SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 29
Downloaden Sie, um offline zu lesen
QUÍMICA DE
CARBOIDRATOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - PICOS
CURSO DE NUTRIÇÃO
Profª. Esp.:Rayara Isabella Pereira
Rayara_bellzinha@hotmail.com
CARBOIDRATOS ou Sacarídeos ou glicídeos
Sakkharon (grego)– açúcar
São as moléculas mais abundantes na natureza
 Elementos estruturais: Plantas: 100 bilhões ton/ ano CO2 e H2O - celulose e outros
produtos vegetais. Fotossíntese: 6CO2 + 6H2O (luz)  C6H12O6 + 6O2
Onde são encontrados?
 Animal, vegetais e microganismos;
 Base da nutrição humana em várias culturas;
Oxidação dos carboidratos - principal via de obtenção de energia (Ex. Amido/ glicogênio).
 Constituintes de ácidos nucléicos: RNA (ribose)
DNA (Desoxirribose)
 Elementos de proteção: parede de células bacterianas e vegetais e matriz extracelular;
 Lubrificantes: articulações esqueléticas e coesão e elasticidade entre as células
 Moléculas sinalizadoras: carboidratos ligados
covalentemente a proteínas e lipídeos = glicoproteínas e
glicolipídeos
CARBOIDRATOS
São poliidroxialdeído ou poliidroxicetona, ou substâncias que, por hidrólise,
liberam estes compostos.
Exemplos:
Gliceraldeído Glicose
[C6H12O6]
Fórmula geral: (CH2O)n n  3
Diidroxiacetona
(DHA)
[C3H6O3]
Composto basicamente de 3 elementos: C, H e O, outros contêm N, P e S.
CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
DE ACORDO COM TAMANHO
(Segundo Albert Lehninger)
1. MONOSSACARÍDEOS: uma única unidade de sacarídeo. Ex. glicose e
frutose.
2. OLIGOSSACARÍDEOS: (oligos = poucos).
Cadeias curtas de unidades ligadas de monossacarídeo:
# Dissacarídeos: 2 unidades monossacarídicas. Ex. sacarose, lactose.
# Glicoconjugados: 3 ou mais monossacarídeos ligados a moléculas não-
açucares.
3. POLISSACARÍDEOS: longas cadeias com centenas ou milhares de
unidades monossacarídicas. Ex. celulose, glicogênio.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
OBS: a Classificação pelo Voet & Voet é reduzida a apenas 2 Classes:
MONOSACARÍDEOS e POLISSACARÍDEOS
1. MONOSSACARÍDEOS
São os açucares mais simples. A partir destes - oligo e polissacarídeos
São aldeídos ou cetonas contendo grupos hidroxila (OH) na molécula.
São compostos sólidos, cristalinos, sem cor e solúveis em água. A maioria tem sabor doce.
CLASSIFICAÇÃO DOS MONOSSACARÍDEOS:
1.1. Quanto a função química;
1.2. Quanto ao N° de átomo de carbonos;
- QUANTO A CONFIGURAÇÃO E CONFORMAÇÃO;
- REAÇÕES E DERIVADOS DOS AÇUCARES
Diidroxiacetona (DHA)Gliceraldeído
Monossacarídeos
mais simples
Monossacarídeo mais
abundante: Glicose
1.1. QUANTO À FUNÇÃO QUÍMICA DOS MONOSSSACARÍDEOS:
 Carbonila encontra-se na extremidade (função aldeído) = ALDOSE
 Carbonila em qualquer outra posição (função cetona) = CETOSE
Nomenclatura: Mono e dissacarídeos terminam com sufixo: OSE
Ex.: glicose, frutose, galactose, sacarose, etc.
Podemos representar os monossacarídeos usando a Projeção de Fischer:
Diidroxiacetona (DHA)D-Gliceraldeído
ALDOSE CETOSE
Aldose e Cetose mais simples
2-Desoxi-Ribose
componente do DNA
Ribose
componente do RNA
Duas aldopentoses importantes - são componentes dos ácidos nucléicos:
N° carbonos – Aldoses Cetoses
3 C – Triose aldotrioses cetotrioses
4 C – Tetrose aldotetrose cetotetrose
5C – Pentose aldopentose cetopentose
6 C – Hexose aldoexose cetoexose
7 C - Heptose aldoeptose cetoetose
Gliceraldeído
(Aldotriose mais simples)
1.2. QUANTO AO N° DE CARBONOS DOS MONOSSACARÍDEOS:
ESTEREOISOMERIA DOS MONOSSACARÍDEOS
Isômeros – são moléculas que apresentam a mesma fórmula química, mas diferem na
posição de um ou mais grupos ao redor do C assimétrico.
N° de estereoisômeros possíveis: 2 n
n = n° de carbonos assimétricos da molécula
Estereoisômeros:
Isômeros D e L (refere-se ao D e L- gliceraldeído).
A Nomenclatura difere na configuração do OH ao redor do
C quiral mais distante do C carbonila.
Ex. glicose: 2n = 24 = 16 estereoisômeros (8 em D e 8 em L)
B
A C
D
C = Carbono assimétrico: tem 4 grupos funcionais diferentes
Exemplo
O C assimétrico pode existir em 2 formas isoméricas diferentes (Estereoisômeros ou
isômero óptico ou enantiomorfo), apresentando configurações diferentes no espaço.
D-Gliceraldeído
D-glicose
3 carbonos 4 carbonos 5 carbonos
6 carbonos
Estruturas das Aldoses – série D
D-gliceraldeído D-eritrose D-treose D-ribose D-arabinose D-xilose D-lixose
D- talose
D- galactoseD- idoseD- guloseD- manoseD- glicoseD- altroseD- alose
