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Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
POSITIVISMO?
CIENTIFICISMO?
PARNASO?
PERFEIÇÃO FORMAL?
OBJETIVIDADE?
EQUILÍBRIO?
DESCRITIVISMO?
SONETO?
POETA- JOALHEIRO?
ARTE PELA ARTE?
POETA- ESCULTOR?
CULTO À ANTIGUIDADE CLÁSSICA?
RIMA RICA?
UNIVERSALISMO?
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
O detalhismo
realista do século XIX, é inspirado
nos padrões clássicos dos
gregos e latinos,
Representado na escultura de Vênus.
Presciliano Silva em desenhou
a lápis,
à mão livre, a figura ao lado,
Gustave Coubert, descreveu cena comum
nas plantações da Europa em “Peneiradeiras de trigo”,
SE DEPOIS DA TEMPESTADE, VEM A BONANÇA! ... DEPOIS DO
PARNASIANISMO...
A SUGESTÃO
A MÚSICA
A SINESTESIA
A CONTEMPLAÇÃO
O DESCONHECIDO
O IMPALPÁVEL
O PESSIMISMO
A MORTE
O SENTIMENTO
A SUBJETIVIDADE
A SONORIDADE
SIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMO
SIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMO...
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
"Sugerir, eis o sonho.”
(Mallarmé, simbolista francês)
"A música acima de tudo...“
(Paul Verlaine, simbolista francês)
“Para mim, as palavras, como têm colorido
e som, têm, do mesmo modo, sabor.
(Cruz e Sousa, simbolista brasileiro)
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
VIAGEM.
Paulo César Pinheiro e João de Aquino
Oh, tristeza, me desculpe / Tou de malas prontas
Hoje a poesia veio ao meu encontro
Já raiou o dia, . . . vamos viajar
Vamos indo de carona / Na garupa leve
Do tempo macio / Que vem caminhando
Desde muito longe / Lá do fim do mar
Vamos visitar a estrela / Da manhã raiada
Que pensei perdida / Pela madrugada
Mas vai escondida, . . . querendo brincar
A letra dessa poética composição pode muito bem servir de roteiro para o
estudo do SIMBOLISMOSIMBOLISMO. Por quê?
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Oh, tristeza, me desculpe / Tou de malas prontas
Hoje a poesia veio ao meu encontro
Já raiou o dia, . . . vamos viajar
Vamos indo de carona / Na garupa leve
Do tempo macio / Que vem caminhando
Desde muito longe / Lá do fim do mar
Vamos visitar a estrela / Da manhã raiada
Que pensei perdida / Pela madrugada
Mas vai escondida, . . . querendo brincar
∗ O EU-LÍRICO se dirige à TRISTEZA e comunica-lhe que irá para outros mundos
porque a POESIA vai levá-lo a LUGARES LONGÍNQUOS. A VIAGEM será em
companhia do TEMPO, tão logo o dia amanheça.
∗ Sugere-se nesses versos que o processo de criação pode ser sinônimo de
alegria, apesar de, outras vezes, o poeta ter sido melancólico. O universo
está à disposição do poeta. As belezas que ele julgava perdidas durante a
noite, são recuperadas quando o dia amanhece.
∗ Os verbos que indicam as ações do eu-lírico estão no plural, índice de que ele
não viajará sozinho.
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Olha, quantas aves brancas / Minha
poesia
Dançam nossa valsa / Pelo céu que um
dia
Fez todo bordado de raios de sol
Oh, poesia, me ajude / Vou colher
avencas
Lírios, rosas, dálias / Pelos campos
verdes
Que você batiza de jardins do céu
Os vocábulos brancas, valsa, raios de
sol, jardins do sol, jardins do céu
transportam o leitor para um mundo
etéreo, impreciso, numa atmosfera
de sonho.
É o sonho que permitirá à voz poética
criar o poema que deseja.
A todo momento, há diálogo com a
poesia.
Os versos desses
compositores
contemporâneos exploram
vários elementos que os
poetas do século XIX, os
simbolistas, valorizavam.
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Vamos visitar a estrela / Da manhã raiada
Que pensei perdida / Pela madrugada
Mas vai escondida, . . . querendo brincar
Senta nessa nuvem clara / Minha poesia
Anda se prepara / Traz uma cantiga
Vamos espalhando música no ar
Mas, pode ficar tranquila / Minha poesia
Pois nós voltaremos / Numa estrela guia
Num clarão de lua . . . .quando serenar
Que formas, você, aluno, imagina o que os
compositores sugeriram até aqui?
