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Segundo Reinado – 1840-89

                                       Fases do Império
1º. “Pax Imperial” (ou Pax romana): paz que favorece as elites. Características: implantação
do parlamentarismo, do protecionismo alfandegário (tarifa Alves Branco) e tem seu fim a
repressão ao trafico negreiro para o Brasil (Lei Eusébio de Queiroz, de 1850).
2º. De 1851 a 1963: crescimento da economia cafeeira ( e de outras atividades econômicas:
transportes, comunicações, indústria, etc), Gabinete da Conciliação (entre liberais e
conservadores), política externa intervencionista nos países platinos (Uruguai e Argentina)
para mantermos nossa hegemonia na região.
3º. De 1864 a 1870: predomínio da política externa sob a interna (guerra contra Uruguai e
Paraguai).
4º. 1871 a 1889: crise do Segundo reinado (questões: republicanas, religiosa, militar e
abolicionista).

                              Parlamentarismo às avessas:
Início em 1843 com a convocação do gabinete pelo Marques do Paraná e consolidou-se em
1847 com a criação do cargo de Presidente do Conselho (1° Ministro ou Chefe de Gabinete).
Como funcionava: o gabinete nomeado pelo 1° Ministro se encarregava de convocar as
eleições para a Câmara dos Deputados (com fraudes, conhecidas com “Eleições do Cacete).
Esse modelo ao contrário do Inglês se encerrava com as eleições (daí o nome às avessas)

                             Revoltas do Segundo Reinado
Levantes Liberais (1842): em contrapartida ao Golpe da Maioridade os liberais fizeram parte
do primeiro ministério do Segundo Reinado e, em decorrência disso, conseguiram a maioria
na Câmara dos Deputados (obviamente de forma fraudulenta) → Os conservadores reagiram
a exigiram a dissolução do Ministério Liberal → D. Pedro II dissolveu o Ministério Liberal →
Gerando revoltas dos liberais em São Paulo e Minas Gerais.
Revolução Praieira 1848 (o nome se origina do jornal dos liberais que Diário Novo que ficava
na Rua da Praia): causas: crise econômica (queda do preço do açúcar e algodão), controle do
comercio por estrangeiros e deposição do governador liberal de Pernambuco (Pinto Chamorro
Gama). Propostas (manifesto ao Mundo): voto livre e universal para todos os brasileiros, com
a conseqüência extinção do voto censitário; - liberdade de imprensa; extinção do Poder
Moderador; Garantia de trabalho para todos os cidadãos brasileiros; Nacionalização do
comércio varejista; Extinção do Senado Vitalício.
Rebelião dos Quebra-Quilos (1874): obrigatoriedade do alistamento militar, aumento dos
impostos e imposição autoritária do Sistema métrico decimal de pesos e medidas (que foi a
gota d‟água). Difundiu-se pelas províncias de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte.
Revolta do Vintém (1880): a população pobre do Rio de Janeiro se rebela contra o aumento
das passagens dos bondes, ainda puxados por burros e trens. A chamada Revolta do Vintém
explode dia 1º de janeiro. A polícia tenta contê-la e os manifestantes respondem quebrando
bondes, arrancando trilhos e virando os veículos. A revolta só pára com a intervenção do
Exército, que abre fogo contra a multidão e mata várias pessoas.

                  SEGUNDO REINADO ECONOMIA AGRARIA E O CAFÉ

                                        Introdução
No comércio continuava dominado pelos produtos ingleses (que tinham privilégios
alfandegários no Brasil desde 1810 e foram confirmados em 1827).
Segundo Reinado – 1840-89

A base da nossa economia permanecia agrária e baseada no tripé: monocultura, latifúndio e
trabalho escravo.

                                      Expansão do café
Origens: originário da Abissínia (Etiópia) e chegou a Europa através dos árabes (cruzadas,
trocas comerciais). Na América, chegou primeiro ás Antilhas, espalhou-se pelo Caribe e
atingiu a América do Sul.

 Ao Brasil chegou através do Pará vindo da Guiana Francesa. Há discórdias se quem
introduziu o produto no Brasil foi Francisco Melo Paleta ou Francisco Xavier.

Importante: a introdução da cafeicultura não substituiu a atividade açucareira. Pois ele só se
tornou fundamental ao país quando caiu no gosto europeu e norte-americano. Somente a parti
de 1831-40 superou as exportações do açúcar.

