SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 46
Pesquisa científica e TCC

  Ricardo Alexandre de Souza
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA - 1

·   Tipos de estudo científico

·   Força de evidência

MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA - 2

·   Leitura crítica de artigo científico

·   Compreendendo as diferenças populacionais

COMO PROCEDER UMA BUSCA BIBLIOGRÁFICA

·   Roteiro de busca bibliográfica

·   Introdução à busca de artigos científicos

·   Referências bibliográficas e artigos científicos pela Internet
ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO

FORMULÁRIO PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA DE TCC

MODALIDADES DE TCC:

·    ELABORAÇÃO DE PLANO DE INTERVENÇÃO (PLANO DE AÇÃO)
          ◦Planejamento e avaliação das ações de saúde

·   DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO OU INSTRUMENTO DE
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO

o Módulo de Protocolo

·    RELATO DE EXPERIÊNCIA

o Livros premiados
ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ·    ANÁLISE DE DADOS SECUNDÁRIOS DE
O TEMA PROPOSTO                          BANCO DE DADOS DOS SISTEMAS DE
                                         INFORMAÇÃO DISPONÍVEIS
o Revisão narrativa (SAUNDERS)
                                         o Morbidade hospitalar
o Revisão narrativa (MENEZES)
                                         o Acidentes de trânsito
o Revisão integrativa (BARBOSA)
                                         o Bases de dados secundários
o Revisão integrativa (SILVEIRA)
                                         o Revisão de prontuário
o Revisão integrativa (MENDES)
                                         ·    FLUXOGRAMA PARA O TCC
o Revisão integrativa (URSI)
                                         Apresentação do primeiro pré-projeto
o Sobre revisão narrativa, integrativa e
sistemática (TAVARES)                    Abertura para críticas ao pré-projeto

                                         Preparação do modelo final
Datas
Apresentação do primeiro pré-projeto    07-06-12


Abertura para críticas ao pré-projeto   07-06-12


Preparação do modelo final (R2)         01-07-12

Apresentação do TCC (R2)
                                        03-01-13
São 50.000.000 de artigos presentes no mundo,
até julho de 2010

A PUBMED publica uma média de um artigo por
minuto


Ao final desse encontro devem ser publicados
120 artigos, salvo algum atraso...
Rule 31 – Reveja a literatura médica durante a noite*
                                      *”Mate o menor número de pacientes" - Oscar London




                                              5.000?
                            2500000
                                              Por dia
                 Per Year
Medical Articles per Year




                            2000000


                            1500000
                                                              1.500
                            1000000                          por dia
Medical




                                                                            95 por
                             500000
                                                                             dia
                                  0
                                      Biomedical     MEDLINE           Trials    Diagnostic?
Sales
        Benéfico

        Provavelmente benéfico

        Efetividade desconhecida

        Provavelmente inefectivo ou
        que causa danos
        Pouco provavelmente
        benéfico
        Contrabalanço entre
        benefícos e danos
"If you can’t measure it, it doesn’t exist."



         ”Se você não pode medir, não existe."
O que é preciso compreender primeiro?

• O tipo de estudo envolvido
• A execução do desenho de estudo
• A qualidade da revista
Tipos de estudo científico


• Podem ser divididos de diversas formas, mas
  melhor maneira de compreendê-los é de
  forma contínua. Observe...
Estudo descritivo limita-se em descrever a ocorrência de
uma doença em uma população. Estimulam a realização
de estudos mais detalhados.



