A Rede Resíduo criou um ambiente virtual para venda, troca ou doação de resíduos da construção civil entre empresas cadastradas. A Camargo Corrêa aderiu ao sistema em 32 canteiros e comercializou resíduos como metais, plásticos e papel. Um estudo mostrou que a competitividade da indústria de materiais de construção no Brasil caiu 35% entre 2005 e 2011 devido à valorização cambial.
REDERESÍDUO - Comercialização e Gestão de Resíduos Sólidos
PINI Web - Gestão de Resíduos online
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Linha de produção
Gestão de resíduos online
Rede Resíduo cria ambiente virtual para venda, troca ou doação de resíduos da
construção civil; Camargo Corrêa aderiu à ferramenta em 32 canteiros no País
Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos em vigor desde agosto de 2010, a gestão de
resíduos tem aberto novos nichos de mercado na construção. Em operação desde 2011, a Rede
Resíduo é um ambiente virtual que permite que empresas cadastradas se comuniquem com o
objetivo de vender, trocar ou doar resíduos de obra.
A rede cria uma bolsa de
resíduos online específica para
cada construtora e faz a
prospecção e seleção de
possíveis destinatários para
esses resíduos, como
cooperativas, recicladores ou
empresas interessadas em
utilizar o entulho como matéria-
prima em seus processos
industriais. As obras geradoras
do resíduo são
georreferenciadas para facilitar
a logística do processo. O
serviço é pago e a implantação,
geralmente voltada para grandes construtoras, custa em torno de R$ 350 mil no primeiro ano.
Segundo a assessoria de imprensa da Rede Resíduo, o custo pode cair pela metade no ano
seguinte. Em agosto de 2011, a construtora Camargo Corrêa iniciou um projeto em parceria com
a Rede Resíduo denominado Bolsa Corporativa de Resíduos em três canteiros de obra: a Usina
Hidrelétrica de Jirau, no Estado de Rondônia, o Consórcio Ferrosul, em Goiás, e a Refinaria
RNest, em Pernambuco. A construtora investiu inicialmente R$ 250 mil e conseguiu comercializar
11,6 mil toneladas de metais, ao preço de R$ 270,00 a tonelada; 700 toneladas de plástico, a R$
686,00 por tonelada; e 400 toneladas de papel, vendidas a R$ 280,00 a tonelada. Em março
deste ano, a empresa ampliou o sistema para 32 canteiros de obras nas diversas regiões do
País.
Outras entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Sistema Integrado de Bolsas de
Resíduos (SIBR) também oferecem um ambiente online para o comércio de resíduos, mas de
forma gratuita. Nesses casos, as empresas deixam anúncios no site e os interessados entram em
contato diretamente com elas.
Competitividade da indústria de materiais caiu 35%, segundo estudo
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou no início de
setembro o estudo Importações e Competitividade, feito em parceria com a Fundação Getúlio
Vargas (FGV). A análise aponta, entre outras coisas, que a competitividade da indústria de
materiais de construção do Brasil caiu 35% entre 2005 e 2011, como reflexo da valorização
cambial.
Nesse período, o valor total contabilizado das importações de materiais cresceu 15,5% ao ano. A
participação das importações na oferta local foi de 4% em 2005 para 5,2% em 2008, chegando
em 6,2% no ano passado. O estudo mostra ainda que, desde 2010, a balança comercial do setor
apresenta resultados negativos e, em 2011, o déficit superou US$ 1 bilhão.
Edição 135 -
Outubro/2012
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Gestão da Qualidade
R$100,00
em 2x R$50,00
Estruturas de Concreto para
Instalações Industriais
De: R$100,00
Por: R$90,00
Pavimentos de Concreto para
Tráfego de Máquinas
Ultrapesadas
De: R$95,00
Por: R$85,00
apresenta resultados negativos e, em 2011, o déficit superou US$ 1 bilhão.
De acordo com a Abramat, é necessário adotar medidas para fortalecer a competitividade no
setor, principalmente em relação aos custos de logística, energia, tributação e mão de obra.
Nova escola da construção
em Belo Horizonte
No começo de setembro, a
Federação das Indústrias do
Estado de Minas Gerais (Fiemg)
anunciou que irá construir uma
Escola da Construção em Belo
Horizonte com o intuito de
oferecer capacitação para
profissionais do setor. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Minas Gerais (Senai-
MG) ficará responsável pela coordenação da escola e a expectativa é de que o novo centro de
ensino capacite 29 mil alunos por ano. Esse número vai superar o contingente formado por
escolas de referência no País, como o Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, na capital paulista, que
capacitou 10 mil pessoas em 2011.
O investimento na obra da escola mineira será de R$ 20 milhões. Está prevista a construção de
um edifício de 8,3 mil m², com 16 salas de aula operacionais, quatro galpões para aulas práticas,
três salas multiuso, biblioteca, quatro laboratórios, seis salas de gestão, auditório para 165
pessoas e centro de exposição para 800 pessoas, entre outras instalações.
O projeto foi elaborado a partir de uma parceria entre a Câmara da Indústria da Construção da
Fiemg (CIC/Fiemg), o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-
MG) e o Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG).
Instituto de Tecnologia em Materiais em Santa Catarina
Em agosto, foi anunciada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) a construção
de um Instituto de Tecnologia em Materiais na cidade de Criciúma (SC). O local realizará
pesquisa aplicada, serviços laboratoriais, consultorias e educação profissional, com foco nos
materiais cerâmicos, polímeros, metais e produtos plásticos. A instituição apoiará indústrias em
projetos de novos materiais ou novas aplicações, com o objetivo de melhorar o processamento
de materiais, o reaproveitamento de resíduos industriais e a caracterização das matérias-primas
e dos produtos acabados. A previsão é de que o instituto seja inaugurado até 2014.
Braskem abre fábrica de PVC em Alagoas
A Braskem - empresa que atua no setor químico e petroquímico - inaugurou uma nova fábrica de
PVC na cidade de Marechal Deodoro, no Estado de Alagoas. A fábrica possui capacidade
produtiva de 200 mil toneladas anuais e deve ajudar a consolidar o Brasil como líder na
produção de PVC na América Latina, segundo informações da assessoria de imprensa da
Petrobrás - sócia do empreendimento. Foi investido R$ 1 bilhão na montagem da fábrica, que
produzirá a resina utilizada na fabricação de tubos, conexões, portas, janelas, esquadrias, telhas,
entre outros produtos.
Novo fornecedor de pisos de borracha
A Nora Systems GmbH, empresa alemã que produz pisos de borracha, anunciou no final de
agosto sua chegada ao Brasil. A companhia vai comercializar produtos para aeroportos,
hospitais, estádios e outros locais públicos e privados com grande circulação de pessoas.
Atualmente, a Nora já participa de alguns projetos nacionais como a construção dos estádios do
Castelão, em Fortaleza, e Fonte Nova, em Salvador, e os trens da linha quatro do Metrô de São
Paulo, entre outros. O investimento no Brasil para os próximos dois anos será da ordem de € 1,2
milhão.
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