2. Totalitarismo- Sistema político onde se concentra numa
só pessoa ou num partido único.
Fascismo- Sistema político instaurado por Mussolini na
Itália, em 1922. Ditatorial, totalitário e repressivo,
suprimiu as liberdades individuais e coletivas, defendeu
a supremacia do Estado, o culto do chefe, o
nacionalismo, o corporativismo, militarismo e o
imperialismo.
Fascismo- sistema político instaurado por Hitler na
Alemanha, em 1933. distingue-se pelo racismo violento
(superioridade ariana), preservação da raça superior,
libertando-a dos elementos impuros, mas também a sua
expansão.
Corporativismo- Forma de organização socioeconomica
que aceita a propriedade privada, mas estabelece como
necessária a intervenção do Estado para torná-la útil.
Defende as corporações de trabalhadores, patrões e
serviços.
3. Uma nova ordem nacionalista, antiliberal e
antissocialista
O estado totalitário define-se por ser reaccionário,
antiparlamentar, antidemocrata, antiliberal e
antissocialista.
O fascismo entende que acima do indivíduo está o
interesse da coletividade, a grandeza da Nação e a
supremacia do estado.
Esta apologia leva o fascismo a desvalorizar a
democracia partidária e o parlamentarismo.
O exercício do poder legislativo é menosprezado
pelo fascismo, que rejeita a teoria liberal da divisão
dos poderes e faz depender a força do estado.
O socialismo é reprovado, pois segundo este
sistema, o indivíduo é a expressão social em que
está inserido, para o fascismo a luta de classes
divide a nação e enfraquece o estado.
4. Cria-se o corporativismo, destinado a promover a
colaboração entre as classes. As corporações eram
organismos profissionais que reuniam, por ramo, os
trabalhadores e empregados.
O totalitarismo do estado fascista exerceu-se a nível
político, económico, social e cultural.
A oposição politica foi aniquilada.
As atividades económicas tiveram uma rigorosa
regulamentação.
A sociedade enquadrou-se em organizações do
regime.
5. Elites e enquadramentos de massas
O fascismo parte do principio que os homens não
são iguais, a desigualdade é útil e fecunda e o
governo só deve competir aos melhores, as elites.
Os chefes (Duce na Itália fascista e Führer na
Alemanha nazi) foram elevados à categoria de
heróis. Simbolizavam o estado totalitário,
encarnavam a Nação e guiavam os seus
destinados. Deviam ser seguidos ser hesitação,
prestando-lhes culto.
Também faziam parte das elites a raça dominante,
os soldados e as forças militarizadas, os filiados no
partido.
Consideravam-se cidadãs inferiores as mulheres
6. Numa sociedade profundamente hierarquizada e
rígida, as elites mereciam o elevado respeito das
massas.
A obediência cega das massas obcecou a prática
fascista.
Os ideais fascistas inculcavam nos jovens, pois as
crianças pertenciam ao estado.
Na Itália, a partir dos 4 anos ingressavam nos
Filhos da Loba, dos 8 aos 14 Ballilas, aos 14 eram
Vanguardistas e aos 18 entravam nas Juventudes
Fascistas.
Na Alemanha, quem não enviasse os seus filhos
para as Juventudes Hitlerianas era considerado
opositores ao regime.
7. Na escola, os professores eram obedientes ao regime.
Na idade adulta existiam diversas organizações de
enquadramento de massas: o Partido Único (era
indispensável para o desempenho de funções públicas e
militares), a Frente do Trabalho Nacional-Socialista e
Corporações Italianas (forneciam aos trabalhadores
condições favoráveis na obtenção de emprego), a
Dolopavoro na Itália e Kraft durch Freude na
Alemanha (associações destinadas a ocupar os tempos
livres dos trabalhadores)
Para o controlo das mentes e das vontades, o estado
investiu na propaganda, apoiada nas mais modernas
técnicas audiovisuais.
Na Itália, o Ministério da Imprensa e da Propaganda
controlou as publicações e a rádio, o cinema.
