O documento discute a consulta clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, com o objetivo de promover o acesso ao SUS e ao cuidado de saúde equânime e culturalmente pertinente às necessidades da população negra. O texto apresenta a trajetória profissional da autora e objetivos de aplicar a perspectiva da política na prática clínica, identificando-a como estratégia para melhorar o acesso e qualidade do cuidado.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde integral da População Negra
1. Encontro Clínico
CONSULTA CLÍNICA NA
PERSPECTIVA DA
POLÍTICA NACIONAL DE
SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA-
PNSIPN
Regina Maria Faria Gomes
Setembro 2015 Fonte- Imagem Google
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
2. A Buzzero e tod@s educadores, mestres, autores/as e militantes que tem
participado da minha jornada em busca e aprendizado de estar um ser humano
melhor, na busca de igualdade de direitos entre homens e mulheres,
brancos/negro/indígenas e de contribuição na construção de politicas que visem a
interferir nestas situações de desigualdades e iniquidades. São muitos/as que estão
contribuindo, sendo assim, estou correndo o risco de não pronuncia-los/ás, pois a
maioria dos conceitos aqui citados vieram destas fontes e de com certeza da minha
fé na sua existência de um poder Superior. Agradecimento especial a Universidade
Aberta do SUS (UNA-SUS) fonte principal deste aprendizado que , hoje partilho.
2
http://www.unasus.gov.br/
Imagem curso UNA-SUS
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3. Sou formada em Psicologia pela Universidade de
Guarulhos(UNG), turma de 1983. Especializei-me em Psicologia
Clinica, Psicopatologia do Trabalho, Dependência Química, Gestão
Saúde Publica, Gênero e Politicas Públicas, Impactos da Violência
em Saúde, entre tantos temas.
Estou casada, dois filhos, Servidora Publica e recentemente com
Deficiência física pela Síndrome pós-poliomielite e Auditiva.
Contatos: regomes1@gmail.com
Facebook: http://facebook.com/Regomes1
Buzzero: http://www.buzzero.com/autores/regomes1?a=regomes1
3
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4. 4
Olá, vamos prosseguir na jornada para
fortalecer a construção histórica do Sistema
Único de Saúde, o SUS. Já passamos pelo
tema Saúde, Bem-Estar e Cultura Negra na
perspectiva da Politica Nacional da Saúde
Integral da População Negra- PNSIPN ; pelo
tema SUS e a Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra e por
Epidemiologia, Racismo Institucional (RI) E
Iniquidades na Perspectiva da Saúde aa
População Negra
Aqui você esta convidado a fazer uma análise
e reflexão Consulta Clínica na perspectiva da
Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra- PNSIPN
Vamos lá, Continuemos a jornada de estudo!
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
5. 5
Estamos aqui, para acompanhá-
lo/a reforçando conceitos e
fornecendo dicas para facilitar o seu
aprendizado.
Vamos dar continuidade na análise
e reflexão sobre o Consulta Clínica
na perspectiva da Política Nacional
de Saúde Integral da População
Negra- PNSIPN
Excelente estudo!
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6. Para o melhor aproveitamento de seu estudo,
não deixe de pesquisar a bibliografia , a
legislação citada e os sites indicados . A maioria
está com hiperlink, somente clicar em cima que
abrirá o link.
Não deixe de compartilhar opiniões, propor
discussões, explicitar as suas dúvidas.
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7. 7
Vamos então verificar a
grade temática que
acompanha esta aula.
Então...preparados/as para
começar? Vá para o
próximo slide para ter
panorama geral deste curso
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8. Sumário
8
titulo slide
Palavras iniciais 2
agradecimento 3
Sumário 8
Objetivos 9
Símbolo da PNSIPN 15
Evidências científicas sobre iniquidades
étnico-raciais
21
Epidemiologia 37
Linha do Tempo -dados secundários em saúde
com o recorte étnico-racial
48
Vigilância em Iniquidades Étnico raciais 63
Quesito Cor 75
titulo slide
Racismo Institucional 93
Síntese Sobre Epidemiologia, Ri e
Iniquidades
136
Caixa de Ferramentas 149
Links 150
Referências Bibliográficas 151
Sites 153
Vídeo 154
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9. Objetivo Geral
9
Espero que você profissional de
saúde, venha a atuar, pela
perspectiva do cuidado centrado
na pessoa e na família, para
implementação da Política
Nacional Integral da População
Negra-PNSIPN promovendo o
acesso ao SUS e ao cuidado de
saúde equânime e culturalmente
pertinentes às necessidades da
população negra.
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10. Objetivo específico
10
Que na sua pratica você Identifique a
Política Nacional da Saúde Integral da
População Negra - PNSIPN enquanto
estratégia para o aumento do acesso
ao SUS e na melhora da qualidade do
cuidado na sua Unidade de Saúde.
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11. Que você seja capaz de Identificar a
PNSIPN e os fundamentos do SUS,
nas seu cotidiano, fortalecendo as
politicas de promoção da equidade e
direitos dos usuários
.
Objetivo Específico
11
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12. O objetivo principal desta temática “Consulta Clínica na
perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra- PNSIPN é levar você a utilizar sistemas de
informação sobre raça/cor e outros instrumentos sobre
etnicidade e cultura negra como suporte para a realização do
conjunto de competências clínicas na Atenção Básica.(Portaria
Nº 2.488, De 21 de Outubro de 2011)
Objetivo específico desta aula
Prossiga
O ENCONTRO CLÍNICO
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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13. 13
A três primeiras aulas sobre :
Saúde, Bem-Estar e Cultura Negra –
e a aula Sus e a Política Nacional da
Saúde Integral da População Negra
e o terceiro Epidemiologia, Racismo
Institucional (RI) E Iniquidades na
Perspectiva da Saúde aa População
Negra - esta disponível na Buzzero
para acessar este e outros cursos
de minha autoria clique neste link
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14. Você sabia que a
galinha d'angola é
símbolo da Política
Nacional da Saúde
Integral da População
Negra – PNSIPN-?
14
Vamos a sua história
Saiba que ao Clicar no link que está sublinhado
você será direcionado ao texto fonte
Imagem curso UNA-SUS
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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15. A galinha d'Angola era uma ave
considerada muito feia e por isso as
pessoas se afastavam dela, mesmo tendo
qualidades.
Cansada de ser desprezada, resolveu
consultar um líder. Porém, o líder a
colocou para fora, dizendo que ela não
tinha as condições para permanecer
naquela floresta.
Ainda mais triste, a galinha d'Angola
resolveu ir para outra floresta e de uma
vez por todas, deixar de conviver perto de
tudo e todos.
Após muitos dias caminhando, a galinha
d'Angola parou em uma nova floresta.
Lá, ela encontrou um velho maltrapilho
gemendo de dores. O Velho disse:
"Pare! Estou muito doente, cheio de
feridas, e não tenho dinheiro para me
alimentar, me dê o que comer e beber,
por favor!“ 15
A galinha d'Angola pegou todo
alimento e água que tinha e
deu ao Velho que, após saciar
a sua fome e sede, dormiu um
sono profundo.
Enquanto o Velho dormia, a
galinha d'Angola andou pela
floresta e encontrou ervas
para limpar e curar as feridas
do velho.
Ao acordar, o Velho já sem
dores notou que suas feridas
haviam sido cuidadas.
Perguntou à galinha d'Angola
porque ainda estava lá e ela
respondeu:
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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16. 16
- O senhor estava
precisando de mim.
Fiquei para lhe ajudar,
mesmo sabendo que as
pessoas se afastam por
me considerar feia.
O Velho então disse:
- As pessoas olham, mas
não vêem que a beleza
está na sua compaixão...
A galinha d'Angola ficou
alegre com o
reconhecimento. O Velho,
que era um artista, com uma
pedra de giz branco começou
a enfeitá-la com muitas
pintas.
E, dizendo que todos agora
iriam ver o seu coração
compassivo, modelou um
coraçãozinho vermelho que
coroou a cabeça da galinha
d'Angola!
Lição para a vida: não
devemos julgar ninguém por
sua aparência, nem negar
apoio, assim como nossos
conhecimentos.
Há beleza, conhecimento e
valor em sermos compassivo,
ou seja, em nos colocarmos no
lugar do "outro/a" tratando as
pessoas como gostaríamos de
sermos tratadas/os.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
17. A galinha d'Angola está associada à Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra - PNSIPN porque a população negra
deve ser vista e tratada pela atitude, não por generalizações ou
estereótipos, e tem a solidariedade e compaixão enquanto marcos
civilizatórios, assim como o conhecimento sobre práticas tradicionais
de cura a ser compartilhado por todos/as no SUS.
Símbolo da Política Nacional da Saúde Integral da População
17
Fonte:G oogle imagens
Imagem curso UNA-SUS
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18. Racismo institucional: Trata
da discriminação que foi
incorporada, sistematizada, em
processos e procedimentos das
instituições sociais seja em razão
do preconceito quanto à cor ou
etnia, seja em razão do fracasso
em solucionar as necessidades
específicas de diferentes grupos
populacionais ou identitários. O
racismo institucional é um efeito,
um resultado, mas que tem sua
causa em relações interpessoais
com vieses étnico-raciais.
O racismo institucional impacta em
grupos e reflete um padrão, mas é
ativado pela identidade social da
pessoa que sofre um incidente
discriminatório mascarado pelo
isolamento ou aleatoriedade. O padrão
de discriminação étnico-racial, ou
seja, o racismo institucional no SUS,
por exemplo, pode ser revelado pelas
informações institucionais
relacionadas às identidades sociais
das/dos usuárias/os.
Fonte- Imagem Google
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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19. A Política Nacional da Saúde
Integral da População Negra -
PNSIPN sintetiza valores em
uma diretriz para que você
profissional de saúde "Trate
o/a cliente enquanto pessoa
com respeito à sua cultura,
como o ser humano que é."
Introdução
19
Fonte: Google imagensImagem curso UNA-SUS
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
20. 20
A sociedade brasileira
reconheceu a existência
do racismo institucional
e a desigualdade étnico-
racial na saúde da
população incluindo a
população quilombola e
aquelas que adotam
religiões de matriz
africana..
A Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra é
o melhor recurso para um
cuidado de saúde
compassivo.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
21. O cuidado centrado na pessoa começa ou
termina com a relação Profissional de Saúde-
Cliente. Igualmente, a POLÍTICA NACIONAL DE
SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA -
PNSIPN começa e termina no ponto-do-
cuidado.
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22. A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL
DA POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN começa e
termina no ponto do cuidado porque, embora
o racismo institucional seja evidenciado nos
dados epidemiológicos desagregados por
raça/cor (ou seja, um efeito), por meio de
uma relação profissional de saúde-cliente
centrada na pessoa, isenta de discriminação
étnico-racial e inclusiva das práticas de saúde
afro-brasileiras, o racismo institucional no SUS
é desconstruído
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
Imagem curso UNA-SUS
Fonte- Imagem Google
23. Significa “distinção, exclusão,
restrição ou preferência baseada
em raça, cor, descendência ou
origem nacional ou étnica que
tenha por objeto ou resultado
anular ou restringir o
reconhecimento, gozo ou exercício
em um mesmo plano (em
igualdade de condição) de direitos
humanos e liberdades
fundamentais nos campos político
econômico, social, cultural ou em
qualquer outro campo da vida
pública” (parte I, Art. 1°).
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Discriminação: Refere a atitude
e/ou conduta, por pessoas pelo
julgamento e explicitação de
estereótipos de raça, sexo,
idade, religião, ascendência
nacional, origem social, opinião
política, entre outros motivos.
Prossiga
24. Para chegar no/a profissional
de saúde, paciente e família
precisam interagir com o
“sistema” e se o “sistema”
não tem como foco de sua
atenção do/da paciente e
família muito pouco
terapêutica serão as relações
profissional de saúde-cliente.
Em que pese o trajeto bem
sucedido de pacientes e família
negra até o SUS e no SUS ser
também fundamental para a
desconstrução do racismo
institucional, ele não será objeto
desta Unidade uma vez que nosso
foco é do/da profissional de saúde
e a atividade clínica na
perspectiva da POLÍTICA
NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL
DA POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN.
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25. O/A paciente e família negra uma vez dentro do “sistema de
saúde”, é preciso lhes garantir a propriedade terapêutica da
atividade fim: um encontro clínico isento de viés étnico-racial e
cultural, inclusivo das práticas de saúde afro-brasileiras e com
protagonismo do cliente e família.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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26. Onde você guarda o seu racismo? (versão 1) - Vídeo
do Windows Media (.wmv)
- Diretor: Gideon Boulting - Terra Vermelha Filmes
https://drive.google.com/file/d/0B_q_8zFZBzsPWDZ
UZmppVG5VbG8/view?usp=sharing
Onde você guarda o seu racismo? (versão 2) - Vídeo do Windows Media (.wmv)
- Diretor: Gideon Boulting - Terra Vermelha Filmes
- https://drive.google.com/file/d/0B_q_8zFZBzsPa3pmTXduOGRmOUE/view?
usp=sharing
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Negros recebem atendimento de saúde
desigual - Repórter Brasil
https://youtu.be/6Vk3SA_BD3g
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27. (DES)ENCONTRO
CLÍNICO NA
PERSPECTIVA DA
POLÍTICA NACIONAL
DE SAÚDE
INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
- PNSIPN
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
(DES)ENCONTRO CLÍNICO NA PERSPECTIVA DA POLÍTICA
NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA
Prossiga
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
Imagem curso UNA-SUS
28. 4 MUDANÇAS PARA MELHORAR A INTERAÇÃO
CLÍNICA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
De acordo com a sua vivência
profissional, que tal refletir sobre
novas propostas para, na
perspectiva da PNSIPN,
melhorar a interação clínica na
Estratégia Saúde da Família?
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29. 4 MUDANÇAS PARA MELHORAR A INTERAÇÃO
CLÍNICA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Ver pesquisa integral em: GOMES, Annatalia Meneses de Amorim et al . Relação médico-
paciente: entre o desejável e o possível na atenção primária à saúde. Physis, Rio de
Janeiro, v. 22, n. 3, 2012. Disponivel em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312012000300014 Acesso em
15/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Veja a seguir alguns pontos e
inspire-se no estudo realizado
por GOMES(2012), no link
abaixo.
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30. Saúde da População Negra Baseada em Evidência
Embora o estudo de GOMES et al
(2012) tenha focalizado a relação
médico-paciente podemos
depreender que esta relação
também não difere muito no âmbito
da equipe multiprofissional como
um todo.
Os autores reconhecem que a
relação médico-paciente no
contexto da atenção
primária é um desafio para a
implementação de práticas
humanizadas em saúde,
tal como recomenda a
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DA POPULAÇÃO
NEGRA - PNSIPN.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
Fonte- Imagem Google
31. Saúde da População Negra Baseada em Evidência
GOMES et al apontam três aspectos
principais que influenciam a
interação clínica na Estratégia Saúde
da Família:
Referência da pesquisa: GOMES, Annatalia Meneses de Amorim et al. Relação
médico-paciente: entre o desejável e o possível na atenção primária à saúde. Physis,
Rio de Janeiro. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312012000300014
Acesso em 10/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
• As características pessoais do profissional;
O agir profissional;
• Os problemas na organização dos serviços
1
2
3
Fonte- Imagem Google
32. Saúde da População Negra Baseada em Evidência
Merece destaque a classificação que define
os tipos de encontro clínico:
Considerações da pesquisa para a prática clínica
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Diretrizes_portugues.pdf acesso em
08/08/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
O encontro centrado no paciente;
O encontro sem entendimento;
O realizado a curto prazo.Fonte- Imagem Google
1
2
3
33. Os autores propõem 4 mudanças que podem promover essa
interação. São estas Mudanças:
Saúde da População Negra Baseada em Evidência
1. Na organização dos serviços, ponte para o acesso à saúde
pela população negra;
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
2. Na formação profissional quanto à valorização da cultura, ponte
para o acesso à saúde pela população negra;
4. Reflexão filosófica da convivência humana, visando à qualificação da atenção
primária, estratégia com potencial de demolição do racismo institucional na
Unidade de Saúde.
3. Maior protagonismo do paciente/ família, do cuidado em saúde na perspectiva
da POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN
Fonte- Imagem Google
1
2
3
4
34. Cultura
“um mapa, um receituário, um
código através do qual as pessoas
de um dado grupo pensam,
classificam, estudam e modificam
o mundo e a si mesmas. É
justamente porque compartilham
de parcelas importantes deste
código (a cultura) que um
conjunto de indivíduos com
interesses e capacidades distintas
e até mesmo opostas
transformam-se num grupo e
podem viver juntos, sentindo-se
parte de uma totalidade
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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Prossiga
36. O encontro clínico terapêutico
é uma equação:
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Profissional de
Saúde
Cliente
Encontro Clínico
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37. O que mantém as iniqüidades étnico-raciais nos
resultados terapêuticos no SUS é o racismo
institucional. Mas, se um efeito da relação
profissional de saúde-cliente resulta em iniquidade
étnico-racial em saúde, devemos parar, respirar e
observar com muita atenção a cena. Identificar e
corrigir o que impede o encontro clínico.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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38. Racismo
Racismo : É a atribuição
de estatutos intelectuais
e morais
inferiores/superiores a
grupos humanos/étnicos
específicos
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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40. No âmbito da relação interpessoal
profissional de saúde-cliente, o
etnocentrismo (BOLLA et al, 2010) é
um dos referenciais que
(des)orienta o julgamento clínico e
compromete, assim, o resultado de
saúde, constituindo uma barreira ao
acesso à saúde/ bem-estar pela
população negra.
Cabe observar que o
etnocentrismo difere de
“racismo”. No
etnocentrismo, a cultura
(biomédica ocidental, por
ex) do/a profissional é o
único parâmetro usado
no julgamento clínico
do/a paciente.
Etnocentrismo
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
BOLLA, Edson Daruich; GOLDENBERG, Paulete. Clareamento gengival:ensino e etnocentrismo. Ci. Saúde Col., Rio de Janeiro, v. 15, supl. 1,
jun. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700090&lng=en&nrm=iso .
Acesso em 10/09/2015
41. Consiste em julgar
como certo ou errado,
feio ou bonito, normal
ou
anormal, os
comportamentos e as
formas de ver o
mundo dos outros
povos a partir
dos próprios padrões
culturais.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
Etnocentrismo
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42. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Em outras palavras...
Fonte- Imagem Google
43. Na implantação da POLÍTICA
NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN,
considera-se a integração das práticas
tradicionais de matriz afro-brasileira
no cuidado de saúde do SUS, para o
alívio da dor e do sofrimento causado
pelas doenças do/a paciente, portanto,
há que se considerar o etnocentrismo
como uma barreira ao SUS para a
população negra.
Etnocentrismo
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
44. Etnocentrismo
Se a sua formação já lhe garante a cultura
biomédica ocidental hegemônica, que tal
verificar de uma forma superdivertida o
quanto de cultura negra você vive e
manifesta?
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/testes/a-cultura-negra-faz-parte-de-suas-
raizes.shtml
Acesso em 08/08/2015
Faça o teste: A cultura negra faz parte de suas raízes?
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Este teste foi elaborado pela professora Dilma de Melo Silva, do
Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre o Negro Brasileiro (NEIMB)
da USP.
45. Usuário, cliente
ou paciente?
Você encontra a definição de cada
termo no glossário e também na
política de humanização do SUS
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
Etimologia é o campo da
Gramática que estuda a origem
das palavras. Por vezes, uma
palavra que usamos hoje de
determinada forma, já foi
utilizada com outros sentidos
em outras épocas. Refletir
sobre o sentido das palavras
pode contribuir para uma visão
crítica das relações de poder e
o tipo de relação que criamos
no mundo.
46. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte da imagem http://www.redepsicoterapias.com.br
47. Cliente
O termo incorpora a ideia
de poder contratual e de
contrato terapêutico
efetuado. Nos serviços de
saúde, o uso do termo
cliente, pois implica em
capacidade
contratual, poder de
decisão e equilíbrio de
direitos.