Estudo analítico aborda com mais profundidade as
relações entre o estado de saúde e suas variáveis.
Envolvem uma tentativa de mudar um determintante da
doença. Estão sujeitos a maiores restrições, uma vez
que, a saúde das pessoas pode estar em risco.
Estudos ecológicos
A unidade de análise são populações ou grupos de
pessoas.
Estudos transversais
Medem a prevalência das doenças.
Medida de exposição e da doença são feitas ao
mesmo tempo.
Em surtos epidêmico de doenças, um estudo
de prevalência é o primeiro passo na
investigação da causa.
Estudos de casos e controles
Foca na doença e não doença.
Úteis na investigação nas causas de
doenças, especialmente das raras.
A ocorrência de uma possível causa é comparada
entre casos e controles. Dados a respeito de mais
de um ponto no tempo são coletados. São
portanto longitudinais. Pode ser tanto
retrospectivo e prospectivo.
Estudos de coorte
Foca na causa.
Iniciam com um grupo de pessoas livre da doença.
Estudos de coorte são longitudinais.. Podem ser
prospectivos ou longitudinais.
Como os estudos de coorte iniciam com pessoas
expostas e não expostas, as dificuldades em medir as
exposições determinam a facilidade com que o
estudo será conduzido.
Ensaio clínico randomizado
Um ensaio controlado randomizado é um
experimento epidemiológico para estudar uma nova
forma terapêutica ou preventiva. Os pcts são
alocados aleatoriamente.
Ensaio de campo
Um ensaio de campo, em contraste com os
ensaios clínicos, envolvem pessoas que estão
livres da doença mas sob risco de contraí-la.
i.e.: vacinas.
Estudos epidemiológicos
                                          Estudos epidemiológicos

           Estudos descritivos                                              Estudos analíticos
            Descreve uma situação                                            Analisa uma hipotése

                                                              Existe alocação aleatória do
                                                                    fator de estudo?
       Existe alocação aleatória dos
            sujeitos do estudo?                                             Estudo observacional

                                                                         Elenco dos sujeitos de
                                                                             acordo com?
   Estudo
experimentais       Estudo quasi-
                    experimentais                                  Enfermidade             Exposição ao
                                                Populações
                                                                     (efeito)                 fator


                                                                      Existe história de
                                                                         exposição?


     - Ensaio clínico.
                                     Estudo      Estudo de caso-        Estudo de
   - Ensaio de campo.                                                                        Estudo de coorte
                                    Ecológico        controle          prevalência
- Ensaio clínico cruzado
Archibald Leman Cochrane, (1909 - 1988).
Qual o nível de forças?




- Ensaio clínico cruzado
                            Estudo     Estudo de caso-    Estudo de
     - Ensaio clínico.                                                 Estudo de coorte
                           Ecológico       controle      prevalência
   - Ensaio de campo.
Execução do desenho é algo
delicado, mas que com algumas
características será possível responder.
Qualidade da revista pode ser mensurado
pelo impacto da revista e pela sua
classificação
Journal Citation Reports
Fator de Impacto dos periódicos de acordo com o
Institute for Scientific Information (ISI)

Qualis – CAPES (A1-A2, B1-B5, C)
Classificação dos periódicos de acordo com a avaliação da CAPES
Medicina Baseada em Evidências


"O uso consciencioso, explícito e judicioso da melhor
evidência disponível para a tomada de decisões sobre o
cuidado aos pacientes"
"If you can’t measure it, it doesn’t exist."



         ”Se você não pode medir, não existe."
Hierarquização de Oxford:
Nível 1: Revisão sistemática de estudos clínicos
randomizados ou estudos "N de 1"
Nível 2: Ensaios clínicos randomizados ou estudo
observacional com efeito dramático
Nível 3: Estudo com grupo não danromizado controlado ou
estudo de coorte
Nível 4: estudos caso-controle, série de casos, estudo
historicamente controlados
Nível 5: opinião baseada em experiência limitada, não
documentada ou baseada em mecanismos
Os graus de recomendação e seus significados de acordo com
o "projeto diretrizes" do CFM e AMB:
A- Estudos experimentais ou observacionais de melhor
consistência
B- Estudos experimentais ou observacionais de menor
consistência
C- Relatos de casos e estudos não controlados
D- Opinião baseada em consensos, estudos fisiológicos ou
modelos animais.
Visão crítica do conceito de MBE
relação
        evidências                        médico-paciente




                                limites

Ann Intern Med 126: 390, 1997                         PROJETO DIRETRIZES
relação médico-paciente
                                 crenças culturais
                                 valores pessoais
                                 experiências anteriores
                                 nível educacional




Ann Intern Med 126: 390, 1997                        PROJETO DIRETRIZES
evidências
           dados do paciente
           pesquisa básica
           pesquisa clínica
           pesquisa epidemiológica
           ensaios aleatorizados
           revisões sistemáticas




Ann Intern Med 126: 390, 1997        PROJETO DIRETRIZES
leis da sociedade civil
                      normas do plano de saúde
                      padrões da comunidade
                      tempo de atendimento
                      custo dos procedimentos
                      compensação financeira

