1. Amor pelo saber, amizade à
sabedoria, busca do saber.
PHILOS = amizade, amor
SOPHIA = sabedoria
SOPHÓS = sábio
Filosofia
2. A República
Escrita por Platão na sua fase da maturidade, A
República é o maior dos seus diálogos, com excepção
das leis, e certamente mais importante, constituindo um
dos marcos fundamentais do pensamento ocidental.
É na Alegoria da Caverna, livro VII, que Platão vai
por um lado evidenciar as razões por que há tanta
confusão acerca da questão da justiça – e de muitas
outras coisas – e por outro justificar a necessidade da
educação na criação de um novo cidadão, com o qual
será possível construir um mundo melhor e mais justo:
A República.
3. A alegoria é um recurso estilístico no qual trata-se de
dois planos ligados entre si por uma série de analogias.
Transmite intencionalmente pela via do símbolo e da
imagem um sentido latente, implícito, mais profundo
que o sentido patente.
A alegoria quando desenvolvida provoca duas linhas
paralelas: uma, do elemento representante, outra, do
elemento representado. Por isso, baseia-se na
semelhança universal das coisas, na analogia do ser,
que permite a transposição de sentidos. Contudo, a
alegoria é recíproca, isto é, tanto o homem se
assemelha às coisas como as coisas ao homem.
A Alegoria da Caverna
4. A seguir apresentaremos uma
analogia. Mais que uma simples
comparação. Trata-se de uma
parábola cuidadosamente
elaborada, mostrando os quatro
estados da alma: os dois graus ou
formas de opinião, e os dois
graus de conhecimento.
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10. Extraindo a sabedoria que A Alegoria da Caverna nos
ensina, percebemos que muitas vezes a realidade é
outra, encoberta pelas sombras do desconhecimento. E
não é fácil aceitar a realidade, convencer-se de que uma
doutrina acatada por dezenas de anos possa conter
ilusões.
Mostra-nos a visão de uma humanidade ignorante,
prisioneira das sensações, do imediatismo e inconsciente
de sua limitada perspectiva.
Comparação com a
Atualidade
11. A analogia é um ataque aos nossos hábitos de
pensamentos. Aceitamos os objetos concretos que nos
cercam como reais. Mas eles não são. São apenas
cópias imperfeitas e menos reais de formas imutáveis e
eternas. Essas formas são as realidades permanentes,
ideais e originais a partir das quais são construídas
cópias concretas, imperfeitas e corruptíveis.
Comparação com a
Atualidade
12. - O que é a caverna? O mundo em que vivemos.
- O que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e
sensoriais que percebemos.
- Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O
filósofo.
- O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade.
Questionamentos
13. Questionamentos
- O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras
ou da verdadeira realidade.
- Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele
deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética.
- O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia.
- Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o
filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à
morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o
mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.
14. Reflexões:
O homem sabe que o poder corrompe. O homem quer o poder
para mudar o que está errado. Logo, o homem quer se
corromper para mudar.
O poder seduz o ignorante, o despreparado, o homem que não
caminha em direção à luz, mas que precisa do jogo político
para se sentir importante. Fora do jogo não sobrevive a um
mínimo pensar.
O aprendizado para tornar-se um homem lúcido passa por
sofrimento e solidão, já que pensar é uma ato individual e
necessita abstrair-se de prazeres materiais e transitórios.
Pensar necessita querer sair das trevas da ignorância com
coragem e abnegação.
15. As amarras individuais são verdadeiras prisões guardadas pelo
medo e pela ignorância, onde quebrar os ferrolhos leva o
homem ao caminho da luz e da soberania.
Uma vez livre, a própria liberdade se encarregará de uni-lo a
outros homens, também livres, formando nova corrente do
pensar.
Vamos sair da caverna. Vamos descobrir que a luz do sol
brilha intensamente e é possível determinar que os rumos das
nossas vidas podem ser direcionadas por nós, não por homens
de almas lamacentas.
Reflexões:
16. Lulu Santos - Como uma onda
(N. Motta)
Nada do que foi será
de novo do jeito que já foi um dia
tudo passa, tudo sempre passará
a vida vem em ondas como o mar
num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
igual ao que a gente viu há um segundo
tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir nem mentir pra si mesmo
Agora, há tanta vida lá fora
aqui dentro, sempre, como uma onda no mar...