O quadro de Pierre Chavannes é intitulado “O
sonho”.
Observe como as formas são imprecisas,
esfumaçadas também.
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Ou talvez até, quem sabe / Nós só
voltaremos
No cavalo baio, no alazão da
noite
Cujo nome é Raio, Raio de Luar
Será que poeta e poesia retornarão à
realidade?
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
No plano internacional, o Simbolismo surge como uma negação, uma volta à
realidade subjetiva, em oposição a uma realidade mundial difícil de ser
entendida racionalmente: as últimas décadas do século XX, na Europa, foram
tempos de tensão entre o Capitalismo e o Socialismo que surgia. O
materialismo não trouxera a felicidade para a humanidade e isso justifica o
culto do movimento ao misticismo, ao sonho, à religião, à fé e à análise do
lado subconsciente do ser humano, marcado por frustrações, angústias, falta
de perspectiva.
Surge no Brasil, em 1893, com a publicação de dois livros: "Missal" (prosa) e
"Broquéis" (poesia), ambos de Cruz e Sousa.
Flores negras de tédio e flores vagas
De amores vãos, tantálicos, doentios...
Fundas vermelhidões de velhas chagas
Em sangue, abertas, escorrendo em rios
Tudo! Vivo e nervoso e quente e forte,
Nos turbilhões quiméricos do Senho,
Passe, cantando, ante o perfil medonho
E o tropel da Morte... (Antífona)
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
...Flores negras de tédio e flores vagas
De amores vãos, tantálicos(1), doentios...
Fundas vermelhidões(2) de velhas chagas
Em sangue, abertas, escorrendo em rios...
Tudo! Vivo e nervoso e quente e forte,(3)
Nos turbilhões quiméricos(4) do Sonho,(5)
Passe, cantando, ante o perfil medonho
E o tropel cabalístico(6) da Morte... (Antífona) (7)
(1) - Relativo a Tântalo, figura mitológica. No poema é sinônimo de sofrimento.
(2) - Exploração do cromatismo.
(3) - Expressividade pelo uso da repetição da conjunção e.
(4) - Relativo a ilusão, fantasia.
(5) - Uso de maiúsculas, para realce do termo.
(6) - Relativo a sistema filosófico místico e esotérico.
(7) - Relativo a Liturgia, versículo cantado pelo celebrante antes e depois de um
salmo.
A atmosfera do texto é sombria, tristonha, talvez até, macabra e lúgubre.
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
No Simbolismo as palavras transcendem o significado, ao mesmo tempo que
apelam para todos os nossos sentidos. É constante o uso de
Sinestesias: Para as estrelas de cristais gelados...(Luz e tato)
Branca, do alvor das âmbulas sagradas
e das níveas camélias regeladas...(Visão, olfato e tato)
Cintila e canta na canção das cores...(Visão e audição)
Era um som feito luz, eram volatas...(Audição e visão)
...sintam aquele aroma estranho e belo...(Olfato e visão)
...origens vivas da Luz, do Aroma, segredantes vozes...(Visão, olfato e
audição)
Luz dolorosa (Visão e tato)
Ó Sons intraduzíveis, Formas, Cores!...(Audição e visão)
(Todos os trechos transcritos pertencem a Cruz e Sousa, obra BroquéisBroquéis.)
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
No Simbolismo as palavras transcendem o significado, ao mesmo tempo que
apelam para todos os nossos sentidos. É constante o uso de
Aliterações: E fria, fluente, frouxa claridade... (f)
Errante, errante, ao turbilhão dos ventos... (t)
...de silfos leves, sensuais, lascivos... (s,l)
...és a nervosa/ serpente tentadora e tenebrosa,/ tenebrosa serpente de
cabelos!... (t,p,b)
...vagas visões volúpicas, velozes...(v)
Do imenso Mar maravilhoso, amargos/marulhosos murmurem (m)
Assonâncias: ...acres aromas de algas e sargaços...(a)
Errante, errante, ao turbilhão dos ventos... (ã)
...és a nervosa/ serpente tentadora e tenebrosa,/ tenebrosa serpente de
cabelos!... (e)
(Todos os trechos transcritos pertencem a Cruz e Sousa, obra BroquéisBroquéis.)