Representação em Projeções de Fisher
Estruturas das Cetoses
* OBS: A diidroxiacetona não contém centro quiral (C assimétrico), portanto não apresenta isômeros.
3 carbonos 4 carbonos
5 carbonos
6 carbonos
Diidroxiacetona * D-eritrulose
D-ribulose D-xilulose
D-tagatoseD-sorboseD-frutoseD-psicose
Série D
Epímeros
Quando 2 açucares diferem apenas na configuração ao redor de um único
átomo de carbono assimétrico.
D-manose,
epímera em C2
da glicose
D-glicose,
(epímera em C2 da
manose e C4 da
galactose).
D-galactose,
epímera em C4
da glicose
CONFIGURAÇÃO
Para monossacarídeos com mais de 5C em solução aquosa = forma cíclica
Torna-se um Centro quiral.
Onde o C carbonílico é dito =
C anomérico (forma cíclica)
O grupo aldeído ou cetona reage com um grupo OH do mesmo açuçar criando um
C anomérico (centro quiral) em substituição ao C carbonílico:
Aldeído pelo C1 = anel hemiacetal Cetona pelo C2 = Anel hemicetal
D-glicose
-D-glicopiranose -D-glicopiranose
CONFIGURAÇÕES POSSÍVEIS:
 : OH do C anomérico abaixo do plano
 : OH do C anomérico acima do plano
C carbonílico
(C=O)
(forma linear)
Par de estereoisômeros:
Criando um par de estereoisômeros
(ANÔMERO  e )
CADEIRA
Os anéis piranosídicos de 6 C
tendem a assumir a conformação
em forma de CADEIRA ou BARCO,
são interconversíveis.
As fórmulas em perspectivas de Haworth são usadas para representar as formas em
anel dos monossacarídeos.
 -D-glicopiranose  -D-glicopiranose
 -D-frutofuranose  -D-frutofuranose
Pirano
Furano
CADEIRA - mais encontrada
CONFORMAÇÃO
Forma cíclica
da glicose
Forma cíclica
da frutose
REAÇÕES E DERIVADOS DE AÇUCARES
Esta reação é a base para o doseamento da glicose sanguínea:
Determinada pela quantidade de H2O2 produzida pela reação catalisada pela glicose oxidase.
H2O2 reage com um corante apropriado = COR
AÇUCAR REDUTOR
Monossacarídeos simples reduzem agentes
oxidantes
Ex.: íon cúprico (Cu+2), peróxidos.
O açucar é oxidado na carbonila (perde H) → ácido
carboxílico e o Ag. oxidante é reduzido.
Oxidação acontece em C1 livre - Aldoses
C2 livre – Cetoses
Ou ainda: D- glicose + O2    D-gliconato + H2O2
Glicose oxidase
 -D-glicose
D-glicose
D-gliconato
LEMBRETE:
Agente redutor – aquele que promove redução na outra espécie
química. Redução é o ganho de e- . (Ag. Red. doa os elétrons)
Agente oxidante – este promovem oxidação na outra espécie
química. Oxidação é a perda de e- . (Ag. Oxid. recebe os elétrons)
Cu+2 Cu+
Cu2O
H2O
DERIVADOS IMPORTANTES DE HEXOSES
FAMÍLIA DA
GLICOSE
-D-glicose 6-fosfato
-D-glicose -D-glicosamina N-acetil--D-glicosamina
Ácido murâmico
Ácido N-acetil-murâmico
Amino açucares
Desoxi-açucares
-L-fucose -L-raminose
Açucares ácidos
Ácido N-acetil-neuramínico
(Ácido siálico)
-D-glicuronato D-gliconato D-glicono--lactona
-D-galactosamina -D-manosamina
REAÇÕES DE OXIDAÇÃO: oxidação branda ou enzimática de Aldoses:
Oxidação na OH primária:
Produz Ácidos Urônicos (Sufixo URÔNICO)
Converte grupo aldeído em Ác. Carboxílico:
Produz Ácidos Aldônicos (sufixo: ÔNICO)
Muitos
estão
presentes
em
superfícies
celulares
2.1 DISSACARÍDEOS: formados de 2 oses unidas por ligação glicosídica.
Ligação glicosídica: geralmente C anomérico de um açucar + OH do outro açucar
Maltose
-D-glicopiranosil- (1 4)- -D-glicopiranose
● São agentes redutores.
Encontrada do malte.
● É resultado da hidrólise do amido em maltose.
● Enzima: maltase, quebra em seus constituintes.
Sacarose
-D-glicopiranosil- (1 2) --D-glicofuranosídeo
● É o açucar da Cana-de-açucar ou da beterraba
● Não é redutor
● Maior produto intermediário da fotossíntese
● e principal forma de transporte de hidratos de
carbono nas plantas.
● Enzima Sacarase (intestino) quebra em seus
monos-sacarídeos constituintes.
2. OLIGOSSACARÍDEOS ou oligo-osídeos ou oligo-holosídeos
São formados de cadeias curtas de 2 a 20 unidades de monossacarídeo.
☺O localizador do símbolo  ou  é
o açucar que tem o C anomérico.
Lactose Glicose + Galactose
Lactase
Ativa em crianças e pouco em adultos
Causa:
Baixo teor de lactase = acúmulo de lactose (intestino) provocando fermentação
(CO2, H, agentes irritantes)
Caso Clínico: Intolerância à lactose
Dificuldade de digestão, diarréia e dores estomacais (Intolerância à lactose).
Lactose
-D-galactopiranosil- (1 4) --D-
glicopiranose
● Açucar do leite
● Enzima: Lactase, presente nas
células epiteliais do intestino
(microvilosidades).
• Leite especial e no iogurte: lactose já vem hidrolisada em seus constituintes.
