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Economia de Energia


SUSTENTABILIDADE NO CENÁRIO TECNOLÓGICO


Apresentador: RHANIERY SOARES TAVARES

Curso: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Centro Universitário de Patos de
Minas – UNIPAM


                                            Patos de Minas,
                                          Novembro de 2012
Energia Elétrica, prós... e contras
            Uma das maiores – se não for a maior – invenções da Humanidade, a eletricidade é
também um dos grandes vilões do meio ambiente, sendo a principal causa do aquecimento
global que tanto vem preocupando cientistas e especialistas.
Sem a eletricidade, o homem não teria se desenvolvido, criado máquinas ou inventado novas
formas de se comunicar. Não teria chegado à Lua, viveria com menos conforto e não teria à sua
disposição tantas formas de transporte. A informática, os supercomputadores e todo um mundo
de possibilidades não existiriam. No entanto, a energia nem sempre é uma fonte inesgotável –
tanto que o Brasil pode vir a ter problemas nesse setor já a partir de 2008, segundo
especialistas.
            Há efeitos regionais e globais, como as chuvas ácidas, o derramamento de petróleo
em oceanos, a destruição da camada de ozônio causada pelo uso de CFC (composto de cloro-
flúor-carbono) e o já citado superaquecimento terrestre, motivado pelo acúmulo de gases na
atmosfera, o famoso efeito estufa. A extração de recursos como petróleo, carvão, biomassa ou
hidroeletricidade muda os padrões de uso do solo, dos recursos hídricos, altera a cobertura
vegetal e a composição atmosférica. Sua produção e uso liberam substâncias – muitas
delas, com propriedades cumulativas – que comprometem a sobrevivência do ser humano, da
fauna e flora.




                                                                                              Patos de
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Efeito Estufa
            O efeito estufa é o fenômeno que faz com que a temperatura da Terra seja maior do
que seria na ausência de atmosfera. Dentro de um limite, ele mantém a estabilidade da
temperatura e é fundamental para a existência de vida sobre o planeta, mas seu agravamento
provoca o que chamamos de aquecimento global. Como resultado, a Terra recebe quase o dobro
de energia da atmosfera do que recebe do Sol e, por isso, sua temperatura é cerca de 30ºC mais
quente do que seria sem a presença desses gases – muitos deles produzidos naturalmente por
erupções vulcânicas, decomposição de matérias orgânicas e pela fumaça de grandes incêndios.
Mas a poluição, advinda de atividades humanas, tem uma grande parcela de culpa nessa
história.
            Entre as consequencias catastróficas do aquecimento do clima provocado pelo efeito
estufa, estão o derretimento das calotas polares e de geleiras, que eleva o nível de oceanos e
lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas; a intensificação dos
processos de desertificação e de proliferação de insetos em regiões tropicais e subtropicais; o
desaparecimento de espécies animais e vegetais com a destruição de seus habitats naturais; e a
multiplicação de fenômenos da natureza trágicos de grandes proporções, incluindo
secas, inundações e furacões.
Na tentativa de evitar maiores desastres, 84 países assinaram em 1997 o Protocolo de
Kyoto, que determina redução de, em média, 5,2% na emissão de gases nocivos na atmosfera.




                                                                                         Patos de Minas,
                                                                                       Novembro de 2012
O que a eletricidade tem haver com isso ?
           O setor energético é responsável por grande parte dos gases lançados
 na atmosfera: por 75% do dióxido de carbono lançado à atmosfera, 41% do
 chumbo, 85% das emissões de enxofre e aproximadamente 76% dos óxidos de
 nitrogênio. A produção de eletricidade em termoelétricas representa cerca de
 um terço das emissões mundiais de dióxido de carbono, sendo seguida pelos
 setores de transporte e industrial. E mesmo as hidroelétricas, consideradas
 fontes “limpas” de energia, têm lá seus problemas. Apesar de ajudarem a
 regularizar cheias, promoverem a irrigação e a navegabilidade de rios, elas
 também trazem impactos irreversíveis ao meio ambiente, como mudanças na
 composição e propriedades químicas da água, mudanças na
 temperatura, concentração de sedimentos e outras modificações que
 afetam, entre outras coisas, a densidade de populações de peixes, mudando os
 ciclos de reprodução. Quanto maior o nível de atividade econômica de um
 país, maior é o seu consumo de energia.