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Cruz e Sousa utiliza
Sugestão erótica profunda em imagens carregadas de sensualidade
Quisera ser a serpe venenosa
Que dá-te medo e dá-te pesadelos
Para envolver-me, ó Flor maravilhosa,
Na flavos turbilhões dos teus cabelos.
Quisera ser a serpe veludosa
Para, enroscada em múltiplos novelos,
saltar-te aos seios de fluidez cheirosa.
E babujá-los e depois mordê-los...
Talvez que o sangue impuro e flamejante
Do teu lânguido corpo de bacante,
da langue ondulação de águas do Reno
Completamente se purificasse...
Pois que um veneno de áspide vorace
deve ser morto com igual veneno... (Lubricidade)
∗ A idéia de sensualidade é ligada à figura da serpente; a mulher é ligada ao deus do
vinho, Baco.
∗ Aparecem os termos flavos(dourado), Reno(rio da Alemanha) que sugerem a
atração do poeta pela mulher branca.
∗ Nos dois tercetos, o eu-lírico sugere que o sangue puro da mulher poderia purificar
o sangue impuro dele, caso os desejos sexuais fossem satisfeitos.
".
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Quisera ser a serpe astuciosa
Que te dá medo e faz-te pesadelos
Para esconder-me, ó flor luxuriosa,
Na floresta ideal dos teus cabelos.
Quisera ser a serpe venenosa
Para enroscar-me em múltiplos novelos,
Para saltar-te aos seios cor-de-rosa.
E bajulá-los e depois mordê-los.
Talvez que o sangue impuro e rutilante
Do teu divino corpo de bacante,
Sangue febril como um licor do Reno
Completamente se purificasse
Pois que um veneno orgânico e vorace
Para ser morto é bom outro veneno.
(Aspiração)
Quisera ser a serpe venenosa
Que dá-te medo e dá-te pesadelos
Para envolver-me, ó Flor
maravilhosa,
Na flavos turbilhões dos teus cabelos.
Quisera ser a serpe veludosa
Para, enroscada em múltiplos novelos,
saltar-te aos seios de fluidez cheirosa.
E babujá-los e depois mordê-los...
Talvez que o sangue impuro e flamejante
Do teu lânguido corpo de bacante,
da langue ondulação das águas do Reno
Completamente se purificasse
Pois que um veneno de áspide vorace
deve ser morto com igual veneno...
(Lubricidade)
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Quisera ser a serpe astuciosa
Que te dá medo e faz-te pesadelos
Para esconder-me, ó flor luxuriosa,
Na floresta ideal dos teus cabelos.
Quisera ser a serpe venenosa
Para enroscar-me em múltiplos novelos,
Para saltar-te aos seios cor-de-rosa.
E bajulá-los e depois mordê-los.
Talvez que o sangue impuro e rutilante
Do teu divino corpo de bacante,
Sangue febril como um licor do Reno
Completamente se purificasse
Pois que um veneno orgânico e vorace
Para ser morto é bom outro veneno.
(Aspiração)
O poema “AspiraçãoAspiração”, de autoria do
mesmo Cruz e Souza, é uma paráfrase
de “LubricidadeLubricidade” e foi encontrado
depois da morte do artista. Veja que a
sensualidade é explorada, mas alguns
termos são mais suaves, mais sutis do
que os empregados em “Lubricidade”.
Já no título isso pode ser comprovado.
“AspiraçãoAspiração” significa desejo a ser
alcançado, vontade de realizar, algo o
que sugere a concretização do
envolvimento do eu-lírico apenas no
plano das idéias.
“LubricidadeLubricidade” é sensualidade extrema,
excitação, lascívia. A voz poética expõe
com tintas mais diretas a exacerbação
libidinosa.
Na segunda estrofe “babujarbabujar” é
substituído por “bajularbajular”. O primeiro
termo significa “molhar com saliva”,
enquanto o segundo significa” elogiar
para obter vantagens, adular.
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Cruz e Sousa
utiliza palavras raras, letras maiúsculas, neologismos para valorizar idéias
“As Águias imortais da Fantasia
Deram-te as asas e a serenidade
Para galgar, subir à Imensidade
Onde o clarão de tantos sóis radia.”
tem obsessão pela cor branca e por tudo aquilo que sugere brancura, alvura
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
usa termos litúrgicos e musicais
“Vozes veladas, veludosas vozes
Volúpias de violões vozes veladas...
invoca figuras mitológicas
“na confusão de Tântalos aflitos...”