48. Paciente
É aquele que sofre,
conceito reformulado
historicamente para
aquele que
se submete,
passivamente, sem
criticar o tratamento
recomendado.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte- Imagem Google
Fonte- Imagem Google
49. Usuário
Isto é, aquele que usa,
indica significado mais
abrangente, capaz de
envolver
tanto o cliente como o
acompanhante do cliente,
o familiar do cliente, o
trabalhador
da instituição, o gerente
da instituição e o gestor
do sistema de saúde.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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50. A implantação da POLÍTICA NACIONAL DE
SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO
NEGRA - PNSIPN na Unidade de Saúde
resgata o foco do cuidado da saúde para
do/a cliente, do/a usuário ou do/a paciente, a
família, a comunidade e a população negra,
com sua cultura de matriz afro-brasileira,
reconhecendo-as como pessoa(s), cidadãs,
plenas de direito à saúde e às quais nós,
profissionais devemos, no mínimo, respeito
e cordialidade.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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51. Estereótipos e
generalizações
étnico-raciais sobre
usuário, cliente ou
paciente?
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Sim. Para que a implantação da
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DA POPULAÇÃO
NEGRA - PNSIPN tenha sucesso
no ponto do cuidado é preciso
que as relações interpessoais
sejam isentas de viéses étnico-
raciais, principalmente
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Prossiga
52. Estereótipos
são ideias, imagens, chavões
preconcebidos de
determinados indivíduos e/ou
grupos. Funcionam como um
CARIMBO, uma vez marcados
os membros de um
determinado grupo como
possuidores de um atributo,
passam a ser julgados pela
marca recebida. Os
estereótipos partem de uma
generalização, tomando-se
como verdade universal.
53. É fato: para 84,8% da população
negra, aproximadamente 82 milhões
de pessoas negras, o Sistema Único
de Saúde é realmente o único
(ESTADÃO, 2011), da Atenção Básica
à Quaternária.
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ESTADÃO. Brancos têm duas vezes mais acesso a planos de
saúde no Brasil que negros. 2011. Disponível em
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,brancos-tem-duas-
vezes-mais-acesso-a-planos-de-saude-no-brasil-que-
negros,799485,0.htm Acesso em 11/09/2015
Leia
54. Cabe ressaltar, porém, que os 82
milhões de negros e negras são
clientes potenciais do SUS.
Porém, há o/as que nem conseguem
entrar no SUS. Há muitas barreiras a
serem vencidas por quem já vive em
estado de vulnerabilidade social,
restando apenas como opção a porta
giratória da Emergência
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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55. Por outro lado, dentre o/as que são atendidos
no SUS, nem todo/as obtêm o tratamento que
necessitam, nos 4 níveis da atenção à saúde,
como transplante renal, por exemplo (AYANIAN
et al, 2004; MARINHO et al, 2011), em tempo
hábil. Ou mesmo um simples analgésico (CRUZ,
2004) ou até mesmo anestesia (LEAL et al, 2005)
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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AYANIAN, J. Z. et al. Physicians' beliefs about racial differences in referral for renal
transplantation. Am. J. Kidney Dis., v. 43, n. 2, p. 350-357, fev. 2004
MARINHO, A. et al. Desigualdade de transplantes de órgãos no Brasil: análise do perfil dos
receptores por sexo e raça ou cor. [Brasília], IPEA, 2011. (Texto para Discussão, 1629)
Disponível em:http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1629.pdf Acesso em
11/09/2015
CRUZ, I. C. F. da. Práticas institucionais no tratamento da hipertensão arterial: estudo sobre
acesso e qualidade do cuidado e assistência na perspectiva do cliente. In: Programa de
Combate ao Racismo Institucional no Brasil. Subprojeto Situação de Saúde da População
Negra Brasileira e Recomendações para Políticas, Ações e Programas. Brasília: DFID/UK,
2004. [Relatório da Pesquisa do Componente Saúde].
Fonte
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56. A propósito, ainda que grande
parte (47%) da população
prisional seja negra (GOMES,
2012), vulneráveis entre os
vulneráveis (KOLLING et al,
2013), você descobriu o
impacto do estereótipo?
Isto porque os estereótipos
influenciam a interpretação dos
sintomas do/a paciente, assim como
a decisão clínica do profissional de
saúde;
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ESTADÃO. Brancos têm duas vezes mais acesso a planos de saúde no Brasil que negros. 2011. Disponível em
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,brancos-tem-duas-vezes-mais-acesso-a-planos-de-saude-no-brasil-que-
negros,799485,0.htm Acesso em 11/09/2015
KOLLING, Gabrielle Jacobi; SILVA, Martinho Braga Batista e; DELDUQUE, Maria Célia. O direito à saúde no sistema
prisional. Tempus Actas de Saúde Coletiva, v. 7, n. 1, p. 282-197, abr. 2013. Disponível
em:http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/1304. Acesso em: 11/09/2015
Leia
UMA QUESTÃO PARA VOCÊ PENSAR
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57. A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL
DA POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN dialoga
com Plano Nacional de Saúde no Sistema
Penitenciário. Segundo CLARKE et al (2008),
há estratégias que ajudam o/a profissional
de saúde a trazer à luz da consciência
viéses e estereótipos étnico-raciais (e de
outras naturezas, inclusive) visando a
redução do impacto destas crenças na
tomada de decisão clínica.
Veja a seguir estratégias com
potencial de demolição do
racismo institucional na
Unidade de Saúde. A
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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58. Educação permanente sobre os efeitos
de viéses e estereótipos no tratamento
clínico;
ESTRATÉGIAS COM POTENCIAL DE DEMOLIÇÃO DO RACISMO
Individualização do cuidado versus tratamento estereotipado.
Na individualização do/a profissional de saúde foca a pessoa do/a cliente. Por ex.:
. Implementarei o protocolo da dor para garantir o conforto e a cooperação do/a
paciente durante o procedimento
O oposto seria o tratamento ao estereótipo e não à pessoa do/a cliente. Por ex.:
Descendente de quem aguentou chicotada no pelourinho não sente tanta dor
assim que precise de analgesia para um simples procedimento.
Reflexão sobre a própria prática no
encontro clínico (reconhecimento e
prevenção quanto a presunções);
Padrão Ouro na Atenção é cuidado centrado no ser humano que tem
uma identidade e cultura negra.
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59. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Cabe então citar Machado de Assis (negro – fundador da
Academia Brasileira de Letras) e ressaltar que
O medo é um preconceito dos nervos. E um preconceito,
desfaz-se - basta a simples reflexão...
Sobre racismo e sentimentos consequentes...
Pesquisas indicam que racismo, isto é, atitudes discriminatórias
por raça/cor, pode estar ligado a sentimentos negativos* que
geram medo e o medo, por sua vez, deflagra preconceitos...
Fonte: Christante, L. Medo deflagra preconceitos. Scientifican American – Mente &
Cérebro, 20010. Disponível em:
http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/medo_deflagra_preconceitos.html
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60. Então reflita sobre o medo
deflagrado pelo preconceito étnico-
racial, que embora criado no
período colonial-escravocrata
persiste até os dias de hoje, em
relação à periculosidade das
pessoas negras (por serem incultas,
imorais, não civilizadas, enfim,
diferentes [AZEVEDO, 1987]).
Aprofunde sua reflexão
no sentido de examine
suas experiências com
estereótipos. Você já
vivenciou isto?
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
AZEVEDO, C. M. M. de. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário
das elites no século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. Disponível em
https://docs.google.com/file/d/0B32MMnhs_XCoeUlJd1hTNmxGSEk/edit
Acesso em 11/09/2015
UMA QUESTÃO
PARA VOCÊ PENSAR
61. Preconceito
Preconceito: É a ideia ou opinião
preconcebida, formada sem maior
conhecimento, sem consideração dos
argumentos ou dos sentimentos das
pessoas que sofrem o preconceito. No
caso do preconceito racial no Brasil,
ele pode ser exteriorizado como
suspeita, desconfiança, intolerância,
medo, aversão, às vezes ódio a
pessoas ou coletivos, sob pretexto do
aspecto ou das marcas físicas e/ou
culturais, os identificam como de uma
raça ou etnia.
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62. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Você conhece a
letra da musica
Negro drama –
Racionais MC ??
Leia com bastante atenção a poesia e
aprecie no vídeo a interpretação de Mano
Brown ao desvelar o que só sabe quem
sente: não ser visto e tratado como ser
humano, mas “julgado” por um
estereótipo., em:
http://letras.mus.br/racionaismcs/63398/
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Prossiga
63. Negro drama – Racionais
MC
Negro Drama
Entre o sucesso, e a lama,
Dinheiro, problemas,
Invejas, luxo, fama,
Negro drama,
Cabelo crespo,
E a pele escura,
A ferida, a chaga,
A procura da cura,
Negro drama,
Tenta vê,
E não vê nada,
A não ser uma estrela assim
Longe meio ofuscada,
Sente o drama,
O preço, a cobrança,
No amor, no ódio,
A insana vingança,
Negro drama,
Eu sei quem trama,
E quem tá comigo,
O trauma que eu carrego,
Pra não ser mais um preto fodido,
O drama da cadeia e favela,
Túmulo, sangue,
Sirenes, choros e velas,
Passageiro do brasil,
São Paulo,
Agonia que sobrevivem,
Em meia zorra e covardias,
Periferias,vielas,cortiços,
Você deve tá pensando,
O que você tem a ver com
isso?
Desde o início,
Por ouro e prata,
Olha quem morre,
Então veja você quem
mata,
Recebe o mérito, a farda,
Que pratica o mal,
Ver o pobre preso ou
morto,
Já é cultural...............
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Continue ver a letra AQUI
http://letras.mus.br/racionaismcs/63398/
64. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
E, aproveite a arte dos Racionais
MC para observar também como
a poesia desvela uma das formas
de reação de quem se sente
discriminado e a devolutiva desta
emoção.
