SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 11
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Práticas de Ensino na Formação Inicial do Professorado
INFORME DE INVESTIGAÇÃO
PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A)
FRENTE AO ATENDIMENTO NAS SALAS DE RECURSOS
LIRIO, Jeniffer Da Canal Oliveira
jennyoliveira_8@hotmail.com
UNESPAR-FAFIUV
SILVA, Sandra Salete de Camargo
sscamargosilva@hotmail.com
UNESPAR-FAFIUV
Palavras-chave: Formação Inicial - Processo Inclusivo – Atendimento Educacional
Especializado.
RESUMO
Este estudo decorre da necessidade em implementar pesquisas sobre o processo
inclusivo, visando a formação incial do(a) pedagogo(a) com relevante aprofundamento
teórico-metodológico, por intermédio do qual críticamente pretendemos estabelecer
relação entre conhecimentos científicos, que são resultantes do contato com base em um
referencial adequado e a prática de ensino. A investigação apresenta como objeto o
desvelamento de algumas das políticas educacionais e normas vigentes em relação ao
atendimento educacional especializado, realizado nas salas de recursos. Como objetivo
maior, pretendemos contribuir para a construção da práxis pedagógica dos profissionais
que atuam junto aos serviços de apoio às crianças com necessidades educacionais
especiais. Especificamente, buscamos evidenciar que o processo de inclusão escolar se
efetivará com a participação de todos os envolvidos no contexto educacional de maneira
contínua e exaustiva. É um trabalho de análise permanente sobre as práticas docentes
estabelecidas, concebendo a educação especial com os mesmos objetivos da educação
geral, incluída em todos os níveis e modalidades da educação. Nesse sentido
realizaremos uma investigação documental e bibliográfica, fundamentada no
materialismo histórico e dialético. No transcorrer dessa pequisa conseguimos
desenvolver o aprimoramento de conhecimentos e, nessa andança, produziu-se o “novo”
para contribuir com o aprofundamento teórico-metodológico no cenário educacional.
1 INTRODUÇÃO
A promulgação da Constituição Federativa do Brasil de 1988, preceitua a educação
básica como um direito de todos e dever do Estado. A real efetivação deste direito
fundamental encontra-se longe de ocorrer e à margem do processo educativo, muitas
crianças, jovens e adultos são afastados desse direito fundamental.
Nesse sentido, recorremos para contextuaização desta abordagem, ao início da década
de 1990, quando no Brasil, os movimentos organizados pela sociedade civil
reivindicavam políticas sociais. Tal mobilização nacional decorreu de manifestações
mundiais a favor dos direitos humanos, que enfatizaram a luta por garantias sociais. No
âmbito internacional, os encontros para discutir e orientar tais garantias tornaram-se
marco histórico, desencadeando a efetivação de discussões e propostas nacionais.
Nessa conjuntura, a presença do Brasil reafirmou-se como signatário desses movimentos
internacionais. As orientações firmadas nos acordos mundiais resultaram em um
compromisso registrado em documentos que conclamaram a universalização do ensino e
da educação inclusiva. Dentre os acordos que se tornaram marco no processo de
educação para e com todos os alunos brasileiros, destacamos: a Declaração Mundial
sobre Educação para Todos, aprovada pela Conferência Mundial sobre Educação para
Todos - Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem, realizada em Jomtien,
Tailândia, de 5 a 9 de março de 1990; a Declaração de Salamanca, Espanha, entre 7 e
10 de junho de 1994; a Convenção Interamericana para a Eliminação de todas as formas
de Discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência, na Guatemala, em 1999; o
Fórum Mundial de Educação, em Dakar, em 2000, dentre outros.
Como objeto de pesquisa, elencamos o desvelamento necessário do alcance de políticas
inclusivas e normas vigentes em relação ao atendimento educacional especializado.
Ressaltamos, nesta conjuntura, que, mesmo com a adesão e a força orientadora desses
movimentos, na tentativa de assegurar a todos o direito de se constituírem e se sentirem
parte da educação e das relações sociais que se estabelecem, o Fórum Mundial de
Educação, ocorrido em Dakar no ano de 2000, apontou a falta de compromisso e o