“...raças de Prometeus titânios, rudos...”
tem preferência por parte do dia em que a luz é indefinida
“Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...”
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
Alphonsus de Guimaraens, o simbolista de Ouro Preto, escreveu
Cantem outros a clara cor virenteCantem outros a clara cor virente
Cantem outros a clara cor virente
Do bosque em flor e a luz do dia eterno...
Envoltos nos clarões fulvos do oriente,
Cantem a primavera: eu canto o inverno.
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Cada um espera o sepulcral punhado
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O mineiro, nascido com o nome de Afonso Henriques da Costa Guimarães, apresenta no
soneto acima um subjetivismo extremado, uma angústia única. O eu-lírico
estabelece oposição entre alegria e tristeza no emprego de termos aplicáveis a si
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Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
∗ POSITIVISMO e CIENTIFICISMO?
∗ PARNASO,PERFEIÇÃO FORMAL?
∗ OBJETIVIDADE, EQUILÍBRIO?
∗ DESCRITIVISMO?
∗ SONETO, POETA-JOALHEIRO,
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∗ “ARTE PELA ARTE”?
∗ CULTO AOS CLÁSSICOS?
∗ RIMA RICA, MÉTRICA RÍGIDA?
∗ UNIVERSALISMO?
N Ã O ! ! !N Ã O ! ! !
∗ Metáforas não convencionaisMetáforas não convencionais
∗ Emoções intensasEmoções intensas
∗ SensualismoSensualismo
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∗ SinestesiaSinestesia
∗ SugestãoSugestão
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∗ SublimaçãoSublimação
Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
PRINCIPAIS AUTORES DO SIMBOLISMO BRASILEIRO
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PRINCIPAIS AUTORES DO SIMBOLISMO PORTUGUÊS
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Camilo Pessanha

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Simbolismo[1]

  • 1. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo POSITIVISMO? CIENTIFICISMO? PARNASO? PERFEIÇÃO FORMAL? OBJETIVIDADE? EQUILÍBRIO? DESCRITIVISMO? SONETO? POETA- JOALHEIRO? ARTE PELA ARTE? POETA- ESCULTOR? CULTO À ANTIGUIDADE CLÁSSICA? RIMA RICA? UNIVERSALISMO?
  • 2. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo O detalhismo realista do século XIX, é inspirado nos padrões clássicos dos gregos e latinos, Representado na escultura de Vênus. Presciliano Silva em desenhou a lápis, à mão livre, a figura ao lado, Gustave Coubert, descreveu cena comum nas plantações da Europa em “Peneiradeiras de trigo”,
  • 3. SE DEPOIS DA TEMPESTADE, VEM A BONANÇA! ... DEPOIS DO PARNASIANISMO... A SUGESTÃO A MÚSICA A SINESTESIA A CONTEMPLAÇÃO O DESCONHECIDO O IMPALPÁVEL O PESSIMISMO A MORTE O SENTIMENTO A SUBJETIVIDADE A SONORIDADE SIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMO SIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMOSIMBOLISMO... Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo
  • 4. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo "Sugerir, eis o sonho.” (Mallarmé, simbolista francês) "A música acima de tudo...“ (Paul Verlaine, simbolista francês) “Para mim, as palavras, como têm colorido e som, têm, do mesmo modo, sabor. (Cruz e Sousa, simbolista brasileiro)
  • 5. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo VIAGEM. Paulo César Pinheiro e João de Aquino Oh, tristeza, me desculpe / Tou de malas prontas Hoje a poesia veio ao meu encontro Já raiou o dia, . . . vamos viajar Vamos indo de carona / Na garupa leve Do tempo macio / Que vem caminhando Desde muito longe / Lá do fim do mar Vamos visitar a estrela / Da manhã raiada Que pensei perdida / Pela madrugada Mas vai escondida, . . . querendo brincar A letra dessa poética composição pode muito bem servir de roteiro para o estudo do SIMBOLISMOSIMBOLISMO. Por quê?