A outra forma de devolução da
discriminação é o que os Racionais e
tantos outros artistas fazem e fizeram:
sublimação na forma de Arte, Música,
Poesia, Dança. Pintura, Esporte, Etc
Quem não sabe pode saber aprendendo:
não há um caminho para a paz. A paz é o
caminho.
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65. Ainda para ajudar a desfazer possíveis
preconceitos e estereótipos em relação à
população negra e sua cultura, faça ao menos
uma visita virtual ao Museu Afro-Brasil (São
Paulo-SP).
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Esta visitação lhe permitirá
conhecer as origens históricas e
culturais da população negra
brasileira e lhe dará condições
de aproximar o conhecimento
técnico, científico, artístico e
cultural afro-brasileiro ao
cuidado em saúde e,
seguramente, abandonar
preconceitos, estereótipos,
estigmas que tanto
comprometem as relações
interpessoais e são substrato da
violência e do (des)encontro
clínico.
Prossiga
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66. NEINB (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro)
oferece o livro: PERCEPÇÕES DA DIFERENÇA
Neste livro online você encontrará na pág 23 um quadro sobre a
representação do negro ao longo da história. Na pág 24, os autores
explicam os sentimentos de atração e repulsa que sentimos diante do
“diferente”. Segue tratando da “hierarquia” das diferenças e
modernamente sobre o “medo” do negro que é alimentado pela mídia.
Veja em: http://www.usp.br/neinb/?p=60
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Visite a pagina do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre o Negro
Brasileiro- NEINB
Você encontra vários Títulos disponíveis gratuitamente
http://www.usp.br/neinb/
Uma informação
importante
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67. Aprofunde sua reflexão e observe como acontece a
representação da pessoa negra enquanto usuária do
SUS, nos documentos, nos manuais, nas campanhas
do Ministério da Saúde, nos livros didáticos das
profissões da saúde, enfim, em tudo que contribui
para a modelação da mente e da atitude
profissional.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
68. BARREIRAS AO
ENCONTRO
CLÍNICO NA
PERSPECTIVA DA
POLÍTICA
NACIONAL DE
SAÚDE INTEGRAL
DA POPULAÇÃO
NEGRA - PNSIPN
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
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69. Olá, sou José Cruz,
sou seu...
(Escolha a opções:
dentista, enfermeiro,
educador físico, Etc)
Olá, Sr. José! Somos
seus clientes!
O que está
acontecendo
aqui?
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Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
UMA QUESTÃO
PARA VOCÊ PENSAR
Prossiga
70. Isto é, faça este jogo
mentalmente:
Apresente-se ao profissional
de saúde, Sr. José Cruz.
Quem é você, qual
sua queixa ou
expectativa de
tratamento.
Depois, apresente o
profissional de saúde, Sr.
José Cruz, a si próprio/a..
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Qual a primeira
impressão?
Qual o movimento do profissional
de saúde em relação a você, cliente:
evitação ou aproximação?
71. Como não temos condição de saber sua resposta, e
tendo em vista o propósito deste curso que lhe é ajudar
na implantação da POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN no ponto do
cuidado, vamos inferir que o racismo institucional em
relação à população negra ainda não foi desconstruído e
que muito possivelmente o movimento do/a profissional
de saúde foi o de evitação.
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72. A evitação segundo
BURATO et al, 2009) é
um comportamento
inconsciente de
ansiedade social pelo
qual física ou
mentalmente a pessoa
se afasta o se
desconecta da fonte de
sensações e emoções.
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BURATO, Kátia Regina da Silva; CRIPPA, José Alexandre de Souza; LOUREIRO, Sonia Regina.
Transtorno de ansiedade social e comportamentos de evitação e de segurança: uma revisão
sistemática. Est. psicol. (Natal), Natal, v. 14, n. 2, ago. 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2009000200010&lng=en&nrm=iso
Acesso em 11/09/2015
Uma vez que em condições
ideais a relação profissional
de saúde-cliente possui um
potencial de geração de
ansiedade, em um contexto
de racismo institucional, o
medo e a ansiedade são
vivenciados tantos pelo/as
profissionais de saúde,
quanto pelo/as clientes,
impedindo o
estabelecimento de uma
relação terapêutica.
73. É sempre necessário enfatizar que na sua
origem o racismo institucional ou sistêmico
não se manifesta como o senso comum
entende ser o racismo: xingamentos ou
exclusão óbvia do espaço físico comum.
O reconhecimento da discriminação étnico-
racial precisa de um olhar muito bem treinado
para verificar que ela opera em ações “neutras”,
como a evitação, o cuidado clínico de baixa
qualidade ou falta de acesso ao cuidado de
saúde, por exemplo
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Mas, a discriminação é identificada nas
iniqüidades étnico-raciais em saúde (por ex,
alta mortalidade de pessoas negras por causas
evitáveis).
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74. No caso das relações
interpessoais, um
ambiente onde predomina
o racismo institucional
provoca e evoca
principalmente
sentimentos ambivalentes
em relação a quem é o
foco da discriminação,
principalmente.
Assim, na Unidade de
Saúde sob um contexto
de racismo institucional,
o encontro clínico não
tem condições de
acontecer e provocar um
resultado terapêutico
(nível individual) e
equânime (nível de
populações).
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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75. De um lado da mesa do
consultório pode haver o
racismo ambivalente (ou
de outros tipos como o
aversivo ou o simbólico),
tendo como possíveis
comportamentos do/a
profissional de saúde a
falta de compaixão ou de
profissionalismo, por
exemplo.
Do outro da mesa pode
haver o racismo
introjetado. Ambos os
lados podem ainda
expressar o mesmo
comportamento de
defesa: a evitação.
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Prossiga
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76. Racismo aversivo
”Indivíduos que se distinguem
pela força com que adotam os
valores do igualitarismo e
tentam se auto apresentaram
como pessoas igualitárias
e sem preconceito racial; estes
são os racistas aversivos, os que
têm, ou melhor,
parecem ter, aversão ao
racismo.”
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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77. Racismo simbólico
“As atitudes contra os negros
decorrem menos da percepção
por parte do grupo dominante de
que os negros constituem uma
ameaça econômica
concreta, e mais da percepção dos
negros como uma ameaça
simbólica, ameaça aos
valores e à cultura do grupo
dominante. Os negros são
percebidos como violadores
dos valores que mantêm o status
quo das relações inter-raciais.”
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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78. Por exemplo, você precisa cuidar, é
sua profissão, mas sente um
profundo desconforto com o/a
cliente negro/a.
E, pior, não consegue encontrar uma
causa “objetiva” para estes
sentimentos (medo, raiva, confusão,
Etc) que geram a evitação ou a falta
de compaixão.
Por sua vez, o/a cliente negro/a
vivenciando sentimentos intensos
causados pelo racismo e pelo
problema de saúde também pode
manifestar o mesmo
comportamento de defesa em
relação a você: evitação.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
UMA QUESTÃO
PARA VOCÊ PENSAR
Prossiga
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79. As consequências do (des)encontro
clínico mais imediatas são:
• Frustração (profissional);
• Insatisfação (cliente).
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Consequências do (des)encontro clínico
Prossiga
80. Por parte do/a cliente
(não procura, não adesão à
terapia ou abandono).
Tratamento inadequado por
parte do/a profissional
(negligência, imperícia, omissão);
A médio prazo, por exemplo, as
conseqüências do (des)encontro clínico
podem ser:
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Consequências do (des)encontro clínico
Prossiga
81. A longo prazo, é possível
detectar o racismo
institucional nas estatísticas
que denunciam a iniquidade
étnico-racial em eventos
preveníveis e tratáveis para
as quais ninguém encontra
uma “causa objetiva”, e o
problema segue sem
solução.
observe o gráfico a seguir:
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Consequências do (des)encontro clínico
82. INIQUIDADES DO SUS
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
Fonte- Imagem Google
83. Resultados apresentados pelo Comitê Estadual de Prevenção e Controle de Morte Materna
e Perinatal do Rio de Janeiro. (CEPCMM-RJ). Relatório anual, Maio de 2013. Pág.22.
Disponível aqui.
http://arquivos.proderj.rj.gov.br/cedim_imagens/SCSEditaImprensa/arquivos/uploads/Apresentacao
%20Comite.pdf Acesso em 11/09/2015
PAÍS: INIQUIDADES ÉTNICO-RACIAIS NOS
RESULTADOS DO SUS
Razão de mortalidade materna (brancas, pretas / pardas) x Escolaridade
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
84. O gráfico revela que o não
acesso ao pré-natal ou o acesso
a um pré- natal inadequado por
mulheres negras (mesmo
aquelas com alta escolaridade)
tem como efeito a iniquidade
étnico-racial na razão de
mortalidade materna.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
A possibilidade de ocorrer um
evento adverso relacionado a
morbidade materna em mulheres
negras é de 74,7%.
GUIMARÃES, RUC. Morbidade materna near miss em uma maternidade de
referência do Rio de Janeiro. 2010. 116p. Dissertação (Mestrado). FIOCRUZ/IFF,
RJ, 2010. Disponível aqui.
Morbidade materna grave - near miss. O significado para mulheres
sobreviventes: história oral. Disponível aqui.
BRUM, E. et al. Elas morreram de parto. Época, 30 maio 2008. Disponível em:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT4930-15280-4930-3934,00.html
Acesso, 11/09/2015
85. A peregrinação em
busca de atendimento
foi de 60,6%para as
negras e 18,5% para
as brancas; parto
vaginal sem anestesia
foi maior entre as
pardas, 16,4% e
pretas, 21,8%. (LEAL
et al, 2005).
LEAL, Maria do Carmo; GAMA, Silvana Granado Nogueira da; CUNHA, Cynthia Braga da.
Desigualdades raciais, sociodemográficas e na assistência ao pré-natal e ao parto, 1999-
2001. R. Saúde públ., São Paulo, v. 39, n. 1, jan. 2005. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102005000100013&lng=en&nrm=isso Acesso em 11/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte imagem : UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
Prossiga
86. ENCONTRO CLÍNICO CENTRADO NA
PESSOA NEGRA E SUA CULTURA
Nível de atenção nas Consultas
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
O estudo realizado entre 2000 e 2009 por
Fonseca e publicado em 2014 na
Revista Ciência e Saúde Coletiva, que
teve por objetivo avaliar a associação das
variáveis sociodemográficas com o
acesso ao pré natal na cidade de Niterói
mostrou que:
1 - Quanto maior a
escolaridade maior a
chance de realizar pré
natal:
Prossiga
Saiba mais sobre esse estudo aqui.