Intermediar eventos celulares:
- Reconhecimento celular e defesa. Ex. lectinas;
- Mitose e envolvimento no processo tumoral;
- Muitas outras funções.
FUNÇÃO DOS OLIGOSSACARÍDEOS
3. POLISSACARÍDEOS ou glicanos ou poli-osídeos ou poli-
holosídeos
São formados por longas cadeias com centenas ou milhares de oses.
QUANTO À COMPOSIÇÃO:
Cadeia linear ou ramificada
HeteropolissacarídeoHomopolissacarídeo
Cadeia linear ou ramificada
Exemplos de POLISSACARÍDEOS
RESERVA o que é reserva ?
Amido: vegetais (cloroplastos), é composto:
♦ -amilose: polímero de glicose com ligação  (1- 4)
♦ Amilopectina: polímero de glicose  (1- 4) e nos pontos de ramificação  (1- 6)
Ponto de ramificação da
amilopectina  (1- 6)
-amilose: glicose-glicose  (1- 4)
OBS.: A fervura da batata extrai a amilose – tornando a água leitosa.
A amilopectina não é extraída e fica como a maior parte do amido na batata cozida.
AMIDO
Exemplos de POLISSACARÍDEOS
RESERVA
Glicogênio: principal reserva animal (céls. fígado e músculos):
♦ glicose  (1- 4) e nos pontos de ramificação  (1- 6).
Diferença entre amido e glicogênio = Glicogênio é mais ramificado e compacto.
GLICOGÊNIO E AMIDO são hidrolizados por enzimas AMILASES:
A saliva e suco pancreático contém a -amilase: quebra  (1- 4) dos polímeros externos, liberando:
glicose + maltose + dextrina-limite.
A dextrina-limite tem  (1- 6) nos pontos de ramificação, clivada somente pela enzima de
desramificação [ (1- 6) glicosidase]. Esta enzima expõe novas cadeias  (1- 4).
Conclusão: -amilase e  (1- 6) glicosidase degradam por completo AMIDO E GLICOGÊNIO.
Ponto de ramificação com  (1- 6)
Exemplos de POLISSACARÍDEOS
Quitina
ESTRUTURAL:
Quitina: Exoesqueleto dos invertebrados N-acetil D-glicosamina -(1-4)
Celulose: homopolissacarídeo não-ramificado.
Os humanos não possuem enzima para
quebrar a celulose.
No trato digestivo dos herbívoros possuem
microorganismos simbiontes que secretam
CELULASES e também nos cupins.
Celulose: parede celular de vegetais. Formado de glicose -(1-4). Resistente e insolúvel em água.
Parede celular é constituída de camadas entrecruzadas de fibrilas de celulose + lignina (polímero)+
outros polissacarídeos.
Exemplos de POLISSACARÍDEOS
GLICOSAMINOGLICANOS
Preenche os espaços extracelulares em múltiplos tecidos (tecidos conjuntivos: cartilagem,
tendão, pele e parede dos vasos). Associa-se a proteínas (ex. colágeno, elastina, fibronectina).
Ácido hialurônico:
(Ac. Glicurônico + N-acetil D-glicosamina).
Líquido sinovial, humor vítreo.
Outros glicosaminoglicanos:
Condroitin(a) sulfato
(Ac. Glicurônico + N-Acetil-galactosamina sulfatada)
Queratan(a) sulfato
(Galactose + N-acetil-Galactosamina sulfatada)
Estrutura e função de alguns polissacarídeos.
GLICOCONJUGADOS
Proteoglicanos: Proteínas + glicosaminoglicanos = complexo muito hidratado devido
à presença de glicosaminoglicanos sulfatados. Presente p. ex. Cartilagem.
Peptideoglicanos: Peptídeos + glicanos
Ex. Parede celular das bactérias
Hialuronato
Queratan sulfato
Condroitin sulfato
Ligação de proteína
Glicoproteínas: proteínas transportadoras, enzimas, receptores, hormônios, outros.
Ex. ligação de alguns vírus as células através de açucares das glicoproteínas (ex.
vírus da gripe, reconhece o ácido siálico das glicoproteínas de superfície celular).
Glicolipídeos: determinantes antigênicos. Ex. Sistema ABO - cada tipo sanguíneo
contém um oligossacarídeo específico.
Glicoconjugados de membrana
Determinantes do sistema ABO
GLICOCONJUGADOS
Lectinas - são proteínas aglutinantes de células em virtude de sua afinidade
específica por carboidratos de membranas celulares.
Exemplos:
Lectina de Lens culinaris (ervilha)
Aglutinina de germem de trigo (WGA)
Concanavalina A (Con A) obtida “Feijão de porco” (Canavalia ensiformis)
Plantas (Leguminosas):
mediadores de simbiose e
defesa
Animais: endocitose,
interação célula-
célula e adesão
celular
Microorganismos:
defesa
Fontes
Exemplos de glicoconjugados
APLICAÇÕES MÉDICAS E CIENTÍFICAS DAS LECTINAS
 Diferenciar os grupos sanguíneos
Monitoramento da expressão de carboidratos de superfícies celulares
Estudo comparativo: células normais e transformadas
Diagnóstico do câncer
Lectinas ligadas a superfície de cápsulas de polímeros ou lipossomas contendo
medicamentos em seu interior para direcionamento de fármaco a tecidos específicos
do corpo.
Representação do glicocálice da bicamada lipídica
Exemplos de glicoconjugados
OBRIGADA!