  • 6. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Oh, tristeza, me desculpe / Tou de malas prontas Hoje a poesia veio ao meu encontro Já raiou o dia, . . . vamos viajar Vamos indo de carona / Na garupa leve Do tempo macio / Que vem caminhando Desde muito longe / Lá do fim do mar Vamos visitar a estrela / Da manhã raiada Que pensei perdida / Pela madrugada Mas vai escondida, . . . querendo brincar ∗ O EU-LÍRICO se dirige à TRISTEZA e comunica-lhe que irá para outros mundos porque a POESIA vai levá-lo a LUGARES LONGÍNQUOS. A VIAGEM será em companhia do TEMPO, tão logo o dia amanheça. ∗ Sugere-se nesses versos que o processo de criação pode ser sinônimo de alegria, apesar de, outras vezes, o poeta ter sido melancólico. O universo está à disposição do poeta. As belezas que ele julgava perdidas durante a noite, são recuperadas quando o dia amanhece. ∗ Os verbos que indicam as ações do eu-lírico estão no plural, índice de que ele não viajará sozinho.
  • 7. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Olha, quantas aves brancas / Minha poesia Dançam nossa valsa / Pelo céu que um dia Fez todo bordado de raios de sol Oh, poesia, me ajude / Vou colher avencas Lírios, rosas, dálias / Pelos campos verdes Que você batiza de jardins do céu Os vocábulos brancas, valsa, raios de sol, jardins do sol, jardins do céu transportam o leitor para um mundo etéreo, impreciso, numa atmosfera de sonho. É o sonho que permitirá à voz poética criar o poema que deseja. A todo momento, há diálogo com a poesia. Os versos desses compositores contemporâneos exploram vários elementos que os poetas do século XIX, os simbolistas, valorizavam.
  • 8. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Vamos visitar a estrela / Da manhã raiada Que pensei perdida / Pela madrugada Mas vai escondida, . . . querendo brincar Senta nessa nuvem clara / Minha poesia Anda se prepara / Traz uma cantiga Vamos espalhando música no ar Mas, pode ficar tranquila / Minha poesia Pois nós voltaremos / Numa estrela guia Num clarão de lua . . . .quando serenar Que formas, você, aluno, imagina o que os compositores sugeriram até aqui? O quadro de Pierre Chavannes é intitulado “O sonho”. Observe como as formas são imprecisas, esfumaçadas também.
  • 9. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Ou talvez até, quem sabe / Nós só voltaremos No cavalo baio, no alazão da noite Cujo nome é Raio, Raio de Luar Será que poeta e poesia retornarão à realidade?
  • 10. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo No plano internacional, o Simbolismo surge como uma negação, uma volta à realidade subjetiva, em oposição a uma realidade mundial difícil de ser entendida racionalmente: as últimas décadas do século XX, na Europa, foram tempos de tensão entre o Capitalismo e o Socialismo que surgia. O materialismo não trouxera a felicidade para a humanidade e isso justifica o culto do movimento ao misticismo, ao sonho, à religião, à fé e à análise do lado subconsciente do ser humano, marcado por frustrações, angústias, falta de perspectiva. Surge no Brasil, em 1893, com a publicação de dois livros: "Missal" (prosa) e "Broquéis" (poesia), ambos de Cruz e Sousa. Flores negras de tédio e flores vagas De amores vãos, tantálicos, doentios... Fundas vermelhidões de velhas chagas Em sangue, abertas, escorrendo em rios Tudo! Vivo e nervoso e quente e forte, Nos turbilhões quiméricos do Senho, Passe, cantando, ante o perfil medonho E o tropel da Morte... (Antífona)
  • 11. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo ...Flores negras de tédio e flores vagas De amores vãos, tantálicos(1), doentios... Fundas vermelhidões(2) de velhas chagas Em sangue, abertas, escorrendo em rios... Tudo! Vivo e nervoso e quente e forte,(3) Nos turbilhões quiméricos(4) do Sonho,(5) Passe, cantando, ante o perfil medonho E o tropel cabalístico(6) da Morte... (Antífona) (7) (1) - Relativo a Tântalo, figura mitológica. No poema é sinônimo de sofrimento. (2) - Exploração do cromatismo. (3) - Expressividade pelo uso da repetição da conjunção e. (4) - Relativo a ilusão, fantasia. (5) - Uso de maiúsculas, para realce do termo. (6) - Relativo a sistema filosófico místico e esotérico. (7) - Relativo a Liturgia, versículo cantado pelo celebrante antes e depois de um salmo. A atmosfera do texto é sombria, tristonha, talvez até, macabra e lúgubre.