descaso da maioria dos países em atingir as metas estabelecidas. Desse modo,
evidenciamos a exclusão como origem e consequência intrínseca à sociedade
contemporânea, dada a forma como estabelece suas relações de produção (CAMARGO-
SILVA, 2006).
Assim sendo, no contexto da educação atual ocorre a constante necessidade de estudar
e debater a formação a serviço dos professores do sistema de ensino comum, frente ao
atendimento especializado de crianças com necessidades educacionais especiais no
contexto das políticas educacionais inclusivas, e a legislação que a direciona. Com tal
aprofundamento teórico e metodológico, podemos repensar a prática docente e a
finalidade de ensinar como meio de enfrentar os desafios da diversidade, agindo como
mediadores no processo de ensino, no desenvolvimento de aprendizagens dos alunos e
possibilitando o desenvolvimento humano.
Nesse sentido, pretendemos como objetivo geral, contribuir para a construção da práxis
pedagógica1
por meio da reflexão crítica de serviços de apoio às crianças com
necessidades educacionais especiais. Apresentaremos a seguir algumas aproximações
acerca da temática, que consistem em apontamentos em relação ao atendimento
especializado que ocorre nas salas de recursos.
Destacamos que tais espaços, quando organizados em horário contrário ao que as
crianças frequentam no ensino comum, poderão contribuir para a educação como um
1
Entendemos o significado de práxis, fundamentado numa concepção filosófica de base
materialista dialética, que procura articuladas proposições à práxis docente segundo os
conceitos teóricos que envolvem a sua formação/ação. Apresenta as tensões e
contradições ligadas ao contexto histórico, social, político e econômico (KONDER, 1992).
direito de e com todos. Passaremos então a destacar de que forma esse atendimento
educacional especializado precisa se efetivar, considerando o cenário atual.
2 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: EFETIVAÇÃO DE UM DIREITO
Recorremos à Constituição da República Federativa do Brasil (1988), que define no art.
205, a educação como um direito de todos e, no art. 208, III, o atendimento educacional
especializado às pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino.
Dentro da Política de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva
(SEESP/MEC, 2010), o Atendimento Educacional Especializado - AEE é um serviço da
educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de
acessibilidade, que eliminam as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas. Tem como objetivo complementar ou
suplementar a formação dos alunos, público alvo da educação especial.
Este atendimento é realizado no período inverso ao da classe comum frequentada pelo
aluno. Para um maior benefício, esse serviço precisa ocorrer, preferencialmente, na
própria escola que o aluno frequenta. Caso a escola ainda não apresente a possibilidade
do AEE, este será em outra escola próxima ou em centros especializados no entorno da
escola origem do aluno.
Esse atendimento constitui oferta obrigatória pelos sistemas de ensino, para apoiar o
desenvolvimento dos alunos, público alvo da educação inclusiva, em todas as etapas,
níveis e modalidades, ao longo de todo o processo de escolarização. O acesso ao AEE
constitui direito do aluno que apresenta diagnóstico de necessidades educacionais
especiais. À escola cabe orientar a família e o aluno quanto à importância da participação
no atendimento (SEESP/MEC, 2010).
O serviço visa apoiar o desenvolvimento do aluno com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação; disponibilizar o ensino de linguagens
e de códigos específicos de comunicação e sinalização; oferecer a Tecnologia Assistiva –
TA; fazer adequações e produzir materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista as
necessidades específicas dos alunos; oportunizar o enriquecimento curricular (para
alunos com altas habilidades/superdotação) e promover a sua articulação com a proposta
da escola comum, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de
aula de ensino comum.
O profissional da educação especial, ou seja, aquele com especialização na área,
atualmente é responsável pelo desenvolvimento do AEE. Ressaltamos que, em muitos