O café se desenvolveu principalmente no Vale do Paraíba – até 1870, baseado no tripé:
monocultura, latifúndio e trabalho escravo (brecha camponesa: esse termo se refere ao
costume que alguns senhores de engenho tinham em liberar alguns lotes de sua propriedade
para que os escravos pudessem realizar a produção de gêneros agrícolas voltados para o
próprio consumo e a venda no mercado interno. Tal medida seria benéfica aos escravos ao
abrir oportunidade para a compra de outros produtos e a relativa melhora de sua condição de
vida.) – e se consolidou no Oeste Paulista – dotados de uma mentalidade mais empresarial
introduziram o trabalho “livre” imigrante, melhoraram as técnicas do cultivo e beneficiamento
do café; diversificaram seus investimentos de capitais.


A implantação da lavoura cafeeira em comparação com a atividade açucareira
Diferenças: Necessitava de menos gastos para a sua implantação (esses gastos foram
reduzidos ainda mais com a diminuição do trabalho escravo). Os capitais vieram do próprio
mercado interno (lembrem-se os engenhos açucareiros foram financiados pelos holandeses):
do comércio, da mineração em decadência, dos capitais liberados pelo fim do trafico
internacional de escravos. O cafeicultor integrava todas as etapas do processo (produção,
beneficiamento e comercialização)

Semelhanças: monocultura e produção para o mercado externo.


                     Transição do trabalho escravo para o assalariado
 Deu-se devido as pressões internas (abolicionistas) e inglesas (Bill Aberdeen: autorizava a
marinha inglesa prender ou afundar „tumbeiros” e julgar sua tripulação) em busca de expandir
seu mercado consumidor (e segurar a mão-de-obra africana na África) o que culminou no
Brasil com a Lei Eusébio de Queiroz (fim do tráfico internacional de escravos).

 Isso gerou: diminuição da oferta de escravos (restou o tráfico interprovincial), aumento do
preço do escravo e o tráfico internacional de escravos se tornou uma atividade arriscada.
SAÍDA: IMIGRAÇÃO.


                                A emigração para o Brasil
Segundo Reinado – 1840-89

   “esclarecendo as coisas” na realidade se inicia com os portugueses (“colonizadores”),
   franceses (“invasores”) e africanos (escravos).

   Inicio da imigração oficial: 1818 com 100 famílias suíças e 1824 com imigrantes alemães.

    Sistema de parcerias: crida pelo senador Nicolau Vergueiro. Os custos da instalação dos
   colonos ficavam pó conta do proprietário da fazenda. Esse sistema mostrou-se tirano com o
   colono que nunca conseguia zerar suas dividas com a fazenda. Ademais gerou conflitos
   diplomáticos (A Prússia proibiu a emigração para o Brasil).

    Sistema subvencionado: o governo arcava com as despesas do imigrante durante o seu
   primeiro ano no Brasil. E os colonos recebiam um salário fixo e variável conforme a produção.

   Atenção esses processo visavam o branqueamento da população.



SEGUNDO REINADO NO Brasil- CAMPANHA ABOLICIONISTA

                                     O Choque de interesses
   Pressões inglesas (iniciadas rio Tratado de Aliança e Amizade de 1810 e reforçado em 1927 -
   Para reconhecer a independência brasileira) que visavam aumentar o seu mercado
   consumidor no Brasil (com o aumento do trabalho assalariado e a diminuição dos gastos com
   a compra e escravos peças elites) e posteriormente (com o imperialismo) manter a mão-de-
   obra africana na África Bill Aberdeen em 1844.
   Os interesses britânicos esbarravam nos interesses das elites escravistas brasileiras que
   tinham maior espaço político no Império.