Fonte imagem : UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
87. ENCONTRO CLÍNICO CENTRADO NA
PESSOA NEGRA E SUA CULTURA
Nível de atenção nas Consultas
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
O estudo realizado entre 2000 e 2009 por
Fonseca mostra também que
1.1 - Apenas 71,4% das
mulheres com menos de 8
anos de estudo tiveram
acesso ao pré natal, enquanto
para aquelas que tinham de 8
a 11 anos essa proporção
subiu para 85%, para as
mulheres com escolaridade
alta chega a 96.7%.
Prossiga
Saiba mais sobre esse estudo aqui.
Fonte imagem : UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
Fique atento a este fato
88. ENCONTRO CLÍNICO CENTRADO NA
PESSOA NEGRA E SUA CULTURA
Nível de atenção nas Consultas
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
O estudo realizado entre 2000 e 2009 por
Fonseca mostra também que
1.2 - Considerando a variável
cor da pele, apenas 68,8%
das mulheres de cor preta
conseguiram o pré-natal
adequado, enquanto as
pardas obtiveram 74,8% e as
brancas atingiram 90,8%.
Prossiga
Saiba mais sobre esse estudo aqui.
Fonte imagem : UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
Fique atento a este fato
89. ENCONTRO CLÍNICO CENTRADO NA
PESSOA NEGRA E SUA CULTURA
Leia o Estudo em
Nível de atenção nas Consultas
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
Fonte imagem : UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
FONSECA, S. C. et al. Desigualdades
no pré-natal em cidade do sudeste do
Brasil. Ci. Saúde Col., v. 19, n. 7, 2014.
Disponível
http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n7/1413-
8123-csc-19-07-01991.pdf Acesso em
11/09/2015
90. CONTROLE SOCIAL PELAS INSTITUIÇÕES
NEGRAS
Nível de atenção na Comunidade “sem pré-natal
(6% no RJ, 2006 [brancas, 2%])”.
A Mulher Negra Gestante não é
percebida e nem valorizada em suas
especificidades pelos profissionais de
saúde, o que dificulta o acesso para
ela ao serviço. Segundo PENNA et al,
2009) o racismo institucional na forma
de Ações que as fazem se sentir
invisíveis.
INIQUIDADES DO SUS
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
91. Leia sobre a Percepção da
paciente: insatisfação,
maus tratos e dissabores
no estudo realizado por
PENNA 2009).
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
PENNA, L. H. G. et al. Violência
institucional no atendimento pré-natal:
percepção de gestantes negras., 2009.
Disponível em
http://www.abeneventos.com.br/2senabs/cd
_anais/pdf/id40r0.pdf acesso em
11/09/2015
Prossiga
Fonte imagem : UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
92. Uma criança que perde a mãe por
mau cuidado de saúde é, no mínimo,
lançada na pobreza. Ela terá que
crescer com uma “pensão do INSS”
que terminará aos 18 anos de idade.
Sem mãe provedora, sem dinheiro,
sem profissão...
DESCONSTRUÇÃO DO RACISMO INSTITUCIONAL
Quando nos propomos a construir um
sistema INTEGRAL de saúde e que
tenha ações transversais com as mais
diversas políticas públicas, saúde não
é só a ausência de doença que
estamos. visando
Caso Alyne
Veja o Caso da Alyne, publicado pelo Conselho
Nacional de Saúde em 2012
INIQUIDADES DO SUS
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
93. O caso teve repercussão
internacional tendo como
consequência, o Brasil foi
“condenado” pela Organização
das Nações Unidas (ONU) por
violar direitos humanos de
grávidas. A sentença foi
anunciada em 2011 e exigiu que
o Estado brasileiro garantisse
acesso ao atendimento de
qualidade durante o pré-natal.
“Porém, muito pouco foi feito até
agora depois das
recomendações da ONU em
relação ao combate da
mortalidade materna no Brasil”,
Leia mais aqui.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Há 10 anos, Alyne Silva
Pimentel, afrodescendente
e moradora da Baixada
Fluminense, Rio de Janeiro,
faleceu em 16 de novembro
de 2002, no sexto mês de
gestação, cinco dias depois
de dar entrada em um
hospital da rede pública
com sinais de gravidez de
alto risco e por falta de
atendimento apropriado. À
época, a morte de Alyne foi
considerada evitável, se
tivesse acesso ao
atendimento básico de
obstetrícia.
DESCONSTRUÇÃO DO RACISMO INSTITUCIONAL Caso Alyne
94. Embora o racismo institucional seja
evidenciado nos dados epidemiológicos
desagregados por raça /cor (efeito), por
meio de uma relação Profissional de
Saúde-cliente centrada na pessoa,
isenta de discriminação étnico-racial e
inclusiva das práticas de saúde afro-
brasileiras, o racismo institucional no
SUS é desconstruído. Por esta razão é
possível afirmar que a PNSIPN começa e
termina no ponto-do-cuidado.
94
Prossiga
Dentre as opções a seguir qual a que
melhor responde esta questão?
Aprofundando um pouco mais...
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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95. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Raça
A espécie humana é indivisível. No campo
biológico-genético, as variações de traços
físicos, como cor da pele e dos olhos, textura
do cabelo, formato do nariz e do crânio
(chamados fenótipos), não configuram a
existência de diferentes raças humanas.
Estudos científicos demonstraram a unidade
da espécie humana, desautorizando o
emprego biológico do termo. Porém, na
medida em que as diferenças físicas atraem
prontamente a atenção dos indivíduos em
sociedade, verifica- se a confirmação social do
conceito de raça, independentemente da
invalidade biológica. Assim, a categoria
permanece empregada em dois contextos
básicos, na depreciação/ hierarquização de
grupos racializados (racismo) e no
estabelecimento de senso de coletividade de
segmentos discriminados em busca da
garantia de sua integridade (anti-racismo).
Em outras palavras, “raça” é um signo cujo
significado só pode ser encontrado na experiência
do racismo. De acordo com documentos da
Organização Internacional do Trabalho (OIT),
“onde o complexo raça/ cor é um elemento de
controle e hierarquia social, a inclusão da cor
como dado de identidade individual e coletiva a
ser considerado em estudos sobre relações
sociais, direitos e privilégios passa a ser
extremamente importante como indicador da
existência de desigualdades”.
Fonte: SUBSIDIOS PARA O ENFRENTAMENTO DO
RACISMO NA SAÚDE, páginas: 59, 60, 67 e 68 em
http://www.iesc.ufrj.br/cursos/saudepopnegra/Su
bsidios.pdf Acesso em 12/09/2015
Fonte- Imagem Google
96. 96
F - Nenhuma das respostas acima é verdadeira
Na perspectiva do cuidado centrado no(a) paciente e na perspectiva da Política
Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN, qual fator do
profissional de saúde você avalia que tem o potencial de comprometer o
encontro clínico?
Escolha sua resposta entre as alternativas a seguir.
A - O estereótipo e estigma étnico-racial
B - A crença e prática cultural do(a) paciente
C - O grau de alfabetismo em saúde.
.
D - A necessidade nutricional/dietética e preferência
do(a) paciente
E - O processo organizacional baseado em privilégio
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
97. 97
Parabéns ao escolher o item A. Os estereótipos e estigmas étnico-
raciais do/a profissional de saúde, juntamente com
o etnocentrismo, são barreiras ao acesso à saúde/ bem-estar pela
população negra. Juntos são fatores que podem ser fortalecidos ou
enfraquecidos conforme o grau de consciência crítica do
profissional quanto às suas atitudes e comportamentos na relação
tanto com o/a cliente quanto com o/as colegas.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
98. Segundo BIROLI (2011), os estereótipos
contribuem para a produção, conflitiva e
simultânea, da identificação por outros, da
distinção e da identidade.
BIROLI, F. Mídia, tipificação e exercícios de poder: a reprodução dos estereótipos no
discurso jornalístico. R. bras. Ci. Pol., Brasília, n. 6, jul./dez. 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
33522011000200004&lng=en&nrm=iso Acesso em: 11/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Aprofundando um pouco mais...
Podem, assim, confirmar e reproduzir vantagens,
desvantagens e vulnerabilidades, expressas em posições de
poder relativas. Ainda que estereótipos, preconceitos e formas
de discriminação não possam ser tomados como um único
fenômeno, há um continuum entre uns e outros na produção
social das identidades tipificadas dos grupos e indivíduos.
Nesse sentido, os estereótipos podem promover a
discriminação e influenciar sistematicamente as
percepções, interpretações e julgamentos do profissional
de saúde.
99. .
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Para que a implantação da PNSIPN tenha
sucesso no ponto do cuidado é preciso que
as relações interpessoais sejam isentas de
vieses étnico-raciais, principalmente.
É fato: para 84,8% da população negra,
aproximadamente 82 milhões de pessoas
negras, o Sistema Único de Saúde é
realmente o único (ESTADÃO, 2011), da
Atenção Básica à Especializada, incluindo a
reabilitação. usuário, cliente ou paciente.
Prossiga
100. .
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Cabe ressaltar, porém, que os 82 milhões de
negros e negras são cliente potenciais do
SUS.
Prossiga
Da parte do profissional de saúde, uma ponte
para o acesso à saúde pela população
negra, além de um referencial multicultural
para se contrapor ao etnocentrismo, são os
conhecimentos e habilidades sobre cuidado
transcultural, saúde da população negra e
estratégias de enfrentamento do RI na
saúde.
101. .
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Segundo CLARKE et al (2008), há estratégias
que ajudam o/a profissional de saúde a trazer à
luz da consciência viéses e estereótipos étnico-
raciais (e de outras naturezas, inclusive) visando
a redução do impacto destas crenças na tomada
de decisão clínica.