  • 12. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo No Simbolismo as palavras transcendem o significado, ao mesmo tempo que apelam para todos os nossos sentidos. É constante o uso de Sinestesias: Para as estrelas de cristais gelados...(Luz e tato) Branca, do alvor das âmbulas sagradas e das níveas camélias regeladas...(Visão, olfato e tato) Cintila e canta na canção das cores...(Visão e audição) Era um som feito luz, eram volatas...(Audição e visão) ...sintam aquele aroma estranho e belo...(Olfato e visão) ...origens vivas da Luz, do Aroma, segredantes vozes...(Visão, olfato e audição) Luz dolorosa (Visão e tato) Ó Sons intraduzíveis, Formas, Cores!...(Audição e visão) (Todos os trechos transcritos pertencem a Cruz e Sousa, obra BroquéisBroquéis.)
  • 13. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo No Simbolismo as palavras transcendem o significado, ao mesmo tempo que apelam para todos os nossos sentidos. É constante o uso de Aliterações: E fria, fluente, frouxa claridade... (f) Errante, errante, ao turbilhão dos ventos... (t) ...de silfos leves, sensuais, lascivos... (s,l) ...és a nervosa/ serpente tentadora e tenebrosa,/ tenebrosa serpente de cabelos!... (t,p,b) ...vagas visões volúpicas, velozes...(v) Do imenso Mar maravilhoso, amargos/marulhosos murmurem (m) Assonâncias: ...acres aromas de algas e sargaços...(a) Errante, errante, ao turbilhão dos ventos... (ã) ...és a nervosa/ serpente tentadora e tenebrosa,/ tenebrosa serpente de cabelos!... (e) (Todos os trechos transcritos pertencem a Cruz e Sousa, obra BroquéisBroquéis.)
  • 14. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Cruz e Sousa utiliza Sugestão erótica profunda em imagens carregadas de sensualidade Quisera ser a serpe venenosa Que dá-te medo e dá-te pesadelos Para envolver-me, ó Flor maravilhosa, Na flavos turbilhões dos teus cabelos. Quisera ser a serpe veludosa Para, enroscada em múltiplos novelos, saltar-te aos seios de fluidez cheirosa. E babujá-los e depois mordê-los... Talvez que o sangue impuro e flamejante Do teu lânguido corpo de bacante, da langue ondulação de águas do Reno Completamente se purificasse... Pois que um veneno de áspide vorace deve ser morto com igual veneno... (Lubricidade) ∗ A idéia de sensualidade é ligada à figura da serpente; a mulher é ligada ao deus do vinho, Baco. ∗ Aparecem os termos flavos(dourado), Reno(rio da Alemanha) que sugerem a atração do poeta pela mulher branca. ∗ Nos dois tercetos, o eu-lírico sugere que o sangue puro da mulher poderia purificar o sangue impuro dele, caso os desejos sexuais fossem satisfeitos. ".
  • 15. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Quisera ser a serpe astuciosa Que te dá medo e faz-te pesadelos Para esconder-me, ó flor luxuriosa, Na floresta ideal dos teus cabelos. Quisera ser a serpe venenosa Para enroscar-me em múltiplos novelos, Para saltar-te aos seios cor-de-rosa. E bajulá-los e depois mordê-los. Talvez que o sangue impuro e rutilante Do teu divino corpo de bacante, Sangue febril como um licor do Reno Completamente se purificasse Pois que um veneno orgânico e vorace Para ser morto é bom outro veneno. (Aspiração) Quisera ser a serpe venenosa Que dá-te medo e dá-te pesadelos Para envolver-me, ó Flor maravilhosa, Na flavos turbilhões dos teus cabelos. Quisera ser a serpe veludosa Para, enroscada em múltiplos novelos, saltar-te aos seios de fluidez cheirosa. E babujá-los e depois mordê-los... Talvez que o sangue impuro e flamejante Do teu lânguido corpo de bacante, da langue ondulação das águas do Reno Completamente se purificasse Pois que um veneno de áspide vorace deve ser morto com igual veneno... (Lubricidade)
  • 16. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Quisera ser a serpe astuciosa Que te dá medo e faz-te pesadelos Para esconder-me, ó flor luxuriosa, Na floresta ideal dos teus cabelos. Quisera ser a serpe venenosa Para enroscar-me em múltiplos novelos, Para saltar-te aos seios cor-de-rosa. E bajulá-los e depois mordê-los. Talvez que o sangue impuro e rutilante Do teu divino corpo de bacante, Sangue febril como um licor do Reno Completamente se purificasse Pois que um veneno orgânico e vorace Para ser morto é bom outro veneno. (Aspiração) O poema “AspiraçãoAspiração”, de autoria do mesmo Cruz e Souza, é uma paráfrase de “LubricidadeLubricidade” e foi encontrado depois da morte do artista. Veja que a sensualidade é explorada, mas alguns termos são mais suaves, mais sutis do que os empregados em “Lubricidade”. Já no título isso pode ser comprovado. “AspiraçãoAspiração” significa desejo a ser alcançado, vontade de realizar, algo o que sugere a concretização do envolvimento do eu-lírico apenas no plano das idéias. “LubricidadeLubricidade” é sensualidade extrema, excitação, lascívia. A voz poética expõe com tintas mais diretas a exacerbação libidinosa. Na segunda estrofe “babujarbabujar” é substituído por “bajularbajular”. O primeiro termo significa “molhar com saliva”, enquanto o segundo significa” elogiar para obter vantagens, adular.