                                         Leis Abolicionistas
    07-11-1831, Feijó: afirmava que todo escravo que desembarcasse no Brasil a partir dessa
   data seria considerado livre e quem o transportasse ou comercializasse seria preso lei sem
   aplicação ou seja "lei para inglês ver".
   Bill Aberdeen: a Inglaterra proibia o trafico internacional de escravos aumentou o trafico de
   escravos.
   14-09-1850; Lei Eusébio de Queiroz: proibia o trafico internacional de escravos para o Brasil
    gerou o aumento do tráfico interprovincial.
   05-06-1854; lei Nabuco Araujo: reforçava a Lei Eusébio de Queiroz.
   28-09-1871; Lei Visconde do Rio Branco ou do Ventre Livre: liberta todos os filhos de escravos
   nascidos após aquela data. Os donos ou receberiam uma indenização ou permaneciam com a
   posse do filho de seu escravo até os 21 anos de idade. Essa lei na' realidade demonstrava o
   real interesse de protelar o fim da escravidão no Brasil.
   28-09-1885; Lei Saraiva-Contengipe ou lei dos Sexagenários: os escravos com mais de 60 -
   anos não poderiam ser vendidos, entretanto trabalhariam até os 65 anos como forma de
   indenização aos seus proprietários.

 Leis Áurea de 13-05-1888
  Contexto: auge das campanhas abolicionistas (Joaquim Nabuco, Jose do Patrocínio, Andre
  Rebouças, Clubes Abolicionistas, Sociedades Contra a Escravidão)
  Em discurso representando o império (pela terceira vez e em virtude de doenças e viagens de
  D. Pedro I), de forma direta, a Princesa Isabel declara abolida a escravidão no Brasil.
Segundo Reinado – 1840-89

  Depois da abolição: pouca coisa mudou na economia (pois a escravidão já vinha sendo
  gradativamente substituída pelo imigrante) e na vida do escravo. Em compensação a política
  imperial sofreu a perda do apoio das elites escravistas que ficaram alheias a sorte do império.

POLÍTICA EXTERNA NO SEGUNDO REINADO

                                    Questão Christie (1862-65)
  Foi o rompimento diplomático entre Brasil e Inglaterra
  Antecedentes: submissão brasileira a Inglaterra desde os Tratados de 1810 (e reafirmados em
  1827)
  Fatores: A carga saqueada do navio inglês pela população gaucha em 1861, prisão dos
  marinheiros ingleses embriagados e arruaceiros (no Ceará a gente diz “bonequeiros”).
  Reação inglesa: exigência de uma indenização (3200 libras) pelo embaixador Inglês William
  Douglas Christie  aprisionamento de cinco navios mercantes brasileiros.
  Resultados: diante da decisão do intermediador Leopoldo I (Rei da Bélgica), o Brasil pagou a
  indenização e rompeu com a Inglaterra  em 1865 o ministro inglês Thorton pede desculpas
  oficiais ao Brasil (já envolvido na Guerra do Paraguai).

                                       Questões Platinas
  Foi a intervenção (imperialistas) do Brasil nos assuntos internos do Uruguai e Argentina.
   Objetivos do Brasil: Evitar a restauração do antigo Vice- Reinado do Prata (para manter sua
  hegemonia na região Patina e garantir a navegação brasileira na Bacia do Prata que era
  importante para garantir o acesso a Mato Grosso)
  No Uruguai: o Brasil apoiava os Colorados (burguesia uruguaia favorável as relações
  comerciais com o Brasil. EX: Acordos de Outubro de 1851) contra os Blancos (liderados por
  Manuel Oribe e depois por Anastácio Aguirre). Conflitos contra: Manuel Oribe e Anastácio
  Aguirre
  Na Argentina: contra o Federalista Manuel Rosas (federalista, favorável a unificação dos
  países platinos).

                                 Guerra do Paraguai (1864-70)
  Situação do Paraguai: combate ao analfabetismo, crescimento sem divida externa, reforma
  agrária, consolidação da sua indústria de base, etc. Principais lideres: Francia (1811-40),
  Carlos Lopez (1840-62) e Solano Lopez ( 1862-70).
  Fatores da Guerra: expansionismo paraguaio (pois necessitava do controle da Bacia do Prata
  para assegurar o escoamento da sua produção), interesses ingleses (em eliminar a possível
  concorrência paraguaia na região) e brasileiros (manter sua hegemonia na Região do Prata).
  Causa imediata: intervenção brasileira no Uruguai ( e recusando a intermediação paraguaia)
  13/11/1864: o Paraguai aprisiona o navio brasileiro Marquês de Olinda.
  O Conflito: Paraguai x Tríplice Aliança (Brasil + Uruguai + Argentina). Objetivos da Tríplice
  Aliança (depor Solano Lopez, conquistar e dividir parte do território paraguaio e
  responsabilizá-lo pelos custos da Guerra).
  Resultados da Guerra: destruição da economia e da população do Paraguai (reduzida a
  aproximadamente 1/5 da população, mesmo assim com apenas crianças, idosos e mulheres).
  Para o Brasil: endividamento com a Inglaterra, difusão de ideais republicanos e abolicionistas,
  o militares retornaram “se sentindo os salvadores da Pátria” (exigindo com isso maior
  participação e espaço político no Segundo Reinado, iniciando também o histórico de
  intervenções na política interna feito pelos militares ao longo da nossa história).