                                                                                  Patos de
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Computação “Verde”
            No começo de março de 2007, o jornal britânico The Economist
 ("www.economist.com":http://www.economist.com) publicou um artigo com um estudo do
 Lawrence Berkeley National Laboratory que revela ter dobrado o consumo de energia dos
 centros de dados das empresas entre 2000 e 2005, e atualmente representa 1,2% do consumo
 de eletricidade nos Estados Unidos (embora outros cálculos apontem para 4%). Até 10% dos
 orçamentos de tecnologia de uma organização são gastos todos os anos com energia, disse
 Rakesh Kumar, da consultoria Gartner, ao jornal. Apenas metade desse custo é usada pelos
 computadores; grande parte do consumo é para o resfriamento. Outra consultoria, a
 IDC, complementou a informação dizendo que o consumo de energia é hoje uma das cinco
 maiores preocupações dos administradores de sistemas.
            O consumo de energia aumentou por causa da popularização da internet, diz a
 matéria, mas também pela forma como os computadores sempre foram projetados para
 maximizar o desempenho a qualquer custo. Para se ter uma idéia, o consumo médio de um
 servidor cresceu de 150 watts para 400 watts nos últimos dez anos. Mas, aos poucos, chips
 com vários núcleos e sistemas de resfriamento mais eficientes começam a dominar o mercado
 em busca de soluções mais eficientes nesse campo. É a chamada “computação verde”, como
 gosta o Greenpeace, entrando em campo.




                                                                                           Patos de
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Em busca da tecnologia sustentável
           A elevação dos custos com energia e a falta de espaço para máquinas nas empresas
colocaram os fabricantes de computadores em uma encruzilhada: quem não desenvolver
equipamentos que reúnam melhor eficiência energética e maior desempenho corre o risco de
perder a competitividade. Ao mesmo tempo, essas questões impulsionam a indústria de
condicionamento de ar a criar novas tecnologias.
O custo do imóvel – seja próprio ou alugado – pesa bastante na hora de uma empresa pensar
em sua estrutura de TI. Por isso, nos últimos anos, muitas indústrias migraram para os
servidores blade – máquinas compactas de troca a quente que se empilham, como módulos
independentes (cada uma com seu próprio processador, memória, controladores de
rede, sistema operacional, aplicativos e capacidade de armazenamento), em um único rack. A
economia de espaço e a facilidade de integração aumentaram a popularidade desses
servidores, mas criaram outro problema: como compartilham
energia, ventilação, drives, comutadores e portas, quanto maior o número de máquinas
empilhadas, maior é a quantidade de calor produzida por seus processadores.




                                                                                             Patos de
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Evitando gastos nas empresas
        Em todo o mundo, empresas têm se mobilizado para conseguir dar
continuidade em seus negócios agredindo menos o meio ambiente, tendo
como objetivo proporcionar um mundo melhor para as futuras gerações. Essa
preocupação chegou ao mercado de TI motivado pelo alto índice de consumo
de energia e lixo tecnológico produzido em todo setor, forçando os executivos
a pensarem em alternativas para não agredir tanto o planeta, reduzindo o
consumo de energia elétrica e a emissão de CO2.
        Uma das principais alternativas hoje é o conceito de Virtualização de
Servidores, uma saída encontrada para otimizar espaço físico e custos de TI
dentro das empresas. Com essa tecnologia colocam-se diversas aplicações
dentro de um servidor único, aumentando a eficiência operacional, reduzindo
custos com ativos de infraestrutura, mão-de-obra especializada, licença de
softwares e eliminando desperdícios com hardware ocioso, chegando em geral
a uma economia bem significante para as empresas.




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Soluções Reduzir o Consumo de Energia
           nos Datacenters




                                          Patos de
                                  Minas, Novembro
Cenário atual
• Alto consumo de energia dos datacenters, só nos Estados Unidos o
  consumo anual representa 1.5% do total do País, segundo a Agência de
  Proteção Ambiental Americana.
• Mais de 80% dos servidores vendidos são x86
• A utilização dessas plataformas é muito baixa, em torno de 5% e 10% para
  períodos de 24 horas.
• Uma das causas da baixa utilização dos servidores é o uso de apenas um
  único sistema de aplicação por servidor.
• Tecnologias emergentes, tais como virtualização de servidores e
  storage, gerenciamento dinâmico de carga, particionamento e ferramentas
  de monitoração, estão evoluindo rapidamente para permitir uma maior
  utilização de recursos.




