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Como interpretar textos
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a
preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque
lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante
em provas relacionadas a concursos públicos.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento
de responder as questões relacionadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de idéias organizadas e relacionadas entre si,
formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO
COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada
uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior
e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do
conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de
CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão
grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e
analisada separadamente, poderá ter um significado diferente
daquele inicial.
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas
ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de
recurso denomina-se INTERTEXTO.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma
interpretação de um texto é a identificação de sua idéia principal. A
partir daí, localizam-se as idéias secundárias, ou fundamentações, as
argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das
questões apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma
argumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de
diferenças entre as situações do texto.
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma
realidade, opinando a respeito.
4. RESUMIR – é concentrar as idéias centrais e/ou secundárias em um
só parágrafo.
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.
EXEMPLO
TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES
"O HOMEM UNIDO ”
A INTEGRAÇÃO DO MUNDO
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE
A UNIÃO DO HOMEM
HOMEM + HOMEM = MUNDO
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR
Fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários,
estrutura do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e
semântico;
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se:
homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e
antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
c) Capacidade de observação e de síntese e
d) Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAR x COMPREENDER
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA
- EXPLICAR, COMENTAR,
JULGAR, TIRAR
CONCLUSÕES, DEDUZIR.
- TIPOS DE ENUNCIADOS
• Através do texto, INFERE-SE
que...
• É possível DEDUZIR que...
• O autor permite CONCLUIR
que...
• Qual é a INTENÇÃO do
autor ao afirmar que...
- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO,
ATENÇÃO AO QUE REALMENTE
ESTÁ ESCRITO.
- TIPOS DE ENUNCIADOS:
• O texto DIZ que...
• É SUGERIDO pelo autor que...
• De acordo com o texto, é
CORRETA ou ERRADA a
afirmação...
• O narrador AFIRMA...
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de
interpretação. Os mais freqüentes são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado idéias que não estão
no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela
imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto,
esquecendo que um texto é um conjunto de idéias, o que pode ser
insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta idéias contrárias às do candidato,
fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conseqüentemente,
errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica
do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso
qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR
DIZ e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam
palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras
palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma
relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre
eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo
átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes
relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de
adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de
texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve-
se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado
a cada circunstância, a saber:
QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE.
MAS DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE.
QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR.
QUEM (PESSOA)
CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O
OBJETO POSSUÍDO.
COMO (MODO)
ONDE (LUGAR)
QUANDO (TEMPO)
QUANTO (MONTANTE)
EXEMPLO:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o
demonstrativo O ).
• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos
(BARBARISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém ,
existem expressões que são mal empregadas, e, por força desse
hábito cometem-se erros graves como:
- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte.
- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome
correto oblíquo átono correto é O .
- “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome,
há o mau uso
Semântica
O estudo das significações das palavras é um assunto na língua portuguesa exclusivo da
Semântica.
No que diz respeito ao aspecto semântico da língua, pode-se destacar três propriedades:
• Sinonímia
• Antonímia
• Polissemia
Sinonímia
Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem
significado ou sentido semelhante. Vejamos:
1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse.
2. A menina recusou energeticamente ao pedido para que comesse.
3. A mocinha rejeitou impetuosamente ao pedido para que comesse.
Vemos que os substantivos “garota”, “menina” e “mocinha” têm um mesmo significado,
sentido, todos correspondem e nos remete à figura de uma jovem. Assim também são os verbos
“renunciou”, “recusou” e “rejeitou”, que nos transmite ideia de repulsa, de “não querer algo” e
também os advérbios que nos fala da maneira que a ação foi cometida “veementemente”,
“energeticamente” e “impetuosamente”, ou seja, de modo intenso.
Podemos concluir, a partir dessa análise, que sinonímia é a relação das palavras que possuem
sentido, significados comuns.
O objeto possuidor da maior quantidade de sinonímias ou sinônimos que existe é, com certeza,
o dicionário.
Antonímia
Se por um lado sinonímia é o estudo das palavras dos significados semelhantes na língua,
antonímia é o contrário dessa definição. Vejamos:
1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse.
2. A senhora aceitou passivamente ao pedido para que comesse.
Percebemos que “garota” tem significado oposto à “senhora” assim como os verbos “renunciou”
e “aceitou” e os advérbios “veementemente” e “passivamente”. Assim, quando opto por uma
palavra opto também pelo seu significado que de alguma forma remete a outro sentido, em
oposição. Por exemplo, se alguém diz:
“Ela é bela”, quer dizer o mesmo que, “Ela não é feia”.
Ao estudo das palavras que indicam sentidos opostos, denominamos antonímia.
Polissemia ou Homonímia
Uma mesma palavra na língua pode assumir diferentes significados, o que dependerá do
contexto em que está inserida. Observe:
1. A menina fez uma bola de sabão com o brinquedo.
2. A mãe comprou uma bola de basquete para o filho.
3. O rapaz disse que sua barriga tem formato de bola.
4. A professora falou para desenhar uma bola.
Constatamos que uma mesma palavra, “bola”, assumiu diferentes significados, a partir de um
contexto (situação de linguagem) diferente nas frases, respectivamente: o formato que a bolha
de sabão fez; o objeto usado em jogos; o aspecto arredondado da barriga e ainda o sentido de
círculo, circunferência na última oração.
Polissemia (poli=muitos e semos= significados) é o estudo, a averiguação das significações que
uma palavra assume em determinado contexto linguístico.
Orações Subordinadas Adverbiais
As orações adverbiais se dividem em 9 tipos. Veja a seguir alguns exemplos dos advérbios mais
utilizados em cada tipo de oração e seus respectivos exemplos:
Comparativas
São orações que funcionam como um adjunto adverbial de comparação, onde o verbo fica implícito.
Conjunções subordinativas comparativas são responsáveis por iniciar essas frases. Esse tipo de oração
estabelece uma comparação com a principal.
Mais … que, menos … que, tão … quanto, como.
Exemplo: Laura era mais aplicada na escola que sua irmã.
Exemplo: Fabrício é menos egoísta que seu amigo.
Exemplo: Paulo é tão esforçado quanto a namorada.
Temporais
São orações que funcionam como adjunto adverbial de tempo. As conjunções subordinativas temporais
ou as locuções conjuntivas subordinativas temporais são responsáveis por inicar as frases desse tipo.
Indicam relação de tempo, relacionadas à ação da oração principal.
Enquanto, sempre que, assim que, quando, desde que, logo que.
Exemplo: Fico alegre, sempre que vou à casa de meus pais.
Exemplo: Ao terminarem o lanche, lavem as vasilhas!
Exemplo: Desde que ela foi embora, não soube mais o que era sorrir.
Finais
São orações que funcionam como adjunto adverbial de finalidade. Sempre são iniciadas por locução
conjuntiva subordinativa final ou conjunção subordinativa final. Indicam um fim, propósito ou finalidade
à oração principal.
A fim de que, porque, para que.
Exemplo: Aqui estamos reunidos, para confraternizarmos.
Exemplo: Estou estudando, a fim de passar no concurso.
Exemplo: Eis o motivo porque estou aqui.
Causais
São orações que exprimem a causa do fato, funcionando como adjunto adverbial de causa. São iniciadas
por uma conjunção subordinativa causal ou uma locução conjuntiva subordinativa causal. Em geral, elas
designam a causa ou o motivo da ação expressa na oração principal.
Porque, que, porquanto, por isso que, visto que, visto como, como, já que, pois que, uma vez
que.
Exemplo: Fernanda está feliz porque conseguiu novo emprego.
Exemplo: A professora não saiu porque estava frio.
Exemplo: Como estava chovendo, não saímos de casa.
Como diferenciar Orações Coordenadas Explicativas das Orações Adverbiais Causais?
Orações coordenas explicativas: Neste caso, não há relação de causa e efeito entre as orações,
mas apenas uma afirmação, justificativa ou explicação da oração principal. As orações são
independentes uma da outra, são marcadas por vírgula ou a oração anterior pode vir no modo
imperativo. Exemplo: Fiquem quietos, pois estou falando!
Orações subordinadas adverbiais causais: Os advérbios têm sempre a relação causa-efeito com
a oração principal e estabelem uma causa ou motivo da ação. Se houver a possibilidade de colocar a
segunda frase no início, antecedida por “como”, ela é causal. São orações dependentes uma da
outra. Exemplo: Precisava entregar os relatórios em outra cidade, pois não havia ninguém no
escritório.
Concessivas
As orações adverbiais concessivas devem dar ideia de impotência do locutor em relação a ação. São
orações que funcionam como um adjunto adverbial de concessão. No geral, são iniciadas por uma
conjunção subordinativa concessiva ou uma locução conjuntiva subordinativa concesssiva. Geram uma
ideia de oposição em relação à oração principal.
Embora, apesar de, mesmo que, não obstante, conquanto, ainda que, malgrado, se bem que,
por mais que, posto que, desde que, por muito que.
Exemplo: Todos foram embora, apesar da festa não ter terminado.
Exemplo: Mesmo que ele vá embora, não correrei atrás dele.
Exemplo: Embora o teste tenha sido fácil, demorei bastante para terminar.
Condicionais
As orações adverbiais condicionais devem transmitir a ideia de condição (dependência) e têm a relação
de condição-causa em relação à oração principal. São orações que funcionam como adjunto adverbial
de condição e são iniciadas por uma conjunção subordinativa condicional ou uma locução conjuntiva
subordinativa condicional.
A não ser que, contanto que, se, caso, a menos que, desde que, senão, exceto se, sem que,
uma vez que.
Exemplo: Se o jogo for ruim, não animará a torcida.
Exemplo: Caso tivesse concluído o dever de casa, teria saído para brincar.
Exemplo: Desde que se esforce, será aprovado no vestibular.
Proporcionais
São orações que funcionam como um adjunto adverbial de proporção, ou seja, são iniciadas por uma
locução conjuntiva subordinativa proporcional. Expressam ou indicam uma relação de proporção à ideia
principal.
Quanto, à medida que, à proporção que, ao passo que
Exemplo: À proporção que o tempo passava, ela ia ficando mais bela.
Exemplo: O barulho aumenta à medida que as pessoas chegam.
Exemplo: Quanto mais você fuma, mais perto fica da morte.
Obs: “na medida que” não existe!
Conformativas
São orações que indicam a maneira ou modo como ocorreu a ação da oração principal. Sua finalidade é
estabelecer uma ideia de conformidade ou acordo. Funcionam como adjunto adverbial de
conformidade, sendo iniciadas por uma conjunção subordinativa conformativa ou uma locução
conjuntiva subordinativa conformativa.
Conforme, como, segundo, consoante, em consonância com que, de modo que, assim como,
bem como, de maneira que, de forma que, do mesmo modo que.
Exemplo: Construímos nossa escola, segundo as especificações dadas pela prefeitura.
Exemplo: Conforme combinamos há duas semanas, eis os documentos.
Exemplo: Como eu havia lhe orientado, o avião já decolou.
Consecutivas
São orações que funcionam como adjunto adverbial de consequência e são iniciadas por uma conjunção
subordinativa consecutiva. Orações adverbiais consecutivas devem dar a ideia de consequência. Essa
oração subordinada é uma consequência da oração principal.
Tão que, tal que, tanto que, tamanho que, de forma que.
Exemplo: Comecei o dia tão bem que fui trabalhar contente.
Exemplo: Ele fala tão baixo, que todos precisam se calar para ouvir.
Exemplo: Juliana bebia tanto que foi pega no bafômetro.
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim,
compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:
art-ista brinc-a-mos cha-l-eira cachorr-inh-a-s
A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades
menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas.
Vamos analisar a palavra "cachorrinhas":
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles:
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.
inh - indica que a palavra é um diminutivo
a - indica que a palavra é feminina
s - indica que a palavra se encontra no plural
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo.
Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar,
sol, lua, etc.
São elementos mórficos:
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da
significação dos primeiros
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos.
Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por
acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
comprar (verbo) beijar (verbo)
compra(substantivo) beijo (substantivo)
Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo
deriva de um verbo ou se ocorre o
contrário, podemos seguir a seguinte
orientação:
- Se o substantivo denota ação, será
palavraderivada, e
o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou
substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos
acima: compra ebeijo indicam ações,
logo, são palavrasderivadas. O mesmo
não ocorre, porém, com a
palavra âncora, que é um objeto. Neste
caso, um substantivo primitivo que dá
origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de
verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na
linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por
derivação regressiva. Veja:
o portuga (de português)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)
Ou ainda:
agito (de agitar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)
Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na
derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma
o substantivo a partir do verbo.
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer
qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical.
Neste processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos
Por Exemplo:
Os bons serão contemplados.
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos
Por Exemplo:
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
3) Os infinitivos passam a substantivos
Por Exemplo:
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
4) Os substantivos passam a adjetivos
Por Exemplo:
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
5) Os adjetivos passam a advérbios
Por Exemplo:
Falei baixo para que ninguém escutasse.
6) Palavras invariáveis passam a substantivos
Por Exemplo:
Não entendo o porquê disso tudo.
7) Substantivos próprios tornam-se comuns.
Por Exemplo:
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da
Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a
derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba
caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo
pelo qual é denominada "imprópria".
Composição
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais.
Existem dois tipos:
Composição por Justaposição
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
Exemplos:
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter
inalterada a sonoridade da palavra.
Composição por Aglutinação
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos
fonéticos.
Exemplos:
embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)
Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último
componente.
Redução
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
auto - por automóvel
cine - por cinema
micro - por microcomputador
Zé - por José
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito
frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção "Extras" -> Abreviaturas e
Siglas)
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo:
auto (grego) + móvel (latim)
Onomatopeia
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes
e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e
as vozes dos seres.
Exemplos:
miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.
Prefixos
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes
o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que
funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram
pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na formação de
novas palavras. Veja os exemplos:
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-
Prefixos de Origem Grega
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos:
anônimo, amoral, ateu, afônico
ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos:
analogia, análise, anagrama, anacrônico
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:
anfiteatro, anfíbio, anfibologia
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:
antídoto, antipatia, antagonista, antítese
apo- : Afastamento, separação. Exemplos:
apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia
arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos:
arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário
cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos:
cataplasma, catálogo, catarata
di-: Duplicidade. Exemplos:
dissílabo, ditongo, dilema
dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos:
diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
dis- : Dificuldade, privação. Exemplos :
dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia
ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:
eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos:
encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
endo- : Movimento para dentro. Exemplos:
endovenoso, endocarpo, endosmose
epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos:
epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos:
eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia
hemi- : Metade, meio. Exemplos:
hemisfério, hemistíquio, hemiplégico
hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos:
hipertensão, hipérbole, hipertrofia
hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:
hipocrisia, hipótese, hipodérmico
meta- : Mudança, sucessão. Exemplos:
metamorfose, metáfora, metacarpo
para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos:
paralelo, parasita, paradoxo, paradigma
peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos:
periferia, peripécia, período, periscópio
pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos:
prólogo, prognóstico, profeta, programa
pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos:
prosélito, prosódia
proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos:
proto-história, protótipo, protomártir
poli- : Multiplicidade. Exemplos:
polissílabo, polissíndeto, politeísmo
sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos:
síntese, sinfonia, simpatia, sinopse
tele- : Distância, afastamento. Exemplos:
televisão, telepatia, telégrafo
Prefixos de Origem Latina
a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos:
aversão, abuso, abstinência, abstração
a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:
adjunto,advogado, advir, aposto
ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos:
antebraço, antessala, anteontem, antever
ambi- : Duplicidade. Exemplos:
ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:
benefício, bendito
bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos:
bisneto, bimestral, bisavô, biscoito
circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos:
circunferência, circunscrito, circulação
cis- : Posição aquém. Exemplos:
cisalpino, cisplatino, cisandino
co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos:
colégio, cooperativa, condutor
contra- : Oposição. Exemplos:
contrapeso, contrapor, contradizer
de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos:
decapitar, decair, depor
de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos:
desventura, discórdia, discussão
e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos:
excêntrico, evasão, exportação, expelir
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos:
imergir, enterrar, embeber, injetar, importar
extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos:
extradição, extraordinário, extraviar
i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos:
ilegal, impossível, improdutivo
inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos:
internacional, interplanetário
intra- : Posição interior. Exemplos:
- intramuscular, intravenoso, intraverbal
intro- : Movimento para dentro. Exemplos:
introduzir, introvertido, introspectivo
justa- : Posição ao lado. Exemplos:
justapor, justalinear
ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos:
obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo
per- : Movimento através. Exemplos:
percorrer, perplexo, perfurar, perverter
pos- : Posterioridade. Exemplos:
pospor, posterior, pós-graduado
pre- : Anterioridade . Exemplos:
prefácio, prever, prefixo, preliminar
pro- : Movimento para frente. Exemplos:
progresso, promover, prosseguir, projeção
re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos:
rever, reduzir, rebater, reatar
retro- : Movimento para trás. Exemplos:
retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:
soterrar, sobpor, subestimar
super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos:
supercílio, supérfluo
soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos:
soto-mestre, sota-voga, soto-pôr
trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos:
transatlântico, tresnoitar, tradição
ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos:
ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta
vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:
vice-presidente, visconde, vice-almirante
Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos
PREFIXOSGREGOS
PREFIXOS
LATINOS
SIGNIFICADO EXEMPLOS
a, an des, in privação, negação anarquia, desigual,
inativo
anti contra oposição, ação
contrária
antibiótico,
contraditório
anfi ambi duplicidade, de um e
outro lado, em torno
anfiteatro, ambivalente
apo ab afastamento,
separação
apogeu, abstrair
di bi(s) duplicidade dissílabo, bicampeão
dia, meta trans movimento através diálogo, transmitir
e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para
dentro
encéfalo, ingerir,
irromper
endo intra movimento para
dentro, posição
interior
endovenoso,
intramuscular
e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora,
mudança de estado
êxodo, excêntrico,
estender
epi, super, hiper supra posição superior,
excesso
epílogo, supervisão,
hipérbole, supradito
eu bene excelência, perfeição,
bondade
eufemismo, benéfico
hemi semi divisão em duas
partes
hemisfério, semicírculo
hipo sub posição inferior hipodérmico,
submarino
para ad proximidade,
adjunção
paralelo, adjacência
peri circum em torno de periferia, circunferência
cata de movimento para baixo catavento, derrubar
si(n)(m) cum simultaneidade,
companhia
sinfonia, silogeu,
cúmplice
Sufixos
Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova
palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa
forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo,
por exemplo.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as
flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos
extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os
que formam nomes de agente.
Sufixos que formam nomes de ação
-ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza
-ança - mudança -ismo - civismo
-ância - abundância -mento - casamento
-ção - emoção -são - compreensão
-dão - solidão -tude - amplitude
-ença - presença -ura - formatura
Sufixos que formam nomes de agente
-ário(a) -secretário -or - lutador
-eiro(a) - ferreiro -nte - feirante
-ista - manobrista
Além dos sufixos acima, tem-se:
Sufixos que formam nomes de lugar, depositório
-aria - churrascaria -or - corredor
-ário - herbanário -tério - cemitério
-eiro - açucareiro -tório - dormitório
-il - covil
Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção
>-aço - ricaço -ario(a) - casario, infantaria
-ada - papelada -edo - arvoredo
-agem - folhagem -eria - correria
-al - capinzal -io - mulherio
-ame - gentame -ume - negrume
Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência
-ite bronquite, hepatite (inflamação)
-oma mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)
-ato, eto, ito sulfato, cloreto, sulfito (sais)
-ina
cafeína, codeína (alcaloides, álcalis
artificiais)
-ol fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)
-ite amotite (fósseis)
-ito granito (pedra)
-ema
morfema, fonema, semema,
semantema (ciência linguística)
-io - sódio, potássio, selênio (corpos
simples)
Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos
-ismo
budismo
kantismo
comunismo
SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS
a) de substantivos
-aco - maníaco -ento - cruento
-ado - barbado -eo - róseo
-áceo(a) - herbáceo, liláceas -esco - pitoresco
-aico - prosaico -este - agreste
-al - anual -estre - terrestre
-ar - escolar -ício - alimentício
-ário - diário, ordinário -ico - geométrico
-ático - problemático -il - febril
-az - mordaz -ino - cristalino
-engo - mulherengo -ivo - lucrativo
-enho - ferrenho -onho - tristonho
-eno - terreno -oso - bondoso
-udo - barrigudo
b) de verbos
SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFICAÇÃO
-(a)(e)(i)nte ação, qualidade, estado semelhante, doente, seguinte
-(á)(í)vel possibilidade de praticar ou sofrer uma ação louvável, perecível, punível
-io, -(t)ivo ação referência, modo de ser tardio, afirmativo, pensativo
-(d)iço, -(t)ício possibilidade de praticar ou sofrer uma ação,
referência
movediço, quebradiço,
factício
-(d)ouro,-
(t)ório
ação, pertinência casadouro, preparatório
SUFIXOS ADVERBIAIS
Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do
substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o espírito, o intento".Este sufixo
juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo.