períodos da história da educação brasileira, este atendimento ocorreu em ambientes de
trabalho separados, individuais e sem a parceria e o comprometimento dos demais
profissionais que atuam no ensino regular comum.
As orientações oficiais analisadas apontam para a necessidade pedagógica da
comunicação permanente entre o profissional especialista da sala de recursos e o
professor regente da sala comum, como ferramenta necessária para construir e fortalecer
a parceria entre os esforços inclusivos para que, juntos, possam desenvolver ações em
prol de uma escola verdadeiramente pensada para e com todos.
3 SALA DE RECURSOS: APOIO À ESCOLARIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA
INCLUSIVA
Ressaltamos que, conforme especificado anteriormente, o atendimento especializado
configura-se como apoio às salas de aulas comuns com alunos em processo de inclusão,
visando à efetivação da educação em uma proposta inclusiva, ao mesmo tempo em que
reconhecemos as salas de recursos como uma das possibilidades de efetivação da
escolarização das crianças com necessidades educacionais especiais.
Em se tratando do trabalho pedagógico, destinado às crianças com necessidades
educacionais especiais, e da importância da aprendizagem para o desenvolvimento
dessas crianças, faz-se necessário uma prática docente que evidencie a importância da
educação da criança com deficiência junto às demais crianças, destacando a relevância
da ação educativa e interação social para seu desenvolvimento (VYGOTSKY, 1989).
Uma possibilidade de efetivação do atendimento educacional especializado em uma
proposta inclusiva ocorre com a criação de salas de recursos multifuncionais, como
suporte complementar e suplementar ao atendimento educacional especializado no
ambiente escolar. Tal atendimento consiste em um serviço de natureza pedagógica, que
pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, configura-se em ambientes
dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta
do AEE (SEESP/MEC, 2008).
O ingresso do aluno na sala de recursos se dará a partir de avaliação psicoeducacional2
no contexto escolar, complementada por equipe multidisciplinar, externa à escola.
Para o êxito deste AEE, na perspectiva inclusiva, o professor da sala de recursos
precisa participar das atividades previstas no Calendário Escolar, especialmente do
Conselho de Classe, assim como organizar o controle de frequência dos alunos em livro
de registro de classe próprio. Reconhecemos que cabe à escola na qual está a sala de
recursos, a responsabilidade em manter a documentação dos alunos atualizada. Na
pasta individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe comum, precisa
conter os Relatórios de Avaliação no Contexto Escolar e Relatório de Acompanhamento
Semestral em formulário próprio (PARANÁ, 2008).
O trabalho pedagógico especializado na sala de recurso precisa constituir-se em
um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos
cognitivos, motores, sócios, afetivos e emocionais do aluno. O professor do espaço
comum da sala de aula necessita elaborar o planejamento pedagógico individual, com
metodologia e estratégias diferenciadas para atender as necessidades de cada aluno. As
atividades pedagógicas desenvolvidas na sala de recursos apontam para a necessidade
de serem complementadas ainda com orientação aos professores do ensino comum,
juntamente com a equipe pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliações e
metodologias, que serão utilizadas pelos professores. Dessa forma, precisa atender, de
forma individual, o aluno com deficiência mental/intelectual e/ou transtornos funcionais
específicos, com ênfase à complementação do trabalho do professor das disciplinas
2
A Avaliação Psicoeducacional é normalmente realizada por uma dupla avaliadora
composta por Psicólogo e Pedagogo e consiste na utilização de um conjunto de
instrumentos que possibilitam definir mais detalhadamente fatores que influenciam na
aprendizagem. Trata-se de um processo científico, porque parte de um levantamento
prévio de hipóteses que serão confirmadas ou não ao longo do período de avaliação.
Tais hipóteses podem ser traçadas a partir da queixa inicial da escola, do primeiro