Todas constituem estratégias com potencial de
demolição do racismo institucional na Unidade de
Saúde. A saber:
• educação permanente sobre os efeitos de
viéses e estereótipos no tratamento clínico.
.
•CLARKE, ME et al .Cultural Competency in
Healthcare, 2008. Disponível em
http://www.rn.org/courses/coursematerial-101.pdf
Acesso em 11/09/2015
102. EMPODERAMENTO
DO(A) CLIENTE /
FAMÍLIA NEGRA
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
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Fonte- Imagem Google
103. Ponte para o encontro clínico segundo a POLÍTICA
NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO
NEGRA - PNSIPN
Coloque-se na perspectiva
do/a cliente negro/a e/ou
pertencente à cultura
afrobrasileira, ouça, veja e
sinta o que ele ou ela
ouve, vê e sente
Este é um exercício de reflexão
que, muito provavelmente, ajuda a
ação de forma isenta de
estereótipos.
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Em outras palavras, se
fosse você, você cuidaria
diferente?
104. Imagine-se seguindo a trajetória do/a paciente
pelo labirinto que é o SUS, em busca da saída e da
saúde, há uma grande chance de você desenvolver
a empatia (sentimento de entendimento da
circunstância do/a paciente).
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
E, neste processo de reflexão contínua e continuada,
que se aumenta fortemente a possibilidade de se
habilitar à prestação do cuidado de saúde resolutivo
(CLARKE et al, 2008).
Fonte- Imagem Google
105. Uma estratégia com potencial de
demolição do racismo institucional
na Unidade de Saúde é a
Consciência crítica sobre como o
racismo institucional no SUS
interfere nas relações profissionais
com a clientela.
Sem o desenvolvimento da
consciência crítica sobre as formas
como o racismo institucional
funciona e se perpetua nos
processos da organização, há o risco
de piorar as relações com
manifestações de racismo aversivo e
racismo simbólico.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
ProssigaFonte- Imagem Google
106. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
poesia Perfeição, de Renato Russo
Prossiga
107. A partir deste um trecho da poesia Perfeição, de Renato Russo,
precisamos dizer que a verdade que nos liberta é:
1. O reconhecimento de que enquanto profissional de saúde nós também contribuímos para
a iniquidade étnico-racial, entre outras iniqüidades, dos resultados de saúde, por meio de
uma prática clínica automatizada, ideológica, inconsciente, influenciada por visões
hegemônicas e hierarquizadas de mundo;
2. A auto-crítica contínua de nossos viéses e estereótipos étnico-raciais (entre outros),
assim como de nossas “certezas” clínicas diante do/a cliente que tem práticas culturais
afro-brasileiras de cura e alívio da dor e da doença;
3. O reconhecimento de nossa posição nesta estrutura de poder, privilégio e
oportunidades e de quanto nos sentimos ameaçado/as com a implantação de políticas
de equidade e de democratização dos recursos.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
108. COMO PROMOVER O
ENCONTRO CLÍNICO
NA PERSPECTIVA DA
POLÍTICA NACIONAL
DE SAÚDE INTEGRAL
DA POPULAÇÃO
NEGRA - PNSIPN?
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
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109. Uma vez que o (des)encontro clínico,
como consequência de um ambiente
referenciado pelo racismo institucional, é
uma barreira ao cuidado de saúde
culturalmente responsivo às necessidades
da população negra, reiteraremos
algumas intervenções clínicas que
emergiram da busca de evidências
científicas (CLARKE et al, 2008) por serem
de exclusiva responsabilidade do/a
profissional de saúde realizar ou não.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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110. Estas intervenções são
pontes para o acesso à
saúde pela população
negra
Construir o
rapport e a
confiança na
relação com o/a
cliente;
Examinar e respeitar as
crenças, valores,
significado da
doença/problema de
saúde, preferências e
necessidades do/a
paciente.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
AGORA É COM VOCÊ!
São intervenções
que garantem o
acesso à saúde
pela população
negra
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111. CERON, M. Habilidades de comunicação: abordagem
centrada na pessoa. [São Paulo: UNA-SUS/UNIFESP, 201-
]. Unidade 17 do Módulo Psicossocial da Especialização em
Saúde da Família. Disponível
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_p
sicossocial/Unidade_17.pdf
Acesso em 11/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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112. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
113. RAPPORT E
CONFIANÇA
Vamos conversar um
pouco sobre Rapport e
confiança.
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114. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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115. Com base no estudo de Dimenstain (2000), podemos
considerar que são muito frequentes os entraves na
comunicação entre a equipe profissional, clientes e
familiares, devido:
DIMENSTEIN, Magda. Representações da prematuridade por
mulheres usuárias do serviço público de saúde. Psicol. est.,
Maringá, v. 5, n. 2, 2000. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/pe/v5n2/v5n2a04.pdf Acesso em
11/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Aos diferentes estilos
discursivos À diversidade de crenças
e valores em relação ao
problema de saúde
116. Consequentemente isto gera uma
baixa contratualidade e adesão dos
clientes ao tratamento e prescrições
terapêuticas, o que tem implicações
sérias no que diz respeito aos
cuidados em saúde.
DIMENSTEIN, Magda. Representações da prematuridade por
mulheres usuárias do serviço público de saúde. Psicol. est.,
Maringá, v. 5, n. 2, 2000. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/pe/v5n2/v5n2a04.pdf Acesso em
11/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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117. As evidências sugerem que as
diferenças sobre as expectativas
quanto ao encontro clínico, o
entendimento sobre a doença ou
problema de saúde e tratamento
entre pacientes e profissionais de
saúde podem contribuir para
resultados terapêuticos precários
(ASSIS et al, 2010), em geral, e na
população negra em especial em
razão de estereótipos.
ASSIS, Luana Conceição Fortes; VERISSIMO, Maria de La Ó Ramallo. Expectativas e
necessidades de acompanhantes de crianças na consulta de saúde. R. bras. crescimento
Desenv. hum., São Paulo, v. 20, n. 2, ago. 2010. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12822010000200014&lng=pt&nrm=iso Acesso em 13/09/2015
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118. Uma vez que a diferença de expectativas é uma
barreira ao encontro clínico, uma ponte para o
acesso à saúde da população negra é a construção
do rapport e da confiança como bases da relação
profissional de saúde-cliente, visando a satisfação
de ambos/as com o encontro clínico, a tomada de
decisão compartilhada quanto ao tratamento e
excelentes resultados de saúde.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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119. AMBIENTE DO
ENCONTRO
CLÍNICO
Vamos conversar
um pouco sobre o
ambiente do
encontro clínico
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Prossiga
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120. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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121. O ambiente do encontro clínico é
aquele no qual o/a cliente e
profissional de saúde se sentem
confortáveis e seguros/as (BRASIL,
2013) para garantia do contato
olho-a-olho. Este é o tanto para a
Unidade de Saúde quanto para os
espaços de cuidado nos domicílios e
na comunidade
Cabe ressaltar a o dever
profissional de se garantir a
privacidade da conversação e
do exame físico, mesmo nos
espaços não convencionais
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual segurança do paciente e
qualidade em serviços de saúde: uma reflexão teórica aplicada à prática. Brasília:
Anvisa, 2013.
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro1-
Assistencia_Segura.pdf Acesso 11/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
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122. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
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123. Lave as mãos,
cumprimente, lave as mãos
de novo, se necessário (e
explique porque lavou)...
Pode parecer óbvio mas é o cumprimento
que ocorre a apresentação mútua. Eles são
obrigatórios em qualquer espaço no qual
acontece o encontro clínico. E, uma vez que
estamos trabalhando para a desconstrução
do racismo institucional na Unidade de
Saúde, estas atividades preliminares
assumem uma dimensão totalmente nova e
incomum na relação entre profissional de
saúde-cliente negro/a.
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124. O Padrão Ouro é a
relação de confiança,
condição para a troca de
informações precisas e
completas que se
estabelece a partir de um
tratamento respeitoso.
1. Pergunte ou confirme o nome
do/a cliente. Dirija-se a ele/a pelo
nome e de modo formal: Sr ou Sra.
Evite o uso de termos como
“querido/a”, entre outros.
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Fique atento a este fato
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125. 2. Avalie para potenciais barreiras à
comunicação e ao entendimento: se
há problemas da fala, visão, audição
ou cognição.
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126. Uma estratégia com potencial de
demolição do racismo institucional
na Unidade de Saúde é a
antecipação da possibilidade de
diferenças de expectativas entre
você e o/a cliente. Portanto: 3. Informe, com linguagem simples sem
jargões profissionais, sua função no que
interessa para o/a cliente/ família, em
termos de equipe multiprofissional.
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127. 4. Explique as etapas do seu processo de
trabalho (entrevista, exame físico,
diagnóstico e plano de tratamento) no
que interessa para o/a cliente / família e
no que este processo difere do trabalho
do médico.
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128. 5. Informe o tempo previsto para
a consulta e pergunte sobre a
expectativa do(a) cliente quanto à
mesma.
Devido ao contexto de racismo
sistêmico, uma barreira ao cuidado
de saúde para a população negra
pode ser o/a cliente se sentir
desconfortável em fazer perguntas a
figuras que sugerem autoridade, tal
como o/a profissional de saúde.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
UMA QUESTÃO
PARA VOCÊ PENSAR
Fonte- Imagem Google
129. Ou seja é explicar que nas perguntas
e dúvidas do/a cliente e da família
são bem-vindas, sendo parte de seu
trabalho (e dos/as colegas) explicar
e demonstrar sobre o cuidado de
saúde e o tratamento até que ele/a
e a família entendam plenamente o
cuidado e/ou tratamento e o
executem adequadamente.
Portanto: Uma estratégia com
potencial de demolição do
racismo institucional na
Unidade de Saúde é ir além de
informar.