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

Lipidios
LipidiosLipidios
Lipidios
 
Carboidratos alunos
Carboidratos alunosCarboidratos alunos
Carboidratos alunos
 
Bioquimica das proteínas
Bioquimica das proteínasBioquimica das proteínas
Bioquimica das proteínas
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
Introdução à bioquímica
Introdução à bioquímicaIntrodução à bioquímica
Introdução à bioquímica
 
Carboidratos slideshare
Carboidratos   slideshareCarboidratos   slideshare
Carboidratos slideshare
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
Aula 01 Química dos Processos
Aula 01 Química dos ProcessosAula 01 Química dos Processos
Aula 01 Química dos Processos
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Proteinas
ProteinasProteinas
Proteinas
 
Composição Química Carboidratos e Lipídios
Composição Química Carboidratos e LipídiosComposição Química Carboidratos e Lipídios
Composição Química Carboidratos e Lipídios
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasAminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas
 
Carboidratos aula
Carboidratos aulaCarboidratos aula
Carboidratos aula
 
Lipídios - Bioquímica
Lipídios - Bioquímica Lipídios - Bioquímica
Lipídios - Bioquímica
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Bioquímica básica
Bioquímica básicaBioquímica básica
Bioquímica básica
 
Lipidios
Lipidios Lipidios
Lipidios
 

Andere mochten auch

Carboidratos alunos
Carboidratos alunosCarboidratos alunos
Carboidratos alunosBru Resende
 
Exercícios carboidratos
Exercícios carboidratosExercícios carboidratos
Exercícios carboidratosmsceravolo
 
Bioquímica Básica: Carboidratos
Bioquímica Básica: CarboidratosBioquímica Básica: Carboidratos
Bioquímica Básica: CarboidratosRodrigo Caixeta
 
Bioquímica- Água, sais minerais, carboidratos e lipídios
Bioquímica- Água, sais minerais, carboidratos e lipídiosBioquímica- Água, sais minerais, carboidratos e lipídios
Bioquímica- Água, sais minerais, carboidratos e lipídiosLarissa Garcia
 
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNaBioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNaeducacao f
 
Bioquimica (completo)
Bioquimica (completo)Bioquimica (completo)
Bioquimica (completo)quimicajulio
 
II. 2 Carboidratos e lipídios
II. 2 Carboidratos e lipídiosII. 2 Carboidratos e lipídios
II. 2 Carboidratos e lipídiosRebeca Vale
 
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínasII. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínasRebeca Vale
 
Componentes Químicos da Célula
Componentes Químicos da CélulaComponentes Químicos da Célula
Componentes Químicos da CélulaUbirajara Neves
 
Carboidratos slides da Fculdade Santa Maria
Carboidratos slides da Fculdade Santa MariaCarboidratos slides da Fculdade Santa Maria
Carboidratos slides da Fculdade Santa MariaOlavo Duarte
 
Polímeros naturaisartificiaissintéticos mara_e_paulo
Polímeros naturaisartificiaissintéticos mara_e_pauloPolímeros naturaisartificiaissintéticos mara_e_paulo
Polímeros naturaisartificiaissintéticos mara_e_pauloPauloMaiaCampos
 
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas Mari Rodrigues
 
Elementos químicos más importantes para el buen funcionamiento del cuerpo hum...
Elementos químicos más importantes para el buen funcionamiento del cuerpo hum...Elementos químicos más importantes para el buen funcionamiento del cuerpo hum...
Elementos químicos más importantes para el buen funcionamiento del cuerpo hum...Ana Paula Rosas
 
Tema 3 composição química celular - lipídios
Tema 3   composição química celular - lipídiosTema 3   composição química celular - lipídios
Tema 3 composição química celular - lipídiosGrupo UNIASSELVI
 

Andere mochten auch (20)

Carboidratos alunos
Carboidratos alunosCarboidratos alunos
Carboidratos alunos
 
Exercícios carboidratos
Exercícios carboidratosExercícios carboidratos
Exercícios carboidratos
 
Bioquímica Básica: Carboidratos
Bioquímica Básica: CarboidratosBioquímica Básica: Carboidratos
Bioquímica Básica: Carboidratos
 
Bioquímica- Água, sais minerais, carboidratos e lipídios
Bioquímica- Água, sais minerais, carboidratos e lipídiosBioquímica- Água, sais minerais, carboidratos e lipídios
Bioquímica- Água, sais minerais, carboidratos e lipídios
 
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNaBioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
 
Bioquimica (completo)
Bioquimica (completo)Bioquimica (completo)
Bioquimica (completo)
 
II. 2 Carboidratos e lipídios
II. 2 Carboidratos e lipídiosII. 2 Carboidratos e lipídios
II. 2 Carboidratos e lipídios
 
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínasII. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
II. 2 Carboidratos, lipídios e proteínas
 
