A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou o início do modernismo brasileiro, reunindo artistas que vinham desenvolvendo tendências modernas em São Paulo e no Rio de Janeiro e consolidando certos grupos e ideias. A primeira geração de modernistas desenvolveu uma arte experimental que conciliava linguagem importada da vanguarda européia com conteúdo nativista e cultural brasileiro. A Revista de Antropofagia, assim como a revista Klaxon, foi um desdobramento da Semana de Arte Moderna e surgiu em São Paulo entre 1928-1929.
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História da Arte: Semana de 22
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3. Realizada no Teatro Municipal de São Paulo nos dias 13,
15 e 17 de fevereiro de 1922, a Semana de Arte
Moderna organizada por Mário de Andrade, Oswald de
Andrade, Menotti del Picchia, Manuel Bandeira, Tarsila
do Amaral, Villa-Lobos e outros, marca o advento do
modernismo brasileiro e é o ponto de encontro das
várias tendências modernas que vinham, desde a
Primeira Guerra Mundial (1914-18), se firmando em São
Paulo e no Rio de Janeiro. Também foi um
acontecimento que acabou, com o passar do tempo,
consolidando certos grupos e suas ideias, os quais
passaram a possuir um espaço cativo em livros, revistas
e manifestos. Essas ideias, porém, só seriam
completamente aceitas depois de alguns anos, quando
chegaram a outros Estados brasileiros.
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5. Caracterizada por uma oposição entre o
projeto formal inovador e a proposta de
resgatar elementos da cultura tradicional, a
primeira geração de modernistas desenvolve
uma arte experimental, de acordo com o
projeto fixado por Mário de Andrade na
Semana de Arte Moderna de 22. A produção
destes iniciadores da arte moderna no Brasil
concilia uma linguagem importada das
vanguardas modernistas européias, com um
conteúdo nativista que resgata as raízes
culturais brasileiras.
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9. A REVISTA DE
ANTROPOFAGIA
A Revista de
Antropofagia, da
mesma forma que a
revista Klaxon, foi
um desdobramento
ou conseqüência da
Semana de Arte
Moderna. Surgiu
em São Paulo em
maio de 1928 e
terminou em agosto
de 1929.
31. "Sofre, Juca Mulato, é tua sina,
sofre…
Fechar ao mal de amor nossa
alma adormecida
é dormir sem sonhar, é viver
sem ter vida…
Ter, a um sonho de amor, o
coração sujeito
é o mesmo que cravar uma
faca no peito.
Esta vida é um punhal com
dois gumes fatais:
não amar é sofrer; amar é
sofrer mais"!
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35. “Eu sou um escritor difícil
Que a muita gente enquizila,
Porém essa culpa é fácil
De se acabar duma vez:
É só tirar a cortina
Que entra luz nesta escurez.”
" Olhar preso no meu, perdidamente.
Não exijas mais nada. Não desejo também mais
nada, só te olhar, enquanto a realidade é
simples, e isto apenas".
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39. Só a antropofagia nos une.
Socialmente.
Economicamente.
Filosoficamente.
Única lei do mundo.
Expressão mascarada de
todos os individualismos,
de todos os coletivismos. De
todas as religiões. De todos
os tratados de paz.
Tupy, or not tupy that is the
question.
Contra todas as catequeses.
E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é
meu. Lei do homem. Lei do
antropófago.
Estamos fatigados de todos
os maridos católicos
suspeitosos postos em
drama. Freud acabou com o
enigma mulher e com outros
sustos da psicologia
impressa.
O que atrapalhava a
verdade era a roupa, o
impermeável entre o mundo
interior e o mundo exterior.
A reação contra o homem
vestido.
O cinema americano
informará.
Filhos do sol, mãe dos
viventes. Encontrados e
amados ferozmente, com
toda a hipocrisia da
saudade, pelos imigrados,
pelos traficados e pelos
touristes. No país da cobra
grande.
40. Poucos conceitos serão tão vagos em arte quanto
"moderno" ou este outro que costuma tomar seu lugar,
"modernismo", uma vez que tudo que é moderno está
condenado a deixar de sê-lo, arrastando depois atrás de
si apenas essa sombra ainda mais difusa que se
identifica pelo sufixo -ismo. Várias coisas e ideias são ou
foram modernas conforme o lugar e a época em que se
produziram. E frequentemente, aquilo que é ou foi
moderno aqui e agora tem pouco ou nada em comum
com o que é ou foi moderno num outro lugar embora
neste mesmo agora. Em outras palavras, as noções de
tempo e de contemporaneidade, que parecem essenciais
à ideia de moderno, não bastam para assegurar a esse
fenômeno uma identidade fixa, que permita seu
reconhecimento imediato tão logo se coloque sob os
olhos de um observador.