da
anandamida e age diretamente sobre seus receptores em diferentes
áreas cerebrais. No sistema límbico, que controla a emoção e
funções psíquicas superiores, pode provocar sonhos, alucinações
ou sensação de paz e de angústia.
Quero parar de usar drogas!!!
locais de Tratamento.
• Centros de Atenção Psicossocial – CAPS AD
• TRATAMENTO GRATUITO : CAPS ad - é o local indicado para
o tratamento gratuito da dependência química no Brasil, pois é
obrigatório ter uma equipe multiprofissional para atender
o usuário/dependente e seus familiares.
• Equipe multiprofissional obrigatória em um CAPS ad: clínico geral,
psiquiatra, psicóloga, enfermeira, terapeuta ocupacional, assistente
social, educador físico e auxiliar de enfermagem.
• Para o atendimento na maioria dos CAPS ad não é necessário
encaminhamento, basta procurar o CAPS ad mais perto da sua
residência ou site.
Todos os endereços dos Centros de Atenção Psicossocial - CAPS -
Saúde Mental Infantil e Adulto e os CAPS ad do Brasil estão nesse
site do Ministério da Saúde.
serviços oferecidos pelo SUS
para dependentes químicos:
• Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) – atendimento a pacientes
com transtornos mentais ou dependentes de álcool e drogas
• Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) – grupo de
profissionais de saúde de várias especialidades que auxiliam as
equipes de Saúde da Família no atendimento aos dependentes de
álcool e drogas
• Consultórios de Rua – equipes móveis multiprofissionais
(assistentes sociais, auxiliares de enfermagem, profissionais de
saúde mental) que atuam onde usuários de drogas se reúnem
• Casas de Acolhimento Transitório (CATs) – são os espaços
transitórios que acolhem o dependente durante o processo de
estabilização clínica, com atividades pedagógicas
• Você também pode encontrar ajuda pelo telefone VIVA VOZ (de
segunda à sexta das 8 às 22hrs), central telefônica grátis para
informar e orientar sobre álcool e outras drogas:
• 132
Modo de Tratamento
• Nenhum tratamento funciona para todos. O programa deve ser
adaptado para atender as necessidades de cada viciado. Essas
necessidades também pode mudar com o tempo, por isso o plano
deve ser reavaliado ao longo do tempo.
• • Terapias deve se concentrar nas necessidades mentais, físicas e
emocionais do viciado. O vício constitui apenas uma parte dessa
pessoa, e todos os outros aspectos da saúde do viciado também
devem ser abordadas. Viciados em maconha, por exemplo, pode
precisar de terapias para ajudar a curar seus pulmões.
• • O viciado deve ser monitorada regularmente, assim que os
profissionais médicos podem detectar uma recaída e lidar com ela
assim que ocorre. Muitas vezes, os viciados devem submeter a
testes de urina periódica, apenas para garantir que eles não
tenham retornado ao uso de drogas.
Medicação
• Duas convicções em relação à maconha vêm caindo por terra nos
últimos 30 anos. A primeira é de que o abuso dessa droga não
acontecia como um problema primário. A segunda é de que ela não
provocaria uma verdadeira síndrome de dependência. Desde os
anos 80 está comprovada a síndrome de abstinência da maconha,
com sintomas que se iniciam nas primeiras 24 horas após a
interrupção do uso, com sintomas de ansiedade, irritabilidade,
agitação, alterações do sono, diminuição do apetite, pesadelos,
dores musculares, taquicardia e cefaleia. A necessidade de
tratamento para pacientes com problemas relacionados à maconha
tem aumentado em todo o mundo.
• O manejo medicamentoso para usuários de maconha permanece
focado nos estados de intoxicação aguda, nas psicoses induzidas
por maconha (psicose cannabínica) e na busca por comorbidades
psiquiátricas. São boas opções para controle de depressão e
ansiedade o uso da medicação antidepressiva FLUOXETINA
(Prozac, Daforin, Fluxene) e do ansiolítico BUSPIRONA (Ansitec,
Buspar), ambos com estudos comparativos mostrando diminuição
do consumo nos grupos tratados em relação aos grupos que
receberam placebo.
• http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/maconha/
• http://rainydays.com.br/tratamento-gratuito-para-dependentes-
quimicos-sus-clinicas-gratuitas/
• http://sobriedade.comsaudebrasil.com/sample-page/tratamento-e-
informacao-reabilitacao-da-maconha

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Maconha apres

  • 1. Escola Técnica Geração Turma: E214B Educadora: Psicóloga Ana Eixo: Saúde mental Alunos: Ana Paula, Amanda Carneiro, Claci Leticia, Merlei Mara, Ricardo Pereira. Itajai, Fevereiro de 2016.