contato com o aluno e da história pessoal deste, a qual deve ser coletada tendo como
enfoque os objetivos da avaliação (GEEEP, 2004).
ministradas nos espaços comuns. Periodicamente, a equipe realiza e discute
encaminhamentos para a avaliação do aluno que apresenta necessidades especiais no
contexto escolar (PARANÁ, 2008).
Ainda, as orientações do Governo do Estado do Paraná orientam que o trabalho
desenvolvido na sala de recursos, em relação aos alunos do ensino fundamental, não
pode ser confundido com reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da
classe comum. Destacamos ainda que as orientações apontam para a necessidade de
registrar, sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do aluno, conforme
planejamento pedagógico. As salas de recursos para alunos nas séries finais do ensino
fundamental encontram-se distribuídas nos espaços comuns da rede estadual do Paraná.
4 MAPEAMENTO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL EM SALAS DE RECURSOS:
UMA BREVE ANÁLISE SITUACIONAL
O Ministério da Educação e Cultura (MEC), amparado em princípios da educação na
perspectiva inclusiva, propõe ações para o acesso, a permanência de todos os alunos no
ensino comum, sejam eles com necessidades especiais ou não.
O atendimento educacional especializado ocorre nas mesmas escolas em que os alunos
estejam matriculados ou em instituições escolares próximas de suas casas, em horário
inverso ao das aulas regulares.
Vejamos a disposição destes atendimentos nos municípios que integram o entorno de
União da Vitória – Paraná:
FIGURA 1- NÚMERO DE SALAS DE RECURSOS POR MUNICÍPIO
Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizado pela
pesquisadora.
Atualmente, na rede pública estadual de União da Vitória e demais municípios do NRE,
estão matriculados no ensino fundamental 22.729 alunos. O AEE em salas de recursos é
ofertado a aproximadamente 517 alunos com necessidades educacionais especiais, em
classes comuns do ensino regular.
No âmbito nacional, em uma visão de gestão do sistema educacional mais ampla, os
dados do Censo Escolar 2010, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP), apresentam a estimativa macro do total de 639.718
crianças que estão matriculadas em escolas inclusivas; em 2010 o número aumentou
para 702.603, sendo 62,7% em instituições públicas e 37,3% em instituições privadas.
Tais dados apontam um aumento quântico de mais de 25%, indicando as crianças com
necessidades educacionais especiais que se encontram matriculadas neste processo de
inclusão no ensino comum, e a diminuição de -14% nas escolas especiais. Os dados
referentes a 2011 apontam aumento de 75,8% em escolas públicas e 24,2% em escolas
particulares, conforme dados disponibilizados pelo INEP (BRASIL, 2011).
Observemos o reflexo desses dados em uma visão mais restrita ao NRE de União da
Vitória - Paraná, no ano de 2013, especificados em localizações (municípios), número de
crianças atendidas por localidade e quantidade de turmas em andamento.
GRÁFICO 01 – NÚMERO DE CRIANÇAS ATENDIDAS POR MUNICÍPIOS, DA REDE
REGULAR DE ENSINO NO ANO DE 2013 - NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR
Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizados
pela pesquisadora.
GRÁFICO 02 – NÚMERO DE TURMAS POR MUNICÍPIOS, DA REDE REGULAR DE
ENSINO NO ANO DE 2013 - NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR
Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizados
pela pesquisadora.
Encontramos nos dados acima a possibilidade de efetivação de uma proposta de
inclusão, quando se possibilita uma outra estrutura e organização escolar. O
oferecimento de vagas e a permanência com qualidade social nas escolas enunciam um
espaço de compromisso e responsabilidade com uma sociedade mais democrática, com
a presença de todos no processo educativo e não apenas para alguns alunos. Para tanto,
é preciso a retomada de concepções e referenciais por parte de todos os envolvidos no
processo educacional, sejam alunos, professores, famílias, repensando a necessidade de
mudanças estruturais, numa perspectiva social que respeite as características individuais
de cada um, dialeticamente. Inclusão, neste sentido, assume um caráter de processo
construído por todos e ainda em construção.