  • 17. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Cruz e Sousa utiliza palavras raras, letras maiúsculas, neologismos para valorizar idéias “As Águias imortais da Fantasia Deram-te as asas e a serenidade Para galgar, subir à Imensidade Onde o clarão de tantos sóis radia.” tem obsessão pela cor branca e por tudo aquilo que sugere brancura, alvura "Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... usa termos litúrgicos e musicais “Vozes veladas, veludosas vozes Volúpias de violões vozes veladas... invoca figuras mitológicas “na confusão de Tântalos aflitos...” “...raças de Prometeus titânios, rudos...” tem preferência por parte do dia em que a luz é indefinida “Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...”
  • 18. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo Alphonsus de Guimaraens, o simbolista de Ouro Preto, escreveu Cantem outros a clara cor virenteCantem outros a clara cor virente Cantem outros a clara cor virente Do bosque em flor e a luz do dia eterno... Envoltos nos clarões fulvos do oriente, Cantem a primavera: eu canto o inverno. Para muitos o imoto céu clemente É um manto de carinho suave e terno: Cantam a vida, e nenhum deles sente Que decantando vai o próprio inferno. Cantem esta mansão, onde entre prantos Cada um espera o sepulcral punhado De úmido pó que há de abafar-lhe os cantos... Cada um de nós é a bússola sem norte. Sempre o presente pior do que o passado. Cantem outros a vida: eu canto a morte... O mineiro, nascido com o nome de Afonso Henriques da Costa Guimarães, apresenta no soneto acima um subjetivismo extremado, uma angústia única. O eu-lírico estabelece oposição entre alegria e tristeza no emprego de termos aplicáveis a si mesmo e a outros poetas: Outros X eu, primavera X inverno, céu X inferno, vida X morte.
  • 19. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo ∗ POSITIVISMO e CIENTIFICISMO? ∗ PARNASO,PERFEIÇÃO FORMAL? ∗ OBJETIVIDADE, EQUILÍBRIO? ∗ DESCRITIVISMO? ∗ SONETO, POETA-JOALHEIRO, ESCULTOR? ∗ “ARTE PELA ARTE”? ∗ CULTO AOS CLÁSSICOS? ∗ RIMA RICA, MÉTRICA RÍGIDA? ∗ UNIVERSALISMO? N Ã O ! ! !N Ã O ! ! ! ∗ Metáforas não convencionaisMetáforas não convencionais ∗ Emoções intensasEmoções intensas ∗ SensualismoSensualismo ∗ Tempo interiorTempo interior ∗ EspiritualismoEspiritualismo ∗ IsolamentoIsolamento ∗ ErotismoErotismo ∗ Termos rarosTermos raros ∗ Uso de maiúsculasUso de maiúsculas ∗ Invocação de seres distantesInvocação de seres distantes ∗ ““Antes de tudo a música”Antes de tudo a música” ∗ SinestesiaSinestesia ∗ SugestãoSugestão ∗ MorteMorte ∗ SublimaçãoSublimação
  • 20. Literatura . Aula 03 ABC do SimbolismoABC do Simbolismo PRINCIPAIS AUTORES DO SIMBOLISMO BRASILEIRO João da Cruz e Sousa Alphonsus de Guimaraens PRINCIPAIS AUTORES DO SIMBOLISMO PORTUGUÊS Eugênio de Castro Antônio Nobre Camilo Pessanha