Exemplos:
altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-mente
Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues-mente, etc.)
não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes.
Exemplos:
cabrito montês / cabrita montês.
SUFIXOS VERBAIS
Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos
verbos.
Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar.
Exemplos:
esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. Veja:
-ar: cruzar, analisar, limpar
-ear: guerrear, golear
-entar: afugentar, amamentar
-ficar: dignificar, liquidificar
-izar: finalizar, organizar
Observe este quadro de sufixos verbais:
SUFIXOS SENTIDO EXEMPLOS
-ear frequentativo, durativo cabecear, folhear
-ejar frequentativo, durativo gotejar, velejar
-entar factitivo aformosentar, amolentar
-(i)ficar factitivo clarificar, dignificar
-icar frequentativo-diminutivo bebericar, depenicar
-ilhar frequentativo-diminutivo dedilhar, fervilhar
-inhar frequentativo-diminutivo-pejorativo escrevinhar, cuspinhar
-iscar frequentativo-diminutivo chuviscar, lambiscar
-itar frequentativo-diminutivo dormitar, saltitar
-izar factitivo civilizar, utilizar
Observações:
Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida.
Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar.
Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.
Radicais Gregos
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil
memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira
agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda
agrupa aqueles que costumam surgir na parte final.
Radicais que atuam como primeiro elemento
Forma Sentido Exemplos
Aéros- ar Aeronave
Ánthropos- homem Antropófago
Autós- de si mesmo Autobiografia
Bíblion- livro Biblioteca
Bíos- vida Biologia
Chróma- cor Cromático
Chrónos- tempo Cronômetro
Dáktyilos- dedo Dactilografia
Déka- dez Decassílabo
Démos- povo Democracia
Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã
Ethnos- raça Etnia
Géo- terra Geografia
Héteros- outro Heterogêneo
Hexa- seis Hexágono
Híppos- cavalo Hipopótamo
Ichthýs- peixe Ictiografia
Ísos- igual Isósceles
Makrós- grande, longo Macróbio
Mégas- grande Megalomaníaco
Mikrós- pequeno Micróbio
Mónos- um só Monocultura
Nekrós- morto Necrotério
Néos- novo Neolatino
Odóntos- dente Odontologia
Ophthalmós- olho Oftalmologia
Ónoma- nome Onomatopeia
Orthós- reto, justo Ortografia
Pan- todos, tudo Pan-americano
Páthos- doença Patologia
Penta- cinco Pentágono
Polýs- muito Poliglota
Pótamos- rio Potamologia
Pséudos- falso Pseudônimo
Psiché- mente Psicologia
Riza- raiz Rizotônico
Techné- arte Tecnografia
Thermós- quente Térmico
Tetra- quatro Tetraedro
Týpos- figura, marca Tipografia
Tópos- lugar Topografia
Zóon- Animal Zoologia
Radicais que atuam como segundo elemento:
Forma Sentido Exemplos
-agogós Que conduz Pedagogo
álgos Dor Analgésico
-arché Comando, governo Monarquia
-dóxa Que opina Ortodoxo
-drómos Lugar para correr Hipódromo
-gámos Casamento Poligamia
-glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário
-gonía Ângulo Pentágono
-grápho Escrita Ortografia
-grafo Que escreve Calígrafo
-grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma
-krátos Poder Democracia
-lógos Palavra, estudo Diálogo
-mancia Adivinhação Cartomancia
-métron Que mede Quilômetro
-nómos Que regula Autônomo
-pólis; Cidade Petrópolis
-pterón Asa Helicóptero
-skopéo Instrumento para ver Microscópio
-sophós Sabedoria Filosofia
-théke Lugar onde se guarda Biblioteca
Radicais Latinos
Radicais que atuam como primeiro elemento:
Forma Sentido Exemplo
Agri Campo Agricultura
Ambi Ambos Ambidestro
Arbori- Árvore Arborícola
Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô
Calori- Calor Calorífero
Cruci- cruz Crucifixo
Curvi- curvo Curvilíneo
Equi- igual Equilátero, equidistante
Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia
Loco- lugar Locomotiva
Morti- morte Mortífero
Multi- muito Multiforme
Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto
Oni- todo Onipotente
Pedi- pé Pedilúvio
Pisci- peixe Piscicultor
Pluri- Muitos, vários Pluriforme
Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede
Reti- reto Retilíneo
Semi- metade Semimorto
Tri- Três Tricolor
Radicais que atuam como segundo elemento:
Forma Sentido Exemplos
-cida Que mata Suicida, homicida
-cola Que cultiva, ou habita
Arborícola, vinícola,
silvícola
-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura
-fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero
-fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico
-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme
-fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo
-gero Que contém, ou produz Belígero, armígero
-paro Que produz Ovíparo, multíparo
-pede Pé Velocípede, palmípede
-sono Que soa Uníssono, horríssono
-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo
-voro Que come Carnívoro, herbívoro
Concordância Verbal
Caso 1:
Sujeito simples
Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ela foi ao cinema. (3ª pessoa, singular)
Nós vamos ao cinema. (1ª pessoa, plural)
Casos especiais:
a) Sujeito coletivo: O verbo concorda com o coletivo.
A multidão gritou na arquibancada.
OBS: Se o coletivo vier especificado ou modificado por adjunto
adnominal, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
A multidão de fãs gritou.
A multidão de fãs gritaram.
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
b) Sujeito possui coletivos partitivos (metade, a maior parte,
grande parte, maioria, etc.): O verbo fica no singular
(concordância lógica) ou vai para o plural (concordância
atrativa).
A maioria dos alunos foi à excursão.
A maioria dos alunos foram à excursão.
c) Sujeito é pronome de tratamento: O verbo fica sempre na 3ª
pessoa (do singular ou do plural).
Vossa Santidade esteve no Brasil.
Vossa Alteza pediu silêncio.
Vossas Altezas pediram silêncio.
d) O sujeito é o pronome relativo <que>: O verbo concorda
com o antecedente do pronome.
Fui eu que derramei o café.
Fomos nós que derramamos o café.
OBS: Com a expressão <um dos que>/<uma das que>, o verbo
deve assumir a forma plural, exceto quando a ação se refere a
um só agente.
Você é um dos que admiram os escritores de novelas.
(Dos que admiram novelas, ele é um.)
Ele é um dos jogadores que foram expulsos.
(Dos jogadores que foram expulsos, ele é um.)
Era uma das suas filhas que namorava com ele.
(Namorava com ele, uma das suas filhas.)
e) O sujeito é o pronome relativo <quem>: O verbo pode ficar
na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do
pronome.
Fui eu quem derramou o café.
Fui eu quem derramei o café.
f) O sujeito é formado por locuções pronominais (Alguns de
nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc.): Se o
primeiro pronome estiver no singular, o verbo fica no singular.
Se estiver no plural, poderá concordar com o pronome
interrogativo/indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou
vós).
Algum de nós o receberá.
Quais de vós me punirão?
Quais de vós me punireis?
Quais de nós são capazes?
Quais de nós somos capazes?
Vários de nós propuseram sugestões inovadoras.
Vários de nós propusemos sugestões inovadoras.
OBS1: Veja que a opção por uma ou outra forma indica a
inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou
escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta
pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre
quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e
nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia.
g) O sujeito é formado de nomes no plural: Se o sujeito não vier
precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha
antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.
Estados Unidos é uma nação poderosa.
Os Estados Unidos são a maior potência mundial.
h) O sujeito é formado por expressões aproximativas: mais de
um, menos de dois, cerca de..., etc.: O verbo concorda com o
numeral.
Mais de um aluno não compareceu à aula.
Mais de cinco alunos não compareceram à aula.
OBS: No caso da referida expressão aparecer repetida ou
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo
necessariamente deverá permanecer no plural:
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram.
Mais de um formando se abraçaram na formatura.
i) O sujeito tem por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o
verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier
afastado do substantivo.
A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em
casa.
A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em
casa.
j) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com": O verbo
pode ficar no singular ou no plural. No plural, os núcleos
recebem um mesmo grau de importância e a palavra <com>
tem sentido muito próximo ao de <e>. Para enfatizar o primeiro
elemento, usa-se o singular.
O governador com o secretariado traçaram os planos.
O governador com o secretariado traçou os planos.
Caso 2:
Sujeito composto.
Regra geral: O verbo vai para o plural.
João e Maria foram passear no bosque.
Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas
gramaticais diferentes: O verbo ficará no plural seguindo-se a
ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos amigos. (O
verbo ficou na 1ª pessoa do plural porque esta tem prioridade
sob a 3ª.)
Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis amigos. (O verbo
ficou na 2ª pessoa do plural porque esta tem prioridade sob a
3ª.)
OBS1: No segundo exemplo, também é aceita a concordância do
verbo com a terceira pessoa.
Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)
OBS2: Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a
concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.
Iremos eu e minhas amigas.
Irei eu e minhas amigas.
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente
ou ligados por <e>: O verbo concordará com os dois núcleos.
A jovem e a sua amiga seguiram a pé.
OBS1: Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância
por atração com o núcleo mais próximo do verbo.
Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.
OBS2: Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a
concordância é feita obrigatoriamente no plural.
Abraçaram-se vencedor e vencido.
Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos ou semelhantes e estão
no singular: O verbo poderá ficar no plural (concordância lógica)
ou no singular (concordância atrativa).
A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar.
A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar.
d) Quando há gradação entre os núcleos: O verbo pode
concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o
núcleo mais próximo (concordância atrativa).
Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam.
Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por: nada, tudo,
ninguém, etc.: O verbo concordará com o aposto resumidor.
Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e
outro, nem um nem outro: O verbo poderá ficar no singular ou
no plural.
Um e outro já veio.
Um e outro já vieram.
g) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por
<ou> ou <nem>: O verbo deverá ficar no plural se a declaração
contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos.
Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia
brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
OBS: Se os núcleos forem excludentes o verbo deve ficar no
singular. Em caso de retificação, deve concordar com o mais
próximo.
Você ou ele será escolhido.
O ladrão ou os ladrões não deixaram vestígio.
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries
correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas
também, etc.): O que comumente ocorre é o verbo ir para o
plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem
no singular.
Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais
em São Paulo.
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em
São Paulo.
Caso 3:
Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada substantiva
subjetiva, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do
singular.
Ainda falta dar os últimos retoques na pintura.
(Dica: Para saber se é o caso, substitua a oração subordinada por
ISSO: “Ainda falta ISSO”. Percebe-se facilmente que ISSO é o
sujeito do verbo faltar.)
Caso 4:
O verbo e a partícula <SE>
a) Quando é índice de indeterminação do sujeito: Quando
índice de indeterminação do sujeito, o <se> acompanha os
verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, os quais
obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do
singular.
Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.
b) Quando é partícula apassivadora: Quando pronome
apassivador, o <se> acompanha verbos transitivos diretos (e
alguns poucos indiretos) na formação da voz passiva sintética.
Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.
Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Não se pouparam esforços para despoluir o rio.
Não se poupou esforço para despoluir o rio.
Caso 5:
Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito. Uma vez que os verbos
flexionam-se para concordar com o sujeito, então estes verbos
ficam sempre na 3ª pessoa do singular.
 Haver no sentido de existir;
 Fazer indicando tempo;
 Aqueles que indicam fenômenos da natureza.
Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Choveu granizos ontem.
OBS: Em locução verbal nos casos acima, o verbo auxiliar herda
esta impessoalidade. Lembre-se que o verbo existir não faz parte
da regra:
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.
Deve haver indícios de fraude.
Pode ter havido casos semelhantes.
Existem sérios problemas na cidade.
Devem existir problemas na cidade.
Caso 6:
Verbos dar, bater e soar
Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio,
hora, horas, badaladas...), e com ele devem concordar.
O relógio deu duas horas.
Deu uma hora no relógio da estação.
Deram duas horas no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.
Bateram cinco badaladas no sino da igreja.
Soaram dez badaladas no relógio da escola.
Caso 7:
A locução "Haja Vista"
A locução “haja vista” admite duas construções. A expressão
fica invariável ou o verbo haver pode variar (desde que não
seguido de preposição), considerando-se o termo seguinte
como sujeito.
Haja vista as lições dadas por ele.
Haja vista aos fatos explicados por esta teoria.
Hajam vista os exemplos de sua dedicação.
OBS: “Haja visto” só existe como forma verbal quando
equivalente a “tenha visto”:
O caseiro poderá testemunhar caso ele realmente haja visto o
crime.
Caso 8:
A expressão "Em que Pese"
Na expressão “em que pese”, o verbo “pesar” permanece
invariável quando se tratar de pessoa ou concorda com o
sujeito quando se tratar de coisa.
Em que pese aos governistas, votaremos contra.
Em que pesem as suas contradições, a melhor tese ainda é a
dele.
Caso 9)
Porcentagem + substantivo
a) Porcentagem + Substantivo, sem modificador da
porcentagem: Facultativamente o verbo poderá concordar com
o número referente à porcentagem ou com o substantivo.
1% da turma estuda muito.
1% dos alunos estuda / estudam muito.
10% da turma estuda / estudam muito.
10% dos alunos estudam muito.
b) Porcentagem + Substantivo, com modificador da
porcentagem: O verbo concordará com o modificador, que pode
ser pronome demonstrativo, pronome possessivo, artigo, etc.
Os 10% da turma estudam muito.
Aquele 1% dos alunos estuda mais.
c) Mais de, menos de, cerca de, perto de, antes da
porcentagem: O verbo concordará apenas com o número
referente à porcentagem, mesmo que haja elemento
modificador.
Mais de 1% dos alunos estuda muito.
Menos de 10% da turma estudam muito.
OBS: Caso o verbo apareça anteposto à expressão de
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral:
Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
Caso 10:
Concordância com o verbo ser:
a) Quando, em predicados nominais, o sujeito for
representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso,
aquilo: O verbo <ser> ou <parecer> concordarão com o
predicativo.
Tudo são flores.
Aquilo parecem ilusões.
OBS: Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se
quer enfatizá-lo.
Aquilo é sonhos vãos.
b) O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito
for os pronomes interrogativos <que> ou <quem>.
Que são gametas?
Quem foram os escolhidos?
c) Em indicações de horas, datas, tempo, distância: A
concordância será feita com a expressão numérica.
São nove horas.
É uma hora.
OBS: Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias,
pois subentende-se a palavra dia.
Hoje são 24 de outubro.
Hoje é (dia) 24 de outubro.
d) Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome
pessoal, a concordância se dará com o pronome.
Esse cara sou eu.
OBS: Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a
concordância será com o que aparece primeiro, considerando o
sujeito da oração.
Eu não sou tu.
e) Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a
especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc.: O
verbo fica sempre no singular.
Cento e cinquenta é pouco.
Cem metros é muito.
f) Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o
verbo e o adjetivo podem ficar invariáveis (verbo na 3ª pessoa
do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com
o sujeito posposto.
É necessário aqueles materiais.
São necessários aqueles materiais.
Caso 11:
O Verbo "Parecer"
Em orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular.
As paredes parece que têm ouvidos.
(Parece que as paredes têm ouvidos.)
Quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias:
a) O verbo parecer varia e não se flexiona o infinitivo.
Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.
b) O verbo parecer não varia e o infinitivo sofre flexão.
Alguns colegas parecia chorarem naquele momento.
OBS: A primeira construção é considerada corrente, enquanto a
segunda, literária.
Caso 12:
Concordância com o infinitivo
O infinitivo é a forma nominal do verbo e pode apresentar-se
flexionado e não flexionado. O estudo do infinitivo na Língua
Portuguesa é bastante complexo, já que, em alguns casos, ele
deve ser flexionado, em outros, ele pode ser flexionado, e em
outros ainda ele não se flexiona.
Exemplo de como flexionar o infinitivo do verbo cantar:
Era para eu cantar
Era para tu cantares
Era para ele cantar
Era para nós cantarmos
Era para vós cantardes
Era para eles cantarem
a) Não se flexiona o infinitivo:
I) Não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por
pronome pessoal oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se,
os, as, lhes).
Esperei-as chegar.
II) Quando o infinitivo não se referir a sujeito algum
Navegar é preciso, viver não é preciso.
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.
É preciso lutar contra as drogas.
Vale a pena ter fé e esperança sempre.
III) Infinitivo com valor de imperativo (ordem, pedido, conselho,
apelo):
Soldados, recuar!
IV) Como verbo principal de locução verbal:
Os alunos podem sair mais cedo hoje. (O verbo sair é o principal
da locução "podem sair").
Eles não podem fazer isso! (O verbo fazer é o principal da
locução "podem fazer").
OBS: Quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto, a flexão
do infinitivo do verbo principal da locução é facultativa:
Não devemos, depois de tudo, duvidar e reclamar dela.
Não devemos, depois de tudo, duvidarmos e reclamarmos dela.
V) Quando fizer rerência a gerúndio:
As peças estavam estragadas, devendo ser substituídas.
Começaram as inscrições, podendo os candidatos dirigir-se à
sala
b) Flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo:
I) Quando o sujeito for diferente de pronome átono, estiver
evidente e determinante de verbo não acusativo:
Não é necessário vocês chegarem mais cedo.
II) Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizando a terceira
pessoa do plural);
Faço isso para (eu) não me achar inútil.
Faço isso para não me acharem inútil.
III) Quando o infinitivo é o sujeito:
O morrerem pela pátria é sina de alguns soldados.
IV) Quando o sujeito do verbo no infinitivo for diferente do
sujeito do verbo da outra oração.
Meninos, vejo estarem atrasados mais uma vez. (O sujeito
“vocês” do infinitivo “estar”é diferente do sujeito “eu” do
verbo “ver” na outra oração.)
Falei a eles sobre a vontade de deixarmos o time. (O sujeito
“nós” do infinitivo “deixar” é diferente do sujeito “eu” do
verbo “ver” na outra oração.)
V) Quando o verbo for de ligação ou estiver na voz passiva:
Elas tiveram que suar muito para se tornarem campeãs.
O porta-voz disse que as medidas a serem tomadas contra o
terror serão rigorosas.
VI) Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação.
Fizemos os adversários se cumprimentarem com gentileza.
Deixem os namorados beijarem-se como quiserem.
c) Flexão opcional: Quando possível, a escolha do infinitivo
flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente
(sujeito) da ação expressa pelo verbo.
I) Se o sujeito do verbo no infinitivo for o mesmo do verbo da
outra oração, a flexão do infinitivo não é necessária. Não é,
porém, proibida. (Alguns gramáticos consideram que não deve
haver flexão).
Os escoteiros chamaram os chefes para apresentar o relatório.
Os escoteiros chamaram os chefes para apresentarem o
relatório.
(O sujeito de ambos os verbos “chamar” e “apresentar” é o
mesmo: os escoteiros.)
(tu) Lerás o texto antes de (tu) responder.
(tu) Lerás o texto antes de (tu) responderes.
Para estudar, estaremos sempre dispostos.
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
II) Não sendo claro o sujeito, pode-se flexionar o infinitivo
quando for preciso evitar ambiguidade:
Está na hora de começarmos o trabalho. (nós)
Está na hora de começar o trabalho. (Quem? eu, você, ele, nós?)