                                                                               Patos de
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Ações para gerenciar o consumo de energia
•   Colaboração entre arquitetos, engenheiros de software e operações de datacenter e o pessoal de gestão
    predial na definição de plataformas de software e hardware com eficiência energética
•   Desenvolver um processo de decisão baseado em métricas de eficiência: serviços compartilhados;
    softwares baseados em serviços (SaaS), com potencial para redução do consumo de energia sem afetar os
    níveis de serviços do negócio
•   Usar modelos para determinar detalhadamente os custos de energia, do espaço físico, dos escritórios e da
    infraestrutura dos datacenters. Esses modelos são importantes para conhecer o impacto do consumo de
    energia nas projeções de crescimento em diferentes cenários
•   Desenvolver um programa sistemático para a consolidação de servidores com balanceamento de carga
    para maximizar o retorno do investimento (ROI). Isso adiará a aquisição de novos equipamentos
•   Aquisição de novos servidores para operar entre 60% e 70% de utilização, reduzindo o impacto de
    consumo de energia e ar-condicionado.
•   Uso de software para aumentar as taxas de utilização dos servidores, incluindo software de virtualização.
    Essa iniciativa deve ser acompanhada de mudanças de processos, tal como executar o ambiente de teste
    numa partição ao lado da partição de produção
•   Desenvolver um programa sistemático para a consolidação de servidores com balanceamento de carga
    para maximizar o retorno do investimento (ROI). Isso adiará a aquisição de novos equipamentos
•   Aquisição de novos servidores para operar entre 60% e 70% de utilização, reduzindo o impacto de
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•   Uso de software para aumentar as taxas de utilização dos servidores, incluindo software de virtualização.
    Essa iniciativa deve ser acompanhada de mudanças de processos, tal como executar o ambiente de teste
    numa partição ao lado da partição de produção
•   Fazer uma análise rigorosa da topologia atual para identificar equipamentos que possam ser eliminados
    sem alternar o desempenho e confiabilidade da plataforma
•   Ir além da regulamentação da legislação sobre resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, das
    restrições de uso de substâncias perigosas e dos processos de eliminação e recuperação de metais
•   Definição de métricas de consumo de energia a ser aplicadas nos equipamentos de computação