Nesse sentido, o quadro abaixo corrobora com Prietro (1998), quanto ao atendimento
educacional às crianças com necessidades especiais nas classes comuns do ensino
regular, por meio do conhecimento acumulado pela educação especial, que possibilita a
melhoria na qualidade do processo educativo.
GRÁFICO 03 - RELAÇÃO DAS SALAS DE RECURSOS DO NRE DE UNIÃO DA
VITÓRIA – PR
Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizados
pela pesquisadora.
GRÁFICO 04 - RELAÇÃO TOTAL DE CRIANÇAS ATENDIDAS NAS SALAS DE
RECURSOS DO NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR
Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizados
pela pesquisadora.
Entendemos, após a análise dos dados coletados, que os serviços de apoios
especializados às salas de recursos, configuram-se como uma alternativa para propostas
inclusivas em relação ao trabalho de apoio aos alunos com deficiência intelectual,
condutas típicas e superdotação (altas habilidades) no ensino fundamental, desde que
ofertados no período contrário daquele em que o aluno frequenta a sala comum, com
professor da Educação Especial atualizado, em espaço físico adequado e metodologia
contextualizada.
Este atendimento pedagógico específico, conforme dados documentais coletados nos
municípios acima demonstrados, se dá individualmente ou em pequenos grupos, com
cronograma de atendimento, com vistas ao progresso global dos alunos que apresentam
dificuldade no processo de aprendizagem, com utilização de programações específicas,
métodos, estratégias, atividades diversificadas e extracurriculares.
Em Vygotsky (1989), para o desenvolvimento pleno enquanto ser humano, faz-se
necessário inserir essas crianças na cultura, capacitando-as a participar ativamente da
sociedade. O autor compreende que as deficiências conduzem o organismo à
necessidade de superá-las. A deficiência representa, em certo ponto, uma fonte de
manifestação das capacidades, de força. O sucesso do processo de ensino e
aprendizagem para criança com deficiência relaciona-se às possibilidades de acesso a
métodos e recursos específicos às suas necessidades.
Ainda no sentido de compreender a estrutura e o funcionamento do AEE nas salas de
recursos, da região do Vale do Iguaçu, apresentamos dados significativos em relação à
disposição quântica de docente, discentes e salas especializadas:
GRÁFICO 05 - ESCALA DE SALAS DE RECURSOS, DOCENTES E DISCENTES DO
ENSINO FUNDAMENTAL DO NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR.
Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizado pela
pesquisadora.
A partir deste gráfico é possível observarmos que, aos poucos, as instituições escolares
estão abrindo espaço para receber as crianças com necessidades educacionais
especiais, pois, mesmo elas tendo direito, esse direito é concretizado aos poucos.
Também é possível analisar que são poucos os docentes que atuam nas salas de
recursos, muitas vezes, sendo os únicos da Instituição com formação adequada,
independente da quantidade de alunos e em quantos turnos são oferecidos os
atendimentos.
À luz da fundamentação teórica analisada reconhecemos como requisitos para
funcionamento de espaços inclusivos de atendimento educacionais especiais em salas
de recursos: um professor(a) especializado(a), alunos avaliados e espaço físico
adequado e disponível.
Comprovada a demanda de alunos pelo diretor do estabelecimento, é necessário
comprovar a especialização do professor na educação especial, e em caso da
inexistência de profissional com formação adequada, os documentos analisados e
citados anteriormente encaminham para alternativas, como: curso adicional ou curso de
pós-graduação, nesse caso precisam ainda, Magistério ou adicionais em educação
especial. Recomenda-se ainda, para a qualidade desse atendimento, vínculo
empregatício com o município e lotação do professor com a instituição onde funcionará a
sala de recursos (PARANÁ, SEED).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por intermédio desta pesquisa estudamos a inclusão por meio das salas de recursos,
como atendimento educacional especializado.
Esse serviço, no âmbito de uma proposta inclusiva, configura-se como suporte
complementar ao ambiente escolar, em horário contrário à sala de aula comum, para
