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Análise crítica das diretrizes
curriculares nacionais para a
    formação do médico
   Ricardo Alexandre de Souza


          Um convite a reflexão
Objetivos
• Provocar, discutir e rever as diretrizes
  curriculares nacionais para a formação do
  médico, sob o ponto de vista de um MFC
• Analisar levando em consideração o mercado
A pergunta:
O fato
    Governo vai lançar Plano Nacional de Educação
    Médica

    A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira
    (30) que demandou aos ministérios da Educação e da
    Saúde a criação de um Plano Nacional de Educação
    Médica. (...)
    Hoje, são formados cerca de 16 mil médicos por ano no
    País em 180 escolas médicas, segundo dados do Conselho
    Federal de Medicina (CFM). O governo quer ampliar para
    20 mil anuais, com perfil para atuar no Sistema Único de
    Saúde (SUS).(...)
http://www2.planalto.gov.br/imprensa/noticias-de-governo/governo-vai-lancar-plano-nacional-
de-educacao-medica, 31/08/2011 às 17h20
Retrospectiva histórica
Retrospectiva histórica




“Em umas poucas horas, uma estimativa confiável pôde ser feita a respeito das
possibilidades de ensinar medicina moderna em quase todas as 155 escolas que
Retrospectiva histórica
Em sua        o, das 155 escolas existentes,
apenas 31 tinham            es de continuar
funcionando
“As escolas   dicas devem estar baseadas em
Universidade, e os programas educacionais
devem ter uma base      fica”




                                Pagliosa & Da Ros, 2008
Retrospectiva histórica
Controle de          o; currículo de quatro anos (um
ciclo sico de dois anos, realizado no           rio e
ciclo    nico de mais dois anos, realizado no
hospital); exigência de           rios e          es
adequadas.
O ciclo nico deve-se dar fundamentalmente no
hospital, pois ali se encontra o local privilegiado
para estudar as doen- ças. Nas palavras do      prio
Flexner: “O estudo da medicina deve ser centrado
na doença de forma individual e concreta”

                                      Pagliosa & Da Ros, 2008
Retrospectiva histórica
O ensaio A ideologia e os aparelhos      gicos
de Estado, de Althusser, de 1970, apresentou a
base para as ticas marxistas sobre          o,
mostrando a           o da           o com a
ideologia.




                                  Briani, 2001
Discutindo a realidade
• Inviável discutir currículo sem discutir
  mercado
• Inviável discutir mercado sem discutir público-
  alvo
• Discutir o currículo para o privado ou o
  público? E quando a IES é privada?
Diz o MEC
    dico, com           o generalista, humanista,
   tica e reflexiva. Capacitado a atuar, pautado
em         pios ticos, no processo de          de-
doença em seus diferentes veis de               o,
com         es de                o,             o,
            o e               o          de, na
perspectiva da integralidade da assistência, com
senso de responsabilidade social e compromisso
com a cidadania, como promotor da               de
integral do ser humano.
                      Parecer CNE/CES nº 1.133, de 7 de agosto de 2001
Diz o MS
A         o sica caracteriza-se por um conjunto
de      es de     de, no âmbito individual e
coletivo, que abrange a          oea           o
da     de, a        o de agravos, o        stico,
o tratamento, a           o,        o de danos e
a             o da      de com o objetivo de
desenvolver uma            o integral (...) e o
imperativo tico de que toda demanda,
necessidade de     de ou sofrimento devem ser
acolhidos.
                         Portaria GM 2.488, de 21 de outubro 2011
O que dizem sobre a ESF?




      Ciênc. saúde coletiva vol.16 no.11 Rio de Janeiro Nov. 2011
Os caminhos


                 Graduação




Residência       Especialização   Acadêmico




                                       BRASIL, 2008
Uma comparação




        BRIANI, 2001   BRASIL, 2012 SOUZA, 2013
Competências Gerais
•        o      de
• Tomada de         es
•             o
• Liderança
•              o e gerenciamento
•         o permanente



                                   MEC, 2001
A organização do curso
O Curso de           o em Medicina deve ter um
projeto        gico,        do coletivamente,
centrado no aluno como sujeito da
aprendizagem e apoiado no professor como
facilitador e mediador do processo ensino-
aprendizagem