  • 3. • A maconha é originária da África. No entanto, talvez a mais antiga referência à planta e a seu uso como medicamento esteja no primeiro herbário construído no mundo, uma coleção de plantas de um imperador chinês, e num livro de Medicina escrito na China no ano 7000 A.C. • Na época das Cruzadas, espalhou-se a crença de que a maconha ou haxixe que os muçulmanos fumavam geraria a agressividade com que combatiam os cristãos que queriam libertar Jerusalém. • O primeiro registro sobre o uso da maconha em nossa língua data de 1564 e foi escrito por um português. Um sultão, parece que amigo de Martin Afonso de Souza, contou-lhe que, quando queria ir à Pérsia, à China ou ao Brasil, fumava um pouco dessa droga. •
  • 4. • Embora do ponto de vista científico não esteja claro que a maconha possa provocar dependência química, não existe consenso popular da existência ou não dessa dependência. Muitos defendem tratar-se de uma droga que não vicia e que a dependência é meramente psicológica. Outros asseguram que vicia sim e, por isso, deve ser mantida na ilegalidade.
  • 5. • É importante, então, esclarecer como a maconha age no organismo. Assim que a fumaça é aspirada, cai nos pulmões que a absorvem rapidamente. De seis a dez segundos depois, levados pela circulação, seus componentes chegam ao cérebro e agem sobre os mecanismos de transmissão do estímulo entre os neurônios, células básicas do sistema nervoso central. Os neurônios não se comunicam como os fios elétricos, encostados uns nos outros. Há um espaço livre entre eles, a sinapse, onde ocorrem a liberação e a captação de mediadores químicos. Essa transmissão de sinais regula a intensidade do estímulo nervoso: dor, prazer, angústia, tranquilidade.
  • 6. • As drogas chamadas de psicoativas interferem na liberação desses mediadores químicos, modulam a quantidade liberada ou fazem com que eles permaneçam mais tempo na conexão entre os neurônios. Isso gera uma série de mecanismos que modificam a forma de enxergar o mundo.
  • 7. Qual a capacidade de a maconha causar dependência?
  • 8. • Quanto ao problema da dependência, é importante considerar as conclusões de alguns estudos sobre o fenômeno da dependência. Pode parecer incrível, mas há trabalhos descritos na literatura sobre a dependência, por exemplo, da cenoura. As pessoas comem tanta cenoura que ficam com a pele amarelada e, por alguma razão, impedidas de comer, entram em crise de abstinência. Há também descrição de dependência, inclusive com síndrome de abstinência, entre pessoas que tomam placebo, substância inócua que não deveria causar alteração nenhuma nesse mecanismo. Em relação à maconha, há casos registrados de dependência, mas eles não são frequentes, se considerarmos a imensa população mundial de usuários. Além disso, comparada com outras drogas, a maconha é muito menos indutora de dependência química.
  • 9. Fala-se que a maconha não induz dependência porque se compara com outras drogas mais indutoras?
  • 10. • Pode ser o ponto, mas se colocarmos a maconha no mesmo saco que as outras drogas, corremos o risco de desacreditar as mensagens de alerta em relação à cocaína, heroína, etc. “Ah, já fumei maconha várias vezes e está tudo bem comigo. Se é tudo igual, posso usar as outras sem preocupação”.
  • 11. AÇÃO DA MACONHA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
  • 12. • Como age a maconha no sistema nervoso central? O que explica que algumas pessoas experimentem uma sensação de paz e tranquilidade, enquanto outras se queixem de delírios persecutórios?
  • 13. • Até 1964, quando foi encontrado e isolado o tetraidrocanabinol (THC), sequer se conhecia o princípio ativo dessa planta. Tal descoberta deu lugar a dois questionamentos. Primeiro: se existe o THC, uma substância pura que age no cérebro, nele deve existir um receptor programado para recebê-la. Segundo: se esse receptor existe, nós devemos produzir espontaneamente uma espécie de maconha interna para atuar sobre ele. O passo seguinte foi descobrir que todos os cérebros fabricam uma substância endógena, uma espécie de maconha interna que foi chamada de anandamida, palavra que em sânscrito quer dizer bem- aventurança. Disso resultou uma série enorme de cogitações científicas. Por exemplo: se todos têm um sistema canabinoide que age no cérebro, será que doenças mentais não poderiam resultar de alterações no funcionamento desse sistema?