alunos do ensino fundamental.
A rede investigada apresenta-se em organização para atender a este público específico.
Pensamos que tal adequação não pode ocorrer sem atender a necessidade real e
concreta do cotidiano escolar. Contudo, evidenciamos em nossas análises que este
atendimento constitui-se como determinação legal e precisa ser efetivado.
Decorre daí o direito educacional de crianças com necessidades especiais de
frequentarem o ensino comum. A Constituição Federal de 1988 assegura atendimento
educacional especializado aos alunos com deficiência, preferencialmente na rede de
ensino comum, isso significa que é para todos, em um mesmo ambiente, e esse pode e
deve ser o mais diversificado possível, como forma de atingir o pleno desenvolvimento
humano.
Outro instrumento coletivo para a efetivação de uma proposta inclusiva consiste no
Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 que representa um importante meio de
garantia da proteção integral das crianças como cidadãs de direitos, destacando o direito à
educação infantil. Ainda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996,
reconhece o direito à educação, desde a primeira etapa da educação básica, ou seja, na
Educação Infantil, constituindo-se parte integrante dos sistemas de ensino. A finalidade da
educação é promover o desenvolvimento integral de todas as crianças, inclusive as com
necessidades educacionais especiais, nos aspectos físicos, psicológicos, sociais,
intelectuais e culturais, em todas as etapas e modalidades de ensino.
Em relação à educação de crianças com necessidades educacionais especiais, esse
estudo aponta as possibilidades da efetivação desses atendimentos em classes comuns,
mas facultando que ocorra em classes, escolas ou serviços especializados, com o
objetivo de apoio, complemento, suplemento ou substituição ao atendimento em classes
comuns.
Em decorrência da análise realizada, consideramos que a continuidade de uma proposta
inclusiva passa pela formação dos profissionais de acordo com suas especificidades,
observando as dificuldades no atendimento de todas as crianças, com necessidades
educacionais ou não.
Nesse sentido, as salas de recursos apresentam-se como espaços de desafio constante
para a efetivação de uma educação para todos e com todos. Estes espaços de apoio
precisam de fundamentação teórica e metodológica que possibilitem a aprendizagem e o
desenvolvimento de alunos, com base na mediação estabelecida para garantir a
apropriação de conhecimentos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. INEP – Censo Escolar. Brasília:
Ministério da Educação, 2011.
BRASIL. Revista dos Tribunais. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,
Brasília: Senado Federal, 1988.
CAMARGO-SILVA, Sandra Salete de. Educação Infantil Inclusiva: das políticas públicas à
formação docente na rede municipal de Maringá. Dissertação [mestrado] – Universidade
Estadual de Maringá. Programa de Pós-Graduação em Educação, 2006.
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E PSICOPEDAGOGIA (GEEEP). Secretaria
Municipal de Educação de Pinhais. Proposta de Avaliação Psicoeducacional. Texto
mimeo: Pinhais, 2004.
KONDER, L. O futuro da filosofia da práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992
MANTOAN, M. T. E.; ROPOLI, E. A.; SANTOS, M. T. da C. T.; MACHADO, R. A
Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva.
Brasília: MEC/SEESP, 2010.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto nº 6.571, de
17 de setembro de 2008. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Orientações para (Re)elaboração,
Implementação e Avaliação de Proposta Pedagógica na Educação. Curitiba: Secretaria
de Estado da Educação, 2008.
PRIETO, R. G. Educação escolar para todos: um direito conquistado e não garantido. In:
ROCHA, R., BAUMEL, C.; SEMEGHINI, I. (Org.). Integrar/Incluir: desafio para a escola
atual. São Paulo: FEUSP, 1998. p.129-148.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Fundamentos de defectologia. Havana: Editorial Pueblo y
Educación, 1989.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Curriculo Educacao Especial
Curriculo Educacao EspecialCurriculo Educacao Especial
Curriculo Educacao Especial
Carlos Junior
 