O presidente liberou os seus ministros para subirem no
palanque. (para os ministros subirem)
O presidente liberou os seus ministros para subir no palanque.
(para o presidente subir)
III) Caso de Sujeito Acusativo: Quando um verbo no infinitivo ou
no gerúndio tiver a ação dependente de verbo causativo
(mandar, fazer, deixar, etc.) ou quando tiver a ação recebida por
verbo sensitivo (ver, ouvir, sentir, etc.), seu sujeito será
denominado de sujeito acusativo. Ter a ação dependente de
outro verbo significa que a ação só ocorre porque outra ocorreu
anteriormente. Constatado o sujeito acusativo, se for
representado por pronome oblíquo átono (me, te, se, o, as,
nos...) a concordância é na 3º pessoa do singular,
obrigatoriamente; caso contrário, sendo ele um substantivo
plural, a concordância é opcional.
Mandei os garotos sair.
Mandei os garotos saírem. (flexão opcional)
Verbo causativo: mandar;
Verbo dependente: sair;
Sujeito acusativo: substantivo “garotos”;
Mandei-os sair de lá. (não flexiona)
Verbo causativo: mandar;
Verbo dependente: sair;
Sujeito acusativo: pronome oblíquo “os”;
Sentimos (ou vimos, ou ouvimos) os colegas vacilar nos debates.
Sentimos (ou vimos, ou ouvimos) os colegas vacilarem nos
debates.
Verbo sensitivo: Sentir (ou ver, ou ouvir);
Verbo dependente: vacilar;
Sujeito acusativo: substantivo “colegas”;
d) Preposição + Infinitivo:
I) Será não flexionado quando ocorrer locução verbal onde a
ligação com o verbo auxiliar ocorrer por meio de preposição:
Acabamos de fazer os exercícios.
II) Será não flexionado quando houver a
combinação ADJETIVO +PREPOSIÇÃO + INFINITIVO:
São casos difíceis de solucionar.
III) Não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com
valor de gerúndio.
(Nós) Passamos horas a comentar o filme. (comentando)
IV) Não se flexiona o infinitivo com preposição que apareça
depois de um verbo na voz passiva:
Os jornalistas foram forçados a sair da sala.
As pessoas eram obrigadas a esperar em fila.
V) Depois da combinação ao, o infinitivo varia obrigatoriamente:
Ao entrarmos, encontramos o João.
Ao derreterem-se, as amostras do gelo deixaram sedimentos.
VI) A variação será obrigatória se o verbo for pronominal ou se
exprimir reciprocidade ou reflexibilidade de ação:
Gastamos duas horas para nos dirigirmos para lá.
Eles relutaram muito para se cumprimentarem.
Foram ao cabeleireiro a fim de se pentearem.
VII) Nos demais casos é opcional flexionar ou não.
O rapaz ajudava as garotas a superar suas dificuldades em
Matemática.
O rapaz ajudava as garotas a superarem suas dificuldades em
Matemática.
Para chegar aqui, gastamos duas horas.
Para chegarmos aqui, gastamos duas horas.
Concordância Nominal: Regras e Exemplos
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome,
concordam em gênero e número com o substantivo.
A pequena criança é uma gracinha.
CASOS ESPECIAIS
Caso 1.1: Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos
A) Adjunto adnominal:
Quando o adjetivo posposto a dois ou mais substantivos
funcionar como adjunto adnominal e estiver qualificando todos
os substantivos apresentados, poderá concordar com o
elemento mais próximo ou com a soma deles.
O Estado compra carros e maçãs argentinas.
O Estado compra carros e maçãs argentinos.
Ternura e amor humano.
Amor e ternura humana.
Ternura e amor humanos.
Carne ou peixe cru.
Peixe ou carne crua.
Carne ou peixe crus.
Há três casos em que o adjunto adnominal concordará apenas
com o elemento mais próximo:
01) Se qualificar apenas o elemento mais próximo:
Comprei livros e pera madura (livros não amadurecem).
Comprei óculos e frutas frescas.
02) Se os substantivos forem sinônimos:
Desrespeitaram o povo e a gente brasileira.
Luís tinha ideia e pensamento fixo.
Luís tinha pensamentos e ideias fixas.
OBS: Se os substantivos forem antônimos o adjetivo deverá ir
obrigatoriamente para o plural:
Passei dias e noites frios na Europa.
03) Se os substantivos formarem gradação:
Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho.
B) Predicativo do sujeito:
Quando o adjetivo imediatamente posposto a dois ou mais
substantivos funcionar como predicativo do sujeito, deverá
concordar com a soma dos elementos.
O homem e o menino estavam perdidos.
O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
C) Predicativo do objeto:
Quando o adjetivo imediatamente posposto a dois ou mais
substantivos funcionar como predicativo do objeto, deverá
concordar com a soma dos elementos.
Encontrei o operário e a esposa preocupados com a situação da
empresa.
Obs.: Uma maneira fácil para estabelecer a diferença entre o
adjunto adnominal e o predicativo é quando substituímos o
substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais
que gravitam ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo
nessa substituição, ou seja, os adjuntos adnominais
desaparecem. Portanto, se o adjetivo não desaparecer na
substituição, será predicativo.
Caso 1.2: Um adjetivo anteposto a vários substantivos
a) Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais
próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco.
Mau lugar e hora.
Má hora e lugar.
b) Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda
com o mais próximo ou vai para o plural.
Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos.
Caso 2: Um substantivo e mais de um adjetivo
Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo,
este vai para o singular ou plural.
Falava fluentemente a língua inglesa e (a) espanhola.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
Caso 3: Um substantivo e dois ordinais
a) Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um substantivo,
determinando-o, este concorda com o mais próximo ou vai para
o plural.
A primeira e segunda lição.
A primeira e segunda lições.
A primeira, a segunda e a última aula.
b) Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo,
determinando-o, este vai para o plural.
As cláusulas terceira, quarta e quinta.
Caso 4:
Muito, pouco, menos, bastante, caro, meio, só, mesmo, alerta
a) Quando se trata de advérbio não variam:
Algumas viagens são muito cansativas.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
Comprei caro os sapatos.
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante (muito) contente com a proposta.
Estou meio insegura.
Só consegui comprar uma passagem.
Preciso falar a sós com ele. (a sós - locução adverbial)
Preciso de menos comida para perder peso. (menos sempre é
advérbio)
Os pais estavam alerta para a situação do filho doente. (alerta
sempre é advérbio)
b) Quando não são advérbios seguem a regra geral:
Comi muitas frutas durante a viagem. (pronome)
Poucas pessoas acreditaram em mim. (pronome)
Os sapatos estavam caros. (adjetivo)
Estiveram sós nos escombros durante horas. (adjetivo)
Seus argumentos foram bastantes (suficientes) para me
convencer. (adjetivo)
Havia bastantes (muitas) pessoas na praça. (pronome - se
<muito> for invariável é advérbio)
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (pronome)
Comi meia laranja pela manhã. (numeral)
Caso 5:
Promomes de tratamento:
Os qualificadores do pronome concordam com o sexo da
pessoa, não com o pronome:
Sua Santidade está esperançoso.
Vossa Majestade, minha rainha, é muito bondosa.
Caso 6:
Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a), nem um(a) nem outro(a)
Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular
Um e outro aspecto.
Nem um nem outro argumento.
De um e outro lado.
OBS: Se houver adjetivo este vai para o plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
Uma e outra causa juntas.
Caso 7:
É bom, é necessário, é proibido:
a) Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem
qualquer determinante, o verbo ser - ou qualquer outro verbo
de ligação - ficará no singular, e o predicativo do sujeito no
masculino, singular.
Maçã é bom para a saúde.
Cerveja é bom para os rins.
É preciso cautela.
É proibido entrada.
b) Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-
se normalmente:
É proibida a entrada de homens no banheiro feminino.
Estas bebidas são boas para os rins.
Caso 8:
Tal Qual
<Tal> concorda com o antecedente, <qual> com o
consequente.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
OBS: Se o elemento anterior é um verbo, tal fica invariável; se o
elemento posterior é um verbo, qual fica invariável.
Eles agem tal quais as ordens do pai.
Eles agem tal qual forem as ordens do pai.
Caso 9:
Particípio + Substantivo
O particípio concorda com o substantivo a que se refere.
Feitas as contas ...
Restabelecidas as amizades …
Salvas as crianças ...
Postas as cartas na mesa ...
Vistas as condições …
OBS: "Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de
conectivos, sendo, por isso, invariáveis:
Salvo honrosas exceções.
Que não seja imortal, posto que é chama.
Visto ser longe, não irei.
Caso 10:
Anexo
Quando precedido da preposição em, fica invariável.
A fotografia vai anexa ao curriculum.
Os documentos irão anexos ao relatório.
As fotografias vão em anexo.
Caso 11:
Adjetivo composto
a) Se ambos os elementos são adjetivos, apenas o último
elemento concordará com o substantivo a que se refere; os
demais ficarão na forma masculina, singular.
Violetas azul-claras.
Problema socioeconômico.
Problemas socioeconômicos.
b) Se um dos elementos for originalmente um substantivo, todo
o adjetivo composto ficará invariável. Vale também para a
expressão cor de + substantivo
Tinta branco-gelo.
Tintas branco-gelo.
Papel cor de vinho.
Papéis cor de vinho.
Pincel (cor de) laranja.
Pincéis (cor de) laranja.
Unhas holográficas lilás furta-cor.
Exceções:
Azul-marinho/Azul-celeste são invariáveis.
Camisas azul-celeste.
Calças azul-marinho.
Surdo-mudo(a)/Pele-vermelha flexionam dois elementos.
Menina surda-muda.
Rapazes surdos-mudos.
Índio pele-vermelha.
Índios peles-vermelhas.
Caso 12:
Numerais
Numeral utilizado após substantivo deve ser cardinal (um, dois,
três...). Do contrário, usa-se o numeral ordinal (primeiro,
segundo, terceiro...).
Arrancaram a página duzentos.
Estamos na segunda página.
Caso 13:
Grama
Quando representar unidade de massa, será masculino.
Comprei duzentos gramas de presunto.
Ele foi preso com um grama de cocaína.
Caso 14:
Obrigado
Concorda com o substantivo a que se refere:
Elas disseram em coro: Muito obrigadas, professor.
Caso 15:
Conforme
Conforme = conformado (adjetivo - varia)
Conforme = como (não flexiona).
Eles ficaram conformes com a decisão;
Dançam conforme a música.
Regência Nominal
A regência nominal estuda os casos em que "nomes"
(substantivos, adjetivos eadvérbios) exigem uma outra palavra para
completar-lhes o sentido. Em geral, a relação entre um nome e o
seu complemento é estabelecida por uma preposição.
É bacharel em direito. (se é bacharel, é bacharel em algo)
Tenho aversão a altitude. (se tem aversão, tem aversão a algo)
É preciso ter amor a vida. (se tem amor, tem amor a algo)
Fico feliz por você. (se fica feliz, fica feliz por alguém)
Quero sempre estar junto a ti. (se está junto, está junto a alguém)
Cabe observar que certos nomes admitem mais de uma regência, ou seja,
mais de uma preposição. A escolha desta ou daquela preposição deve
obedecer às exigências da clareza, da eufonia e adequar-se às diferentes
nuanças do pensamento, obedencendo à gramática padrão. No exemplo a
seguir, o adjetivo "acostumado", que pede um complemento (quem está
acostumado, está acostumado "a algo" ou "comalgo"), pode ser
completado por intermédio de pelo menos duas preposições diferentes:
Estou acostumado a essa vida agitada.
Estou acostumado com o trânsito de São Paulo sempre travado.
Ao aprender a regência de um verbo, você estará praticamente aprendendo a
regência do nome cognato (que vem da mesma raiz do verbo). É o caso, por
exemplo, do verbo obedecer e do nome obediente. Este verbo exige a
preposição [a], que é a mesma exigida pelo nome derivado do verbo. Ex:
Devemos obedecer a lei.
Devemos ser obedientes a lei.
Da mesma forma, todos os advérbios formados de adjetivos + [mente],
tendem a apresentar a mesma regência dos adjetivos dos quais derivaram.
Ex:
compatível [com] => compativelmente [com]
relativo [a] => relativamente [a]
próximo [a, de] => proximamente [a, de]
Por fim, existe também o caso em que o nome é completado por uma outra
oração (frase com um verbo). Nestes casos, o complemento será
intermediado por preposiçãoe por uma conjunção integrante (que, se)
exercendo sua função típica de integrar orações. Trata-se das orações
subordinadas completivas nominais. Ex:
Ficamos temerosos de que você demorasse muito.
Ficamos temerosos sobre se você demoraria muito.
Para identificar facilmente os casos de orações subordinadas substantivas,
basta verificar se a substituição da oração pelo termo ISSO é adequada. Ex:
Ficamos temerosos dISSO (de + ISSO).
Ficamos temerosos sobre ISSO.
Erros Comuns
“Quanto você pagaria por um disco em vinil com uma música de grande
sucesso?”
O emprego da preposição em onde ela não cabe é um erro comum. Com o
verbo <resistir> e o substantivo <resistência>, por exemplo, não se deve
usar esta preposição. Em vez de “resiste em fazer algo”, o correto é
“resiste a fazer algo. Na situação do notícia acima, é clara a necessidade
da preposição de. Dizemos que um disco é feito de vinil, que um anel é
feito de ouro ou de prata etc. É um erro usar a preposição em indicando a
matéria de que algo é constituído. Logo, a frase correta é
"Quanto você pagaria por um disco de vinil com uma música de grande
sucesso?"
Vejamos outro exemplo de erro comum:
“A intenção do governo em aumentar a arrecadação é absurda.”
Um caso relativamente corriqueiro é o de construções em que um
substantivo comporta dois complementos diferentes regidos pela mesma
preposição, mas o redator troca um desses por outra preposição para
“evitar a repetição”. Atenção:evita-se a repetição de nomes, mas não a
de elementos de coesão, que têm função de articular sintaticamente as
partes do texto. Não é correta uma construção como a apresentada acima
porque os dois complementos (“governo” e “aumentar a
arrecadação”), ambos ligados ao substantivo “intenção”, devem ser
introduzidos pela preposição de. Assim, a construção adequada é :
“A intenção do governo de aumentar a arrecadação é absurda.”
A regência nominal não é um assunto tão cobrado em provas, como
a regência verbal. Mas pode aparecer. Segue abaixo uma relação de erros
comuns de nomes que pedem complementos ou adjuntos com preposição
e a forma que está de acordo com a norma culta.
TV (em)
Estamos na era da TV a cores. (errado)
Estamos na era da TV em cores.
Igual (a)
Outro igual eu você não encontrará. (errado)
Outro igual a mim você não encontrará.
Bacharel (em)
Se formou como bacharel de ciência da computação. (errado)
Se formou como bacharel em ciência da computação.
Alienado (de, a, para)
Estão todos alienados com os últimos acontecimentos. (errado)
Estão todos alienados dos últimos acontecimentos.
O veículo está alienado a um banco.
O veículo está alienado para um banco.
Curioso (de, sobre, por)
Fiquei curioso com o que aconteceu. (errado)
Fiquei curioso do que aconteceu.
Fiquei curioso sobre o que aconteceu.
Fiquei curioso pelo que aconteceu.
Recurso (de, contra)
Não cabe recurso à decisão. (errado)
Não cabe recurso contra a decisão.
Não cabe recurso da decisão.
Acostumado / Habituado (a, com)
Fiquei acostumado de lanches na hora do almoço. (errado)
Fiquei acostumado a lanches na hora do almoço.
Fiquei acostumado com lanches na hora do almoço.
Ansioso (por, para, de)
Estava ansioso em conhecê-la. (errado)
Estava ansioso de ver o cometa.
Está ansioso por uma nova oportunidade.
Permaneceu ansioso para falar.
Confiante (em)
Continuava confiante da vitória. (errado)
Continuava confiante em vitória.
Compatível (com, entre)
O doador tinha o sangue compatível ao da vítima. (errado)
O doador tinha o sangue compatível com o da vítima.
Os sangues de doador e vítima eram compatíveis entre si.
Entendido, Perito (em)
Era entendido de Mecânica. (errado)
Era entendido em Mecânica.
Era perito em construções.
Incluído (em, entre)
Foi incluído ao grupo. (errado)
Foi incluído no grupo.
Estava incluído entre os mais capacitados.
Morador / Residente / Situado/ Estabelecido (em, de)
Residente à rua Vila Bernadete. (errado)
Era morador na Rua do Lavradio.
Foi morador da Rua Santa Clara.
Junto (de, a)
A cadeira junto da porta estava desocupada. (correto)
A arma se encontrava junto ao corpo da vítima. (correto)
O ex-presidente foi nomeado embaixador junto ao (= adido ao) governo
italiano.
O empresário não conseguiu quitar sua dívida junto ao banco. (errado)
O empresário não conseguiu quitar sua dívida com o banco.
Pediu vários empréstimos junto ao banco. (errado)
Pediu vários empréstimos ao banco.
A audiência da novela cresceu assustadoramente junto
aos espectadores. (errado)
A audiência da novela cresceu assustadoramente entre os espectadores.
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe junto
à Portuguesa. (errado)
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe da Portuguesa.
O advogado entrou com um recurso junto ao tribunal. (errado)
O advogado entrou com um recurso no tribunal.
Próximo (a, de)
Fiquei próximo ao muro.
Deixamos o carro próximo da árvore.
Apaixonado (por, de)
Era um apaixonado da natureza.
Estava apaixonada pelo colega de trabalho.
Apto/Aptidão (a, para)
Farei o teste de aptidão a pilotagem militar
Sempre teve aptidão para as artes
Sentia-se apto ao trabalho externo.
Considerei-o apto para exercer a profissão.
Conforme (a, com)
Assumiu uma postura conforme às suas raízes. (semelhante)
Essa atitude é mais conforme com seus ideais. (coerente)
Estudante, Estudioso (de)
O jornalista é estudioso de ufologia.
Parecido (com, a)
Era parecido com o avô.
Sendo parecido ao pai, foi aceito logo.
Grato (a, para, por)
Sou grato a todos neste dia especial.
Sua ajuda é sempre grata para meus filhos.
Mostrou-se grato pelo conselho que lhe dei.
Medo (de, a)
O menino tem medo do escuro.
Tive medo ao inspetor.
Regência Verbal: Regras e Exemplos
Regência verbal é a relação de subordinação que ocorre entre
um verbo e seus complementos.
Há pouco tempo foi exibido na televisão um anúncio cujo texto
dizia:
“… a marca que o mundo confia.”
Acontece que quem confia, "confia em”. Logo, o correto seria
dizer:
“… a marca em que o mundo confia.”
As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países que eu
fui”, “A comida que eu mais gosto”. O correto seria dizer “A
rua em que moro” (quem mora, mora em...), “Os países a que
fui” (quem vai, vai a...), “A comida de que mais gosto” (quem
gosta, gosta de...).
O problema também está presente em uma letra da dupla
Roberto e Erasmo Carlos, “Emoções”.
“… são tantas já vividas são momentos que eu não me
esqueci…”
Se eu me esqueci, eu "me esqueci de". Quem esquece, "esquece
algo". Quem se esquece, "esquece-se de algo". Logo, o correto
seria “são momentos de que não me esqueci.” Pode-se,
também, eliminar a preposição de e o pronome me. Ficaria
“são momentos que eu não esqueci”.
Em um jornal de grande circulação o texto de uma campanha
afirmava:
"A gente nunca esquece do aniversário de um amigo.”
O que poderia ser corretamente escrito das seguintes formas:
“A gente nunca esquece o aniversário de um amigo.”
(quem esquece, esquece algo)
“A gente nunca se esquece do aniversário de um amigo.”
(quem se esquece, esquece-se de...)
Verbos Intransitivos
São os verbos que não necessitam ser completados. Sozinhos,
indicam a ação ou o fato.