                                                                                                             Patos de
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  • 2. Energia Elétrica, prós... e contras Uma das maiores – se não for a maior – invenções da Humanidade, a eletricidade é também um dos grandes vilões do meio ambiente, sendo a principal causa do aquecimento global que tanto vem preocupando cientistas e especialistas. Sem a eletricidade, o homem não teria se desenvolvido, criado máquinas ou inventado novas formas de se comunicar. Não teria chegado à Lua, viveria com menos conforto e não teria à sua disposição tantas formas de transporte. A informática, os supercomputadores e todo um mundo de possibilidades não existiriam. No entanto, a energia nem sempre é uma fonte inesgotável – tanto que o Brasil pode vir a ter problemas nesse setor já a partir de 2008, segundo especialistas. Há efeitos regionais e globais, como as chuvas ácidas, o derramamento de petróleo em oceanos, a destruição da camada de ozônio causada pelo uso de CFC (composto de cloro- flúor-carbono) e o já citado superaquecimento terrestre, motivado pelo acúmulo de gases na atmosfera, o famoso efeito estufa. A extração de recursos como petróleo, carvão, biomassa ou hidroeletricidade muda os padrões de uso do solo, dos recursos hídricos, altera a cobertura vegetal e a composição atmosférica. Sua produção e uso liberam substâncias – muitas delas, com propriedades cumulativas – que comprometem a sobrevivência do ser humano, da fauna e flora. Patos de Minas, Novembro de 2012
  • 3. Efeito Estufa O efeito estufa é o fenômeno que faz com que a temperatura da Terra seja maior do que seria na ausência de atmosfera. Dentro de um limite, ele mantém a estabilidade da temperatura e é fundamental para a existência de vida sobre o planeta, mas seu agravamento provoca o que chamamos de aquecimento global. Como resultado, a Terra recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que recebe do Sol e, por isso, sua temperatura é cerca de 30ºC mais quente do que seria sem a presença desses gases – muitos deles produzidos naturalmente por erupções vulcânicas, decomposição de matérias orgânicas e pela fumaça de grandes incêndios. Mas a poluição, advinda de atividades humanas, tem uma grande parcela de culpa nessa história. Entre as consequencias catastróficas do aquecimento do clima provocado pelo efeito estufa, estão o derretimento das calotas polares e de geleiras, que eleva o nível de oceanos e lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas; a intensificação dos processos de desertificação e de proliferação de insetos em regiões tropicais e subtropicais; o desaparecimento de espécies animais e vegetais com a destruição de seus habitats naturais; e a multiplicação de fenômenos da natureza trágicos de grandes proporções, incluindo secas, inundações e furacões. Na tentativa de evitar maiores desastres, 84 países assinaram em 1997 o Protocolo de Kyoto, que determina redução de, em média, 5,2% na emissão de gases nocivos na atmosfera. Patos de Minas, Novembro de 2012
  • 4. O que a eletricidade tem haver com isso ? O setor energético é responsável por grande parte dos gases lançados na atmosfera: por 75% do dióxido de carbono lançado à atmosfera, 41% do chumbo, 85% das emissões de enxofre e aproximadamente 76% dos óxidos de nitrogênio. A produção de eletricidade em termoelétricas representa cerca de um terço das emissões mundiais de dióxido de carbono, sendo seguida pelos setores de transporte e industrial. E mesmo as hidroelétricas, consideradas fontes “limpas” de energia, têm lá seus problemas. Apesar de ajudarem a regularizar cheias, promoverem a irrigação e a navegabilidade de rios, elas também trazem impactos irreversíveis ao meio ambiente, como mudanças na composição e propriedades químicas da água, mudanças na temperatura, concentração de sedimentos e outras modificações que afetam, entre outras coisas, a densidade de populações de peixes, mudando os ciclos de reprodução. Quanto maior o nível de atividade econômica de um país, maior é o seu consumo de energia. Patos de Minas, Novembro
  • 5. Computação “Verde” No começo de março de 2007, o jornal britânico The Economist ("www.economist.com":http://www.economist.com) publicou um artigo com um estudo do Lawrence Berkeley National Laboratory que revela ter dobrado o consumo de energia dos centros de dados das empresas entre 2000 e 2005, e atualmente representa 1,2% do consumo de eletricidade nos Estados Unidos (embora outros cálculos apontem para 4%). Até 10% dos orçamentos de tecnologia de uma organização são gastos todos os anos com energia, disse Rakesh Kumar, da consultoria Gartner, ao jornal. Apenas metade desse custo é usada pelos computadores; grande parte do consumo é para o resfriamento. Outra consultoria, a IDC, complementou a informação dizendo que o consumo de energia é hoje uma das cinco maiores preocupações dos administradores de sistemas. O consumo de energia aumentou por causa da popularização da internet, diz a matéria, mas também pela forma como os computadores sempre foram projetados para maximizar o desempenho a qualquer custo. Para se ter uma idéia, o consumo médio de um servidor cresceu de 150 watts para 400 watts nos últimos dez anos. Mas, aos poucos, chips com vários núcleos e sistemas de resfriamento mais eficientes começam a dominar o mercado em busca de soluções mais eficientes nesse campo. É a chamada “computação verde”, como gosta o Greenpeace, entrando em campo. Patos de Minas, Novembro de