                                limites
Ann Intern Med 126: 390, 1997                    PROJETO DIRETRIZES
conhe
       evidências                cimento           relação
                                           médico-paciente

                    tomada de decisão
                     conduta clínica        ética
                   padronizada



                                 limites

Ann Intern Med 126: 390, 1997                          PROJETO DIRETRIZES
Elemento               Dicas                        Exemplo específico


Paciente ou problema   Começa com a pergunta do     “Em mulheres com mais de
                       seu paciente “Como eu        40 anos com ICC por
                       poderia descreve um grupo    cardiomiopatia dilatada..."
                       de pacientes similar ao
                       meu?”

Intervenção            Pergunte “Quais das          “...adicionaria anti-
                       principais intervenções eu   coagulação com Warfarina
                       estou considerando?”         para terapia padrão de
                                                    ICC...”

Comparação de          Pergunte ˜Qual a principal   “...quando compara com a
intervenções           alternativa comparada com    terapia isolada...”
                       a intervenção?”
Outcome (resultado)    Pergunte “O que eu posso    “...levar a diminuição da
                       esperar alcançar "ou “O que mortalidade ou morbidade
                       poderia essa exposição      por tromboembolismo.”
                       realmente afetar?”
Paciente ou problema




Intervenção




Comparação de
intervenções


Outcome (resultado)
Paciente ou problema


Intervenção


Comparação de intervenções

Outcome (resultado)
Paciente ou problema
Intervenção
Comparação de intervenções
Outcome
“Conheça todas as
teorias,   domine
todas           as
técnicas, mas ao
tocar uma alma
humana,       seja
apenas outra alma
humana.”

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Tipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosTipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicos
Arquivo-FClinico
 
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaAssistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Teresa Oliveira
 
Tipos de revisão bibliográfica
Tipos de revisão bibliográficaTipos de revisão bibliográfica
Tipos de revisão bibliográfica
Ricardo Alexandre
 
Aula 3 revisão de literatura e metodologia
Aula 3 revisão de literatura e metodologiaAula 3 revisão de literatura e metodologia
Aula 3 revisão de literatura e metodologia
bioalvarenga
 
Apresentação Pré- projeto tese
Apresentação Pré- projeto tese Apresentação Pré- projeto tese
Apresentação Pré- projeto tese
João Piedade
 
Microbiologia da decomposição cadavérica2[848].pptx
Microbiologia da decomposição cadavérica2[848].pptxMicrobiologia da decomposição cadavérica2[848].pptx
Microbiologia da decomposição cadavérica2[848].pptx
Glauciene Oliveira
 

Was ist angesagt? (20)

Estrutura e formatação de um projeto de pesquisa - parte 2 de 4
Estrutura e formatação de um projeto de pesquisa -  parte 2 de 4Estrutura e formatação de um projeto de pesquisa -  parte 2 de 4
Estrutura e formatação de um projeto de pesquisa - parte 2 de 4
 
Tipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosTipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicos
 
Revisão Sistematica
Revisão SistematicaRevisão Sistematica
Revisão Sistematica
 
Pesquisa Qualitativa
Pesquisa QualitativaPesquisa Qualitativa
Pesquisa Qualitativa
 
Critérios Prisma para Revisoes Sistematicas - melhor transparência nas public...
Critérios Prisma para Revisoes Sistematicas - melhor transparência nas public...Critérios Prisma para Revisoes Sistematicas - melhor transparência nas public...
Critérios Prisma para Revisoes Sistematicas - melhor transparência nas public...
 
Exame físico geral 2017
Exame físico geral 2017Exame físico geral 2017
Exame físico geral 2017
 
Etapas do desenvolvimento da busca: análise da pergunta de pesquisa PICO/PICO...
Etapas do desenvolvimento da busca: análise da pergunta de pesquisa PICO/PICO...Etapas do desenvolvimento da busca: análise da pergunta de pesquisa PICO/PICO...
Etapas do desenvolvimento da busca: análise da pergunta de pesquisa PICO/PICO...
 
Estudo caso controle
Estudo caso controleEstudo caso controle
Estudo caso controle
 
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
Pneumonias Conceito Classificações Fisiopatologia Manifestações Clínicas Diag...
 
TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS.
TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS.TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS.
TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS.
 
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumoniaAssistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
Assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com pneumonia
 
Caso clínico avc
Caso clínico   avc Caso clínico   avc
Caso clínico avc
 
Tipos de revisão bibliográfica
Tipos de revisão bibliográficaTipos de revisão bibliográfica
Tipos de revisão bibliográfica
 
exame neurologico blog nona
exame neurologico blog nonaexame neurologico blog nona
exame neurologico blog nona
 
Revisão Sistemática
Revisão SistemáticaRevisão Sistemática
Revisão Sistemática
 
Avaliação Respiratória
Avaliação RespiratóriaAvaliação Respiratória
Avaliação Respiratória
 
Aula 3 revisão de literatura e metodologia
Aula 3 revisão de literatura e metodologiaAula 3 revisão de literatura e metodologia
Aula 3 revisão de literatura e metodologia
 
Apresentação Pré- projeto tese
Apresentação Pré- projeto tese Apresentação Pré- projeto tese
Apresentação Pré- projeto tese
 
Microbiologia da decomposição cadavérica2[848].pptx
Microbiologia da decomposição cadavérica2[848].pptxMicrobiologia da decomposição cadavérica2[848].pptx
Microbiologia da decomposição cadavérica2[848].pptx
 
Revisão Sistemática - Protocolo
Revisão Sistemática - ProtocoloRevisão Sistemática - Protocolo
Revisão Sistemática - Protocolo
 

Andere mochten auch (6)

Curso rs e ma
Curso rs e maCurso rs e ma
Curso rs e ma
 
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. Rilva
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. RilvaMedicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. Rilva
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. Rilva
 
Metodologias avaliação qualidade estudos científicos
Metodologias avaliação qualidade estudos científicosMetodologias avaliação qualidade estudos científicos
Metodologias avaliação qualidade estudos científicos
 
Aula 4 ensaio clínico randomizado
Aula 4   ensaio clínico randomizadoAula 4   ensaio clínico randomizado
Aula 4 ensaio clínico randomizado
 
Ensaios de campo
Ensaios de campoEnsaios de campo
Ensaios de campo
 
Modelos de Pesquisa Científica de Abordagem Quantitativa
Modelos de Pesquisa Científica de Abordagem QuantitativaModelos de Pesquisa Científica de Abordagem Quantitativa
Modelos de Pesquisa Científica de Abordagem Quantitativa
 

Ähnlich wie Medicina baseada em evidências 1

Revisões Sistemáticas e Meta-análise FOP-UNICAMP 2009
Revisões Sistemáticas e Meta-análise FOP-UNICAMP 2009Revisões Sistemáticas e Meta-análise FOP-UNICAMP 2009
Revisões Sistemáticas e Meta-análise FOP-UNICAMP 2009
Fernando Neves Hugo
 
Tipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosTipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicos
Ingrid Travassos
 

Ähnlich wie Medicina baseada em evidências 1 (20)

Medicina baseada em evidências cmmfc
Medicina baseada em evidências   cmmfcMedicina baseada em evidências   cmmfc
Medicina baseada em evidências cmmfc
 
Epidemiologia básica 2
Epidemiologia básica 2Epidemiologia básica 2
Epidemiologia básica 2
 
Estudos Epidemiológicos na área de Bioestatística
Estudos Epidemiológicos na área de BioestatísticaEstudos Epidemiológicos na área de Bioestatística
Estudos Epidemiológicos na área de Bioestatística
 
Aula 2 tipos de estudo
Aula 2   tipos de estudoAula 2   tipos de estudo
Aula 2 tipos de estudo
 
Revisões Sistemáticas e Meta-análise FOP-UNICAMP 2009
Revisões Sistemáticas e Meta-análise FOP-UNICAMP 2009Revisões Sistemáticas e Meta-análise FOP-UNICAMP 2009
Revisões Sistemáticas e Meta-análise FOP-UNICAMP 2009
 
Epidemiologia básica 4
Epidemiologia básica 4Epidemiologia básica 4
Epidemiologia básica 4
 
Aula31 07 2014
Aula31 07 2014Aula31 07 2014
Aula31 07 2014
 
Tipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosTipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicos
 
Tipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicosTipos de estudos epidemiologicos
Tipos de estudos epidemiologicos
 