                                          MEC, 2001
Tudo ia muito bem...
DOS CURRICULARES
•   Conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da
    estrutura e        o dos tecidos,        os, sistemas e aparelhos, aplicados aos problemas de
    sua    tica e na forma como o        dico o utiliza;
•                 o dos determinantes sociais, culturais, comportamentais,                         gicos,
         gicos, ticos e legais, nos veis individual e coletivo, do processo        de-doença;
•   Abordagem do processo           de-doença do           duo e da            o, em seus        ltiplos
    aspectos de                o, ocorrência e             o;
•                 oe        nio da propedêutica        dica – capacidade de realizar        ria nica,
    exame sico, conhecimento                    gico dos sinais e sintomas; capacidade reflexiva e
                  o tica,        gica e          stica da       o    dico-paciente;
•          stico,         stico e conduta terapêutica nas doenças que acometem o ser humano
    em todas as fases do ciclo        gico, considerando-se os        rios da prevalê ncia, letalidade,
    potencial de            o e importância          gica;
•            o da       de e                 o dos processos            gicos dos seres humanos –
           o, nascimento, crescimento e desenvolvimento, envelhecimento, atividades sicas,
    desportivas e as relacionadas ao meio social e ambiental.


                                                                                             MEC, 2001
DOS CURRICULARES
• Conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e
  alterados, da estrutura e           o dos tecidos,          os, sistemas e aparelhos,
  aplicados aos problemas de sua        tica e na forma como o        dico o utiliza;
•                 o dos determinantes sociais, culturais, comportamentais,
           gicos,       gicos, ticos e legais, nos veis individual e coletivo, do
  processo        de-doença;
• Abordagem do processo           de-doença do          duo e da              o, em seus
      ltiplos aspectos de               o, ocorrência e            o;
•                 o e       nio da propedêutica         dica – capacidade de realizar
        ria nica, exame sico, conhecimento                    gico dos sinais e sintomas;
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•          stico,        stico e conduta terapêutica nas doenças que acometem o
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  humanos –                  o, nascimento, crescimento e desenvolvimento,
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  ambiental.
                                                                                   MEC, 2001
A realidade médica
Críticas e Desafios
• Mudanças atuais
• Freire e a neurociência
• O volume de informação gerado hoje é
  enorme. É necessário se preparar para isso
Críticas e Desafios
• Mudança da relação médico-paciente e a
  proximidade da comunidade
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  doenças cronico-degenarativas
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  multiprofissional
Desafios
• A formação do generalista não é a mesma do
  médico de família e comunidade, mas deve
  beber na fonte do humanismo que a
  especialidade é balizada.
• Elis Regina já canta sobre nossos ídolos, e
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• Fazer com o que o profissional lide com a
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Desafios
• Compreender a limitação do papel do médico
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Obrigado
E só mais uma coisa...
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Análise crítica das diretrizes curriculares nacionais para a formação do médico