  • 14. • Outro aspecto que está sendo muito discutido é a relação entre esquizofrenia e os grandes usuários de maconha. Muitos estudiosos levantam a hipótese de que não são as pessoas comuns que se tornam dependentes. Seriam as portadoras dessa doença que desenvolveriam extrema dependência da droga na tentativa de automedicar-se sem ter o conhecimento exato do que estão fazendo.
  • 15. • Na esquizofrenia, existem algumas características chamadas de sintomas negativos. Os pacientes apresentam grande achatamento do afeto. Não vibram com nada. Morrer a mãe ou ganhar um prêmio na loteria dá no mesmo, pois são incapazes de serem tocados pelas emoções e isso faz falta para o ser humano que precisa estabelecer relacionamentos afetivos e experimentar alegrias e tristezas. Parece que a maconha estimula a evocação de sentimentos e sensações que essas pessoas desconheciam e disso decorreria enorme dependência. Com base nesses dados, está sendo estabelecida nova teoria sobre os efeitos da maconha.
  • 17. • Os usuários costumam queixar-se da qualidade da maconha atual. Será que a droga perdeu realmente a qualidade ou, à medida que vai sendo usada, induz tolerância e são necessárias doses cada vez mais altas para produzir o mesmo efeito????
  • 18. • É verdade que há indivíduos que ficam dependentes da maconha, não é o que mais preocupa. Um grupo da Organização Mundial de Saúde que estudou o problema do uso cultural da maconha e deu a oportunidade de verificar que grande número de pessoas não se torna dependente, por exemplo, em Atenas, na Grécia, estivadores saírem do porto no final da tarde e se reunirem nos bares para fumar haxixe, uma forma concentrada de maconha, como se estivessem tomando o chá das cinco. Os psiquiatras gregos que os acompanhavam comentaram que se tratava de um encontro meramente social repetido todos os dias e que não havia indicação de dependência da droga nessas pessoas.
  • 19. • Além disso, a maconha foi considerada um medicamento valioso no século XIX e nos primeiros 30 ou 40 anos do século XX. Nas farmacopeias americana, inglesa, brasileira, e nos livros de medicina dessa época, é possível encontrar receitas de maconha para uma série de distúrbios. A maconha tem esse lado contraditório. A literatura está repleta de trabalhos sobre as misérias humanas e sobre os benefícios terapêuticos, que não são poucos, que essa droga produz. Por exemplo, nos casos de esclerose múltipla e de dores neuropáticas, seu efeito não é desprezível.
  • 21. • Os grandes usos médicos da maconha são inibir o vômito na quimioterapia, reduzir a pressão intraocular nos casos de glaucoma e melhorar o apetite de doentes com AIDS em estágio avançado. Com exceção da esclerose múltipla, para todas essas outras situações existem drogas muito melhores do que a maconha, mais potentes e com eficácia comprovada.
  • 22. • Isso confirma as observações do passado e abre novas perspectivas. A Holanda, por exemplo, já comunicou à ONU que está admitindo a plantação de maconha para fins comerciais e terapêuticos em fazendas monitoradas pelo governo, uma vez que doze mil pessoas dependem dela para tratamento médico e que o país pretende exportar o cigarro no futuro. Em 1905, a Gazeta Médica de São Paulo publicava um encarte de propaganda a respeito de cigarros de maconha importados da França: “Cigarros Índios (outro nome da maconha)”
  • 24. • A imprensa tem falado muito sobre o assunto e, às vezes refere-se à maconha, às vezes, à cocaína. No entanto, sob hipótese alguma essas drogas sejam capazes de gerar violência patológica, violência assassina, se a tendência já não existir dentro do usuário. A droga irá possibilitar, apenas, que determinadas características pessoais aflorem e se manifestem. • No livro “Casa Grande e Senzala”, que comenta a formação socioeconômica do nordeste, o autor Gilberto Freire relata que os donos de engenho davam bastante maconha para os escravos porque sob sua ação a senzala ficava em paz. Isso não vai contra o que sabemos hoje sobre maconha e violência: aparentemente a relação, se houver, é negativa, isto é, as pessoas não se tornam mais agressivas do que naturalmente são.
  • 26. • O que acontece quando os componentes ativos da maconha chegam ao cérebro?