INDÚTRIA E URBANIZAÇÃO NO SEGUNDO REINADO
Segundo Reinado – 1840-89

Introdução:
  Fatores do atraso da industrialização brasileira: tratados de 1810 com a Inglaterra ( que dava
  privilégios alfandegários aos produtos ingleses, tornando-os dominadores do mercado
  consumidor interno), governo pautado nos interesses da elites agroexportadoras ( não tomava
  medidas necessárias à industrialização nacional).

   Fatores que favoreceram a industrialização – SURTO INDUSTRIAL: tarifa Alves Branco (1844,
   lei que aumentava os impostos alfandegários, seu objetivo era aumentar a arrecadação, mas
   logo se tornou protecionista), capitais oriundos do fim do trafico internacional de escravos (Lei
   Eusébio de Queiroz de 1850) e da cafeicultura.

   Pioneirismo de Visconde de Mauá: grande empreendedor industrial brasileiro. Possuiu:
   estaleiros, companhias de rebocadores e de navegação, banco, estradas de ferro. Seu
   sucesso incomodou as empresas estrangeiras(acredita-se que tenha sido sabotado e
   perseguido). Não suportou a “concorrência” (principalmente por conta da Tarifa Silva Ferraz
   de 1860 que diminuiu as tarifas alfandegárias) da e faliu.

   Boa parte dos lucros dos industriais brasileiros acabava investido em café.

   E vale ressaltar que nesse período a indústria não representava nem a sombra da economia
   agrária no país.

O crescimento das cidades
  Industrialização → atração populacional → crescimento urbano.

   Surgem trabalhadores especializados → cada vez mais o trabalho escravo é menos tolerável.

   As cidades vão se modernizando (para as elites): bondes, iluminação á gás, hotéis, tetros,
   jardins públicos, jornais.

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Segundo Reinado Economia Agrária Café