Comparecer, Chegar, Ir, Vir, Voltar, Cair e Dirigir-se:
Estes verbos aparentam ter complemento, por exemplo,
“Quem vai, vai a algum lugar”. Porém a indicação de lugar é
circunstância, não complementação. Classificamos este
complemento como Adjunto Adverbial de Lugar. É importante
observar que a regência destes verbos exige a preposição a na
indicação de destino e de na indicação de procedência. Só se
usa a preposição em na indicação de meio, instrumento.
Irei em Santiago de Cuba; (errado)
Irei a Santiago de Cuba;
Vou em São Paulo; (errado)
Vou a São Paulo;
Muitos não compareceram na prova do Enem; (errado)
Muitos não compareceram à prova do Enem;
Jesus dirigiu-se aos apóstolos andando sobre o mar;
A comida caiu no chão; (errado)
A comida caiu ao chão;
Você caiu do céu;
Voltei de lá;
Cheguei de Curitiba há meia hora;
OBS: O fenômeno denominado crase também ocorrerá quando
houver um verbo intransitivo regendo a preposição a, seguido
de um substantivo feminino, que exija o artigo a, como no
terceiro exemplo acima.
Morar, Residir e Situar-se:
São intransitivos mas costumam estar acompanhados de
adjunto adverbial, regendo a preposição em.
Moro / Resido em Londrina;
Minha casa situa-se no Jardim Petrópolis;
Não utilize a preposição a para logradouros.
Minha casa situa-se à rua Pero Vaz; (errado)
Moro a cem metros da estrada;
Deitar-se e Levantar-se:
Deito-me às 22h e levanto-me bem cedo.
Verbos Transitivos Diretos
São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por
outro termo, denominado <objeto direto>. Por essa razão, uma
das maneiras mais fáceis de analisar se um verbo é transitivo
direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo
transitivo direto admite tal transformação, além dos
verbos (des)obedecer, pagar, perdoar, aludir, apelar,
responder, assistir(ver), que admitem a passiva mesmo não
sendo VTD. (Motivo: eram diretos antigamente.)
O objeto direto pode ser representado por um substantivo,
palavra substantivada, oração (oração subordinada substantiva
objetiva direta) ou pronome oblíquo. Uma vez que pronomes
oblíquos tônicos (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas) só são
usados com preposição, quando estes representam objeto
direto, tem-se um objeto direto preposicionado.
Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos
diretos:
Desfrutar e Usufruir:
São VTD, apesar de serem muito usados com a preposição de.
Desfrutei os bens deixados por meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o usufruem.
Desfrutaremos da aposentadoria na velhice.
Compartilhar:
É VTD, apesar de ser muito usado com a preposição de.
Berenice compartilhou o meu sofrimento.
Compartilharam de tudo durante a vida.
Verbos Transitivos Indiretos
São verbos que se ligam ao complemento por meio de
uma preposição. O complemento é denominado <objeto
indireto>. O objeto indireto pode ser representado por
substantivo, palavra substantivada, oração (oração subordinada
substantiva objetiva indireta) ou pronome oblíquo.
OBS: Estes verbos admitem os pronomes lhe, lhes como objeto
indireto; alguns, porém, não.
Obedeceu ao chefe => Obedeceu a ele => Obedeceu-lhe.
Mas há exceções: assistir, aludir, referir-se, aspirar, recorrer,
depender. Os gramáticos não trazem as razões históricas para
esse modo peculiar de construção de alguns verbos. Nem
precisariam fazê-lo, assim como não precisam justificar o motivo
de um determinado verbo ser hoje transitivo direto e outro,
transitivo indireto. Às vezes, os verbos são sinônimos, mas
apresentam diferentes transitividades. Em verdade, a função
primordial da Gramática não é fixar regras impositivas de cima
para baixo, mas sistematizar os fatos e as condutas que encontra
na língua como manifestação.
Assistir(ver), Aspirar, Visar, Aludir, Referir-se (a):
Todos falam desse filme, mas eu não assiti a ele ainda.
Constar (de, em):
Quando se usa o verbo constar com o sentido de “estar escrito,
registrado ou mencionado” ou “fazer parte, incluir-se”, as
preposições – de e em – são corretas :
Seu nome consta da lista de aprovados.
Consta nos autos que...
Consta dos autos que...
Vou fazer constar o incidente em meu relatório.
Já quando constar tem o significado de “ser composto,
constituído ou formado; consistir em algo”, usa-se apenas a
preposição de:
A casa consta de partes grandes e arejadas.
Seu relatório constava de 50 páginas.
Obedecer e Desobedecer (a):
Obedeço a todas as regras da empresa.
Revidar (a):
Ele revidou ao ataque instintivamente.
Responder (a):
Responda aos testes com atenção.
Simpatizar e Antipatizar (com):
Não são verbos pronominais, portanto não se deve
dizer simpatizar-se, nem antipatizar-se.
Sempre simpatizei com ele, mas antipatizo com seu irmão.
Sobressair (em):
Não é verbo pronominal, portanto não se deve usar sobressair-
se.
No colegial, sobressaía em todas as matérias.
Torcer (por, para):
Pode ser também verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se
com a preposição para, que dará início a Oração Subordinada
Adverbial de Finalidade. Para ficar mais fácil, memorize assim:
Torcer por + substantivo ou pronome.
Torcer para + oração (com verbo).
Estamos torcendo por você.
Estamos torcendo para você conseguir seu intento.
Verbos bitransitivos
Também chamados de transitivo diretos e indiretos. São os
verbos que possuem os dois complementos - objeto direto e
objeto indireto.
Agradecer, Pagar e Perdoar:
São VTDI, com a preposição a. O objeto direto sempre será a
coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradeci a ela o convite.
Paguei a conta ao Banco.
Se o time rival ganhasse, a torcida não perdoaria aos jogadores
a derrota em casa.
Pedir:
É VTDI, com a preposição a. A frase deve ser sintaticamente
estruturada assim:
“Quem pede, pede algo a/para alguém”;
“Quem pede, pede que alguém faça algo”;
Pedimos a todos que trouxessem os livros.
Pedimos que todos trouxessem os livros.
É inadequado ao padrão culto da língua:
"Pedir para que alguém faça algo".
Preferir:
É VTDI, com a preposição a. Não admite ênfase, como: mais,
muito mais, mil vezes.
Prefiro estar só a ficar mal acompanhado.
Informar, avisar, advertir, certificar, comunicar, lembrar,
noticiar, notificar, prevenir:
São VTDI, admitindo duas construções:
“Quem informa, informa algo a alguém”;
“Quem informa, informa alguém de/sobre algo.”
Informamos aos usuários que não nos responsabilizamos por
furtos ou roubos.
Informamos os usuários de que não nos responsabilizamos por
furtos ou roubos.
Regência oscilante / Mais de uma
Regência
Aspirar:
Será VTD, quando significar sorver, absorver.
Como é bom aspirar a brisa da tarde.
Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar,
objetivar.
Aspiramos a uma vaga naquela universidade.
Agradar:
Será VTI, com a preposição a, quando significar ser agradável;
satisfazer.
Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo.
Será VTD, quando significar acariciar ou contentar.
A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas.
Assistir:
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar
ajudar, prestar assistência.
Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
Será VTI com a preposição a quando significar ver ou ter direito.
Gosto de assistir aos jogos do Santos.
O descanso semanal remunerado assiste ao trabalhador.
Será VI quando implicar morada.
Assisto em Londrina desde que nasci.
O papa assiste no Vaticano.
Chamar:
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar dar
qualidade. A qualidade pode vir precedida da preposição de, ou
não.
Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)
Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)
Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)
Será VTI com a preposição por quando significar invocar.
Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
Será VTD, quando significar convocar.
Chamei todos os sócios para participarem da reunião.
Será VTDI, com a preposição a, quando significar repreender.
Chamei os meninos à atenção, pois conversavam na sala de aula.
Chamei-o à atenção.
Obs.: Não confundir com a express]ao sem crase “chamar a
atenção”, que não significa repreender, mas fazer ser notado.
O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.
Casar:
Será VI quando por si só apresentar sentido completo.
Eles casaram (ou se casaram – na qualidade de pronome
reflexivo).
Será VTI quando requisitar um complemento regido pelo uso da
preposição:
Ele se casou com a melhor amiga.
Será VTDI quando requisitar os dois complementos:
O vizinho casou sua filha com meu primo.
Custar:
Será VI quando significar ter preço.
Estes sapatos custaram muito.
Será VTDI, com a preposição a, quando significar causar
trabalho, transtorno.
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família.
Será VTI com a preposição a quando significar ser difícil. Nesse
caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil. A
pessoa a quem algo é difícil será objeto indireto.
Custou-lhe acreditar em Maria.
Custou a ele acreditar em Maria.
Ele custou a acreditar... (está errado)
Atender:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Atenderam o meu pedido prontamente.
Atenderam ao meu pedido prontamente.
Anteceder:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
A velhice antecede a morte.
A velhice antecede à morte.
Esquecer e Lembrar:
Serão VTD quando não forem pronominais, ou seja, quando não
forem acompanhados de pronome oblíquo átono (esquecer-se,
lembrar-se):
Esqueci que havíamos combinado sair.
Ela não lembrou o meu nome.
Esquecer-se e Lembrar-se:
Serão VTI, com a preposição de, quando forem pronominais:
Esqueci-me de que havíamos combinado sair.
Ela lembrou-se do meu nome.
Implicar:
Será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender, produzir
como consequência, acarretar.
Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade.
Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.
As despesas extras implicam em gastos desnecessários.
Será VTI, com a preposição com, quando significar antipatizar.
Não sei por que o professor implica comigo.
Os alunos implicaram com o professor.
Será VTDI, com a preposição em, quando significar envolver
alguém em algo.
Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
Ela implicou-se em atos ilícitos.
Namorar:
Apesar de ser muito usado com a preposição com, que só
deveria ser usada para iniciar adjunto adverbial de companhia,
será VTD quando possuir os significados de inspirar amor a,
galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com
insistência, cobiçar.
Joana namorava o filho do delegado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
Eu estava namorando este cargo há anos.
Pode ser também VI:
Comecei a namorar muito cedo.
Presidir:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Presidir o país.
Presidir ao país.
Proceder:
Será VTI, com a preposição de, quando significar derivar-se,
originar-se.
Esse mau humor de Pedro procede da educação que recebeu.
Será VTI, com a preposição a, quando significar dar início.
Os fiscais procederam à prova com atraso.
Será VI quando significar ter fundamento.
Suas palavras não procedem.
Renunciar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Nunca renuncie seus sonhos.
Nunca renuncie a seus sonhos.
Satisfazer:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Não satisfaça todos os seus desejos.
Não satisfaça a todos os seus desejos.
Abdicar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de, e também VI.
O Imperador abdicou o trono.
O Imperador abdicou do trono.
O Imperador abdicou.
Gozar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de.
Ele não goza sua melhor forma física.
Ele não goza de sua melhor forma física.
Atentar:
Pode ser VTD ou VTI, com as preposições em, para ou por.
Atente o ouvido.
Deram-se bem os que atentaram nisso.
Não atentes para os elementos supérfluos.
Atente por si, enquanto é tempo.
Cogitar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição em ou de:
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral brasileiro.
Hei de cogitar no caso.
O diretor cogitou de demitir-se.
Consentir:
Pode se VTD ou VTI, com a preposição em.
Como o pai desse garoto consente tantos agravos?
Consentimos em que saíssem mais cedo.
Ansiar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por:
Ansiamos dias melhores.
Ansiamos por dias melhores.
Almejar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por, ou VTDI, com a
preposição a.
Almejamos dias melhores.
Almejamos por dias melhores.
Almejamos dias melhores ao nosso país.
Faltar, Bastar e Restar:
Podem ser VI ou VTI, com a preposição a.
Muitos alunos faltaram hoje.
Três homens faltaram ao trabalho hoje.
Resta aos vestibulandos estudar bastante.
Pisar:
Pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a preposição em,
iniciando Adjunto Adverbial de Lugar.
Pisei a grama para poder entrar em casa.
Não pise no tapete, menino!
Prevenir
Pode ser VTD fazendo referência a evitar dano:
A precaução previne acontecimentos inesperados.
Pode ser VTDI referindo-se ao ato de avisar com antecedência.
Prevenimos os moradores de que haveria corte de energia.
Querer:
Será VTI, com a preposição a, quando significar estimar.
Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos.
Será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade
de, tencionar.
Sempre quis seu bem.
Quero que me digam quem é o culpado.
Visar:
Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar,
objetivar.
Sempre visei a uma vida melhor.
Será VTD, quando significar mirar, ou dar visto.
O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.
O gerente visou o cheque do cliente.
Proibir:
Pode ser VTD. Proibir alguma coisa:
A lei brasileira proíbe o aborto.
Pode ser VTDI. Proibir alguém de alguma coisa / Proibir alguma
coisa a alguém:
O pai proibiu o filho de viajar.
A ANVISA proíbe oferecer premios à indústria farmacêutica.
Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração
de sentido:
· abdicar (de)
· acreditar (em)
· almejar (por)
· ansiar (por)
· anteceder (a)
· atender (a)
· atentar (em, para)
· cogitar (de, em)
· consentir (em)
· crer (em)
· deparar (com)
· desfrutar (de)
· desdenhar (de)
· gozar (de)
· necessitar (de)
· preceder (a)
· precisar (de)
· presidir (a)
· renunciar (a)
· satisfazer (a)
· versar (sobre).
Exemplos:
· Precisamos pessoas honestas.
· Precisamos de pessoas honestas.
· Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias.
· Nunca cri em pessoas que falam muito de si próprias.
Fonética
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos
fomeas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz
humana, os quais caracterizam a oposição entre os vocábulos.
Exemplo: em pato e bato é som inicial das consoantes p- e b- que
opõe entre si as duas palavras. Tal som recebe a denominação
de FONEMA
Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três
sílabas e seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode
haver um ou mais fonemas.
No sistema fonético do português do Brasil há, aproximadamente, 33
fonemas.
É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o
sinal gráfico que representa o som.
Vejamos alguns exemplos:
Palavra Letras Fonemas
Manhã 5 4
Táxi 4 5
Corre 5 4
Hora 4 3
Aquela 6 5
Guerra 6 4
Fixo 4 5
Hoje 4 3
Canto 5 4
Tempo 5 4
Campo 5 4
Chuva 5 4
Nova ortografia
A Nova Reforma Ortográfica da Língua portuguesa, como todas as
outras que já aconteceram, tem como objetivo uniformizar a grafia,
fazendo a maior aproximação possível, respeitando as diferenças já
interiorizadas e permitindo que a modalidade escrita da língua seja
compreensível a todos os falantes dessa língua.
Este acordo é o resultado do estudo das diferenças entre os acordos
de 1943, no Brasil, e de 1945, em Portugal. Entrou em vigor no Brasil
em 2009, com um período de adaptação até 2012.
Qual o último acordo ortográfico da língua
portuguesa?
O último acordo ortográfico entre países membros da Comunidade
de Países de Língua Portuguesa foi assinado em 16 de dezembro de
1990. Este acordo estabeleceu uma grafia única para a Língua
Portuguesa que, até então, era a única língua que apresentava duas
grafias oficiais: a portuguesa e a brasileira.
O que mudou com a nova ortografia para os
brasileiros?
O novo acordo traz algumas mudanças que exigem que aprendamos
novas regras; que sejam adaptados documentos e publicações.
Dúvidas em relação a forma como escrevíamos antes e como
escreveremos agora também surgirão, mas teremos uma maior
facilidade já que algumas regras foram simplificadas.
VAMOS AS REGRAS
REGRAS GERAIS:
Na regra geral não houve alterações, as regras continuam as mesmas
com pequenas observações.
- Para uma melhor assimilação das novas regras de
acentuação, é necessário saber que, em língua portuguesa,
uma palavra é classificada de acordo com o número de sílabas
em: monossílaba (uma só sílaba), dissílaba (duas sílabas),
trissílaba (três sílabas), polissílaba (quatro ou mais sílabas).
Também pode ser classificada de acordo com a posição da
sílaba tônica (silaba pronunciada com maior intensidade) em:
oxítona (sílaba tônica é a última sílaba da palavra); paroxítona
(a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra); e
proparoxítona (sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da
palavra.
- Saiba também que: ditongo é o encontro de duas vogais na mesma
sílaba.
- Ditongo fechado é pronunciado com a boca mais fechada (cadeira,
bois) e ditongo aberto é pronunciado com a boca mais aberta
(papéis, herói, colmeia, ideia).
- Hiato é o encontro de dois sons vocálicos, cada um em uma sílaba
(ca-o-lho, Ra-ul, sa-í-da)
- Preste atenção : Acentue as paroxítonas sem memorizar! Aplique
invertidamente a regra das oxítonas!
Veja a regra : Oxítona – Terminada em –n não tem acento; então,
Paroxítona terminada em –n precisa ter: hífen, pólen, éden, próton,
nêutron, íon.
Oxítona terminada em –a(s) é acentuada; então, paroxítona
terminada em a(s) não é acentuada.
Observação: O critério da inversão (oxítona paroxítona ) só
não é válido para as paroxítonas terminadas em –am (falam) e para
as terminadas em ditongo (+ s) (farmácia).
Palavras monossílabas tônicas:
Dependem da intensidade com que são pronunciadas, átonas (sílaba
pronunciada mais fraca) ou tônicas (sílaba pronunciada mais forte).
Não houve nenhuma alteração na acentuação gráfica das
monossílabas tônicas.
Regra Geral: Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas
terminadas em: a (s), e (s), o (s).
Ex.: chá, fé, rés, dó, gás, lê-lo, nós, pô-lo.
Obs.: As monossílabas átonas nunca são acentuadas.
Ex.: vi, bis, li-os, tu, cru, nus.
Observe: - palavras monossílabas terminadas em i (s) e u (s) não
recebem acento.
Ex.: si, quis, bis, cru, pus.
- Os ditongos fechados ei (s), eu (s) e oi (s), em monossílabos não são
acentuados.
Ex.: sei, reis, deu, meus, foi, bois.
Palavras oxítonas:
Não houve nenhuma alteração na acentuação das palavras oxítonas.
Regra Geral: Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em: a (s),
e (s), o (s), em/ens.
Ex.: Sabará, ananás, Guaporé, convés, bisavô, retrós, Belém,
armazéns, parabéns, voltará, busca-pés, robô, manténs.
Observe: oxítonas terminadas em i (s) e u (s) não recebem acento:
Ex.: tupi, lambari, abacaxis, Pacaembu, urubus.
Palavras paroxítonas:
Sofreu algumas alterações que aparecerão nas regras
complementares.
Regra Geral: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: l,
n, r, os, ã (s), i (s), u (s), x, ão (s), um/uns, ditongos orais (+ s).
Ex.: Louvável, lavável, câncer, ônix, vácuo, pôneis, águas, bíceps,
falência, cônsul, júri, tênis, hífen, tênis, nêutron, húmus, bônus,
repórter, Vítor, tórax, fórceps, sótão, bênçãos, órfã, ímãs, álbum,
fóruns, farmácia, frágeis, área, tréguas, comício, cáries.
Observe: paroxítonas terminadas em –n antecedido de e (hífen,
pólen, éden) não recebem acento no plural (hifens, polens, edens),
mas paroxítonas terminada em –n antecedido de o (próton, nêutron,
íon), recebem acento no plural (prótons, nêutrons, íons).
Palavras proparoxítonas:
Não houve alteração na regra das palavras proparoxítonas.
Regra Geral: acentuam-se todas as palavras proparoxítonas
independentemente de suas terminações.
Ex.: Transatlântico, técnico, quadrúpede, câmara, tílburi, interim,
relêssemos, lógico, autêntico, cibernético, desânimo, pirâmide.
AS REGRAS DA NOVA ORTOGRAFIA
Abaixo colocamos as novas regras, seguidas de um exemplo (como
era antes) e um exemplo (como ficou) onde houve alterações. A
reforma se deu na acentuação, nas palavras paroxítonas, no uso do
hífen (-), no uso do trema (¨) e no alfabeto.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRAS COMPLEMENTARES:
Nas regras complementares estão as modificações ocorridas em
algumas palavras da Língua Portuguesa:
Acentuação dos ditongos abertos éi, ói, éu
Dependendo da palavra em que ocorrem, podem ser ou não
acentuados.