  • 6. Em busca da tecnologia sustentável A elevação dos custos com energia e a falta de espaço para máquinas nas empresas colocaram os fabricantes de computadores em uma encruzilhada: quem não desenvolver equipamentos que reúnam melhor eficiência energética e maior desempenho corre o risco de perder a competitividade. Ao mesmo tempo, essas questões impulsionam a indústria de condicionamento de ar a criar novas tecnologias. O custo do imóvel – seja próprio ou alugado – pesa bastante na hora de uma empresa pensar em sua estrutura de TI. Por isso, nos últimos anos, muitas indústrias migraram para os servidores blade – máquinas compactas de troca a quente que se empilham, como módulos independentes (cada uma com seu próprio processador, memória, controladores de rede, sistema operacional, aplicativos e capacidade de armazenamento), em um único rack. A economia de espaço e a facilidade de integração aumentaram a popularidade desses servidores, mas criaram outro problema: como compartilham energia, ventilação, drives, comutadores e portas, quanto maior o número de máquinas empilhadas, maior é a quantidade de calor produzida por seus processadores. Patos de Minas, Novembro de
  • 7. Evitando gastos nas empresas Em todo o mundo, empresas têm se mobilizado para conseguir dar continuidade em seus negócios agredindo menos o meio ambiente, tendo como objetivo proporcionar um mundo melhor para as futuras gerações. Essa preocupação chegou ao mercado de TI motivado pelo alto índice de consumo de energia e lixo tecnológico produzido em todo setor, forçando os executivos a pensarem em alternativas para não agredir tanto o planeta, reduzindo o consumo de energia elétrica e a emissão de CO2. Uma das principais alternativas hoje é o conceito de Virtualização de Servidores, uma saída encontrada para otimizar espaço físico e custos de TI dentro das empresas. Com essa tecnologia colocam-se diversas aplicações dentro de um servidor único, aumentando a eficiência operacional, reduzindo custos com ativos de infraestrutura, mão-de-obra especializada, licença de softwares e eliminando desperdícios com hardware ocioso, chegando em geral a uma economia bem significante para as empresas. Patos de Minas, Novembro de
  • 8. Soluções Reduzir o Consumo de Energia nos Datacenters Patos de Minas, Novembro
  • 9. Cenário atual • Alto consumo de energia dos datacenters, só nos Estados Unidos o consumo anual representa 1.5% do total do País, segundo a Agência de Proteção Ambiental Americana. • Mais de 80% dos servidores vendidos são x86 • A utilização dessas plataformas é muito baixa, em torno de 5% e 10% para períodos de 24 horas. • Uma das causas da baixa utilização dos servidores é o uso de apenas um único sistema de aplicação por servidor. • Tecnologias emergentes, tais como virtualização de servidores e storage, gerenciamento dinâmico de carga, particionamento e ferramentas de monitoração, estão evoluindo rapidamente para permitir uma maior utilização de recursos. Patos de Minas, Novembro de
  • 10. Ações para gerenciar o consumo de energia • Colaboração entre arquitetos, engenheiros de software e operações de datacenter e o pessoal de gestão predial na definição de plataformas de software e hardware com eficiência energética • Desenvolver um processo de decisão baseado em métricas de eficiência: serviços compartilhados; softwares baseados em serviços (SaaS), com potencial para redução do consumo de energia sem afetar os níveis de serviços do negócio • Usar modelos para determinar detalhadamente os custos de energia, do espaço físico, dos escritórios e da infraestrutura dos datacenters. Esses modelos são importantes para conhecer o impacto do consumo de energia nas projeções de crescimento em diferentes cenários • Desenvolver um programa sistemático para a consolidação de servidores com balanceamento de carga para maximizar o retorno do investimento (ROI). Isso adiará a aquisição de novos equipamentos • Aquisição de novos servidores para operar entre 60% e 70% de utilização, reduzindo o impacto de consumo de energia e ar-condicionado. • Uso de software para aumentar as taxas de utilização dos servidores, incluindo software de virtualização. Essa iniciativa deve ser acompanhada de mudanças de processos, tal como executar o ambiente de teste numa partição ao lado da partição de produção • Desenvolver um programa sistemático para a consolidação de servidores com balanceamento de carga para maximizar o retorno do investimento (ROI). Isso adiará a aquisição de novos equipamentos • Aquisição de novos servidores para operar entre 60% e 70% de utilização, reduzindo o impacto de consumo de energia e ar-condicionado • Uso de software para aumentar as taxas de utilização dos servidores, incluindo software de virtualização. Essa iniciativa deve ser acompanhada de mudanças de processos, tal como executar o ambiente de teste numa partição ao lado da partição de produção • Fazer uma análise rigorosa da topologia atual para identificar equipamentos que possam ser eliminados sem alternar o desempenho e confiabilidade da plataforma • Ir além da regulamentação da legislação sobre resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, das restrições de uso de substâncias perigosas e dos processos de eliminação e recuperação de metais • Definição de métricas de consumo de energia a ser aplicadas nos equipamentos de computação Patos de Minas, Novembro de