  • 1. Segundo Reinado – 1840-89  Fases do Império 1º. “Pax Imperial” (ou Pax romana): paz que favorece as elites. Características: implantação do parlamentarismo, do protecionismo alfandegário (tarifa Alves Branco) e tem seu fim a repressão ao trafico negreiro para o Brasil (Lei Eusébio de Queiroz, de 1850). 2º. De 1851 a 1963: crescimento da economia cafeeira ( e de outras atividades econômicas: transportes, comunicações, indústria, etc), Gabinete da Conciliação (entre liberais e conservadores), política externa intervencionista nos países platinos (Uruguai e Argentina) para mantermos nossa hegemonia na região. 3º. De 1864 a 1870: predomínio da política externa sob a interna (guerra contra Uruguai e Paraguai). 4º. 1871 a 1889: crise do Segundo reinado (questões: republicanas, religiosa, militar e abolicionista). Parlamentarismo às avessas: Início em 1843 com a convocação do gabinete pelo Marques do Paraná e consolidou-se em 1847 com a criação do cargo de Presidente do Conselho (1° Ministro ou Chefe de Gabinete). Como funcionava: o gabinete nomeado pelo 1° Ministro se encarregava de convocar as eleições para a Câmara dos Deputados (com fraudes, conhecidas com “Eleições do Cacete). Esse modelo ao contrário do Inglês se encerrava com as eleições (daí o nome às avessas) Revoltas do Segundo Reinado Levantes Liberais (1842): em contrapartida ao Golpe da Maioridade os liberais fizeram parte do primeiro ministério do Segundo Reinado e, em decorrência disso, conseguiram a maioria na Câmara dos Deputados (obviamente de forma fraudulenta) → Os conservadores reagiram a exigiram a dissolução do Ministério Liberal → D. Pedro II dissolveu o Ministério Liberal → Gerando revoltas dos liberais em São Paulo e Minas Gerais. Revolução Praieira 1848 (o nome se origina do jornal dos liberais que Diário Novo que ficava na Rua da Praia): causas: crise econômica (queda do preço do açúcar e algodão), controle do comercio por estrangeiros e deposição do governador liberal de Pernambuco (Pinto Chamorro Gama). Propostas (manifesto ao Mundo): voto livre e universal para todos os brasileiros, com a conseqüência extinção do voto censitário; - liberdade de imprensa; extinção do Poder Moderador; Garantia de trabalho para todos os cidadãos brasileiros; Nacionalização do comércio varejista; Extinção do Senado Vitalício. Rebelião dos Quebra-Quilos (1874): obrigatoriedade do alistamento militar, aumento dos impostos e imposição autoritária do Sistema métrico decimal de pesos e medidas (que foi a gota d‟água). Difundiu-se pelas províncias de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte. Revolta do Vintém (1880): a população pobre do Rio de Janeiro se rebela contra o aumento das passagens dos bondes, ainda puxados por burros e trens. A chamada Revolta do Vintém explode dia 1º de janeiro. A polícia tenta contê-la e os manifestantes respondem quebrando bondes, arrancando trilhos e virando os veículos. A revolta só pára com a intervenção do Exército, que abre fogo contra a multidão e mata várias pessoas. SEGUNDO REINADO ECONOMIA AGRARIA E O CAFÉ Introdução No comércio continuava dominado pelos produtos ingleses (que tinham privilégios alfandegários no Brasil desde 1810 e foram confirmados em 1827).
  • 2. Segundo Reinado – 1840-89 A base da nossa economia permanecia agrária e baseada no tripé: monocultura, latifúndio e trabalho escravo. Expansão do café Origens: originário da Abissínia (Etiópia) e chegou a Europa através dos árabes (cruzadas, trocas comerciais). Na América, chegou primeiro ás Antilhas, espalhou-se pelo Caribe e atingiu a América do Sul. Ao Brasil chegou através do Pará vindo da Guiana Francesa. Há discórdias se quem introduziu o produto no Brasil foi Francisco Melo Paleta ou Francisco Xavier. Importante: a introdução da cafeicultura não substituiu a atividade açucareira. Pois ele só se tornou fundamental ao país quando caiu no gosto europeu e norte-americano. Somente a parti de 1831-40 superou as exportações do açúcar. O café se desenvolveu principalmente no Vale do Paraíba – até 1870, baseado no tripé: monocultura, latifúndio e trabalho escravo (brecha camponesa: esse termo se refere ao costume que alguns senhores de engenho tinham em liberar alguns lotes de sua propriedade para que os escravos pudessem realizar a produção de gêneros agrícolas voltados para o próprio consumo e a venda no mercado interno. Tal medida seria benéfica aos escravos ao abrir oportunidade para a compra de outros produtos e a relativa melhora de sua condição de vida.) – e se consolidou no Oeste Paulista – dotados de uma