DeclaraçãO De Salamanca
DeclaraçãO De SalamancaDeclaraçãO De Salamanca
DeclaraçãO De Salamanca
jaqueGuiducci
 
Documento orientador do programa implantação de salas de recursos
Documento orientador do programa implantação de salas de recursosDocumento orientador do programa implantação de salas de recursos
Documento orientador do programa implantação de salas de recursos
Carlos Junior
 
Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos
Inclusão escolar:  práticas e compromissos  para com os educandosInclusão escolar:  práticas e compromissos  para com os educandos
Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos
SimoneHelenDrumond
 
Unesco tornar a_educação_inclusiva
Unesco tornar a_educação_inclusivaUnesco tornar a_educação_inclusiva
Unesco tornar a_educação_inclusiva
Amorim Albert
 

Was ist angesagt? (20)

100548961 projeto-da-educacao-inclusiva
100548961 projeto-da-educacao-inclusiva100548961 projeto-da-educacao-inclusiva
100548961 projeto-da-educacao-inclusiva
 
Educação Especial - alguns aspetos
Educação Especial - alguns aspetos Educação Especial - alguns aspetos
Educação Especial - alguns aspetos
 
Educação inclusiva pre-projeto mestrado
Educação inclusiva pre-projeto mestradoEducação inclusiva pre-projeto mestrado
Educação inclusiva pre-projeto mestrado
 
Curriculo Educacao Especial
Curriculo Educacao EspecialCurriculo Educacao Especial
Curriculo Educacao Especial
 
Educação Inclusiva e Educação Especial
Educação Inclusiva e Educação EspecialEducação Inclusiva e Educação Especial
Educação Inclusiva e Educação Especial
 
Palestrante Tatiana Rolim -Contribuicoes para alunos Pedagogia Universidade ...
Palestrante Tatiana Rolim -Contribuicoes para  alunos Pedagogia Universidade ...Palestrante Tatiana Rolim -Contribuicoes para  alunos Pedagogia Universidade ...
Palestrante Tatiana Rolim -Contribuicoes para alunos Pedagogia Universidade ...
 
DeclaraçãO De Salamanca
DeclaraçãO De SalamancaDeclaraçãO De Salamanca
DeclaraçãO De Salamanca
 
As dificuldades na formação de professores para uma educação inclusiva de qua...
As dificuldades na formação de professores para uma educação inclusiva de qua...As dificuldades na formação de professores para uma educação inclusiva de qua...
As dificuldades na formação de professores para uma educação inclusiva de qua...
 
Documento orientador do programa implantação de salas de recursos
Documento orientador do programa implantação de salas de recursosDocumento orientador do programa implantação de salas de recursos
Documento orientador do programa implantação de salas de recursos
 
Educação inclusiva
Educação inclusivaEducação inclusiva
Educação inclusiva
 
Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos
Inclusão escolar:  práticas e compromissos  para com os educandosInclusão escolar:  práticas e compromissos  para com os educandos
Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos
 
Ed Esp Prefeitura
Ed Esp PrefeituraEd Esp Prefeitura
Ed Esp Prefeitura
 
Dissertação pnee Tereza Freitas
Dissertação pnee Tereza FreitasDissertação pnee Tereza Freitas
Dissertação pnee Tereza Freitas
 
Educação Especial
Educação EspecialEducação Especial
Educação Especial
 
Cartilha inclusao escolar
Cartilha inclusao escolarCartilha inclusao escolar
Cartilha inclusao escolar
 
A consolidaçao da inclusao escolar no brasil 2003 a 2016
A consolidaçao da inclusao escolar no brasil   2003 a 2016A consolidaçao da inclusao escolar no brasil   2003 a 2016
A consolidaçao da inclusao escolar no brasil 2003 a 2016
 
PARECER CME/ARAUCÁRIA Nº 09/2008
PARECER CME/ARAUCÁRIA Nº 09/2008PARECER CME/ARAUCÁRIA Nº 09/2008
PARECER CME/ARAUCÁRIA Nº 09/2008
 
Unesco tornar a_educação_inclusiva
Unesco tornar a_educação_inclusivaUnesco tornar a_educação_inclusiva
Unesco tornar a_educação_inclusiva
 
Projeto inclusão
Projeto inclusãoProjeto inclusão
Projeto inclusão
 
O acesso de alunos com deficiencia
O acesso de alunos com deficienciaO acesso de alunos com deficiencia
O acesso de alunos com deficiencia
 

Andere mochten auch

O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
ProfessorPrincipiante
 
A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...
A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...
A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...
ProfessorPrincipiante
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
ProfessorPrincipiante
 
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA POR MEIO DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM – ...
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA POR MEIO DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM – ...APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA POR MEIO DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM – ...
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA POR MEIO DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM – ...
ProfessorPrincipiante
 
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIAO CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
ProfessorPrincipiante
 
JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...
JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...
JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...
ProfessorPrincipiante
 
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
ProfessorPrincipiante
 
TIPO DE PRESENTACIÓN: AVANCES INFORME DE INVESTIGACIÓN FUNCIÓN SOCIAL DE UN G...
TIPO DE PRESENTACIÓN: AVANCES INFORME DE INVESTIGACIÓN FUNCIÓN SOCIAL DE UN G...TIPO DE PRESENTACIÓN: AVANCES INFORME DE INVESTIGACIÓN FUNCIÓN SOCIAL DE UN G...
TIPO DE PRESENTACIÓN: AVANCES INFORME DE INVESTIGACIÓN FUNCIÓN SOCIAL DE UN G...
ProfessorPrincipiante
 