  • 27. • Em várias áreas do nosso cérebro existem os chamados receptores para a maconha, localizados na superfície dos neurônios sobre os quais a droga irá atuar. • Quando se processa o estímulo nervoso, as moléculas dos neurotransmissores são liberadas e vão atuar no neurônio receptor . Se substituirmos a dopamina citada como exemplo pelo neurotransmissor anandamida, teremos ideia do processo de funcionamento dos componentes ativos da maconha no cérebro, pois o THC existente no cigarro de maconha faz as vezes da anandamida e age diretamente sobre seus receptores em diferentes áreas cerebrais. No sistema límbico, que controla a emoção e funções psíquicas superiores, pode provocar sonhos, alucinações ou sensação de paz e de angústia.
  • 28. Quero parar de usar drogas!!! locais de Tratamento.
  • 29. • Centros de Atenção Psicossocial – CAPS AD • TRATAMENTO GRATUITO : CAPS ad - é o local indicado para o tratamento gratuito da dependência química no Brasil, pois é obrigatório ter uma equipe multiprofissional para atender o usuário/dependente e seus familiares. • Equipe multiprofissional obrigatória em um CAPS ad: clínico geral, psiquiatra, psicóloga, enfermeira, terapeuta ocupacional, assistente social, educador físico e auxiliar de enfermagem.
  • 30. • Para o atendimento na maioria dos CAPS ad não é necessário encaminhamento, basta procurar o CAPS ad mais perto da sua residência ou site. Todos os endereços dos Centros de Atenção Psicossocial - CAPS - Saúde Mental Infantil e Adulto e os CAPS ad do Brasil estão nesse site do Ministério da Saúde.
  • 31. serviços oferecidos pelo SUS para dependentes químicos:
  • 32. • Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) – atendimento a pacientes com transtornos mentais ou dependentes de álcool e drogas • Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs) – grupo de profissionais de saúde de várias especialidades que auxiliam as equipes de Saúde da Família no atendimento aos dependentes de álcool e drogas • Consultórios de Rua – equipes móveis multiprofissionais (assistentes sociais, auxiliares de enfermagem, profissionais de saúde mental) que atuam onde usuários de drogas se reúnem • Casas de Acolhimento Transitório (CATs) – são os espaços transitórios que acolhem o dependente durante o processo de estabilização clínica, com atividades pedagógicas • Você também pode encontrar ajuda pelo telefone VIVA VOZ (de segunda à sexta das 8 às 22hrs), central telefônica grátis para informar e orientar sobre álcool e outras drogas: • 132
  • 34. • Nenhum tratamento funciona para todos. O programa deve ser adaptado para atender as necessidades de cada viciado. Essas necessidades também pode mudar com o tempo, por isso o plano deve ser reavaliado ao longo do tempo. • • Terapias deve se concentrar nas necessidades mentais, físicas e emocionais do viciado. O vício constitui apenas uma parte dessa pessoa, e todos os outros aspectos da saúde do viciado também devem ser abordadas. Viciados em maconha, por exemplo, pode precisar de terapias para ajudar a curar seus pulmões. • • O viciado deve ser monitorada regularmente, assim que os profissionais médicos podem detectar uma recaída e lidar com ela assim que ocorre. Muitas vezes, os viciados devem submeter a testes de urina periódica, apenas para garantir que eles não tenham retornado ao uso de drogas.
  • 36. • Duas convicções em relação à maconha vêm caindo por terra nos últimos 30 anos. A primeira é de que o abuso dessa droga não acontecia como um problema primário. A segunda é de que ela não provocaria uma verdadeira síndrome de dependência. Desde os anos 80 está comprovada a síndrome de abstinência da maconha, com sintomas que se iniciam nas primeiras 24 horas após a interrupção do uso, com sintomas de ansiedade, irritabilidade, agitação, alterações do sono, diminuição do apetite, pesadelos, dores musculares, taquicardia e cefaleia. A necessidade de tratamento para pacientes com problemas relacionados à maconha tem aumentado em todo o mundo.
  • 37. • O manejo medicamentoso para usuários de maconha permanece focado nos estados de intoxicação aguda, nas psicoses induzidas por maconha (psicose cannabínica) e na busca por comorbidades psiquiátricas. São boas opções para controle de depressão e ansiedade o uso da medicação antidepressiva FLUOXETINA (Prozac, Daforin, Fluxene) e do ansiolítico BUSPIRONA (Ansitec, Buspar), ambos com estudos comparativos mostrando diminuição do consumo nos grupos tratados em relação aos grupos que receberam placebo.