Polímeros
PolímerosPolímeros
Polímeros
 
Polímeros
PolímerosPolímeros
Polímeros
 
Cordados
CordadosCordados
Cordados
 
Aula carboidratos
Aula carboidratosAula carboidratos
Aula carboidratos
 
Polímeros naturais
Polímeros naturaisPolímeros naturais
Polímeros naturais
 
Componentes Químicos da Célula
Componentes Químicos da CélulaComponentes Químicos da Célula
Componentes Químicos da Célula
 
Carboidratos slides da Fculdade Santa Maria
Carboidratos slides da Fculdade Santa MariaCarboidratos slides da Fculdade Santa Maria
Carboidratos slides da Fculdade Santa Maria
 
Polímeros naturaisartificiaissintéticos mara_e_paulo
Polímeros naturaisartificiaissintéticos mara_e_pauloPolímeros naturaisartificiaissintéticos mara_e_paulo
Polímeros naturaisartificiaissintéticos mara_e_paulo
 
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas
 
Guia octavo
Guia octavoGuia octavo
Guia octavo
 
Elementos químicos más importantes para el buen funcionamiento del cuerpo hum...
Elementos químicos más importantes para el buen funcionamiento del cuerpo hum...Elementos químicos más importantes para el buen funcionamiento del cuerpo hum...
Elementos químicos más importantes para el buen funcionamiento del cuerpo hum...
 
Tema 3 composição química celular - lipídios
Tema 3   composição química celular - lipídiosTema 3   composição química celular - lipídios
Tema 3 composição química celular - lipídios
 

Ähnlich wie 1 quimica carboidratos

Resumo de carboidratos
Resumo de carboidratosResumo de carboidratos
Resumo de carboidratosEdimar Lopes
 
Bioquimica i 02 carboidratos
Bioquimica i 02   carboidratosBioquimica i 02   carboidratos
Bioquimica i 02 carboidratosJucie Vasconcelos
 
Relatorio glicidos UEM por D.Petter
Relatorio glicidos UEM por D.PetterRelatorio glicidos UEM por D.Petter
Relatorio glicidos UEM por D.PetterDeogracias Petter
 
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1Antonio Albino Albino
 
Aula top de carboidratos
Aula top de carboidratosAula top de carboidratos
Aula top de carboidratosWESLEYDE1
 
8 Carboidratos
8 Carboidratos8 Carboidratos
8 Carboidratosfernando
 
sdfgsdfgsdfgCarboidratos
sdfgsdfgsdfgCarboidratossdfgsdfgsdfgCarboidratos
sdfgsdfgsdfgCarboidratosRogerio Andrade
 
Aula sobre os Carboidratos nas Plantasss
Aula sobre os Carboidratos nas PlantasssAula sobre os Carboidratos nas Plantasss
Aula sobre os Carboidratos nas PlantasssJeanMarcelo21
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
CarboidratosURCA
 
Carboidrato e vitaminas
Carboidrato  e vitaminasCarboidrato  e vitaminas
Carboidrato e vitaminascristinabio
 
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptxAula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptxCarlosMacuvele2
 
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxTrabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxFidelMarciano
 

Ähnlich wie 1 quimica carboidratos (20)

carboidratos2018.pptx
carboidratos2018.pptxcarboidratos2018.pptx
carboidratos2018.pptx
 
Aula2 joao
Aula2 joaoAula2 joao
Aula2 joao
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Resumo de carboidratos
Resumo de carboidratosResumo de carboidratos
Resumo de carboidratos
 
Bioquimica i 02 carboidratos
Bioquimica i 02   carboidratosBioquimica i 02   carboidratos
Bioquimica i 02 carboidratos
 
Relatorio glicidos UEM por D.Petter
Relatorio glicidos UEM por D.PetterRelatorio glicidos UEM por D.Petter
Relatorio glicidos UEM por D.Petter
 
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
Edwineycupertino microsoft power point - carboidratos 1
 
Aula top de carboidratos
Aula top de carboidratosAula top de carboidratos
Aula top de carboidratos
 
8 Carboidratos
8 Carboidratos8 Carboidratos
8 Carboidratos
 
sdfgsdfgsdfgCarboidratos
sdfgsdfgsdfgCarboidratossdfgsdfgsdfgCarboidratos
sdfgsdfgsdfgCarboidratos
 
Aula sobre os Carboidratos nas Plantasss
Aula sobre os Carboidratos nas PlantasssAula sobre os Carboidratos nas Plantasss
Aula sobre os Carboidratos nas Plantasss
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Carboidratos.pptx
Carboidratos.pptxCarboidratos.pptx
Carboidratos.pptx
 
Carboidrato e vitaminas
Carboidrato  e vitaminasCarboidrato  e vitaminas
Carboidrato e vitaminas
 
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptxAula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
GlíCidos
GlíCidosGlíCidos
GlíCidos
 
Lipidios
LipidiosLipidios
Lipidios
 
5carboid
5carboid5carboid
5carboid
 
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxTrabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
 

Kürzlich hochgeladen

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptAlberto205764
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 

Kürzlich hochgeladen (8)