Aula Saúde Coletiva III - Profa Ana Carla
Aula Saúde Coletiva III - Profa Ana CarlaAula Saúde Coletiva III - Profa Ana Carla
Aula Saúde Coletiva III - Profa Ana Carla
 
EPIDEMIOLOGIA.ppt
EPIDEMIOLOGIA.pptEPIDEMIOLOGIA.ppt
EPIDEMIOLOGIA.ppt
 
Epidemiologia Aplicada a Fonoaudiologia
Epidemiologia Aplicada a FonoaudiologiaEpidemiologia Aplicada a Fonoaudiologia
Epidemiologia Aplicada a Fonoaudiologia
 
Tipos de estudo
Tipos de estudoTipos de estudo
Tipos de estudo
 
Janine Schirmer
Janine SchirmerJanine Schirmer
Janine Schirmer
 
Introducao_epidemio_semAudio.pptx
Introducao_epidemio_semAudio.pptxIntroducao_epidemio_semAudio.pptx
Introducao_epidemio_semAudio.pptx
 
Introducao_epidemio_semAudio.pptx
Introducao_epidemio_semAudio.pptxIntroducao_epidemio_semAudio.pptx
Introducao_epidemio_semAudio.pptx
 
Metodologia científica
Metodologia científicaMetodologia científica
Metodologia científica
 
metodologia do trabalho científico 2
metodologia do trabalho científico 2metodologia do trabalho científico 2
metodologia do trabalho científico 2
 
Epidemiologia básica 3
Epidemiologia básica 3Epidemiologia básica 3
Epidemiologia básica 3
 
Epidemiologia básica 1
Epidemiologia básica 1Epidemiologia básica 1
Epidemiologia básica 1
 

Mehr von Ricardo Alexandre

Mehr von Ricardo Alexandre (20)

Verminoses na APS
Verminoses na APSVerminoses na APS
Verminoses na APS
 
Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMG
Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMGAbordagem familiar para o estudante de medicina - UFMG
Abordagem familiar para o estudante de medicina - UFMG
 
Entrevista motivacional v2
Entrevista motivacional v2Entrevista motivacional v2
Entrevista motivacional v2
 
Entrevista motivacional
Entrevista motivacionalEntrevista motivacional
Entrevista motivacional
 
2015 saúde da criança ufmg - princípios do sus
2015 saúde da criança   ufmg - princípios do sus2015 saúde da criança   ufmg - princípios do sus
2015 saúde da criança ufmg - princípios do sus
 
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnósticoAula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
 
Aula 8 prevenção, chance e causalidade
Aula 8   prevenção, chance e causalidadeAula 8   prevenção, chance e causalidade
Aula 8 prevenção, chance e causalidade
 
Aula 7 pesquisa de evidências
Aula 7   pesquisa de evidênciasAula 7   pesquisa de evidências
Aula 7 pesquisa de evidências
 
Aula 7 pesquisa de evidências
Aula 7   pesquisa de evidênciasAula 7   pesquisa de evidências
Aula 7 pesquisa de evidências
 
Aula 5 o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...
Aula 5   o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...Aula 5   o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...
Aula 5 o que é frequência, anormalidade, risco prognóstico, diagnóstico...
 
Aula 4 medidas de frequência de uma doença
Aula 4   medidas de frequência de uma doençaAula 4   medidas de frequência de uma doença
Aula 4 medidas de frequência de uma doença
 
Aula 4 estudos de coorte
Aula 4   estudos de coorteAula 4   estudos de coorte
Aula 4 estudos de coorte
 
Aula 4 estudo de caso controle
Aula 4   estudo de caso controleAula 4   estudo de caso controle
Aula 4 estudo de caso controle
 
Aula 3 indicadores de saúde
Aula 3   indicadores de saúdeAula 3   indicadores de saúde
Aula 3 indicadores de saúde
 
Aula 2 planejando e desenhando um estudo epidemiológico
Aula 2   planejando e desenhando um estudo epidemiológicoAula 2   planejando e desenhando um estudo epidemiológico
Aula 2 planejando e desenhando um estudo epidemiológico
 
Aula 2 estudo transversal
Aula 2   estudo transversalAula 2   estudo transversal
Aula 2 estudo transversal
 