Regra complementar: Os ditongos abertos éi, ói e éu. São
acentuados em monossílabos e em oxítonas.
Não são acentuados em paroxítonas.
Ex.: monossílabos – Ex.: méis, réis, dói, róis, céu, véus. (Não houve
alteração)
Oxítonas – Ex.: anéis, cordéis, corrói, lençóis, chapéus, escarcéu. (Não
houve alteração)
Paroxítonas – Ex.: (antes) idéia, platéia, heróico, jibóia.
(como ficou) ideia, plateia, heroico, jiboia.
Observe: O Acordo Ortográfico de 1990 eliminou o acento dos
ditongos abertos ei e oi somente das palavras paroxítonas.
Verbos ter e vir
Regra complementar: acentua-se o e das formas verbais têm e vêm,
indicativas de plural.
Ex.: Ele tem (singular) / Eles têm (plural)
Ele vem (singular) / Eles vêm (plural)
Observe: Nos derivados de ter (manter, conter,
deter, etc.) e de vir (intervir, convir, provir etc.):
- A terceira (3ª) pessoa do singular passa a receber assunto agudo-
pela regra das oxítonas terminadas em em.
- A terceira (3ª) pessoa do plural preserva o acento circunflexo das
formas originais têm e vêm.
Ex.: Ele mantém – Eles mantêm
Ele contém – Eles contêm
Ele detém – Eles detêm
Ele intervém – Eles intervêm
Ele convém – Eles convêm
Ele provém – Eles provêm
Regra do hiato:
Foi abolida pelo novo acordo ortográfico.
Antes: Todas as palavras terminadas em OO (s) e as formas verbais
terminadas em EEM recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo,
enjôos, abençôo, perdôo; crêem, dêem, lêem, vêem, relêem,
prevêem.
como ficou: Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo;
creem, deem, leem, veem, releem, preveem.
Escreva agora :
Ex.: Eu te perdoo, disse ele.
Não muda:
I e u na segunda vogal do hiato
Regra complementar: nos hiatos, o i e o u são acentuados desde
que:
. Representem a 2ª vogal do hiato.
. Apareçam sozinhos (ou seguidos de s) na sílaba tônica.
. Não estejam seguidos de nh.
Ex.: i e u sozinhas: raízes, Itajaí, miúdos, Tambaú
I e u com s: país, egoísta, balaústre, jaús
I e u seguidos de nh: sainha, campainha, rainha, ladainha.
Observe:
Se o i e o u aparecem depois do ditongo:
- Em palavras paroxítonas, não são acentuadas.
Ex.: (antes) boiúna , feiúra, baiúca, feiúra
(como ficou) boiuna, feiura, baiuca, feiume.
Nas palavras em que i ou o u se repetem no hiato, essas vogais não
recebem acento.
Ex.: xiita, sucuuba (árvore).
Escreva : O miliciano xiita Abu Azrael, cujo nome significa "Pai do
Anjo da Morte", se converteu para milhares de iraquianos no herói
sem medo que simboliza o combate ao grupo Estado Islâmico .
Acento diferencial
Esse acento foi eliminado de quase todos os vocábulos e,
atualmente, é empregado para diferencia pouquíssimas palavras.
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  • 1. Como interpretar textos É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a textos. TEXTO – é um conjunto de idéias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua idéia principal. A partir daí, localizam-se as idéias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das
  • 2. questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. RESUMIR – é concentrar as idéias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras. EXEMPLO TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES "O HOMEM UNIDO ” A INTEGRAÇÃO DO MUNDO A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE A UNIÃO DO HOMEM HOMEM + HOMEM = MUNDO A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA) CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR
  • 3. Fazem-se necessários: a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. c) Capacidade de observação e de síntese e d) Capacidade de raciocínio. INTERPRETAR x COMPREENDER INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA - EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR. - TIPOS DE ENUNCIADOS • Através do texto, INFERE-SE que... • É possível DEDUZIR que... • O autor permite CONCLUIR que... • Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que... - INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO. - TIPOS DE ENUNCIADOS: • O texto DIZ que... • É SUGERIDO pelo autor que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação... • O narrador AFIRMA... ERROS DE INTERPRETAÇÃO É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de
  • 4. interpretação. Os mais freqüentes são: a) Extrapolação (viagem) Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado idéias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. b) Redução É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de idéias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. c) Contradição Não raro, o texto apresenta idéias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conseqüentemente, errando a questão. OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes
  • 5. relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve- se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE. QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR. QUEM (PESSOA) CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O OBJETO POSSUÍDO. COMO (MODO) ONDE (LUGAR) QUANDO (TEMPO) QUANTO (MONTANTE) EXEMPLO: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).
  • 6. • VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-se erros graves como: - “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte. - “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto é O . - “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso Semântica O estudo das significações das palavras é um assunto na língua portuguesa exclusivo da Semântica. No que diz respeito ao aspecto semântico da língua, pode-se destacar três propriedades: • Sinonímia • Antonímia • Polissemia Sinonímia Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem significado ou sentido semelhante. Vejamos: 1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse. 2. A menina recusou energeticamente ao pedido para que comesse. 3. A mocinha rejeitou impetuosamente ao pedido para que comesse. Vemos que os substantivos “garota”, “menina” e “mocinha” têm um mesmo significado, sentido, todos correspondem e nos remete à figura de uma jovem. Assim também são os verbos “renunciou”, “recusou” e “rejeitou”, que nos transmite ideia de repulsa, de “não querer algo” e também os advérbios que nos fala da maneira que a ação foi cometida “veementemente”,
  • 7. “energeticamente” e “impetuosamente”, ou seja, de modo intenso. Podemos concluir, a partir dessa análise, que sinonímia é a relação das palavras que possuem sentido, significados comuns. O objeto possuidor da maior quantidade de sinonímias ou sinônimos que existe é, com certeza, o dicionário. Antonímia Se por um lado sinonímia é o estudo das palavras dos significados semelhantes na língua, antonímia é o contrário dessa definição. Vejamos: 1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse. 2. A senhora aceitou passivamente ao pedido para que comesse. Percebemos que “garota” tem significado oposto à “senhora” assim como os verbos “renunciou” e “aceitou” e os advérbios “veementemente” e “passivamente”. Assim, quando opto por uma palavra opto também pelo seu significado que de alguma forma remete a outro sentido, em oposição. Por exemplo, se alguém diz: “Ela é bela”, quer dizer o mesmo que, “Ela não é feia”. Ao estudo das palavras que indicam sentidos opostos, denominamos antonímia. Polissemia ou Homonímia Uma mesma palavra na língua pode assumir diferentes significados, o que dependerá do contexto em que está inserida. Observe: 1. A menina fez uma bola de sabão com o brinquedo. 2. A mãe comprou uma bola de basquete para o filho. 3. O rapaz disse que sua barriga tem formato de bola. 4. A professora falou para desenhar uma bola. Constatamos que uma mesma palavra, “bola”, assumiu diferentes significados, a partir de um contexto (situação de linguagem) diferente nas frases, respectivamente: o formato que a bolha de sabão fez; o objeto usado em jogos; o aspecto arredondado da barriga e ainda o sentido de círculo, circunferência na última oração. Polissemia (poli=muitos e semos= significados) é o estudo, a averiguação das significações que uma palavra assume em determinado contexto linguístico. Orações Subordinadas Adverbiais
  • 8. As orações adverbiais se dividem em 9 tipos. Veja a seguir alguns exemplos dos advérbios mais utilizados em cada tipo de oração e seus respectivos exemplos: Comparativas São orações que funcionam como um adjunto adverbial de comparação, onde o verbo fica implícito. Conjunções subordinativas comparativas são responsáveis por iniciar essas frases. Esse tipo de oração estabelece uma comparação com a principal. Mais … que, menos … que, tão … quanto, como. Exemplo: Laura era mais aplicada na escola que sua irmã. Exemplo: Fabrício é menos egoísta que seu amigo. Exemplo: Paulo é tão esforçado quanto a namorada. Temporais São orações que funcionam como adjunto adverbial de tempo. As conjunções subordinativas temporais ou as locuções conjuntivas subordinativas temporais são responsáveis por inicar as frases desse tipo. Indicam relação de tempo, relacionadas à ação da oração principal. Enquanto, sempre que, assim que, quando, desde que, logo que. Exemplo: Fico alegre, sempre que vou à casa de meus pais. Exemplo: Ao terminarem o lanche, lavem as vasilhas! Exemplo: Desde que ela foi embora, não soube mais o que era sorrir. Finais São orações que funcionam como adjunto adverbial de finalidade. Sempre são iniciadas por locução conjuntiva subordinativa final ou conjunção subordinativa final. Indicam um fim, propósito ou finalidade à oração principal. A fim de que, porque, para que. Exemplo: Aqui estamos reunidos, para confraternizarmos. Exemplo: Estou estudando, a fim de passar no concurso. Exemplo: Eis o motivo porque estou aqui. Causais São orações que exprimem a causa do fato, funcionando como adjunto adverbial de causa. São iniciadas por uma conjunção subordinativa causal ou uma locução conjuntiva subordinativa causal. Em geral, elas designam a causa ou o motivo da ação expressa na oração principal. Porque, que, porquanto, por isso que, visto que, visto como, como, já que, pois que, uma vez que. Exemplo: Fernanda está feliz porque conseguiu novo emprego.
  • 9. Exemplo: A professora não saiu porque estava frio. Exemplo: Como estava chovendo, não saímos de casa. Como diferenciar Orações Coordenadas Explicativas das Orações Adverbiais Causais? Orações coordenas explicativas: Neste caso, não há relação de causa e efeito entre as orações, mas apenas uma afirmação, justificativa ou explicação da oração principal. As orações são independentes uma da outra, são marcadas por vírgula ou a oração anterior pode vir no modo imperativo. Exemplo: Fiquem quietos, pois estou falando! Orações subordinadas adverbiais causais: Os advérbios têm sempre a relação causa-efeito com a oração principal e estabelem uma causa ou motivo da ação. Se houver a possibilidade de colocar a segunda frase no início, antecedida por “como”, ela é causal. São orações dependentes uma da outra. Exemplo: Precisava entregar os relatórios em outra cidade, pois não havia ninguém no escritório. Concessivas As orações adverbiais concessivas devem dar ideia de impotência do locutor em relação a ação. São orações que funcionam como um adjunto adverbial de concessão. No geral, são iniciadas por uma conjunção subordinativa concessiva ou uma locução conjuntiva subordinativa concesssiva. Geram uma ideia de oposição em relação à oração principal. Embora, apesar de, mesmo que, não obstante, conquanto, ainda que, malgrado, se bem que, por mais que, posto que, desde que, por muito que. Exemplo: Todos foram embora, apesar da festa não ter terminado. Exemplo: Mesmo que ele vá embora, não correrei atrás dele. Exemplo: Embora o teste tenha sido fácil, demorei bastante para terminar. Condicionais As orações adverbiais condicionais devem transmitir a ideia de condição (dependência) e têm a relação de condição-causa em relação à oração principal. São orações que funcionam como adjunto adverbial de condição e são iniciadas por uma conjunção subordinativa condicional ou uma locução conjuntiva subordinativa condicional. A não ser que, contanto que, se, caso, a menos que, desde que, senão, exceto se, sem que, uma vez que. Exemplo: Se o jogo for ruim, não animará a torcida. Exemplo: Caso tivesse concluído o dever de casa, teria saído para brincar. Exemplo: Desde que se esforce, será aprovado no vestibular. Proporcionais São orações que funcionam como um adjunto adverbial de proporção, ou seja, são iniciadas por uma locução conjuntiva subordinativa proporcional. Expressam ou indicam uma relação de proporção à ideia principal.
  • 10. Quanto, à medida que, à proporção que, ao passo que Exemplo: À proporção que o tempo passava, ela ia ficando mais bela. Exemplo: O barulho aumenta à medida que as pessoas chegam. Exemplo: Quanto mais você fuma, mais perto fica da morte. Obs: “na medida que” não existe! Conformativas São orações que indicam a maneira ou modo como ocorreu a ação da oração principal. Sua finalidade é estabelecer uma ideia de conformidade ou acordo. Funcionam como adjunto adverbial de conformidade, sendo iniciadas por uma conjunção subordinativa conformativa ou uma locução conjuntiva subordinativa conformativa. Conforme, como, segundo, consoante, em consonância com que, de modo que, assim como, bem como, de maneira que, de forma que, do mesmo modo que. Exemplo: Construímos nossa escola, segundo as especificações dadas pela prefeitura. Exemplo: Conforme combinamos há duas semanas, eis os documentos. Exemplo: Como eu havia lhe orientado, o avião já decolou. Consecutivas São orações que funcionam como adjunto adverbial de consequência e são iniciadas por uma conjunção subordinativa consecutiva. Orações adverbiais consecutivas devem dar a ideia de consequência. Essa oração subordinada é uma consequência da oração principal. Tão que, tal que, tanto que, tamanho que, de forma que. Exemplo: Comecei o dia tão bem que fui trabalhar contente. Exemplo: Ele fala tão baixo, que todos precisam se calar para ouvir. Exemplo: Juliana bebia tanto que foi pega no bafômetro. ESTRUTURA DAS PALAVRAS Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:
  • 11. art-ista brinc-a-mos cha-l-eira cachorr-inh-a-s A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Vamos analisar a palavra "cachorrinhas": Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles: cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado. inh - indica que a palavra é um diminutivo a - indica que a palavra é feminina s - indica que a palavra se encontra no plural Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos mórficos: 1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos 2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos primeiros 3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos. Derivação Regressiva Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução. Exemplos: comprar (verbo) beijar (verbo)
  • 12. compra(substantivo) beijo (substantivo) Saiba que: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação: - Se o substantivo denota ação, será palavraderivada, e o verbo palavra primitiva. - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário. Vamos observar os exemplos acima: compra ebeijo indicam ações, logo, são palavrasderivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja: o portuga (de português) o boteco (de botequim) o comuna (de comunista) Ou ainda: agito (de agitar) amasso (de amassar) chego (de chegar)
  • 13. Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo. Derivação Imprópria A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 1) Os adjetivos passam a substantivos Por Exemplo: Os bons serão contemplados. 2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos Por Exemplo: Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. 3) Os infinitivos passam a substantivos Por Exemplo: O andar de Roberta era fascinante. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 4) Os substantivos passam a adjetivos Por Exemplo: O funcionário fantasma foi despedido. O menino prodígio resolveu o problema. 5) Os adjetivos passam a advérbios Por Exemplo: Falei baixo para que ninguém escutasse. 6) Palavras invariáveis passam a substantivos Por Exemplo: Não entendo o porquê disso tudo.
  • 14. 7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por Exemplo: Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria". Composição Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: Composição por Justaposição Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. Composição por Aglutinação Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos: embora (em boa hora) fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) hidrelétrico (hidro + elétrico) planalto (plano alto) Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente. Redução Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel cine - por cinema
  • 15. micro - por microcomputador Zé - por José Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção "Extras" -> Abreviaturas e Siglas) Hibridismo Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por Exemplo: auto (grego) + móvel (latim) Onomatopeia Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc. Prefixos Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na formação de novas palavras. Veja os exemplos: a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti- Prefixos de Origem Grega a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos: anônimo, amoral, ateu, afônico ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos: analogia, análise, anagrama, anacrônico anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos: anfiteatro, anfíbio, anfibologia anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos: antídoto, antipatia, antagonista, antítese
  • 16. apo- : Afastamento, separação. Exemplos: apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos: arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos: cataplasma, catálogo, catarata di-: Duplicidade. Exemplos: dissílabo, ditongo, dilema dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama dis- : Dificuldade, privação. Exemplos : dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos: eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos: encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo endo- : Movimento para dentro. Exemplos: endovenoso, endocarpo, endosmose epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos: epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos: eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia hemi- : Metade, meio. Exemplos: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos: hipertensão, hipérbole, hipertrofia hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos: hipocrisia, hipótese, hipodérmico
  • 17. meta- : Mudança, sucessão. Exemplos: metamorfose, metáfora, metacarpo para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos: paralelo, parasita, paradoxo, paradigma peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos: periferia, peripécia, período, periscópio pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos: prólogo, prognóstico, profeta, programa pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos: prosélito, prosódia proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos: proto-história, protótipo, protomártir poli- : Multiplicidade. Exemplos: polissílabo, polissíndeto, politeísmo sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos: síntese, sinfonia, simpatia, sinopse tele- : Distância, afastamento. Exemplos: televisão, telepatia, telégrafo Prefixos de Origem Latina a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos: aversão, abuso, abstinência, abstração a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos: adjunto,advogado, advir, aposto ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos: antebraço, antessala, anteontem, antever ambi- : Duplicidade. Exemplos: ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:
  • 18. benefício, bendito bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, biscoito circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos: circunferência, circunscrito, circulação cis- : Posição aquém. Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos: colégio, cooperativa, condutor contra- : Oposição. Exemplos: contrapeso, contrapor, contradizer de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos: decapitar, decair, depor de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos: desventura, discórdia, discussão e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos: excêntrico, evasão, exportação, expelir en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos: imergir, enterrar, embeber, injetar, importar extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos: extradição, extraordinário, extraviar i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos: internacional, interplanetário intra- : Posição interior. Exemplos: - intramuscular, intravenoso, intraverbal intro- : Movimento para dentro. Exemplos:
  • 19. introduzir, introvertido, introspectivo justa- : Posição ao lado. Exemplos: justapor, justalinear ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo per- : Movimento através. Exemplos: percorrer, perplexo, perfurar, perverter pos- : Posterioridade. Exemplos: pospor, posterior, pós-graduado pre- : Anterioridade . Exemplos: prefácio, prever, prefixo, preliminar pro- : Movimento para frente. Exemplos: progresso, promover, prosseguir, projeção re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos: rever, reduzir, rebater, reatar retro- : Movimento para trás. Exemplos: retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos: supercílio, supérfluo soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto-pôr trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos: transatlântico, tresnoitar, tradição ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:
  • 20. vice-presidente, visconde, vice-almirante Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos PREFIXOSGREGOS PREFIXOS LATINOS SIGNIFICADO EXEMPLOS a, an des, in privação, negação anarquia, desigual, inativo anti contra oposição, ação contrária antibiótico, contraditório anfi ambi duplicidade, de um e outro lado, em torno anfiteatro, ambivalente apo ab afastamento, separação apogeu, abstrair di bi(s) duplicidade dissílabo, bicampeão dia, meta trans movimento através diálogo, transmitir e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encéfalo, ingerir, irromper endo intra movimento para dentro, posição interior endovenoso, intramuscular e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora, mudança de estado êxodo, excêntrico, estender epi, super, hiper supra posição superior, excesso epílogo, supervisão, hipérbole, supradito eu bene excelência, perfeição, bondade eufemismo, benéfico hemi semi divisão em duas partes hemisfério, semicírculo hipo sub posição inferior hipodérmico, submarino para ad proximidade, adjunção paralelo, adjacência
  • 21. peri circum em torno de periferia, circunferência cata de movimento para baixo catavento, derrubar si(n)(m) cum simultaneidade, companhia sinfonia, silogeu, cúmplice Sufixos Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente. Sufixos que formam nomes de ação -ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza -ança - mudança -ismo - civismo -ância - abundância -mento - casamento -ção - emoção -são - compreensão -dão - solidão -tude - amplitude -ença - presença -ura - formatura Sufixos que formam nomes de agente -ário(a) -secretário -or - lutador -eiro(a) - ferreiro -nte - feirante -ista - manobrista Além dos sufixos acima, tem-se: Sufixos que formam nomes de lugar, depositório -aria - churrascaria -or - corredor -ário - herbanário -tério - cemitério
  • 22. -eiro - açucareiro -tório - dormitório -il - covil Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção >-aço - ricaço -ario(a) - casario, infantaria -ada - papelada -edo - arvoredo -agem - folhagem -eria - correria -al - capinzal -io - mulherio -ame - gentame -ume - negrume Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência -ite bronquite, hepatite (inflamação) -oma mioma, epitelioma, carcinoma (tumores) -ato, eto, ito sulfato, cloreto, sulfito (sais) -ina cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais) -ol fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto) -ite amotite (fósseis) -ito granito (pedra) -ema morfema, fonema, semema, semantema (ciência linguística) -io - sódio, potássio, selênio (corpos simples) Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos -ismo budismo kantismo comunismo SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS
  • 23. a) de substantivos -aco - maníaco -ento - cruento -ado - barbado -eo - róseo -áceo(a) - herbáceo, liláceas -esco - pitoresco -aico - prosaico -este - agreste -al - anual -estre - terrestre -ar - escolar -ício - alimentício -ário - diário, ordinário -ico - geométrico -ático - problemático -il - febril -az - mordaz -ino - cristalino -engo - mulherengo -ivo - lucrativo -enho - ferrenho -onho - tristonho -eno - terreno -oso - bondoso -udo - barrigudo b) de verbos SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFICAÇÃO -(a)(e)(i)nte ação, qualidade, estado semelhante, doente, seguinte -(á)(í)vel possibilidade de praticar ou sofrer uma ação louvável, perecível, punível -io, -(t)ivo ação referência, modo de ser tardio, afirmativo, pensativo -(d)iço, -(t)ício possibilidade de praticar ou sofrer uma ação, referência movediço, quebradiço, factício -(d)ouro,- (t)ório ação, pertinência casadouro, preparatório SUFIXOS ADVERBIAIS Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o espírito, o intento".Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo.