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 

1 quimica carboidratos

  • 1. QUÍMICA DE CARBOIDRATOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - PICOS CURSO DE NUTRIÇÃO Profª. Esp.:Rayara Isabella Pereira Rayara_bellzinha@hotmail.com
  • 2. CARBOIDRATOS ou Sacarídeos ou glicídeos Sakkharon (grego)– açúcar São as moléculas mais abundantes na natureza  Elementos estruturais: Plantas: 100 bilhões ton/ ano CO2 e H2O - celulose e outros produtos vegetais. Fotossíntese: 6CO2 + 6H2O (luz)  C6H12O6 + 6O2 Onde são encontrados?  Animal, vegetais e microganismos;  Base da nutrição humana em várias culturas; Oxidação dos carboidratos - principal via de obtenção de energia (Ex. Amido/ glicogênio).  Constituintes de ácidos nucléicos: RNA (ribose) DNA (Desoxirribose)  Elementos de proteção: parede de células bacterianas e vegetais e matriz extracelular;  Lubrificantes: articulações esqueléticas e coesão e elasticidade entre as células  Moléculas sinalizadoras: carboidratos ligados covalentemente a proteínas e lipídeos = glicoproteínas e glicolipídeos
  • 3. CARBOIDRATOS São poliidroxialdeído ou poliidroxicetona, ou substâncias que, por hidrólise, liberam estes compostos. Exemplos: Gliceraldeído Glicose [C6H12O6] Fórmula geral: (CH2O)n n  3 Diidroxiacetona (DHA) [C3H6O3] Composto basicamente de 3 elementos: C, H e O, outros contêm N, P e S.
  • 4. CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS DE ACORDO COM TAMANHO (Segundo Albert Lehninger) 1. MONOSSACARÍDEOS: uma única unidade de sacarídeo. Ex. glicose e frutose. 2. OLIGOSSACARÍDEOS: (oligos = poucos). Cadeias curtas de unidades ligadas de monossacarídeo: # Dissacarídeos: 2 unidades monossacarídicas. Ex. sacarose, lactose. # Glicoconjugados: 3 ou mais monossacarídeos ligados a moléculas não- açucares. 3. POLISSACARÍDEOS: longas cadeias com centenas ou milhares de unidades monossacarídicas. Ex. celulose, glicogênio. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- OBS: a Classificação pelo Voet & Voet é reduzida a apenas 2 Classes: MONOSACARÍDEOS e POLISSACARÍDEOS
  • 5. 1. MONOSSACARÍDEOS São os açucares mais simples. A partir destes - oligo e polissacarídeos São aldeídos ou cetonas contendo grupos hidroxila (OH) na molécula. São compostos sólidos, cristalinos, sem cor e solúveis em água. A maioria tem sabor doce. CLASSIFICAÇÃO DOS MONOSSACARÍDEOS: 1.1. Quanto a função química; 1.2. Quanto ao N° de átomo de carbonos; - QUANTO A CONFIGURAÇÃO E CONFORMAÇÃO; - REAÇÕES E DERIVADOS DOS AÇUCARES Diidroxiacetona (DHA)Gliceraldeído Monossacarídeos mais simples Monossacarídeo mais abundante: Glicose
  • 6. 1.1. QUANTO À FUNÇÃO QUÍMICA DOS MONOSSSACARÍDEOS:  Carbonila encontra-se na extremidade (função aldeído) = ALDOSE  Carbonila em qualquer outra posição (função cetona) = CETOSE Nomenclatura: Mono e dissacarídeos terminam com sufixo: OSE Ex.: glicose, frutose, galactose, sacarose, etc. Podemos representar os monossacarídeos usando a Projeção de Fischer: Diidroxiacetona (DHA)D-Gliceraldeído ALDOSE CETOSE Aldose e Cetose mais simples
  • 7. 2-Desoxi-Ribose componente do DNA Ribose componente do RNA Duas aldopentoses importantes - são componentes dos ácidos nucléicos: N° carbonos – Aldoses Cetoses 3 C – Triose aldotrioses cetotrioses 4 C – Tetrose aldotetrose cetotetrose 5C – Pentose aldopentose cetopentose 6 C – Hexose aldoexose cetoexose 7 C - Heptose aldoeptose cetoetose Gliceraldeído (Aldotriose mais simples) 1.2. QUANTO AO N° DE CARBONOS DOS MONOSSACARÍDEOS:
  • 8. ESTEREOISOMERIA DOS MONOSSACARÍDEOS Isômeros – são moléculas que apresentam a mesma fórmula química, mas diferem na posição de um ou mais grupos ao redor do C assimétrico. N° de estereoisômeros possíveis: 2 n n = n° de carbonos assimétricos da molécula Estereoisômeros: Isômeros D e L (refere-se ao D e L- gliceraldeído). A Nomenclatura difere na configuração do OH ao redor do C quiral mais distante do C carbonila. Ex. glicose: 2n = 24 = 16 estereoisômeros (8 em D e 8 em L) B A C D C = Carbono assimétrico: tem 4 grupos funcionais diferentes Exemplo O C assimétrico pode existir em 2 formas isoméricas diferentes (Estereoisômeros ou isômero óptico ou enantiomorfo), apresentando configurações diferentes no espaço. D-Gliceraldeído D-glicose
  • 9. 3 carbonos 4 carbonos 5 carbonos 6 carbonos Estruturas das Aldoses – série D D-gliceraldeído D-eritrose D-treose D-ribose D-arabinose D-xilose D-lixose D- talose D- galactoseD- idoseD- guloseD- manoseD- glicoseD- altroseD- alose Representação em Projeções de Fisher