mentalidade mais empresarial introduziram o trabalho “livre” imigrante, melhoraram as técnicas do cultivo e beneficiamento do café; diversificaram seus investimentos de capitais. A implantação da lavoura cafeeira em comparação com a atividade açucareira Diferenças: Necessitava de menos gastos para a sua implantação (esses gastos foram reduzidos ainda mais com a diminuição do trabalho escravo). Os capitais vieram do próprio mercado interno (lembrem-se os engenhos açucareiros foram financiados pelos holandeses): do comércio, da mineração em decadência, dos capitais liberados pelo fim do trafico internacional de escravos. O cafeicultor integrava todas as etapas do processo (produção, beneficiamento e comercialização) Semelhanças: monocultura e produção para o mercado externo. Transição do trabalho escravo para o assalariado Deu-se devido as pressões internas (abolicionistas) e inglesas (Bill Aberdeen: autorizava a marinha inglesa prender ou afundar „tumbeiros” e julgar sua tripulação) em busca de expandir seu mercado consumidor (e segurar a mão-de-obra africana na África) o que culminou no Brasil com a Lei Eusébio de Queiroz (fim do tráfico internacional de escravos). Isso gerou: diminuição da oferta de escravos (restou o tráfico interprovincial), aumento do preço do escravo e o tráfico internacional de escravos se tornou uma atividade arriscada. SAÍDA: IMIGRAÇÃO. A emigração para o Brasil
  • 3. Segundo Reinado – 1840-89 “esclarecendo as coisas” na realidade se inicia com os portugueses (“colonizadores”), franceses (“invasores”) e africanos (escravos). Inicio da imigração oficial: 1818 com 100 famílias suíças e 1824 com imigrantes alemães. Sistema de parcerias: crida pelo senador Nicolau Vergueiro. Os custos da instalação dos colonos ficavam pó conta do proprietário da fazenda. Esse sistema mostrou-se tirano com o colono que nunca conseguia zerar suas dividas com a fazenda. Ademais gerou conflitos diplomáticos (A Prússia proibiu a emigração para o Brasil). Sistema subvencionado: o governo arcava com as despesas do imigrante durante o seu primeiro ano no Brasil. E os colonos recebiam um salário fixo e variável conforme a produção. Atenção esses processo visavam o branqueamento da população. SEGUNDO REINADO NO Brasil- CAMPANHA ABOLICIONISTA  O Choque de interesses Pressões inglesas (iniciadas rio Tratado de Aliança e Amizade de 1810 e reforçado em 1927 - Para reconhecer a independência brasileira) que visavam aumentar o seu mercado consumidor no Brasil (com o aumento do trabalho assalariado e a diminuição dos gastos com a compra e escravos peças elites) e posteriormente (com o imperialismo) manter a mão-de- obra africana na África Bill Aberdeen em 1844. Os interesses britânicos esbarravam nos interesses das elites escravistas brasileiras que tinham maior espaço político no Império.  Leis Abolicionistas 07-11-1831, Feijó: afirmava que todo escravo que desembarcasse no Brasil a partir dessa data seria considerado livre e quem o transportasse ou comercializasse seria preso lei sem aplicação ou seja "lei para inglês ver". Bill Aberdeen: a Inglaterra proibia o trafico internacional de escravos aumentou o trafico de escravos. 14-09-1850; Lei Eusébio de Queiroz: proibia o trafico internacional de escravos para o Brasil  gerou o aumento do tráfico interprovincial. 05-06-1854; lei Nabuco Araujo: reforçava a Lei Eusébio de Queiroz. 28-09-1871; Lei Visconde do Rio Branco ou do Ventre Livre: liberta todos os filhos de escravos nascidos após aquela data. Os donos ou receberiam uma indenização ou permaneciam com a posse do filho de seu escravo até os 21 anos de idade. Essa lei na' realidade demonstrava o real interesse de protelar o fim da escravidão no Brasil. 28-09-1885; Lei Saraiva-Contengipe ou lei dos Sexagenários: os escravos com mais de 60 - anos não poderiam ser vendidos, entretanto trabalhariam até os 65 anos como forma de indenização aos seus proprietários.  Leis Áurea de 13-05-1888 Contexto: auge das campanhas abolicionistas (Joaquim Nabuco, Jose do Patrocínio, Andre Rebouças, Clubes Abolicionistas, Sociedades Contra a Escravidão) Em discurso representando o império (pela terceira vez e em virtude de doenças e viagens de D. Pedro I), de forma direta, a Princesa Isabel declara abolida a escravidão no Brasil.