  • 24. Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-mente Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues-mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês. SUFIXOS VERBAIS Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar. Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar. Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. Veja: -ar: cruzar, analisar, limpar -ear: guerrear, golear -entar: afugentar, amamentar -ficar: dignificar, liquidificar -izar: finalizar, organizar Observe este quadro de sufixos verbais: SUFIXOS SENTIDO EXEMPLOS -ear frequentativo, durativo cabecear, folhear -ejar frequentativo, durativo gotejar, velejar -entar factitivo aformosentar, amolentar -(i)ficar factitivo clarificar, dignificar -icar frequentativo-diminutivo bebericar, depenicar -ilhar frequentativo-diminutivo dedilhar, fervilhar -inhar frequentativo-diminutivo-pejorativo escrevinhar, cuspinhar -iscar frequentativo-diminutivo chuviscar, lambiscar
  • 25. -itar frequentativo-diminutivo dormitar, saltitar -izar factitivo civilizar, utilizar Observações: Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida. Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar. Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa. Radicais Gregos O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final. Radicais que atuam como primeiro elemento Forma Sentido Exemplos Aéros- ar Aeronave Ánthropos- homem Antropófago Autós- de si mesmo Autobiografia Bíblion- livro Biblioteca Bíos- vida Biologia Chróma- cor Cromático Chrónos- tempo Cronômetro Dáktyilos- dedo Dactilografia Déka- dez Decassílabo Démos- povo Democracia Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã Ethnos- raça Etnia Géo- terra Geografia
  • 26. Héteros- outro Heterogêneo Hexa- seis Hexágono Híppos- cavalo Hipopótamo Ichthýs- peixe Ictiografia Ísos- igual Isósceles Makrós- grande, longo Macróbio Mégas- grande Megalomaníaco Mikrós- pequeno Micróbio Mónos- um só Monocultura Nekrós- morto Necrotério Néos- novo Neolatino Odóntos- dente Odontologia Ophthalmós- olho Oftalmologia Ónoma- nome Onomatopeia Orthós- reto, justo Ortografia Pan- todos, tudo Pan-americano Páthos- doença Patologia Penta- cinco Pentágono Polýs- muito Poliglota Pótamos- rio Potamologia Pséudos- falso Pseudônimo Psiché- mente Psicologia Riza- raiz Rizotônico
  • 27. Techné- arte Tecnografia Thermós- quente Térmico Tetra- quatro Tetraedro Týpos- figura, marca Tipografia Tópos- lugar Topografia Zóon- Animal Zoologia Radicais que atuam como segundo elemento: Forma Sentido Exemplos -agogós Que conduz Pedagogo álgos Dor Analgésico -arché Comando, governo Monarquia -dóxa Que opina Ortodoxo -drómos Lugar para correr Hipódromo -gámos Casamento Poligamia -glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário -gonía Ângulo Pentágono -grápho Escrita Ortografia -grafo Que escreve Calígrafo -grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma -krátos Poder Democracia -lógos Palavra, estudo Diálogo -mancia Adivinhação Cartomancia -métron Que mede Quilômetro -nómos Que regula Autônomo -pólis; Cidade Petrópolis
  • 28. -pterón Asa Helicóptero -skopéo Instrumento para ver Microscópio -sophós Sabedoria Filosofia -théke Lugar onde se guarda Biblioteca Radicais Latinos Radicais que atuam como primeiro elemento: Forma Sentido Exemplo Agri Campo Agricultura Ambi Ambos Ambidestro Arbori- Árvore Arborícola Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô Calori- Calor Calorífero Cruci- cruz Crucifixo Curvi- curvo Curvilíneo Equi- igual Equilátero, equidistante Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia Loco- lugar Locomotiva Morti- morte Mortífero Multi- muito Multiforme Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto Oni- todo Onipotente Pedi- pé Pedilúvio Pisci- peixe Piscicultor Pluri- Muitos, vários Pluriforme
  • 29. Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede Reti- reto Retilíneo Semi- metade Semimorto Tri- Três Tricolor Radicais que atuam como segundo elemento: Forma Sentido Exemplos -cida Que mata Suicida, homicida -cola Que cultiva, ou habita Arborícola, vinícola, silvícola -cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura -fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero -fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico -forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme -fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo -gero Que contém, ou produz Belígero, armígero -paro Que produz Ovíparo, multíparo -pede Pé Velocípede, palmípede -sono Que soa Uníssono, horríssono -vomo Que expele Ignívomo, fumívomo -voro Que come Carnívoro, herbívoro Concordância Verbal
  • 30. Caso 1: Sujeito simples Regra geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Ela foi ao cinema. (3ª pessoa, singular) Nós vamos ao cinema. (1ª pessoa, plural) Casos especiais: a) Sujeito coletivo: O verbo concorda com o coletivo. A multidão gritou na arquibancada. OBS: Se o coletivo vier especificado ou modificado por adjunto adnominal, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural. A multidão de fãs gritou. A multidão de fãs gritaram. Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
  • 31. b) Sujeito possui coletivos partitivos (metade, a maior parte, grande parte, maioria, etc.): O verbo fica no singular (concordância lógica) ou vai para o plural (concordância atrativa). A maioria dos alunos foi à excursão. A maioria dos alunos foram à excursão. c) Sujeito é pronome de tratamento: O verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural). Vossa Santidade esteve no Brasil. Vossa Alteza pediu silêncio. Vossas Altezas pediram silêncio. d) O sujeito é o pronome relativo <que>: O verbo concorda com o antecedente do pronome. Fui eu que derramei o café. Fomos nós que derramamos o café. OBS: Com a expressão <um dos que>/<uma das que>, o verbo deve assumir a forma plural, exceto quando a ação se refere a um só agente.
  • 32. Você é um dos que admiram os escritores de novelas. (Dos que admiram novelas, ele é um.) Ele é um dos jogadores que foram expulsos. (Dos jogadores que foram expulsos, ele é um.) Era uma das suas filhas que namorava com ele. (Namorava com ele, uma das suas filhas.) e) O sujeito é o pronome relativo <quem>: O verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome. Fui eu quem derramou o café. Fui eu quem derramei o café. f) O sujeito é formado por locuções pronominais (Alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc.): Se o primeiro pronome estiver no singular, o verbo fica no singular. Se estiver no plural, poderá concordar com o pronome interrogativo/indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós). Algum de nós o receberá.
  • 33. Quais de vós me punirão? Quais de vós me punireis? Quais de nós são capazes? Quais de nós somos capazes? Vários de nós propuseram sugestões inovadoras. Vários de nós propusemos sugestões inovadoras. OBS1: Veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia. g) O sujeito é formado de nomes no plural: Se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo. Estados Unidos é uma nação poderosa. Os Estados Unidos são a maior potência mundial.
  • 34. h) O sujeito é formado por expressões aproximativas: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc.: O verbo concorda com o numeral. Mais de um aluno não compareceu à aula. Mais de cinco alunos não compareceram à aula. OBS: No caso da referida expressão aparecer repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo necessariamente deverá permanecer no plural: Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram. Mais de um formando se abraçaram na formatura. i) O sujeito tem por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo. A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa. A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa. j) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com": O verbo pode ficar no singular ou no plural. No plural, os núcleos
  • 35. recebem um mesmo grau de importância e a palavra <com> tem sentido muito próximo ao de <e>. Para enfatizar o primeiro elemento, usa-se o singular. O governador com o secretariado traçaram os planos. O governador com o secretariado traçou os planos. Caso 2: Sujeito composto. Regra geral: O verbo vai para o plural. João e Maria foram passear no bosque. Casos especiais: a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes: O verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos amigos. (O verbo ficou na 1ª pessoa do plural porque esta tem prioridade sob a 3ª.)
  • 36. Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis amigos. (O verbo ficou na 2ª pessoa do plural porque esta tem prioridade sob a 3ª.) OBS1: No segundo exemplo, também é aceita a concordância do verbo com a terceira pessoa. Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural) OBS2: Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Iremos eu e minhas amigas. Irei eu e minhas amigas. b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por <e>: O verbo concordará com os dois núcleos. A jovem e a sua amiga seguiram a pé. OBS1: Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo. Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.
  • 37. OBS2: Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no plural. Abraçaram-se vencedor e vencido. Ofenderam-se o jogador e o árbitro. c) Os núcleos do sujeito são sinônimos ou semelhantes e estão no singular: O verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa). A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar. A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar. d) Quando há gradação entre os núcleos: O verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo (concordância atrativa). Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam. Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. e) Quando os sujeitos forem resumidos por: nada, tudo, ninguém, etc.: O verbo concordará com o aposto resumidor. Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.
  • 38. f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro: O verbo poderá ficar no singular ou no plural. Um e outro já veio. Um e outro já vieram. g) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por <ou> ou <nem>: O verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos. Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira. Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. OBS: Se os núcleos forem excludentes o verbo deve ficar no singular. Em caso de retificação, deve concordar com o mais próximo. Você ou ele será escolhido. O ladrão ou os ladrões não deixaram vestígio. h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas
  • 39. também, etc.): O que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular. Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo. Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo. Caso 3: Sujeito oracional Quando o sujeito é uma oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular. Ainda falta dar os últimos retoques na pintura. (Dica: Para saber se é o caso, substitua a oração subordinada por ISSO: “Ainda falta ISSO”. Percebe-se facilmente que ISSO é o sujeito do verbo faltar.) Caso 4:
  • 40. O verbo e a partícula <SE> a) Quando é índice de indeterminação do sujeito: Quando índice de indeterminação do sujeito, o <se> acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, os quais obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular. Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país. Confia-se em teses absurdas. Era-se mais feliz no passado. b) Quando é partícula apassivadora: Quando pronome apassivador, o <se> acompanha verbos transitivos diretos (e alguns poucos indiretos) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração. Construiu-se um posto de saúde. Construíram-se novos postos de saúde. Não se pouparam esforços para despoluir o rio. Não se poupou esforço para despoluir o rio. Caso 5:
  • 41. Verbos impessoais São aqueles que não possuem sujeito. Uma vez que os verbos flexionam-se para concordar com o sujeito, então estes verbos ficam sempre na 3ª pessoa do singular.  Haver no sentido de existir;  Fazer indicando tempo;  Aqueles que indicam fenômenos da natureza. Havia sérios problemas na cidade. Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. Choveu granizos ontem. OBS: Em locução verbal nos casos acima, o verbo auxiliar herda esta impessoalidade. Lembre-se que o verbo existir não faz parte da regra: Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. Deve haver indícios de fraude. Pode ter havido casos semelhantes. Existem sérios problemas na cidade. Devem existir problemas na cidade.
  • 42. Caso 6: Verbos dar, bater e soar Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem concordar. O relógio deu duas horas. Deu uma hora no relógio da estação. Deram duas horas no relógio da estação. O sino da igreja bateu cinco badaladas. Bateram cinco badaladas no sino da igreja. Soaram dez badaladas no relógio da escola. Caso 7: A locução "Haja Vista" A locução “haja vista” admite duas construções. A expressão fica invariável ou o verbo haver pode variar (desde que não seguido de preposição), considerando-se o termo seguinte como sujeito.
  • 43. Haja vista as lições dadas por ele. Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. Hajam vista os exemplos de sua dedicação. OBS: “Haja visto” só existe como forma verbal quando equivalente a “tenha visto”: O caseiro poderá testemunhar caso ele realmente haja visto o crime. Caso 8: A expressão "Em que Pese" Na expressão “em que pese”, o verbo “pesar” permanece invariável quando se tratar de pessoa ou concorda com o sujeito quando se tratar de coisa. Em que pese aos governistas, votaremos contra. Em que pesem as suas contradições, a melhor tese ainda é a dele.
  • 44. Caso 9) Porcentagem + substantivo a) Porcentagem + Substantivo, sem modificador da porcentagem: Facultativamente o verbo poderá concordar com o número referente à porcentagem ou com o substantivo. 1% da turma estuda muito. 1% dos alunos estuda / estudam muito. 10% da turma estuda / estudam muito. 10% dos alunos estudam muito. b) Porcentagem + Substantivo, com modificador da porcentagem: O verbo concordará com o modificador, que pode ser pronome demonstrativo, pronome possessivo, artigo, etc. Os 10% da turma estudam muito. Aquele 1% dos alunos estuda mais. c) Mais de, menos de, cerca de, perto de, antes da porcentagem: O verbo concordará apenas com o número referente à porcentagem, mesmo que haja elemento modificador.
  • 45. Mais de 1% dos alunos estuda muito. Menos de 10% da turma estudam muito. OBS: Caso o verbo apareça anteposto à expressão de porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. Caso 10: Concordância com o verbo ser: a) Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo: O verbo <ser> ou <parecer> concordarão com o predicativo. Tudo são flores. Aquilo parecem ilusões. OBS: Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo. Aquilo é sonhos vãos.
  • 46. b) O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos <que> ou <quem>. Que são gametas? Quem foram os escolhidos? c) Em indicações de horas, datas, tempo, distância: A concordância será feita com a expressão numérica. São nove horas. É uma hora. OBS: Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra dia. Hoje são 24 de outubro. Hoje é (dia) 24 de outubro. d) Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome. Esse cara sou eu.
  • 47. OBS: Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração. Eu não sou tu. e) Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc.: O verbo fica sempre no singular. Cento e cinquenta é pouco. Cem metros é muito. f) Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo podem ficar invariáveis (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto. É necessário aqueles materiais. São necessários aqueles materiais. Caso 11: O Verbo "Parecer"
  • 48. Em orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.) Quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias: a) O verbo parecer varia e não se flexiona o infinitivo. Alguns colegas pareciam chorar naquele momento. b) O verbo parecer não varia e o infinitivo sofre flexão. Alguns colegas parecia chorarem naquele momento. OBS: A primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda, literária. Caso 12: Concordância com o infinitivo O infinitivo é a forma nominal do verbo e pode apresentar-se flexionado e não flexionado. O estudo do infinitivo na Língua Portuguesa é bastante complexo, já que, em alguns casos, ele
  • 49. deve ser flexionado, em outros, ele pode ser flexionado, e em outros ainda ele não se flexiona. Exemplo de como flexionar o infinitivo do verbo cantar: Era para eu cantar Era para tu cantares Era para ele cantar Era para nós cantarmos Era para vós cantardes Era para eles cantarem a) Não se flexiona o infinitivo: I) Não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes). Esperei-as chegar. II) Quando o infinitivo não se referir a sujeito algum Navegar é preciso, viver não é preciso. Querer é poder.
  • 50. Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste muro. É preciso lutar contra as drogas. Vale a pena ter fé e esperança sempre. III) Infinitivo com valor de imperativo (ordem, pedido, conselho, apelo): Soldados, recuar! IV) Como verbo principal de locução verbal: Os alunos podem sair mais cedo hoje. (O verbo sair é o principal da locução "podem sair"). Eles não podem fazer isso! (O verbo fazer é o principal da locução "podem fazer"). OBS: Quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto, a flexão do infinitivo do verbo principal da locução é facultativa: Não devemos, depois de tudo, duvidar e reclamar dela. Não devemos, depois de tudo, duvidarmos e reclamarmos dela.
  • 51. V) Quando fizer rerência a gerúndio: As peças estavam estragadas, devendo ser substituídas. Começaram as inscrições, podendo os candidatos dirigir-se à sala b) Flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo: I) Quando o sujeito for diferente de pronome átono, estiver evidente e determinante de verbo não acusativo: Não é necessário vocês chegarem mais cedo. II) Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizando a terceira pessoa do plural); Faço isso para (eu) não me achar inútil. Faço isso para não me acharem inútil. III) Quando o infinitivo é o sujeito: O morrerem pela pátria é sina de alguns soldados. IV) Quando o sujeito do verbo no infinitivo for diferente do sujeito do verbo da outra oração.
  • 52. Meninos, vejo estarem atrasados mais uma vez. (O sujeito “vocês” do infinitivo “estar”é diferente do sujeito “eu” do verbo “ver” na outra oração.) Falei a eles sobre a vontade de deixarmos o time. (O sujeito “nós” do infinitivo “deixar” é diferente do sujeito “eu” do verbo “ver” na outra oração.) V) Quando o verbo for de ligação ou estiver na voz passiva: Elas tiveram que suar muito para se tornarem campeãs. O porta-voz disse que as medidas a serem tomadas contra o terror serão rigorosas. VI) Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação. Fizemos os adversários se cumprimentarem com gentileza. Deixem os namorados beijarem-se como quiserem. c) Flexão opcional: Quando possível, a escolha do infinitivo flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo.
  • 53. I) Se o sujeito do verbo no infinitivo for o mesmo do verbo da outra oração, a flexão do infinitivo não é necessária. Não é, porém, proibida. (Alguns gramáticos consideram que não deve haver flexão). Os escoteiros chamaram os chefes para apresentar o relatório. Os escoteiros chamaram os chefes para apresentarem o relatório. (O sujeito de ambos os verbos “chamar” e “apresentar” é o mesmo: os escoteiros.) (tu) Lerás o texto antes de (tu) responder. (tu) Lerás o texto antes de (tu) responderes. Para estudar, estaremos sempre dispostos. Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. II) Não sendo claro o sujeito, pode-se flexionar o infinitivo quando for preciso evitar ambiguidade: Está na hora de começarmos o trabalho. (nós) Está na hora de começar o trabalho. (Quem? eu, você, ele, nós?)
  • 54. O presidente liberou os seus ministros para subirem no palanque. (para os ministros subirem) O presidente liberou os seus ministros para subir no palanque. (para o presidente subir) III) Caso de Sujeito Acusativo: Quando um verbo no infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente de verbo causativo (mandar, fazer, deixar, etc.) ou quando tiver a ação recebida por verbo sensitivo (ver, ouvir, sentir, etc.), seu sujeito será denominado de sujeito acusativo. Ter a ação dependente de outro verbo significa que a ação só ocorre porque outra ocorreu anteriormente. Constatado o sujeito acusativo, se for representado por pronome oblíquo átono (me, te, se, o, as, nos...) a concordância é na 3º pessoa do singular, obrigatoriamente; caso contrário, sendo ele um substantivo plural, a concordância é opcional. Mandei os garotos sair. Mandei os garotos saírem. (flexão opcional) Verbo causativo: mandar; Verbo dependente: sair; Sujeito acusativo: substantivo “garotos”;
  • 55. Mandei-os sair de lá. (não flexiona) Verbo causativo: mandar; Verbo dependente: sair; Sujeito acusativo: pronome oblíquo “os”; Sentimos (ou vimos, ou ouvimos) os colegas vacilar nos debates. Sentimos (ou vimos, ou ouvimos) os colegas vacilarem nos debates. Verbo sensitivo: Sentir (ou ver, ou ouvir); Verbo dependente: vacilar; Sujeito acusativo: substantivo “colegas”; d) Preposição + Infinitivo: I) Será não flexionado quando ocorrer locução verbal onde a ligação com o verbo auxiliar ocorrer por meio de preposição: Acabamos de fazer os exercícios.