Aula 2 estudo qualitativo
Aula 2   estudo qualitativoAula 2   estudo qualitativo
Aula 2 estudo qualitativo
 
Aula 1 historia da epidemiologia
Aula 1   historia da epidemiologiaAula 1   historia da epidemiologia
Aula 1 historia da epidemiologia
 
Historia da Epidemiologia
Historia da EpidemiologiaHistoria da Epidemiologia
Historia da Epidemiologia
 
Curso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidadoCurso tepac redes de atenção e cuidado
Curso tepac redes de atenção e cuidado
 

Medicina baseada em evidências 1

  • 1. Pesquisa científica e TCC Ricardo Alexandre de Souza
  • 2. MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA - 1 · Tipos de estudo científico · Força de evidência MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA - 2 · Leitura crítica de artigo científico · Compreendendo as diferenças populacionais COMO PROCEDER UMA BUSCA BIBLIOGRÁFICA · Roteiro de busca bibliográfica · Introdução à busca de artigos científicos · Referências bibliográficas e artigos científicos pela Internet
  • 3. ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO FORMULÁRIO PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA DE TCC MODALIDADES DE TCC: · ELABORAÇÃO DE PLANO DE INTERVENÇÃO (PLANO DE AÇÃO) ◦Planejamento e avaliação das ações de saúde · DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO OU INSTRUMENTO DE ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO o Módulo de Protocolo · RELATO DE EXPERIÊNCIA o Livros premiados
  • 4. ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE · ANÁLISE DE DADOS SECUNDÁRIOS DE O TEMA PROPOSTO BANCO DE DADOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DISPONÍVEIS o Revisão narrativa (SAUNDERS) o Morbidade hospitalar o Revisão narrativa (MENEZES) o Acidentes de trânsito o Revisão integrativa (BARBOSA) o Bases de dados secundários o Revisão integrativa (SILVEIRA) o Revisão de prontuário o Revisão integrativa (MENDES) · FLUXOGRAMA PARA O TCC o Revisão integrativa (URSI) Apresentação do primeiro pré-projeto o Sobre revisão narrativa, integrativa e sistemática (TAVARES) Abertura para críticas ao pré-projeto Preparação do modelo final
  • 5. Datas Apresentação do primeiro pré-projeto 07-06-12 Abertura para críticas ao pré-projeto 07-06-12 Preparação do modelo final (R2) 01-07-12 Apresentação do TCC (R2) 03-01-13
  • 6. São 50.000.000 de artigos presentes no mundo, até julho de 2010 A PUBMED publica uma média de um artigo por minuto Ao final desse encontro devem ser publicados 120 artigos, salvo algum atraso...
  • 7. Rule 31 – Reveja a literatura médica durante a noite* *”Mate o menor número de pacientes" - Oscar London 5.000? 2500000 Por dia Per Year Medical Articles per Year 2000000 1500000 1.500 1000000 por dia Medical 95 por 500000 dia 0 Biomedical MEDLINE Trials Diagnostic?
  • 8. Sales Benéfico Provavelmente benéfico Efetividade desconhecida Provavelmente inefectivo ou que causa danos Pouco provavelmente benéfico Contrabalanço entre benefícos e danos
  • 9. "If you can’t measure it, it doesn’t exist." ”Se você não pode medir, não existe."
  • 10.
  • 11. O que é preciso compreender primeiro? • O tipo de estudo envolvido • A execução do desenho de estudo • A qualidade da revista
  • 12. Tipos de estudo científico • Podem ser divididos de diversas formas, mas melhor maneira de compreendê-los é de forma contínua. Observe...
  • 13. Estudo descritivo limita-se em descrever a ocorrência de uma doença em uma população. Estimulam a realização de estudos mais detalhados. Estudo analítico aborda com mais profundidade as relações entre o estado de saúde e suas variáveis. Envolvem uma tentativa de mudar um determintante da doença. Estão sujeitos a maiores restrições, uma vez que, a saúde das pessoas pode estar em risco.
  • 14. Estudos ecológicos A unidade de análise são populações ou grupos de pessoas.
  • 15. Estudos transversais Medem a prevalência das doenças. Medida de exposição e da doença são feitas ao mesmo tempo. Em surtos epidêmico de doenças, um estudo de prevalência é o primeiro passo na investigação da causa.
  • 16. Estudos de casos e controles Foca na doença e não doença. Úteis na investigação nas causas de doenças, especialmente das raras. A ocorrência de uma possível causa é comparada entre casos e controles. Dados a respeito de mais de um ponto no tempo são coletados. São portanto longitudinais. Pode ser tanto retrospectivo e prospectivo.
  • 17. Estudos de coorte Foca na causa. Iniciam com um grupo de pessoas livre da doença. Estudos de coorte são longitudinais.. Podem ser prospectivos ou longitudinais. Como os estudos de coorte iniciam com pessoas expostas e não expostas, as dificuldades em medir as exposições determinam a facilidade com que o estudo será conduzido.