  • 10. Estruturas das Cetoses * OBS: A diidroxiacetona não contém centro quiral (C assimétrico), portanto não apresenta isômeros. 3 carbonos 4 carbonos 5 carbonos 6 carbonos Diidroxiacetona * D-eritrulose D-ribulose D-xilulose D-tagatoseD-sorboseD-frutoseD-psicose Série D
  • 11. Epímeros Quando 2 açucares diferem apenas na configuração ao redor de um único átomo de carbono assimétrico. D-manose, epímera em C2 da glicose D-glicose, (epímera em C2 da manose e C4 da galactose). D-galactose, epímera em C4 da glicose
  • 12. CONFIGURAÇÃO Para monossacarídeos com mais de 5C em solução aquosa = forma cíclica Torna-se um Centro quiral. Onde o C carbonílico é dito = C anomérico (forma cíclica) O grupo aldeído ou cetona reage com um grupo OH do mesmo açuçar criando um C anomérico (centro quiral) em substituição ao C carbonílico: Aldeído pelo C1 = anel hemiacetal Cetona pelo C2 = Anel hemicetal D-glicose -D-glicopiranose -D-glicopiranose CONFIGURAÇÕES POSSÍVEIS:  : OH do C anomérico abaixo do plano  : OH do C anomérico acima do plano C carbonílico (C=O) (forma linear) Par de estereoisômeros: Criando um par de estereoisômeros (ANÔMERO  e )
  • 13. CADEIRA Os anéis piranosídicos de 6 C tendem a assumir a conformação em forma de CADEIRA ou BARCO, são interconversíveis. As fórmulas em perspectivas de Haworth são usadas para representar as formas em anel dos monossacarídeos.  -D-glicopiranose  -D-glicopiranose  -D-frutofuranose  -D-frutofuranose Pirano Furano CADEIRA - mais encontrada CONFORMAÇÃO Forma cíclica da glicose Forma cíclica da frutose
  • 14. REAÇÕES E DERIVADOS DE AÇUCARES Esta reação é a base para o doseamento da glicose sanguínea: Determinada pela quantidade de H2O2 produzida pela reação catalisada pela glicose oxidase. H2O2 reage com um corante apropriado = COR AÇUCAR REDUTOR Monossacarídeos simples reduzem agentes oxidantes Ex.: íon cúprico (Cu+2), peróxidos. O açucar é oxidado na carbonila (perde H) → ácido carboxílico e o Ag. oxidante é reduzido. Oxidação acontece em C1 livre - Aldoses C2 livre – Cetoses Ou ainda: D- glicose + O2    D-gliconato + H2O2 Glicose oxidase  -D-glicose D-glicose D-gliconato LEMBRETE: Agente redutor – aquele que promove redução na outra espécie química. Redução é o ganho de e- . (Ag. Red. doa os elétrons) Agente oxidante – este promovem oxidação na outra espécie química. Oxidação é a perda de e- . (Ag. Oxid. recebe os elétrons) Cu+2 Cu+ Cu2O H2O
  • 15. DERIVADOS IMPORTANTES DE HEXOSES FAMÍLIA DA GLICOSE -D-glicose 6-fosfato -D-glicose -D-glicosamina N-acetil--D-glicosamina Ácido murâmico Ácido N-acetil-murâmico Amino açucares Desoxi-açucares -L-fucose -L-raminose Açucares ácidos Ácido N-acetil-neuramínico (Ácido siálico) -D-glicuronato D-gliconato D-glicono--lactona -D-galactosamina -D-manosamina REAÇÕES DE OXIDAÇÃO: oxidação branda ou enzimática de Aldoses: Oxidação na OH primária: Produz Ácidos Urônicos (Sufixo URÔNICO) Converte grupo aldeído em Ác. Carboxílico: Produz Ácidos Aldônicos (sufixo: ÔNICO) Muitos estão presentes em superfícies celulares
  • 16. 2.1 DISSACARÍDEOS: formados de 2 oses unidas por ligação glicosídica. Ligação glicosídica: geralmente C anomérico de um açucar + OH do outro açucar Maltose -D-glicopiranosil- (1 4)- -D-glicopiranose ● São agentes redutores. Encontrada do malte. ● É resultado da hidrólise do amido em maltose. ● Enzima: maltase, quebra em seus constituintes. Sacarose -D-glicopiranosil- (1 2) --D-glicofuranosídeo ● É o açucar da Cana-de-açucar ou da beterraba ● Não é redutor ● Maior produto intermediário da fotossíntese ● e principal forma de transporte de hidratos de carbono nas plantas. ● Enzima Sacarase (intestino) quebra em seus monos-sacarídeos constituintes. 2. OLIGOSSACARÍDEOS ou oligo-osídeos ou oligo-holosídeos São formados de cadeias curtas de 2 a 20 unidades de monossacarídeo. ☺O localizador do símbolo  ou  é o açucar que tem o C anomérico.
  • 17. Lactose Glicose + Galactose Lactase Ativa em crianças e pouco em adultos Causa: Baixo teor de lactase = acúmulo de lactose (intestino) provocando fermentação (CO2, H, agentes irritantes) Caso Clínico: Intolerância à lactose Dificuldade de digestão, diarréia e dores estomacais (Intolerância à lactose). Lactose -D-galactopiranosil- (1 4) --D- glicopiranose ● Açucar do leite ● Enzima: Lactase, presente nas células epiteliais do intestino (microvilosidades). • Leite especial e no iogurte: lactose já vem hidrolisada em seus constituintes.