  • 56. II) Será não flexionado quando houver a combinação ADJETIVO +PREPOSIÇÃO + INFINITIVO: São casos difíceis de solucionar. III) Não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio. (Nós) Passamos horas a comentar o filme. (comentando) IV) Não se flexiona o infinitivo com preposição que apareça depois de um verbo na voz passiva: Os jornalistas foram forçados a sair da sala. As pessoas eram obrigadas a esperar em fila. V) Depois da combinação ao, o infinitivo varia obrigatoriamente: Ao entrarmos, encontramos o João. Ao derreterem-se, as amostras do gelo deixaram sedimentos. VI) A variação será obrigatória se o verbo for pronominal ou se exprimir reciprocidade ou reflexibilidade de ação: Gastamos duas horas para nos dirigirmos para lá. Eles relutaram muito para se cumprimentarem.
  • 57. Foram ao cabeleireiro a fim de se pentearem. VII) Nos demais casos é opcional flexionar ou não. O rapaz ajudava as garotas a superar suas dificuldades em Matemática. O rapaz ajudava as garotas a superarem suas dificuldades em Matemática. Para chegar aqui, gastamos duas horas. Para chegarmos aqui, gastamos duas horas. Concordância Nominal: Regras e Exemplos Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo. A pequena criança é uma gracinha. CASOS ESPECIAIS Caso 1.1: Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos
  • 58. A) Adjunto adnominal: Quando o adjetivo posposto a dois ou mais substantivos funcionar como adjunto adnominal e estiver qualificando todos os substantivos apresentados, poderá concordar com o elemento mais próximo ou com a soma deles. O Estado compra carros e maçãs argentinas. O Estado compra carros e maçãs argentinos. Ternura e amor humano. Amor e ternura humana. Ternura e amor humanos. Carne ou peixe cru. Peixe ou carne crua. Carne ou peixe crus. Há três casos em que o adjunto adnominal concordará apenas com o elemento mais próximo: 01) Se qualificar apenas o elemento mais próximo: Comprei livros e pera madura (livros não amadurecem). Comprei óculos e frutas frescas.
  • 59. 02) Se os substantivos forem sinônimos: Desrespeitaram o povo e a gente brasileira. Luís tinha ideia e pensamento fixo. Luís tinha pensamentos e ideias fixas. OBS: Se os substantivos forem antônimos o adjetivo deverá ir obrigatoriamente para o plural: Passei dias e noites frios na Europa. 03) Se os substantivos formarem gradação: Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho. B) Predicativo do sujeito: Quando o adjetivo imediatamente posposto a dois ou mais substantivos funcionar como predicativo do sujeito, deverá concordar com a soma dos elementos. O homem e o menino estavam perdidos. O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. C) Predicativo do objeto:
  • 60. Quando o adjetivo imediatamente posposto a dois ou mais substantivos funcionar como predicativo do objeto, deverá concordar com a soma dos elementos. Encontrei o operário e a esposa preocupados com a situação da empresa. Obs.: Uma maneira fácil para estabelecer a diferença entre o adjunto adnominal e o predicativo é quando substituímos o substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que gravitam ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição, ou seja, os adjuntos adnominais desaparecem. Portanto, se o adjetivo não desaparecer na substituição, será predicativo. Caso 1.2: Um adjetivo anteposto a vários substantivos a) Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo. Comi delicioso almoço e sobremesa. Provei deliciosa fruta e suco. Mau lugar e hora. Má hora e lugar.
  • 61. b) Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural. Estavam feridos o pai e os filhos. Estava ferido o pai e os filhos. Caso 2: Um substantivo e mais de um adjetivo Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo, este vai para o singular ou plural. Falava fluentemente a língua inglesa e (a) espanhola. Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. Caso 3: Um substantivo e dois ordinais a) Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um substantivo, determinando-o, este concorda com o mais próximo ou vai para o plural. A primeira e segunda lição. A primeira e segunda lições. A primeira, a segunda e a última aula.
  • 62. b) Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo, determinando-o, este vai para o plural. As cláusulas terceira, quarta e quinta. Caso 4: Muito, pouco, menos, bastante, caro, meio, só, mesmo, alerta a) Quando se trata de advérbio não variam: Algumas viagens são muito cansativas. Pouco lutei, por isso perdi a batalha. Comprei caro os sapatos. Preciso mesmo da sua ajuda. Fiquei bastante (muito) contente com a proposta. Estou meio insegura. Só consegui comprar uma passagem. Preciso falar a sós com ele. (a sós - locução adverbial) Preciso de menos comida para perder peso. (menos sempre é advérbio)
  • 63. Os pais estavam alerta para a situação do filho doente. (alerta sempre é advérbio) b) Quando não são advérbios seguem a regra geral: Comi muitas frutas durante a viagem. (pronome) Poucas pessoas acreditaram em mim. (pronome) Os sapatos estavam caros. (adjetivo) Estiveram sós nos escombros durante horas. (adjetivo) Seus argumentos foram bastantes (suficientes) para me convencer. (adjetivo) Havia bastantes (muitas) pessoas na praça. (pronome - se <muito> for invariável é advérbio) Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (pronome) Comi meia laranja pela manhã. (numeral) Caso 5: Promomes de tratamento: Os qualificadores do pronome concordam com o sexo da pessoa, não com o pronome:
  • 64. Sua Santidade está esperançoso. Vossa Majestade, minha rainha, é muito bondosa. Caso 6: Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a), nem um(a) nem outro(a) Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular Um e outro aspecto. Nem um nem outro argumento. De um e outro lado. OBS: Se houver adjetivo este vai para o plural. Renato advogou um e outro caso fáceis. Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. Uma e outra causa juntas. Caso 7: É bom, é necessário, é proibido:
  • 65. a) Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem qualquer determinante, o verbo ser - ou qualquer outro verbo de ligação - ficará no singular, e o predicativo do sujeito no masculino, singular. Maçã é bom para a saúde. Cerveja é bom para os rins. É preciso cautela. É proibido entrada. b) Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua- se normalmente: É proibida a entrada de homens no banheiro feminino. Estas bebidas são boas para os rins. Caso 8: Tal Qual <Tal> concorda com o antecedente, <qual> com o consequente. As garotas são vaidosas tais qual a tia.
  • 66. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. OBS: Se o elemento anterior é um verbo, tal fica invariável; se o elemento posterior é um verbo, qual fica invariável. Eles agem tal quais as ordens do pai. Eles agem tal qual forem as ordens do pai. Caso 9: Particípio + Substantivo O particípio concorda com o substantivo a que se refere. Feitas as contas ... Restabelecidas as amizades … Salvas as crianças ... Postas as cartas na mesa ... Vistas as condições … OBS: "Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de conectivos, sendo, por isso, invariáveis: Salvo honrosas exceções.
  • 67. Que não seja imortal, posto que é chama. Visto ser longe, não irei. Caso 10: Anexo Quando precedido da preposição em, fica invariável. A fotografia vai anexa ao curriculum. Os documentos irão anexos ao relatório. As fotografias vão em anexo. Caso 11: Adjetivo composto a) Se ambos os elementos são adjetivos, apenas o último elemento concordará com o substantivo a que se refere; os demais ficarão na forma masculina, singular. Violetas azul-claras. Problema socioeconômico.
  • 68. Problemas socioeconômicos. b) Se um dos elementos for originalmente um substantivo, todo o adjetivo composto ficará invariável. Vale também para a expressão cor de + substantivo Tinta branco-gelo. Tintas branco-gelo. Papel cor de vinho. Papéis cor de vinho. Pincel (cor de) laranja. Pincéis (cor de) laranja. Unhas holográficas lilás furta-cor. Exceções: Azul-marinho/Azul-celeste são invariáveis. Camisas azul-celeste. Calças azul-marinho. Surdo-mudo(a)/Pele-vermelha flexionam dois elementos. Menina surda-muda.
  • 69. Rapazes surdos-mudos. Índio pele-vermelha. Índios peles-vermelhas. Caso 12: Numerais Numeral utilizado após substantivo deve ser cardinal (um, dois, três...). Do contrário, usa-se o numeral ordinal (primeiro, segundo, terceiro...). Arrancaram a página duzentos. Estamos na segunda página. Caso 13: Grama Quando representar unidade de massa, será masculino. Comprei duzentos gramas de presunto. Ele foi preso com um grama de cocaína.
  • 70. Caso 14: Obrigado Concorda com o substantivo a que se refere: Elas disseram em coro: Muito obrigadas, professor. Caso 15: Conforme Conforme = conformado (adjetivo - varia) Conforme = como (não flexiona). Eles ficaram conformes com a decisão; Dançam conforme a música. Regência Nominal A regência nominal estuda os casos em que "nomes" (substantivos, adjetivos eadvérbios) exigem uma outra palavra para
  • 71. completar-lhes o sentido. Em geral, a relação entre um nome e o seu complemento é estabelecida por uma preposição. É bacharel em direito. (se é bacharel, é bacharel em algo) Tenho aversão a altitude. (se tem aversão, tem aversão a algo) É preciso ter amor a vida. (se tem amor, tem amor a algo) Fico feliz por você. (se fica feliz, fica feliz por alguém) Quero sempre estar junto a ti. (se está junto, está junto a alguém) Cabe observar que certos nomes admitem mais de uma regência, ou seja, mais de uma preposição. A escolha desta ou daquela preposição deve obedecer às exigências da clareza, da eufonia e adequar-se às diferentes nuanças do pensamento, obedencendo à gramática padrão. No exemplo a seguir, o adjetivo "acostumado", que pede um complemento (quem está acostumado, está acostumado "a algo" ou "comalgo"), pode ser completado por intermédio de pelo menos duas preposições diferentes: Estou acostumado a essa vida agitada. Estou acostumado com o trânsito de São Paulo sempre travado. Ao aprender a regência de um verbo, você estará praticamente aprendendo a regência do nome cognato (que vem da mesma raiz do verbo). É o caso, por exemplo, do verbo obedecer e do nome obediente. Este verbo exige a preposição [a], que é a mesma exigida pelo nome derivado do verbo. Ex: Devemos obedecer a lei. Devemos ser obedientes a lei.
  • 72. Da mesma forma, todos os advérbios formados de adjetivos + [mente], tendem a apresentar a mesma regência dos adjetivos dos quais derivaram. Ex: compatível [com] => compativelmente [com] relativo [a] => relativamente [a] próximo [a, de] => proximamente [a, de] Por fim, existe também o caso em que o nome é completado por uma outra oração (frase com um verbo). Nestes casos, o complemento será intermediado por preposiçãoe por uma conjunção integrante (que, se) exercendo sua função típica de integrar orações. Trata-se das orações subordinadas completivas nominais. Ex: Ficamos temerosos de que você demorasse muito. Ficamos temerosos sobre se você demoraria muito. Para identificar facilmente os casos de orações subordinadas substantivas, basta verificar se a substituição da oração pelo termo ISSO é adequada. Ex: Ficamos temerosos dISSO (de + ISSO). Ficamos temerosos sobre ISSO. Erros Comuns
  • 73. “Quanto você pagaria por um disco em vinil com uma música de grande sucesso?” O emprego da preposição em onde ela não cabe é um erro comum. Com o verbo <resistir> e o substantivo <resistência>, por exemplo, não se deve usar esta preposição. Em vez de “resiste em fazer algo”, o correto é “resiste a fazer algo. Na situação do notícia acima, é clara a necessidade da preposição de. Dizemos que um disco é feito de vinil, que um anel é feito de ouro ou de prata etc. É um erro usar a preposição em indicando a matéria de que algo é constituído. Logo, a frase correta é "Quanto você pagaria por um disco de vinil com uma música de grande sucesso?" Vejamos outro exemplo de erro comum: “A intenção do governo em aumentar a arrecadação é absurda.” Um caso relativamente corriqueiro é o de construções em que um substantivo comporta dois complementos diferentes regidos pela mesma preposição, mas o redator troca um desses por outra preposição para “evitar a repetição”. Atenção:evita-se a repetição de nomes, mas não a de elementos de coesão, que têm função de articular sintaticamente as partes do texto. Não é correta uma construção como a apresentada acima porque os dois complementos (“governo” e “aumentar a arrecadação”), ambos ligados ao substantivo “intenção”, devem ser introduzidos pela preposição de. Assim, a construção adequada é :
  • 74. “A intenção do governo de aumentar a arrecadação é absurda.” A regência nominal não é um assunto tão cobrado em provas, como a regência verbal. Mas pode aparecer. Segue abaixo uma relação de erros comuns de nomes que pedem complementos ou adjuntos com preposição e a forma que está de acordo com a norma culta. TV (em) Estamos na era da TV a cores. (errado) Estamos na era da TV em cores. Igual (a) Outro igual eu você não encontrará. (errado) Outro igual a mim você não encontrará. Bacharel (em) Se formou como bacharel de ciência da computação. (errado) Se formou como bacharel em ciência da computação. Alienado (de, a, para) Estão todos alienados com os últimos acontecimentos. (errado) Estão todos alienados dos últimos acontecimentos. O veículo está alienado a um banco.
  • 75. O veículo está alienado para um banco. Curioso (de, sobre, por) Fiquei curioso com o que aconteceu. (errado) Fiquei curioso do que aconteceu. Fiquei curioso sobre o que aconteceu. Fiquei curioso pelo que aconteceu. Recurso (de, contra) Não cabe recurso à decisão. (errado) Não cabe recurso contra a decisão. Não cabe recurso da decisão. Acostumado / Habituado (a, com) Fiquei acostumado de lanches na hora do almoço. (errado) Fiquei acostumado a lanches na hora do almoço. Fiquei acostumado com lanches na hora do almoço. Ansioso (por, para, de) Estava ansioso em conhecê-la. (errado) Estava ansioso de ver o cometa. Está ansioso por uma nova oportunidade.
  • 76. Permaneceu ansioso para falar. Confiante (em) Continuava confiante da vitória. (errado) Continuava confiante em vitória. Compatível (com, entre) O doador tinha o sangue compatível ao da vítima. (errado) O doador tinha o sangue compatível com o da vítima. Os sangues de doador e vítima eram compatíveis entre si. Entendido, Perito (em) Era entendido de Mecânica. (errado) Era entendido em Mecânica. Era perito em construções. Incluído (em, entre) Foi incluído ao grupo. (errado) Foi incluído no grupo. Estava incluído entre os mais capacitados. Morador / Residente / Situado/ Estabelecido (em, de)
  • 77. Residente à rua Vila Bernadete. (errado) Era morador na Rua do Lavradio. Foi morador da Rua Santa Clara. Junto (de, a) A cadeira junto da porta estava desocupada. (correto) A arma se encontrava junto ao corpo da vítima. (correto) O ex-presidente foi nomeado embaixador junto ao (= adido ao) governo italiano. O empresário não conseguiu quitar sua dívida junto ao banco. (errado) O empresário não conseguiu quitar sua dívida com o banco. Pediu vários empréstimos junto ao banco. (errado) Pediu vários empréstimos ao banco. A audiência da novela cresceu assustadoramente junto aos espectadores. (errado) A audiência da novela cresceu assustadoramente entre os espectadores. O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe junto à Portuguesa. (errado) O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe da Portuguesa. O advogado entrou com um recurso junto ao tribunal. (errado) O advogado entrou com um recurso no tribunal. Próximo (a, de) Fiquei próximo ao muro.
  • 78. Deixamos o carro próximo da árvore. Apaixonado (por, de) Era um apaixonado da natureza. Estava apaixonada pelo colega de trabalho. Apto/Aptidão (a, para) Farei o teste de aptidão a pilotagem militar Sempre teve aptidão para as artes Sentia-se apto ao trabalho externo. Considerei-o apto para exercer a profissão. Conforme (a, com) Assumiu uma postura conforme às suas raízes. (semelhante) Essa atitude é mais conforme com seus ideais. (coerente) Estudante, Estudioso (de) O jornalista é estudioso de ufologia. Parecido (com, a) Era parecido com o avô. Sendo parecido ao pai, foi aceito logo.
  • 79. Grato (a, para, por) Sou grato a todos neste dia especial. Sua ajuda é sempre grata para meus filhos. Mostrou-se grato pelo conselho que lhe dei. Medo (de, a) O menino tem medo do escuro. Tive medo ao inspetor. Regência Verbal: Regras e Exemplos Regência verbal é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus complementos. Há pouco tempo foi exibido na televisão um anúncio cujo texto dizia: “… a marca que o mundo confia.” Acontece que quem confia, "confia em”. Logo, o correto seria dizer: “… a marca em que o mundo confia.”
  • 80. As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países que eu fui”, “A comida que eu mais gosto”. O correto seria dizer “A rua em que moro” (quem mora, mora em...), “Os países a que fui” (quem vai, vai a...), “A comida de que mais gosto” (quem gosta, gosta de...). O problema também está presente em uma letra da dupla Roberto e Erasmo Carlos, “Emoções”. “… são tantas já vividas são momentos que eu não me esqueci…” Se eu me esqueci, eu "me esqueci de". Quem esquece, "esquece algo". Quem se esquece, "esquece-se de algo". Logo, o correto seria “são momentos de que não me esqueci.” Pode-se, também, eliminar a preposição de e o pronome me. Ficaria “são momentos que eu não esqueci”. Em um jornal de grande circulação o texto de uma campanha afirmava: "A gente nunca esquece do aniversário de um amigo.”
  • 81. O que poderia ser corretamente escrito das seguintes formas: “A gente nunca esquece o aniversário de um amigo.” (quem esquece, esquece algo) “A gente nunca se esquece do aniversário de um amigo.” (quem se esquece, esquece-se de...) Verbos Intransitivos São os verbos que não necessitam ser completados. Sozinhos, indicam a ação ou o fato. Comparecer, Chegar, Ir, Vir, Voltar, Cair e Dirigir-se: Estes verbos aparentam ter complemento, por exemplo, “Quem vai, vai a algum lugar”. Porém a indicação de lugar é circunstância, não complementação. Classificamos este complemento como Adjunto Adverbial de Lugar. É importante observar que a regência destes verbos exige a preposição a na indicação de destino e de na indicação de procedência. Só se usa a preposição em na indicação de meio, instrumento.
  • 82. Irei em Santiago de Cuba; (errado) Irei a Santiago de Cuba; Vou em São Paulo; (errado) Vou a São Paulo; Muitos não compareceram na prova do Enem; (errado) Muitos não compareceram à prova do Enem; Jesus dirigiu-se aos apóstolos andando sobre o mar; A comida caiu no chão; (errado) A comida caiu ao chão; Você caiu do céu; Voltei de lá; Cheguei de Curitiba há meia hora; OBS: O fenômeno denominado crase também ocorrerá quando houver um verbo intransitivo regendo a preposição a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, como no terceiro exemplo acima. Morar, Residir e Situar-se:
  • 83. São intransitivos mas costumam estar acompanhados de adjunto adverbial, regendo a preposição em. Moro / Resido em Londrina; Minha casa situa-se no Jardim Petrópolis; Não utilize a preposição a para logradouros. Minha casa situa-se à rua Pero Vaz; (errado) Moro a cem metros da estrada; Deitar-se e Levantar-se: Deito-me às 22h e levanto-me bem cedo. Verbos Transitivos Diretos São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro termo, denominado <objeto direto>. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além dos verbos (des)obedecer, pagar, perdoar, aludir, apelar,
  • 84. responder, assistir(ver), que admitem a passiva mesmo não sendo VTD. (Motivo: eram diretos antigamente.) O objeto direto pode ser representado por um substantivo, palavra substantivada, oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou pronome oblíquo. Uma vez que pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas) só são usados com preposição, quando estes representam objeto direto, tem-se um objeto direto preposicionado. Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos: Desfrutar e Usufruir: São VTD, apesar de serem muito usados com a preposição de. Desfrutei os bens deixados por meu pai. Pagam o preço do progresso aqueles que menos o usufruem. Desfrutaremos da aposentadoria na velhice. Compartilhar: É VTD, apesar de ser muito usado com a preposição de.