  • 1. Análise crítica das diretrizes curriculares nacionais para a formação do médico Ricardo Alexandre de Souza Um convite a reflexão
  • 2. Objetivos • Provocar, discutir e rever as diretrizes curriculares nacionais para a formação do médico, sob o ponto de vista de um MFC • Analisar levando em consideração o mercado
  • 4. O fato Governo vai lançar Plano Nacional de Educação Médica A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (30) que demandou aos ministérios da Educação e da Saúde a criação de um Plano Nacional de Educação Médica. (...) Hoje, são formados cerca de 16 mil médicos por ano no País em 180 escolas médicas, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM). O governo quer ampliar para 20 mil anuais, com perfil para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS).(...) http://www2.planalto.gov.br/imprensa/noticias-de-governo/governo-vai-lancar-plano-nacional- de-educacao-medica, 31/08/2011 às 17h20
  • 6. Retrospectiva histórica “Em umas poucas horas, uma estimativa confiável pôde ser feita a respeito das possibilidades de ensinar medicina moderna em quase todas as 155 escolas que
  • 7. Retrospectiva histórica Em sua o, das 155 escolas existentes, apenas 31 tinham es de continuar funcionando “As escolas dicas devem estar baseadas em Universidade, e os programas educacionais devem ter uma base fica” Pagliosa & Da Ros, 2008
  • 8. Retrospectiva histórica Controle de o; currículo de quatro anos (um ciclo sico de dois anos, realizado no rio e ciclo nico de mais dois anos, realizado no hospital); exigência de rios e es adequadas. O ciclo nico deve-se dar fundamentalmente no hospital, pois ali se encontra o local privilegiado para estudar as doen- ças. Nas palavras do prio Flexner: “O estudo da medicina deve ser centrado na doença de forma individual e concreta” Pagliosa & Da Ros, 2008
  • 9. Retrospectiva histórica O ensaio A ideologia e os aparelhos gicos de Estado, de Althusser, de 1970, apresentou a base para as ticas marxistas sobre o, mostrando a o da o com a ideologia. Briani, 2001
  • 10. Discutindo a realidade • Inviável discutir currículo sem discutir mercado • Inviável discutir mercado sem discutir público- alvo • Discutir o currículo para o privado ou o público? E quando a IES é privada?
  • 11. Diz o MEC dico, com o generalista, humanista, tica e reflexiva. Capacitado a atuar, pautado em pios ticos, no processo de de- doença em seus diferentes veis de o, com es de o, o, o e o de, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da de integral do ser humano. Parecer CNE/CES nº 1.133, de 7 de agosto de 2001
  • 12. Diz o MS A o sica caracteriza-se por um conjunto de es de de, no âmbito individual e coletivo, que abrange a oea o da de, a o de agravos, o stico, o tratamento, a o, o de danos e a o da de com o objetivo de desenvolver uma o integral (...) e o imperativo tico de que toda demanda, necessidade de de ou sofrimento devem ser acolhidos. Portaria GM 2.488, de 21 de outubro 2011
  • 13. O que dizem sobre a ESF? Ciênc. saúde coletiva vol.16 no.11 Rio de Janeiro Nov. 2011
  • 14. Os caminhos Graduação Residência Especialização Acadêmico BRASIL, 2008
  • 15. Uma comparação BRIANI, 2001 BRASIL, 2012 SOUZA, 2013
  • 16. Competências Gerais • o de • Tomada de es • o • Liderança • o e gerenciamento • o permanente MEC, 2001
  • 17. A organização do curso O Curso de o em Medicina deve ter um projeto gico, do coletivamente, centrado no aluno como sujeito da aprendizagem e apoiado no professor como facilitador e mediador do processo ensino- aprendizagem MEC, 2001
  • 18. Tudo ia muito bem...
  • 19. DOS CURRICULARES • Conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e o dos tecidos, os, sistemas e aparelhos, aplicados aos problemas de sua tica e na forma como o dico o utiliza; • o dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, gicos, gicos, ticos e legais, nos veis individual e coletivo, do processo de-doença; • Abordagem do processo de-doença do duo e da o, em seus ltiplos aspectos de o, ocorrência e o; • oe nio da propedêutica dica – capacidade de realizar ria nica, exame sico, conhecimento gico dos sinais e sintomas; capacidade reflexiva e o tica, gica e stica da o dico-paciente; • stico, stico e conduta terapêutica nas doenças que acometem o ser humano em todas as fases do ciclo gico, considerando-se os rios da prevalê ncia, letalidade, potencial de o e importância gica; • o da de e o dos processos gicos dos seres humanos – o, nascimento, crescimento e desenvolvimento, envelhecimento, atividades sicas, desportivas e as relacionadas ao meio social e ambiental. MEC, 2001
  • 20. DOS CURRICULARES • Conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e o dos tecidos, os, sistemas e aparelhos, aplicados aos problemas de sua tica e na forma como o dico o utiliza; • o dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, gicos, gicos, ticos e legais, nos veis individual e coletivo, do processo de-doença; • Abordagem do processo de-doença do duo e da o, em seus ltiplos aspectos de o, ocorrência e o; • o e nio da propedêutica dica – capacidade de realizar ria nica, exame sico, conhecimento gico dos sinais e sintomas; capacidade reflexiva e o tica, gica e stica da o dico-paciente; • stico, stico e conduta terapêutica nas doenças que acometem o ser humano em todas as fases do ciclo gico, considerando-se os rios da prevalê ncia, letalidade, potencial de o e importância gica; • o da de e o dos processos gicos dos seres humanos – o, nascimento, crescimento e desenvolvimento, envelhecimento, atividades sicas, desportivas e as relacionadas ao meio social e ambiental. MEC, 2001
  • 22. Críticas e Desafios • Mudanças atuais • Freire e a neurociência • O volume de informação gerado hoje é enorme. É necessário se preparar para isso
  • 23. Críticas e Desafios • Mudança da relação médico-paciente e a proximidade da comunidade • A mudança do perfil da população e a mudança da postura do profissional: as doenças cronico-degenarativas • Trabalho comunitário e a abordagem multiprofissional
  • 24. Desafios • A formação do generalista não é a mesma do médico de família e comunidade, mas deve beber na fonte do humanismo que a especialidade é balizada. • Elis Regina já canta sobre nossos ídolos, e devem os MFC serem o novos ídolos?! • Fazer com o que o profissional lide com a incerteza
  • 25. Desafios • Compreender a limitação do papel do médico • Da limitação da diagnose • Da necessidade que a pessoa tem de partilhar, compartilhar e vivenciar
  • 27. E só mais uma coisa...
  • 28. E só mais uma coisa...