  • 18. Ensaio clínico randomizado Um ensaio controlado randomizado é um experimento epidemiológico para estudar uma nova forma terapêutica ou preventiva. Os pcts são alocados aleatoriamente.
  • 19. Ensaio de campo Um ensaio de campo, em contraste com os ensaios clínicos, envolvem pessoas que estão livres da doença mas sob risco de contraí-la. i.e.: vacinas.
  • 20. Estudos epidemiológicos Estudos epidemiológicos Estudos descritivos Estudos analíticos Descreve uma situação Analisa uma hipotése Existe alocação aleatória do fator de estudo? Existe alocação aleatória dos sujeitos do estudo? Estudo observacional Elenco dos sujeitos de acordo com? Estudo experimentais Estudo quasi- experimentais Enfermidade Exposição ao Populações (efeito) fator Existe história de exposição? - Ensaio clínico. Estudo Estudo de caso- Estudo de - Ensaio de campo. Estudo de coorte Ecológico controle prevalência - Ensaio clínico cruzado
  • 21. Archibald Leman Cochrane, (1909 - 1988).
  • 22. Qual o nível de forças? - Ensaio clínico cruzado Estudo Estudo de caso- Estudo de - Ensaio clínico. Estudo de coorte Ecológico controle prevalência - Ensaio de campo.
  • 23. Execução do desenho é algo delicado, mas que com algumas características será possível responder.
  • 24. Qualidade da revista pode ser mensurado pelo impacto da revista e pela sua classificação Journal Citation Reports
Fator de Impacto dos periódicos de acordo com o Institute for Scientific Information (ISI) Qualis – CAPES (A1-A2, B1-B5, C) Classificação dos periódicos de acordo com a avaliação da CAPES
  • 25.
  • 26. Medicina Baseada em Evidências "O uso consciencioso, explícito e judicioso da melhor evidência disponível para a tomada de decisões sobre o cuidado aos pacientes"
  • 27. "If you can’t measure it, it doesn’t exist." ”Se você não pode medir, não existe."
  • 28.
  • 29. Hierarquização de Oxford: Nível 1: Revisão sistemática de estudos clínicos randomizados ou estudos "N de 1" Nível 2: Ensaios clínicos randomizados ou estudo observacional com efeito dramático Nível 3: Estudo com grupo não danromizado controlado ou estudo de coorte Nível 4: estudos caso-controle, série de casos, estudo historicamente controlados Nível 5: opinião baseada em experiência limitada, não documentada ou baseada em mecanismos
  • 30.
  • 31. Os graus de recomendação e seus significados de acordo com o "projeto diretrizes" do CFM e AMB: A- Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência B- Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência C- Relatos de casos e estudos não controlados D- Opinião baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.
  • 32. Visão crítica do conceito de MBE
  • 33. relação evidências médico-paciente limites Ann Intern Med 126: 390, 1997 PROJETO DIRETRIZES
  • 34. relação médico-paciente crenças culturais valores pessoais experiências anteriores nível educacional Ann Intern Med 126: 390, 1997 PROJETO DIRETRIZES
  • 35. evidências dados do paciente pesquisa básica pesquisa clínica pesquisa epidemiológica ensaios aleatorizados revisões sistemáticas Ann Intern Med 126: 390, 1997 PROJETO DIRETRIZES
  • 36. leis da sociedade civil normas do plano de saúde padrões da comunidade tempo de atendimento custo dos procedimentos compensação financeira limites Ann Intern Med 126: 390, 1997 PROJETO DIRETRIZES
  • 37. conhe evidências cimento relação médico-paciente tomada de decisão conduta clínica ética padronizada limites Ann Intern Med 126: 390, 1997 PROJETO DIRETRIZES
  • 38. Elemento Dicas Exemplo específico Paciente ou problema Começa com a pergunta do “Em mulheres com mais de seu paciente “Como eu 40 anos com ICC por poderia descreve um grupo cardiomiopatia dilatada..." de pacientes similar ao meu?” Intervenção Pergunte “Quais das “...adicionaria anti- principais intervenções eu coagulação com Warfarina estou considerando?” para terapia padrão de ICC...” Comparação de Pergunte ˜Qual a principal “...quando compara com a intervenções alternativa comparada com terapia isolada...” a intervenção?” Outcome (resultado) Pergunte “O que eu posso “...levar a diminuição da esperar alcançar "ou “O que mortalidade ou morbidade poderia essa exposição por tromboembolismo.” realmente afetar?”
  • 39. Paciente ou problema Intervenção Comparação de intervenções Outcome (resultado)
  • 40. Paciente ou problema Intervenção Comparação de intervenções Outcome (resultado)
  • 45.
  • 46. “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”