  • 85. Berenice compartilhou o meu sofrimento. Compartilharam de tudo durante a vida. Verbos Transitivos Indiretos São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é denominado <objeto indireto>. O objeto indireto pode ser representado por substantivo, palavra substantivada, oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou pronome oblíquo. OBS: Estes verbos admitem os pronomes lhe, lhes como objeto indireto; alguns, porém, não. Obedeceu ao chefe => Obedeceu a ele => Obedeceu-lhe. Mas há exceções: assistir, aludir, referir-se, aspirar, recorrer, depender. Os gramáticos não trazem as razões históricas para esse modo peculiar de construção de alguns verbos. Nem precisariam fazê-lo, assim como não precisam justificar o motivo de um determinado verbo ser hoje transitivo direto e outro,
  • 86. transitivo indireto. Às vezes, os verbos são sinônimos, mas apresentam diferentes transitividades. Em verdade, a função primordial da Gramática não é fixar regras impositivas de cima para baixo, mas sistematizar os fatos e as condutas que encontra na língua como manifestação. Assistir(ver), Aspirar, Visar, Aludir, Referir-se (a): Todos falam desse filme, mas eu não assiti a ele ainda. Constar (de, em): Quando se usa o verbo constar com o sentido de “estar escrito, registrado ou mencionado” ou “fazer parte, incluir-se”, as preposições – de e em – são corretas : Seu nome consta da lista de aprovados. Consta nos autos que... Consta dos autos que... Vou fazer constar o incidente em meu relatório. Já quando constar tem o significado de “ser composto, constituído ou formado; consistir em algo”, usa-se apenas a preposição de: A casa consta de partes grandes e arejadas.
  • 87. Seu relatório constava de 50 páginas. Obedecer e Desobedecer (a): Obedeço a todas as regras da empresa. Revidar (a): Ele revidou ao ataque instintivamente. Responder (a): Responda aos testes com atenção. Simpatizar e Antipatizar (com): Não são verbos pronominais, portanto não se deve dizer simpatizar-se, nem antipatizar-se. Sempre simpatizei com ele, mas antipatizo com seu irmão. Sobressair (em): Não é verbo pronominal, portanto não se deve usar sobressair- se. No colegial, sobressaía em todas as matérias.
  • 88. Torcer (por, para): Pode ser também verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se com a preposição para, que dará início a Oração Subordinada Adverbial de Finalidade. Para ficar mais fácil, memorize assim: Torcer por + substantivo ou pronome. Torcer para + oração (com verbo). Estamos torcendo por você. Estamos torcendo para você conseguir seu intento. Verbos bitransitivos Também chamados de transitivo diretos e indiretos. São os verbos que possuem os dois complementos - objeto direto e objeto indireto. Agradecer, Pagar e Perdoar: São VTDI, com a preposição a. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa. Agradeci a ela o convite.
  • 89. Paguei a conta ao Banco. Se o time rival ganhasse, a torcida não perdoaria aos jogadores a derrota em casa. Pedir: É VTDI, com a preposição a. A frase deve ser sintaticamente estruturada assim: “Quem pede, pede algo a/para alguém”; “Quem pede, pede que alguém faça algo”; Pedimos a todos que trouxessem os livros. Pedimos que todos trouxessem os livros. É inadequado ao padrão culto da língua: "Pedir para que alguém faça algo". Preferir: É VTDI, com a preposição a. Não admite ênfase, como: mais, muito mais, mil vezes. Prefiro estar só a ficar mal acompanhado.
  • 90. Informar, avisar, advertir, certificar, comunicar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir: São VTDI, admitindo duas construções: “Quem informa, informa algo a alguém”; “Quem informa, informa alguém de/sobre algo.” Informamos aos usuários que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. Informamos os usuários de que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. Regência oscilante / Mais de uma Regência Aspirar: Será VTD, quando significar sorver, absorver. Como é bom aspirar a brisa da tarde. Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar, objetivar.
  • 91. Aspiramos a uma vaga naquela universidade. Agradar: Será VTI, com a preposição a, quando significar ser agradável; satisfazer. Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo. Será VTD, quando significar acariciar ou contentar. A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas. Assistir: Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar ajudar, prestar assistência. Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos. Será VTI com a preposição a quando significar ver ou ter direito. Gosto de assistir aos jogos do Santos. O descanso semanal remunerado assiste ao trabalhador. Será VI quando implicar morada.
  • 92. Assisto em Londrina desde que nasci. O papa assiste no Vaticano. Chamar: Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar dar qualidade. A qualidade pode vir precedida da preposição de, ou não. Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo) Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo) Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo) Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo) Será VTI com a preposição por quando significar invocar. Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu. Será VTD, quando significar convocar. Chamei todos os sócios para participarem da reunião. Será VTDI, com a preposição a, quando significar repreender. Chamei os meninos à atenção, pois conversavam na sala de aula.
  • 93. Chamei-o à atenção. Obs.: Não confundir com a express]ao sem crase “chamar a atenção”, que não significa repreender, mas fazer ser notado. O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam. Casar: Será VI quando por si só apresentar sentido completo. Eles casaram (ou se casaram – na qualidade de pronome reflexivo). Será VTI quando requisitar um complemento regido pelo uso da preposição: Ele se casou com a melhor amiga. Será VTDI quando requisitar os dois complementos: O vizinho casou sua filha com meu primo. Custar: Será VI quando significar ter preço.
  • 94. Estes sapatos custaram muito. Será VTDI, com a preposição a, quando significar causar trabalho, transtorno. Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família. Será VTI com a preposição a quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil. A pessoa a quem algo é difícil será objeto indireto. Custou-lhe acreditar em Maria. Custou a ele acreditar em Maria. Ele custou a acreditar... (está errado) Atender: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. Atenderam o meu pedido prontamente. Atenderam ao meu pedido prontamente. Anteceder:
  • 95. Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. A velhice antecede a morte. A velhice antecede à morte. Esquecer e Lembrar: Serão VTD quando não forem pronominais, ou seja, quando não forem acompanhados de pronome oblíquo átono (esquecer-se, lembrar-se): Esqueci que havíamos combinado sair. Ela não lembrou o meu nome. Esquecer-se e Lembrar-se: Serão VTI, com a preposição de, quando forem pronominais: Esqueci-me de que havíamos combinado sair. Ela lembrou-se do meu nome. Implicar:
  • 96. Será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender, produzir como consequência, acarretar. Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade. Suas palavras implicam denúncia contra o deputado. As despesas extras implicam em gastos desnecessários. Será VTI, com a preposição com, quando significar antipatizar. Não sei por que o professor implica comigo. Os alunos implicaram com o professor. Será VTDI, com a preposição em, quando significar envolver alguém em algo. Implicaram o advogado em negócios ilícitos. Ela implicou-se em atos ilícitos. Namorar: Apesar de ser muito usado com a preposição com, que só deveria ser usada para iniciar adjunto adverbial de companhia, será VTD quando possuir os significados de inspirar amor a,
  • 97. galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência, cobiçar. Joana namorava o filho do delegado. O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa. Eu estava namorando este cargo há anos. Pode ser também VI: Comecei a namorar muito cedo. Presidir: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. Presidir o país. Presidir ao país. Proceder: Será VTI, com a preposição de, quando significar derivar-se, originar-se. Esse mau humor de Pedro procede da educação que recebeu. Será VTI, com a preposição a, quando significar dar início.
  • 98. Os fiscais procederam à prova com atraso. Será VI quando significar ter fundamento. Suas palavras não procedem. Renunciar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. Nunca renuncie seus sonhos. Nunca renuncie a seus sonhos. Satisfazer: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. Não satisfaça todos os seus desejos. Não satisfaça a todos os seus desejos. Abdicar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de, e também VI. O Imperador abdicou o trono.
  • 99. O Imperador abdicou do trono. O Imperador abdicou. Gozar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de. Ele não goza sua melhor forma física. Ele não goza de sua melhor forma física. Atentar: Pode ser VTD ou VTI, com as preposições em, para ou por. Atente o ouvido. Deram-se bem os que atentaram nisso. Não atentes para os elementos supérfluos. Atente por si, enquanto é tempo. Cogitar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição em ou de: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral brasileiro.
  • 100. Hei de cogitar no caso. O diretor cogitou de demitir-se. Consentir: Pode se VTD ou VTI, com a preposição em. Como o pai desse garoto consente tantos agravos? Consentimos em que saíssem mais cedo. Ansiar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por: Ansiamos dias melhores. Ansiamos por dias melhores. Almejar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por, ou VTDI, com a preposição a. Almejamos dias melhores. Almejamos por dias melhores.
  • 101. Almejamos dias melhores ao nosso país. Faltar, Bastar e Restar: Podem ser VI ou VTI, com a preposição a. Muitos alunos faltaram hoje. Três homens faltaram ao trabalho hoje. Resta aos vestibulandos estudar bastante. Pisar: Pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a preposição em, iniciando Adjunto Adverbial de Lugar. Pisei a grama para poder entrar em casa. Não pise no tapete, menino! Prevenir Pode ser VTD fazendo referência a evitar dano: A precaução previne acontecimentos inesperados.
  • 102. Pode ser VTDI referindo-se ao ato de avisar com antecedência. Prevenimos os moradores de que haveria corte de energia. Querer: Será VTI, com a preposição a, quando significar estimar. Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos. Será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar. Sempre quis seu bem. Quero que me digam quem é o culpado. Visar: Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar, objetivar. Sempre visei a uma vida melhor. Será VTD, quando significar mirar, ou dar visto. O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.
  • 103. O gerente visou o cheque do cliente. Proibir: Pode ser VTD. Proibir alguma coisa: A lei brasileira proíbe o aborto. Pode ser VTDI. Proibir alguém de alguma coisa / Proibir alguma coisa a alguém: O pai proibiu o filho de viajar. A ANVISA proíbe oferecer premios à indústria farmacêutica. Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: · abdicar (de) · acreditar (em) · almejar (por) · ansiar (por)
  • 104. · anteceder (a) · atender (a) · atentar (em, para) · cogitar (de, em) · consentir (em) · crer (em) · deparar (com) · desfrutar (de) · desdenhar (de) · gozar (de) · necessitar (de) · preceder (a) · precisar (de) · presidir (a) · renunciar (a) · satisfazer (a) · versar (sobre). Exemplos:
  • 105. · Precisamos pessoas honestas. · Precisamos de pessoas honestas. · Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias. · Nunca cri em pessoas que falam muito de si próprias. Fonética Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fomeas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. Exemplo: em pato e bato é som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais fonemas. No sistema fonético do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fonemas. É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o sinal gráfico que representa o som. Vejamos alguns exemplos: Palavra Letras Fonemas Manhã 5 4 Táxi 4 5 Corre 5 4
  • 106. Hora 4 3 Aquela 6 5 Guerra 6 4 Fixo 4 5 Hoje 4 3 Canto 5 4 Tempo 5 4 Campo 5 4 Chuva 5 4 Nova ortografia A Nova Reforma Ortográfica da Língua portuguesa, como todas as outras que já aconteceram, tem como objetivo uniformizar a grafia, fazendo a maior aproximação possível, respeitando as diferenças já interiorizadas e permitindo que a modalidade escrita da língua seja compreensível a todos os falantes dessa língua. Este acordo é o resultado do estudo das diferenças entre os acordos de 1943, no Brasil, e de 1945, em Portugal. Entrou em vigor no Brasil em 2009, com um período de adaptação até 2012. Qual o último acordo ortográfico da língua portuguesa? O último acordo ortográfico entre países membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa foi assinado em 16 de dezembro de 1990. Este acordo estabeleceu uma grafia única para a Língua Portuguesa que, até então, era a única língua que apresentava duas grafias oficiais: a portuguesa e a brasileira.
  • 107. O que mudou com a nova ortografia para os brasileiros? O novo acordo traz algumas mudanças que exigem que aprendamos novas regras; que sejam adaptados documentos e publicações. Dúvidas em relação a forma como escrevíamos antes e como escreveremos agora também surgirão, mas teremos uma maior facilidade já que algumas regras foram simplificadas. VAMOS AS REGRAS REGRAS GERAIS: Na regra geral não houve alterações, as regras continuam as mesmas com pequenas observações. - Para uma melhor assimilação das novas regras de acentuação, é necessário saber que, em língua portuguesa, uma palavra é classificada de acordo com o número de sílabas em: monossílaba (uma só sílaba), dissílaba (duas sílabas), trissílaba (três sílabas), polissílaba (quatro ou mais sílabas). Também pode ser classificada de acordo com a posição da sílaba tônica (silaba pronunciada com maior intensidade) em: oxítona (sílaba tônica é a última sílaba da palavra); paroxítona (a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra); e proparoxítona (sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. - Saiba também que: ditongo é o encontro de duas vogais na mesma sílaba.
  • 108. - Ditongo fechado é pronunciado com a boca mais fechada (cadeira, bois) e ditongo aberto é pronunciado com a boca mais aberta (papéis, herói, colmeia, ideia). - Hiato é o encontro de dois sons vocálicos, cada um em uma sílaba (ca-o-lho, Ra-ul, sa-í-da) - Preste atenção : Acentue as paroxítonas sem memorizar! Aplique invertidamente a regra das oxítonas! Veja a regra : Oxítona – Terminada em –n não tem acento; então, Paroxítona terminada em –n precisa ter: hífen, pólen, éden, próton, nêutron, íon. Oxítona terminada em –a(s) é acentuada; então, paroxítona terminada em a(s) não é acentuada. Observação: O critério da inversão (oxítona paroxítona ) só não é válido para as paroxítonas terminadas em –am (falam) e para as terminadas em ditongo (+ s) (farmácia). Palavras monossílabas tônicas: Dependem da intensidade com que são pronunciadas, átonas (sílaba pronunciada mais fraca) ou tônicas (sílaba pronunciada mais forte). Não houve nenhuma alteração na acentuação gráfica das monossílabas tônicas. Regra Geral: Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em: a (s), e (s), o (s). Ex.: chá, fé, rés, dó, gás, lê-lo, nós, pô-lo. Obs.: As monossílabas átonas nunca são acentuadas. Ex.: vi, bis, li-os, tu, cru, nus.
  • 109. Observe: - palavras monossílabas terminadas em i (s) e u (s) não recebem acento. Ex.: si, quis, bis, cru, pus. - Os ditongos fechados ei (s), eu (s) e oi (s), em monossílabos não são acentuados. Ex.: sei, reis, deu, meus, foi, bois. Palavras oxítonas: Não houve nenhuma alteração na acentuação das palavras oxítonas. Regra Geral: Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em: a (s), e (s), o (s), em/ens. Ex.: Sabará, ananás, Guaporé, convés, bisavô, retrós, Belém, armazéns, parabéns, voltará, busca-pés, robô, manténs. Observe: oxítonas terminadas em i (s) e u (s) não recebem acento: Ex.: tupi, lambari, abacaxis, Pacaembu, urubus. Palavras paroxítonas: Sofreu algumas alterações que aparecerão nas regras complementares. Regra Geral: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: l, n, r, os, ã (s), i (s), u (s), x, ão (s), um/uns, ditongos orais (+ s). Ex.: Louvável, lavável, câncer, ônix, vácuo, pôneis, águas, bíceps, falência, cônsul, júri, tênis, hífen, tênis, nêutron, húmus, bônus, repórter, Vítor, tórax, fórceps, sótão, bênçãos, órfã, ímãs, álbum, fóruns, farmácia, frágeis, área, tréguas, comício, cáries.
  • 110. Observe: paroxítonas terminadas em –n antecedido de e (hífen, pólen, éden) não recebem acento no plural (hifens, polens, edens), mas paroxítonas terminada em –n antecedido de o (próton, nêutron, íon), recebem acento no plural (prótons, nêutrons, íons). Palavras proparoxítonas: Não houve alteração na regra das palavras proparoxítonas. Regra Geral: acentuam-se todas as palavras proparoxítonas independentemente de suas terminações. Ex.: Transatlântico, técnico, quadrúpede, câmara, tílburi, interim, relêssemos, lógico, autêntico, cibernético, desânimo, pirâmide. AS REGRAS DA NOVA ORTOGRAFIA Abaixo colocamos as novas regras, seguidas de um exemplo (como era antes) e um exemplo (como ficou) onde houve alterações. A reforma se deu na acentuação, nas palavras paroxítonas, no uso do hífen (-), no uso do trema (¨) e no alfabeto. ACENTUAÇÃO GRÁFICA REGRAS COMPLEMENTARES: Nas regras complementares estão as modificações ocorridas em algumas palavras da Língua Portuguesa: Acentuação dos ditongos abertos éi, ói, éu
  • 111. Dependendo da palavra em que ocorrem, podem ser ou não acentuados. Regra complementar: Os ditongos abertos éi, ói e éu. São acentuados em monossílabos e em oxítonas. Não são acentuados em paroxítonas. Ex.: monossílabos – Ex.: méis, réis, dói, róis, céu, véus. (Não houve alteração) Oxítonas – Ex.: anéis, cordéis, corrói, lençóis, chapéus, escarcéu. (Não houve alteração) Paroxítonas – Ex.: (antes) idéia, platéia, heróico, jibóia. (como ficou) ideia, plateia, heroico, jiboia. Observe: O Acordo Ortográfico de 1990 eliminou o acento dos ditongos abertos ei e oi somente das palavras paroxítonas. Verbos ter e vir Regra complementar: acentua-se o e das formas verbais têm e vêm, indicativas de plural. Ex.: Ele tem (singular) / Eles têm (plural) Ele vem (singular) / Eles vêm (plural) Observe: Nos derivados de ter (manter, conter, deter, etc.) e de vir (intervir, convir, provir etc.): - A terceira (3ª) pessoa do singular passa a receber assunto agudo- pela regra das oxítonas terminadas em em.
  • 112. - A terceira (3ª) pessoa do plural preserva o acento circunflexo das formas originais têm e vêm. Ex.: Ele mantém – Eles mantêm Ele contém – Eles contêm Ele detém – Eles detêm Ele intervém – Eles intervêm Ele convém – Eles convêm Ele provém – Eles provêm Regra do hiato: Foi abolida pelo novo acordo ortográfico. Antes: Todas as palavras terminadas em OO (s) e as formas verbais terminadas em EEM recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo, enjôos, abençôo, perdôo; crêem, dêem, lêem, vêem, relêem, prevêem. como ficou: Sem acento: voo, voos, enjoo, enjoos, abençoo, perdoo; creem, deem, leem, veem, releem, preveem. Escreva agora : Ex.: Eu te perdoo, disse ele. Não muda: I e u na segunda vogal do hiato Regra complementar: nos hiatos, o i e o u são acentuados desde que:
  • 113. . Representem a 2ª vogal do hiato. . Apareçam sozinhos (ou seguidos de s) na sílaba tônica. . Não estejam seguidos de nh. Ex.: i e u sozinhas: raízes, Itajaí, miúdos, Tambaú I e u com s: país, egoísta, balaústre, jaús I e u seguidos de nh: sainha, campainha, rainha, ladainha. Observe: Se o i e o u aparecem depois do ditongo: - Em palavras paroxítonas, não são acentuadas. Ex.: (antes) boiúna , feiúra, baiúca, feiúra (como ficou) boiuna, feiura, baiuca, feiume. Nas palavras em que i ou o u se repetem no hiato, essas vogais não recebem acento. Ex.: xiita, sucuuba (árvore). Escreva : O miliciano xiita Abu Azrael, cujo nome significa "Pai do Anjo da Morte", se converteu para milhares de iraquianos no herói sem medo que simboliza o combate ao grupo Estado Islâmico . Acento diferencial Esse acento foi eliminado de quase todos os vocábulos e, atualmente, é empregado para diferencia pouquíssimas palavras.