Hinweis der Redaktion

  1. Abraham Flexner visitou todas as 155 escolas em 180 dias!Flexner se torna presidente da General EducationBoard subsidiado por Rockfeller e assim movimenta 300 milhoes de dólares em 10 anos.
  2. Nos EUA, o número de escolas de Medicinacaiu de 131 para 81 nos 12 anosposterioresaoinforme.número de escolasmédicashomeopáticasdiminuiu de 20 para 4 entre 1910 e 1920.Muitas se converteramaomodelobiomédico. A últimaescola de fisiomedicalismofoifechadaem 1911.Cinco das seteescolasparanegrosforamfechadas. A escolamédica se elitizou e passou a serfreqüentadapelaclassemédiaalta.
  3. O essencialnaargumentação de Althusser é a manutenção da sociedadecapitalistapormeio da reprodução do aparatoeconômico (força de trabalho, meios de produção) e do aparatoideológico, entre estes a religião, a escola, a família e osmeios de comunicação. A escola é central, poisatingepraticamentetoda a populaçãopor um períodoprolongado de tempo.
  4. Mercado é o privado e o públicoPúblico-alvo é a população, sistema de saúde privado e públicoE quando a IES é privada não é direito do aluno se inserir no mercado como quiser e quando quiser??Mercado público carece de médicos generalistas humanizados
  5. Em 1949, com a publicaçãoPrincípiosbásicos de currículo e ensino, de Tyler, consolida-se o modelopropostoem 1918 por Bobbitt, dominandoeste campo até o final da década de 80. Para Tyler, quatroquestõesbásicasdeveriamserrespondidaspelodesenvolvimento do currículo: “1. queobjetivoseducacionaisdeve a escolaprocuraratingir?; 2. queexperiênciaseducacionaispodemseroferecidasquetenhamprobabilidade de alcançaressespropósitos?; 3. comoorganizareficien- tementeessasexperiênciaseducacionais?; 4. comopodemoster a certe- za de queessesobjetivosestãosendoalcançados?” (currículo – ensinoeinstrução–avaliação). Giroux acreditavaserpossível “canalizaropotencialde resistênciademonstradoporestudantes e professoresparadesenvolverumapedago- gia e um currículoquetenham um conteúdoclaramentepolítico e quesejacrítico das crenças e dos arranjossociaisdominantes” . idéias dos teóricos de Frankfurt, poiscompreende o currículopormeio dos conceitos de emancipação e libertação.
  6. Atenção à saúde:Desfechoé a resolução do problema de saúde do pacienteTomada de decisões:EficáciaComunicação: habilidades de comunicaçãoLiderança: dferente de chefiaAdministração e gerenciamento: Educaçãopermanente:aprenderporsisó
  7. Onde está conhecer a pessoa?
  8. Onde está conhecer a pessoa?
  9. As profundasmodificaçõesqueaconteceramemdiferentesáreas do conhecimentonasúltimasdécadasprovocaramgrandeimpactosobre as estratégias de ensino-aprendizagem e osprocessos de produção, desenvolvimento e distribuição do conhecimento. As neurociências e a psicologiacognitivadesvendaramgrande parte dos processospormeio dos quaisaprendemos. Demonstraram, porexemplo, quefatos e conceitossãomaisfacilmenterecordados e mobilizadosquandoensinados, praticados e avaliados no contextoemquesãousados. Istoexige a reconfiguração das situações e ambientes de ensino-aprendiza-gem disponibilizadosparaosestudantesemsuaformaçãoO aumentoincontrolável e incontornável do volume e a grandetransitoriedade da base de conhecimentosnecessários à prática de umaprofissão, a médicaem particular, exigemque a capacidadeparaaprenderdurantetoda a vida – aprender a aprender – sejadesenvolvidadesde o processo de graduação
  10. A distribuição do cuidado da saúdetambémsofreumodificaçõesimportantes. O acesso à saúde das pessoas e comunidadesé consideradohoje um direito social. Isto, aolado do maioracessoàsinformaçõesemsaúde e da conscientização das pessoas, mudou as expectativas e exigências da popula- çãoquantoàscondições de oferta dos serviços e trouxemodificaçõesimportantesnasrelações entre o médico e seu(s) paciente(s). A mudança do perfilepidemiológico da população, com o grandepredomínio das doençascrônico-degenerativas, tambémexigiu um reordenamento das ações e estratégiasnasaúde, com sériasimplicaçõesnaformação dos profissionais. Cadavezmais, o trabalhomultiprofissional e osconheci- mentosinterdisciplinares se fazemnecessáriosparaenfrentar as complexasnecessidades de saúde das pessoas e comunidades. Osconhecimentos e práticas da saúdecoletiva, o entendi- mento e a participaçãonaconstrução das políticaspúblicas e naorganização dos serviços de saúdetornam-se competênciasnecessárias e imprescindíveisaodesempenho dos profissio- nais da saúde.