Na medida que seja da
vontade do/a cliente, o
envolvimento da família no
cuidado é desejável.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
131. Política Nacional de Saúde Integral da População
Negra - PNSIPN no encontro clínico
A PNSIPN começa e termina no
ponto do cuidado porque, embora o
racismo institucional seja
evidenciado nos dados
epidemiológicos desagregados por
raca/cor (efeito), é na relação profissional
de saúde-cliente que pode ser identificada
sua causa.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
132. ESTEREÓTIPO
82 milhões de negros e negras são clientes potenciais do
SUS Nem todos/as obtêm o tratamento que necessitam,
nos 4 níveis da atenção à saúde, como transplante renal,
por exemplo (AYANIAN et al, 2004; MARINHO et al, 2011),
em tempo hábil. Ou mesmo um simples analgésico (CRUZ,
2004) ou até mesmo anestesia (LEAL et al, 2005). Os
estereótipos influenciam a interpretação dos sintomas
do/a paciente, assim como a decisão clínica do
profissional de saúde.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
133. ETNOCENTRISMO
No etnocentrismo, a cultura (biomédica
ocidental, por ex) do/a profissional é o
único parâmetro usado no julgamento
clínico do/a paciente (BOLLA, 2010).
BOLLA, Edson Daruich; GOLDENBERG, Paulete. Clareamento gengival: ensino e
etnocentrismo. Ci. Saúde Col., Rio de Janeiro, v. 15, supl. 1, jun. 2010. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232010000700090&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 11/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
134. CORPORATIVISMO
O Corporativismo constitui um mecanismo de defesa
daqueles que acreditam que o cuidado centrado
no paciente significa delegar para o paciente e família o
controle do processo terapêutico quando na realidade o
que se busca é o engajamento do paciente na sua terapia.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
136. Incremente o encontro
clínico com:
Preliminares(recepção,
cumprimento, etc)
Negociação do tratamento
Encerramento(“ensine de
volta”)
Busque a causa: Por meio
de um modelo de História
de Saúde Transcultural
(ADERE, por ex).
Garanta o
entendimento: Use
linguagem simples sem
jargões profissionais. Crie
espaço para as “3
cutucadas”.
Não presuma: Estabeleça
rapport e confiança por
meio de tratamento
respeitoso
Assegure o espaço:
Ambiente do encontro
clínico confortável, seguro
e acolhedor da pessoa e
da cultura negra.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
137. Política Nacional de Saúde Integral da População
Negra - PNSIPN no encontro clínico
A PNSIPN é sua. É um instrumento para que o seu trabalho no SUS seja bem
sucedido e fonte de realização. Colabore com a implantação, monitoramento e
avaliação da PNSIPN na sua Unidade de Saúde.
.
.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
O encontro clínico na perspectiva da PNSIPN é centrado na pessoa e
família, numa relação isenta de viés discriminatório com a equipe
multiprofissional que atua com base em evidências científicas
inclusive na incorporação das práticas de saúde afrobrasileiras
Resulta em realização
para o/a profissional de
saúde.
Resulta em saúde, bem-
estar e satisfação para
os/as pacientes;
Para o SUS, o efeito do
encontro clínico é
equidade étnico-racial
nos resultados
terapêuticos
138. HISTÓRIA DE SAÚDE
TRANSCULTURAL
CONFORME A
POLÍTICA NACIONAL
DE SAÚDE INTEGRAL
DA POPULAÇÃO
NEGRA - PNSIPN
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte- Imagem Google
139. OLIVEIRA, Francisco Arsego de. Antropologia nos serviços de saúde: integralidade, cultura e comunicação.
Interface (Botucatu), Botucatu, v. 6, n. 10, fev. 2002. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832002000100006&lng=en&nrm=iso. Acesso
em: 11/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Todos/as os/as pacientes, sem exceção:
tem um entendimento diferente do profissional sobre sua doença
(ou problema de saúde) e suas causas.
tem um entendimento diferente do profissional sobre as formas de
tratamento da doença. E, vale lembrar, o modelo biomédico
ocidental é apenas uma das opções possíveis
tem um entendimento diferente do profissional sobre sua saúde e
suas causas
Fonte: OLIVEIRA, 2002
140. Com base no exposto, a POLÍTICA
NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN
ressalta para os profissionais de
saúde as especificidades da
população negra e suas culturas
afro-brasileiras.
Para tanto, é preciso construir
uma competência clínica
bastante peculiar:
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte- Imagem Google
“Traduzir” ou decodificar o problema
de saúde relatado pelo/a cliente em um
diagnóstico de saúde/doença,
conforme o sistema de referência do/a
profissional de saúde, e vice-versa.
Siga as orientações
141. Um exemplo, nas Comunidades
de Terreiro, pesquisadas por
ALVES (2009), a concepção de
saúde é pensada e produzida
na relação entre o simbólico e
o concreto, o natural e o
tecnológico, o mítico e o
empírico que se
complementam e constituem o
sentido de integralidade vivido
nessa comunidade.
ALVES, Miriam Cristiane; SEMINOTTI, Nedio. Atenção à saúde em uma comunidade tradicional de terreiro.
R. Saúde Públ., v. 43, supl. 1, 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102009000800013&lng=en Acesso em
16/09/2015
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Então, surge uma questão
central, segundo OLIVEIRA
(2002), no encontro clínico
de profissional de saúde e
cliente oriundo de uma
Comunidade de Terreiro:
Fonte- Imagem Google
142. - É possível haver
conciliação entre
modelos
explanatórios (ou
explicativos)
diferenciados sobre
saúde /doença?
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
UMA QUESTÃO
PARA VOCÊ PENSAR
Fonte- Imagem Google
Prossiga
Figura representa o Encontro entre
profissionais e pacientes, cada um recorberto
por uma“membrana da sua cultura”.
143. De modo geral e didático, há 5 elementos
envolvidos em qualquer modelo explanatório
sobre a doença:
Etiologia do problema;
Duração e características dos sinais e sintomas iniciais;
Fisiopatologia do problema;
Evolução natural e prognóstico;
Tratamento indicado para o problema.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
1
2
3
4
5
144. Consequentemente, no modelo
explanatório da doença uma pessoa da
Comunidade de Terreiro pode descrever
seu problema de saúde assim:
1. Não estou me sentido bem,
acho que peguei uma friagem...
2. De vez em quando dá uns
calafrios, uma tosse...
3. Meu pulmão ta fraco por
causa do cigarro.
4. Logo melhora, não dá para
morrer disso!
5. Vou tomar um passe e fico
bom em 2 tempos.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
1
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3
4
5
Prossiga
Fonte: UnaSUS http://www.unasus.gov.br/populacaonegra
145. Com base nesta análise a
pessoa então só procurará
uma unidade do SUS caso o
passe recebido não ajude a
resolver o mal-estar.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
Fonte- Imagem Google
146. Portanto, antes de sabermos se é possível conciliar os diferentes
modelos explanatórios de doença entre profissional de saúde e
cliente e descobrirmos as consequências nos resultados de
saúde quando ignoramos a existência desses modelos, é preciso:
Quebrar em nós, profissionais de saúde, a ilusão de que o
modelo biomédico é hegemônico ou, pior, o único modelo!
Ouvir o/a cliente por meio de roteiro(s) de entrevista clínica
culturalmente orientado(s).
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Prossiga
147. Vamos então falar sobre
Modelos para a anamnese ou
entrevista clínica cultural
Nunca é demais lembrar que tanto o
estereótipo quanto a generalização
étnicoracial são nefastos para a
saúde da população negra. Mesmo
sendo pertencentes à mesma
cultura, há abordagens que podem
ser mais adequada à pessoa
conforme sua fase no ciclo vital ou
estilo de vida ou origem geográfica.
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Fonte- Imagem Google
148. https://youtu.be/zIdyfM0AEDg
I Love My Hair
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Para ter idéia de várias culturas dentro de uma cultura e de várias culturas em uma única pessoa, não deixe de
assistir a este divertidíssimo vídeo I love my hair (é legendado e dura uns 3 min). Link:
http://estimativa.org.br/home/index.php/multimidia/galeria-de-videos/vervideo/20/trancando-ideias/i-love-my-hair
Acesso 09/08/2015
149. Diferentes clientes ou situações,
diferentes roteiros...
Então, diante de vários modelos
explanatórios, considere aquele
que pode ser o mais adequado
para sua habilidade de explicitar o
entendimento do/a paciente
negro/a sobre a doença e
preferências de tratamento.
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Inclusive esta condição é
necessária para a tomada de
decisão compatilhada e o
autocuidado efetivos.
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150. Neste sentido, pode ajudar o uso de
frases preparatórias para estas
questões que também são sensíveis,
sendo uma estratégia com potencial
de demolição do racismo
institucional na Unidade de Saúde.
Cabe observar que algumas pessoas
podem ficar relutantes em dar suas
impressões sobre sua doença ou
sobre sua saúde por entenderem
que diagnóstico é trabalho do
profissional de saúde, afinal o/a
cliente enquanto parceiro/a do
cuidado de saúde ainda não está
devidamente naturalizado.
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151. Eu geralmente aprendo muito
quando ouço as ideias das pessoas
sobre porque elas estão doentes e
sobre o que elas acham que deve ser
feito a respeito. Se o/a paciente não consegue dar uma
explicação sobre o seu problema de
saúde, considere perguntar
Ou se o/a paciente não consegue
implementar o plano terapêutico,
considere perguntar:
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Experimente esta forma de
abordagem:
O que lhe preocupa sobre
o problema?
Você gostaria de saber por que eu penso que
você tem problema em manter sua PA em
12x8?
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152. Considere acrescentar às suas técnicas
clássicas de entrevista clínica e
semiologia, um dos modelos
apresentados a seguir para a inclusão
no roteiro da história clínica (WARREN,
2010), para que o encontro clínico
aconteça na perspectiva da POLÍTICA
NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA - PNSIPN.
WARREN, N. S. Cultural and spiritual mnemonic tools for use in
genetic counseling. [S.l.]: JEMF/NSGC, 2010. Disponível
em:http://www.geneticcounselingtoolkit.com/pdf_files/Cultural%2
0and%20Spiritual%20Mnemonic%20Tools%2011.06.09.pdf
Acesso em 11/09/2015
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153. Modelos para a anamnese ou
entrevista clínica cultural
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154. ADERE é um recurso mnemônico
(correspondente ao em inglês
“LEARN”, versão de Isabel Cruz) que
pode ser usado para promover a
comunicação entre o(a) profissional
e o(a) paciente com diferentes visões
de mundo.