Na Alemanha, o Ministério da Cultura e Propaganda
8. O culto da força e da violência e a negação dos
direitos humanos
A repressão policial, exercida pelas miliícas armadas
e pela polícia, foi decisiva para garantir o controlo da
sociedade e a sobrevivência do totalitarismo.
A violência existia no fascismo e no nazismo. Ambas
defendem o culto da força, celebram a acção, o
instinto e a natureza selagem do Homem.
Eles entendiam que era na guerra que os homens
demostravam as suas qualidades, a sua coragem e
a sua superioridade.
9. Na Itália, os esquerdistas incendiavam e pilhavam e
espancavam.
Em 1923 tornaram-se oficialmente milícias armadas
do Partido Nacional Fascista, cabendo-lhes vigiar,
denunciar e reprimir qualquer ato conspiratório
(OVRA).
Na Alemanha criaram-se as Secções de Assalto
(S.A) e as Secções de Segurança (S.S), temidas
pela sua violência.
As milícias armadas e a Gestapo exerceram um
controlo apertado sobre a população e a opinião
pública. Criaram-se campos de concentração.
10. A violência racista
O desrespeito do nazismo pelos direitos humanos
atingiu os cumes com a violência do seu racismo.
Hitler considerava os povos superiores arianos,
sendo os alemãs os seus representantes. Estas
ideias estavam escritas no Mein Kampf. Tiveram
uma receptividade entre os nazis, contribuindo para
o nacionalismo alemão.
Os nazis promoveram o eugenismo, aplicando leis
de genética na reprodução humana.
Procedia-se à eliminação dos alemães que não
eram “perfeitos” (deficientes, doentes incuráveis e
velhos), remetidos para a câmara de gás.
11. Afirmava-se que nenhum alemão poderia
envergonhar a sua raça.
Aos alemãs competiria fatalmente o domínio do
mundo, se necessário à custa da submissão ou
eliminação dos povos inferiores.
Os judeus eram considerados culpados da derrota
da Alemanha na PGM e considerados um “povo
destruidor de cultura” por Hitler e assim tornaram-se
os principais alvos dos nazis.
O antissemitismo (significa hostilidade aos judeus)
teve 3 fases.
Na primeira fase, em 1933, foi a primeira vaga de
perseguições. Boicotaram-se lojas de judeus,
12. A segunda fase iniciou-se em 1935, com a adesão
das Leis de Nuremberg, para a proteção do sangue
e honra alemães: os alemães de origem judaica
foram privados da nacionalidade, os casamentos
entre judeus e arianos foram proibidos. Destruíram-
se sinagogas e lojas de judeus. Os judeus deixaram
de poder exercer qualquer profissão e de frequentar
lugares públicos.
A fase mais cruel chegou com a SGM. Os nazis
puseram em prática um plano de destruição do povo
judaico (genocídio-eliminação grupos étnicos). Foi
considerada a solução final do problema judaico.
Eram perseguidos nas ruas, aprisionados nas suas
13. Autarcia na Itália
Realizaram-se grandes batalhas de produção, como
a batalha da lira, que procurava estabilizar a moeda,
a batalha do trigo, que aumentou a produção de
cereais e fez diminuir importações e a batalha da
bonificação, que permitiu recuperação e terras e
novas povoações.
No comércio, os direitos alfandegários aumentaram,
controlou-se o volume das importações e
exportações.
Criou-se, em 1931 e 1933, o Instituto Imobiliário
Itálico e o Instituto para a Reconstrução Industrial
que permitiu financiar as empresas em dificuldades
e intervir fortemente no setor industrial.
14. Autarcia na Alemanha
Hitler fez uma política de grandes trabalhos:
construções de auto-estradas, pontes, linhas
férreas, que permitiram resolver o problema do
desemprego.
Entre 1936 e 1939, o Estado reforçou a autarcia e o
dirigismo económico. Fixaram-se preços e a
Alemanha tornou-se auto-suficiente em cereais,
açúcar e manteiga.
O rearmamento permitiu que a indústria alemã se
elevasse ao 2º lugar mundial nos setores de
siderurgia, química, eletricidade, mecânica e
aeronáutica.