  • 18. Intermediar eventos celulares: - Reconhecimento celular e defesa. Ex. lectinas; - Mitose e envolvimento no processo tumoral; - Muitas outras funções. FUNÇÃO DOS OLIGOSSACARÍDEOS
  • 19. 3. POLISSACARÍDEOS ou glicanos ou poli-osídeos ou poli- holosídeos São formados por longas cadeias com centenas ou milhares de oses. QUANTO À COMPOSIÇÃO: Cadeia linear ou ramificada HeteropolissacarídeoHomopolissacarídeo Cadeia linear ou ramificada
  • 20. Exemplos de POLISSACARÍDEOS RESERVA o que é reserva ? Amido: vegetais (cloroplastos), é composto: ♦ -amilose: polímero de glicose com ligação  (1- 4) ♦ Amilopectina: polímero de glicose  (1- 4) e nos pontos de ramificação  (1- 6) Ponto de ramificação da amilopectina  (1- 6) -amilose: glicose-glicose  (1- 4) OBS.: A fervura da batata extrai a amilose – tornando a água leitosa. A amilopectina não é extraída e fica como a maior parte do amido na batata cozida. AMIDO
  • 21. Exemplos de POLISSACARÍDEOS RESERVA Glicogênio: principal reserva animal (céls. fígado e músculos): ♦ glicose  (1- 4) e nos pontos de ramificação  (1- 6). Diferença entre amido e glicogênio = Glicogênio é mais ramificado e compacto. GLICOGÊNIO E AMIDO são hidrolizados por enzimas AMILASES: A saliva e suco pancreático contém a -amilase: quebra  (1- 4) dos polímeros externos, liberando: glicose + maltose + dextrina-limite. A dextrina-limite tem  (1- 6) nos pontos de ramificação, clivada somente pela enzima de desramificação [ (1- 6) glicosidase]. Esta enzima expõe novas cadeias  (1- 4). Conclusão: -amilase e  (1- 6) glicosidase degradam por completo AMIDO E GLICOGÊNIO. Ponto de ramificação com  (1- 6)
  • 22. Exemplos de POLISSACARÍDEOS Quitina ESTRUTURAL: Quitina: Exoesqueleto dos invertebrados N-acetil D-glicosamina -(1-4) Celulose: homopolissacarídeo não-ramificado. Os humanos não possuem enzima para quebrar a celulose. No trato digestivo dos herbívoros possuem microorganismos simbiontes que secretam CELULASES e também nos cupins. Celulose: parede celular de vegetais. Formado de glicose -(1-4). Resistente e insolúvel em água. Parede celular é constituída de camadas entrecruzadas de fibrilas de celulose + lignina (polímero)+ outros polissacarídeos.
  • 23. Exemplos de POLISSACARÍDEOS GLICOSAMINOGLICANOS Preenche os espaços extracelulares em múltiplos tecidos (tecidos conjuntivos: cartilagem, tendão, pele e parede dos vasos). Associa-se a proteínas (ex. colágeno, elastina, fibronectina). Ácido hialurônico: (Ac. Glicurônico + N-acetil D-glicosamina). Líquido sinovial, humor vítreo. Outros glicosaminoglicanos: Condroitin(a) sulfato (Ac. Glicurônico + N-Acetil-galactosamina sulfatada) Queratan(a) sulfato (Galactose + N-acetil-Galactosamina sulfatada)
  • 24. Estrutura e função de alguns polissacarídeos.
  • 25. GLICOCONJUGADOS Proteoglicanos: Proteínas + glicosaminoglicanos = complexo muito hidratado devido à presença de glicosaminoglicanos sulfatados. Presente p. ex. Cartilagem. Peptideoglicanos: Peptídeos + glicanos Ex. Parede celular das bactérias Hialuronato Queratan sulfato Condroitin sulfato Ligação de proteína
  • 26. Glicoproteínas: proteínas transportadoras, enzimas, receptores, hormônios, outros. Ex. ligação de alguns vírus as células através de açucares das glicoproteínas (ex. vírus da gripe, reconhece o ácido siálico das glicoproteínas de superfície celular). Glicolipídeos: determinantes antigênicos. Ex. Sistema ABO - cada tipo sanguíneo contém um oligossacarídeo específico. Glicoconjugados de membrana Determinantes do sistema ABO GLICOCONJUGADOS
  • 27. Lectinas - são proteínas aglutinantes de células em virtude de sua afinidade específica por carboidratos de membranas celulares. Exemplos: Lectina de Lens culinaris (ervilha) Aglutinina de germem de trigo (WGA) Concanavalina A (Con A) obtida “Feijão de porco” (Canavalia ensiformis) Plantas (Leguminosas): mediadores de simbiose e defesa Animais: endocitose, interação célula- célula e adesão celular Microorganismos: defesa Fontes Exemplos de glicoconjugados
  • 28. APLICAÇÕES MÉDICAS E CIENTÍFICAS DAS LECTINAS  Diferenciar os grupos sanguíneos Monitoramento da expressão de carboidratos de superfícies celulares Estudo comparativo: células normais e transformadas Diagnóstico do câncer Lectinas ligadas a superfície de cápsulas de polímeros ou lipossomas contendo medicamentos em seu interior para direcionamento de fármaco a tecidos específicos do corpo. Representação do glicocálice da bicamada lipídica Exemplos de glicoconjugados