Este é um dos modelos mais
utilizados por incluir até a fase da
tomada de decisão compartilhada
sobre o cuidado de saúde.
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Veja a seguir os itens para a entrevista :
Prossiga
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155. A
Avaliação da necessidade de tratamento junto com o/a paciente;
D
Diálogo sobre potenciais estratégias ou opções de tratamento (incluindo
práticas tradicionais);
E
Explicitação de quaisquer dúvidas ou preocupações que o paciente possa ter
sobre o tratamento; assim como exame do grau de alfabetismo funcional em
saúde, a o entendimento sobre o propósito do tratamento e sobre as barreiras
e facilitadores à participação ou adesão;
R
Recomendação sobre o tratamento de forma negociada (tomada de decisão
compartilhada), revisando o plano terapêutico com o paciente;
E
Empoderamento do paciente por meio da negociação de seu compromisso
com o plano terapêutico e do aprendizado efetivo (explicação /demonstração)
sobre o autocuidado.
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156. O “ADERE” é simples e completo,
pois serve para sistematizar em
qualquer momento da prestação do
cuidado de saúde a coleta de
informação sobre as percepções
do/a cliente e família.
Vamos agora ver um
outro Modelo: o
explanatório ESFT
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Prossiga
157. Modelos para a anamnese ou
entrevista clínica cultural
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158. O acrônimo “ESFT” ajuda a coletar
informações sobre o modelo
explanatório do/a paciente
(sentimentos e pensamentos sobre
a saúde ou a doença),
fatores sociais e ambientais,
medos e preocupações,
assim como sobre o plano
terapêutico adequado.
O “ESFT” ajuda ao
profissional de saúde a
se assegurar que o/a
paciente entende e
aceita o tratamento.
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Veja a seguir os itens para a entrevista ESFT :
Prossiga
159. Modelo explanatório ESFT
E: Explanação do Modelo de Saúde e Doença.
S: Social e Ambiente
F: Fobia (medo = fears) e Preocupações
T: Tratamento (contrato).
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Veja a seguir os itens para a entrevista ESFT :
160. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
E: Explanação do Modelo de Saúde e Doença.
Considere as seguintes perguntas psicossociais como:
• O que lhe preocupa mais?
• Qual tipo de tratamento (ou cuidado ou
medicamento) você pensa que deve receber?
• Como sua família se sente sobre...(a gestação, por
ex)?
Prossiga
161. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
S: Social e Ambiente.
Considere as seguintes
perguntas psicossociais como:
• Como seus
medicamentos estão
arrumados na sua casa?
162. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
F: Fobia (medo = fears) e Preocupações.
Considere as seguintes perguntas psicossociais
como:
Como você sente sobre tomar esta medicação?
(importante pergunta para a gestante devido sua
preocupação com a segurança do feto. Mas também
é importante para qualquer outro cliente
Você está preocupada(o)
com a dosagem?
Você ouviu algo a respeito desta medicação? (por
exemplo, medo da vacina da gripe
Quais suas preocupações
com efeitos colaterais?
Você avalia que o medicamento irá interferir na sua
vida? Como?
163. T: Tratamento (contrato). Considere as seguintes perguntas
psicossociais como:
Você entendeu sobre como tomar o medicamento? Ou melhor: Você tem
perguntas sobre como tomar o medicamento?
Como você se sente quanto ao seu plano
de tratamento ou de cuidados?
Você pode repetir para mim as instruções
sobre o tratamento em suas próprias
palavras?
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164. Modelos para a anamnese ou
entrevista clínica cultural
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165. Vamos verificar o
Modelo explanatório
“ETHNIC(S)”
O mnemônico em inglês “ETHNIC(S)”
é utilizado colher informações sobre
as crenças de saúde do(a) paciente e
ajudar ao profissional de saúde a
entender como a cultura (ou a
discriminação cultural) impacta no
processo saúde-doença.
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166. Os tópicos de interesse são:
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
E Explicação.
T T: Tratamento
H H: Terapeutas comunitários ou
curandeiros.
N N: Negociar.
I I: Intervenção.
C C: Colaboração.
167. E
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
E: Explicação. obtém-se a informação do
paciente com perguntas como:
• Como você explica sua
doença?
ou o que faz você pensar que
tem esta doença?
O que familiares e amigos
dizem sobre estes sintomas?
Etc.
Prossiga
168. Você já vivenciou ou testemunhou isto?
• Quais tipos de medicamentos, remédios
caseiros ou outros tratamentos você tentou
para esta doença?
Há algo que você come, bebe, faz ou evita,
de modo regular, para manter-se saudável?
Qual tipo de tratamento(s) você está
buscando nesta Unidade de Saúde (ou de
mim, profissional de saúde)?
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T: Tratamento
• Considere fazer perguntas psicossociais
como:
O que você tentou para esta
doença?
• ou Quais tratamentos você tentou?
OBS: não é incomum o(a) profissional
de saúde se sentir “ofendido(a) em
ser o último recurso do(a) paciente - e
puni-lo (a) recusando o tratamento ou
não se responsabilizando pelos
resultados.
Mais uma dica de reflexão que se pode
realizar sobre experiências com
estereótipos na saúde:
T
169. H
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
H: Terapeutas comunitários ou
curandeiros. Considere fazer perguntas
psicossociais como:
Quem mais você buscou
para lhe ajudar com esta
doença?
Você buscou ajuda de curandeiros,
benzedeiras, mateiros, amigos ou outras
pessoas que não são profissionais de saúde
para tratar seu problema?
Prossiga
170. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
N
N: Negociar. Mutuamente se estabelece uma
tempestade cerebral com as opções aceitáveis
para as partes perguntando questões como
Qual a melhor forma para
eu lhe ajudar?
Quais são as opções que
seriam melhores na sua
perspectiva?
Lembre-se de que em suas negociações
pode-se haver a inclusão dos cuidadores
do(a) cliente e/ou familiares ou outras
pessoas dependendo do contexto cultural
do encontro clínico. A negociação deve
buscar uma solução que seja consenso
para TODOS os participantes no cuidado
do(a) paciente ou no processo de tomada
de decisão.
171. Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
I
I: Intervenção. Intervenção acordada,
culturalmente pertinente, e que incorpora as
informações das etapas anteriores:
Pode incluir a incorporação
de tratamentos alternativos,
espiritualidade/religiosidade
e terapeutas tradicionais
assim como outras práticas
culturais (por ex, alimentos a
serem ingeridos ou evitados
quando doente). Prossiga
172. Como suas crenças espirituais podem lhe ajudar com seu problema de saúde?
• Fale-me sobre sua vida espiritual.
Pode-se acrescentar Espiritualidade. No caso, considere o uso destas perguntas:
Como podemos trabalhar juntos nisto e com quem mais?”
Colaboração. Colaboração do(a)profissional de saúde com o(a) cliente, família
e/ ou terapeutas tradicionais para executar a intervenção. Considere fazer
perguntas psicossociais como:
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
C
Modelo
explanatório
“ETHNIC(S”
173. Modelos para a anamnese ou
entrevista clínica cultural
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174. Vamos conhecer o Modelo
explanatório “HOPE
“HOPE” pode ser usado para
explorar aspectos que influenciam o
bem-estar do(a) cliente e seu plano
terapêutico. É flexível e ajuda na
avaliação da espiritualidade e
religiosidade.
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Prossiga
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175. Os tópicos de interesse são:
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H H: Recursos esperança, significado, conforto, força,
paz, amor e conexão
O O: Papel da organização religiosa
P P: Práticas espirituais. .
E E: Efeitos sobre o tratamento clínico / crise existencial.
Prossiga
176. Considere fazer as
perguntas :
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
H: Recursos esperança, significado,
conforto, força, paz, amor e conexãoH
• Quais são suas
fontes de esperança,
significado, conforto,
força e paz?
O que lhe mantém de
pé e faz seguir em
frente?
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177. Considere fazer as
perguntas :
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Quão importante é a
religião para você?
Você faz parte de
alguma comunidade
religiosa ou espiritual?
O O: Papel da organização religiosa
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178. Considere fazer as
perguntas :
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Você tem crenças
pessoais de
espiritualidade que
são independentes
de sua religião?
Quais aspectos de sua
espiritualidade ou
práticas espirituais se
mostram mais úteis
para você? (por ex,
meditação, ler a Bíblia
ou o Dhammapada,
frequentar o serviço
religioso, Etc)
P: Práticas espirituais. .P
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179. Considere fazer as
perguntas :
Consulta Clínica na perspectiva da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra- PNSIPN
Enquanto
profissional de
saúde, há algo que
eu possa fazer para
lhe ajudar com os
recursos que lhe são
úteis?
Você tem preocupação
quanto aos conflitos
possíveis entre suas
crenças e a decisão
sobre o cuidado de
saúde?
E E: Efeitos sobre o tratamento clínico /
crise existencial.
Há qualquer prática ou restrição
religiosa que eu deva saber para a
prestação do cuidado de saúde?
(por ex, restrições dietéticas, uso
de hemoderivados, adereços
sagrados, Etc)
180. Modelos para a anamnese ou
entrevista clínica cultural
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181. Há outros modelos de roteiro para a
entrevista clínica, além destes
apresentados aqui, que atendem ao
propósito da POLÍTICA NACIONAL DE
SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO
NEGRA - PNSIPN, de estabelecer uma
relação profissional-cliente
terapêutica a partir da cultura afro-
brasileira e isenta de viés étnico-
racial-religioso.
Vamos apresentar mais um . O
modelo de entrevista
“Perguntas sensíveis”
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182. Uma estratégia com potencial
de demolição do racismo
institucional na Unidade de
Saúde é a habilidade de fazer
pergunta sensível.
Pergunta sensível é aquela que toca
em assuntos, no mínimo, difíceis de
serem tratados tanto para quem
pergunta quanto para quem
responde, como por ex:
- Uso de drogas
ilícitas;
- Posse de armas;
- Orientação sexual,
inclusive;
- O quesito raça/cor,
entre outros
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