  • 4. Segundo Reinado – 1840-89 Depois da abolição: pouca coisa mudou na economia (pois a escravidão já vinha sendo gradativamente substituída pelo imigrante) e na vida do escravo. Em compensação a política imperial sofreu a perda do apoio das elites escravistas que ficaram alheias a sorte do império. POLÍTICA EXTERNA NO SEGUNDO REINADO  Questão Christie (1862-65) Foi o rompimento diplomático entre Brasil e Inglaterra Antecedentes: submissão brasileira a Inglaterra desde os Tratados de 1810 (e reafirmados em 1827) Fatores: A carga saqueada do navio inglês pela população gaucha em 1861, prisão dos marinheiros ingleses embriagados e arruaceiros (no Ceará a gente diz “bonequeiros”). Reação inglesa: exigência de uma indenização (3200 libras) pelo embaixador Inglês William Douglas Christie  aprisionamento de cinco navios mercantes brasileiros. Resultados: diante da decisão do intermediador Leopoldo I (Rei da Bélgica), o Brasil pagou a indenização e rompeu com a Inglaterra  em 1865 o ministro inglês Thorton pede desculpas oficiais ao Brasil (já envolvido na Guerra do Paraguai).  Questões Platinas Foi a intervenção (imperialistas) do Brasil nos assuntos internos do Uruguai e Argentina. Objetivos do Brasil: Evitar a restauração do antigo Vice- Reinado do Prata (para manter sua hegemonia na região Patina e garantir a navegação brasileira na Bacia do Prata que era importante para garantir o acesso a Mato Grosso) No Uruguai: o Brasil apoiava os Colorados (burguesia uruguaia favorável as relações comerciais com o Brasil. EX: Acordos de Outubro de 1851) contra os Blancos (liderados por Manuel Oribe e depois por Anastácio Aguirre). Conflitos contra: Manuel Oribe e Anastácio Aguirre Na Argentina: contra o Federalista Manuel Rosas (federalista, favorável a unificação dos países platinos).  Guerra do Paraguai (1864-70) Situação do Paraguai: combate ao analfabetismo, crescimento sem divida externa, reforma agrária, consolidação da sua indústria de base, etc. Principais lideres: Francia (1811-40), Carlos Lopez (1840-62) e Solano Lopez ( 1862-70). Fatores da Guerra: expansionismo paraguaio (pois necessitava do controle da Bacia do Prata para assegurar o escoamento da sua produção), interesses ingleses (em eliminar a possível concorrência paraguaia na região) e brasileiros (manter sua hegemonia na Região do Prata). Causa imediata: intervenção brasileira no Uruguai ( e recusando a intermediação paraguaia) 13/11/1864: o Paraguai aprisiona o navio brasileiro Marquês de Olinda. O Conflito: Paraguai x Tríplice Aliança (Brasil + Uruguai + Argentina). Objetivos da Tríplice Aliança (depor Solano Lopez, conquistar e dividir parte do território paraguaio e responsabilizá-lo pelos custos da Guerra). Resultados da Guerra: destruição da economia e da população do Paraguai (reduzida a aproximadamente 1/5 da população, mesmo assim com apenas crianças, idosos e mulheres). Para o Brasil: endividamento com a Inglaterra, difusão de ideais republicanos e abolicionistas, o militares retornaram “se sentindo os salvadores da Pátria” (exigindo com isso maior participação e espaço político no Segundo Reinado, iniciando também o histórico de intervenções na política interna feito pelos militares ao longo da nossa história). INDÚTRIA E URBANIZAÇÃO NO SEGUNDO REINADO
  • 5. Segundo Reinado – 1840-89 Introdução: Fatores do atraso da industrialização brasileira: tratados de 1810 com a Inglaterra ( que dava privilégios alfandegários aos produtos ingleses, tornando-os dominadores do mercado consumidor interno), governo pautado nos interesses da elites agroexportadoras ( não tomava medidas necessárias à industrialização nacional). Fatores que favoreceram a industrialização – SURTO INDUSTRIAL: tarifa Alves Branco (1844, lei que aumentava os impostos alfandegários, seu objetivo era aumentar a arrecadação, mas logo se tornou protecionista), capitais oriundos do fim do trafico internacional de escravos (Lei Eusébio de Queiroz de 1850) e da cafeicultura. Pioneirismo de Visconde de Mauá: grande empreendedor industrial brasileiro. Possuiu: estaleiros, companhias de rebocadores e de navegação, banco, estradas de ferro. Seu sucesso incomodou as empresas estrangeiras(acredita-se que tenha sido sabotado e perseguido). Não suportou a “concorrência” (principalmente por conta da Tarifa Silva Ferraz de 1860 que diminuiu as tarifas alfandegárias) da e faliu. Boa parte dos lucros dos industriais brasileiros acabava investido em café. E vale ressaltar que nesse período a indústria não representava nem a sombra da economia agrária no país. O crescimento das cidades Industrialização → atração populacional → crescimento urbano. Surgem trabalhadores especializados → cada vez mais o trabalho escravo é menos tolerável. As cidades vão se modernizando (para as elites): bondes, iluminação á gás, hotéis, tetros, jardins públicos, jornais.