Hinweis der Redaktion

  1. Como diferenciar e saber qual desses é o melhor? Como predizer e facilitar a minha vida no futuro?
  2. Para responder a essa pergunta, o que eu tenho que responder primeiro? Como compreender qual a força de um artigo?
  3. A falácia ecológica (tipo de viés) quando observações impróprias são tiradas com base nos estudos ecológicos. A associação observada entre variáveis de um grupo não representa necessariamente a associação existente a nível individual.
  4. ou seja
  5. Termo prospectivo refere-se ao momento da coleta de dados e não em relação entre exposição e doençaSão bastante caros pq requerem longos períodos de acompanhamento.Se a doença for rara no grupo exposto e no grupo não exposto pode ser um problema assegurar um grupo de coorte suficientemente grande.
  6. Cochrane sugeriu que existem evidências que podem ser hierarquizadas, devido ao tipo de estudo.
  7. REVER
  8. O Fator de Impacto, abreviado como FI, é uma medida que reflete o número médio de citações de artigos científicos publicados em determinado periódico.
  9. Recordar que se por um acaso não tem mensuração, não quer dizer que não existe.
  10. , além de avaliar o desenho, avalia também a qualidade do estudo. Segundo esse conceito, estudos clínicos bem desenhados, mas mal executados produzem informações de menor consistência, com menos "grau de recomendação”
  11. A relação entre qualidade de estudo e grau de recomendação e, portanto, a sua influência na decisão médica é insuficiente se utilizada de maneira absoluta e isolada, sendo desta de caráter informativo e sugestivo, cabendo ao profissional que ministra o cuidado ao paciente julga a forma, o momento e a pertinência da utilização da diretriz.
  12. Isso é conhecido como PICO
  13. Isso é conhecido como PICO
  14. Isso é conhecido como PICO
  15. Pense no paciente ou condição que você esteja lidando. Tente identificar todas as características que influenciem o problema e que sejam relevantes para sua prática ou possam interferir com os resultados que você encontrar. Quanto mais específico melhor, contudo o excesso pode fazer com que você perca informações.
  16. Em seguida pense no que você está considerando em fazer. Em terapia isso pode ser uma droga ou conselho; em diagnóstico isso pode ser um teste ou screening. Se sua pergunta for sobre dano ou etiologia, pode ser em relação a um agente ambiental. Importante, mais uma vez, ser específico.
  17. O Que você poderia fazer se não quiser fazer a intervenção? Isso pode ser nada ou cuidado conservador, mas você precisa pensar nesse estágio nas alternativas. Devem haver evidências que comparem as duas intervenções. De qualquer maneira, qualquer evidência sobre a intervenção proposta deverá ser compreendida no ambiente em que você irá aplicá-la.
  18. Existe uma diferença entre o resultado das pesquisas e aquele que será melhor para seu paciente e o prazo necessário para executar tal ação. Em doenças graves é comum concentrarmos na mortalidade e esquecermos a morbidade. Especificamente, porque os estudos usam metodologias muitas vezes diferentes e podem ter diferenças conceituais com a forma como você construiu seu problema e por conseguinte sua pergunta.