Andere mochten auch (20)

O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
 
O PROJETO EDUCAMOVIMENTO DO PIBID/CAPES-UFPR: ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DOCENTE...
O PROJETO EDUCAMOVIMENTO DO PIBID/CAPES-UFPR: ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DOCENTE...O PROJETO EDUCAMOVIMENTO DO PIBID/CAPES-UFPR: ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DOCENTE...
O PROJETO EDUCAMOVIMENTO DO PIBID/CAPES-UFPR: ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DOCENTE...
 
A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...
A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...
A NARRATIVA DE PROFESSORES INICIANTES A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DOCENTE: DIÁLOGOS...
 
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEFORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
 
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRA
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRADOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRA
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRA
 
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
 
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA POR MEIO DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM – ...
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA POR MEIO DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM – ...APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA POR MEIO DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM – ...
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA POR MEIO DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM – ...
 
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
 
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIAO CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
 
JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...
JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...
JOVENS PROFESSORES/AS E DOCENTES PRINCIPIANTES: EMBATES, DEBATES E PROPOSIÇÕE...
 
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...
 
Choque con la Realidad
Choque con la RealidadChoque con la Realidad
Choque con la Realidad
 
INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES NO CAMPO PROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO N...
INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES NO CAMPO PROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO N...INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES NO CAMPO PROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO N...
INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES NO CAMPO PROFISSIONAL: UM ESTUDO DE CASO N...
 
UM PROCESSO REFLEXIVO A PARTIR DO ESTÁGIO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A UTI...
UM PROCESSO REFLEXIVO A PARTIR DO ESTÁGIO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A UTI...UM PROCESSO REFLEXIVO A PARTIR DO ESTÁGIO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A UTI...
UM PROCESSO REFLEXIVO A PARTIR DO ESTÁGIO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A UTI...
 
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?
 
LA CONFIGURACIÓN DE LA IDENTIDAD DEL PROFESORADO NOVEL: UNA EXPERIENCIA FORMA...
LA CONFIGURACIÓN DE LA IDENTIDAD DEL PROFESORADO NOVEL: UNA EXPERIENCIA FORMA...LA CONFIGURACIÓN DE LA IDENTIDAD DEL PROFESORADO NOVEL: UNA EXPERIENCIA FORMA...
LA CONFIGURACIÓN DE LA IDENTIDAD DEL PROFESORADO NOVEL: UNA EXPERIENCIA FORMA...
 
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
 
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...
 
TIPO DE PRESENTACIÓN: AVANCES INFORME DE INVESTIGACIÓN FUNCIÓN SOCIAL DE UN G...
TIPO DE PRESENTACIÓN: AVANCES INFORME DE INVESTIGACIÓN FUNCIÓN SOCIAL DE UN G...TIPO DE PRESENTACIÓN: AVANCES INFORME DE INVESTIGACIÓN FUNCIÓN SOCIAL DE UN G...
TIPO DE PRESENTACIÓN: AVANCES INFORME DE INVESTIGACIÓN FUNCIÓN SOCIAL DE UN G...
 

Ähnlich wie PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMENTO NAS SALAS DE RECURSOS

Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoioOs desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
LAURA64791
 
Adequação curricular estudo 2
Adequação curricular estudo 2Adequação curricular estudo 2
Adequação curricular estudo 2
sedf
 
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
christianceapcursos
 
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de TaguatingaPPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
Ana Silva
 
Inclusão texto final
Inclusão texto finalInclusão texto final
Inclusão texto final
Daniela Gil
 

Ähnlich wie PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMENTO NAS SALAS DE RECURSOS (20)

Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoioOs desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
Os desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio
 
Adequação curricular estudo 2
Adequação curricular estudo 2Adequação curricular estudo 2
Adequação curricular estudo 2
 
Tecnologia assistiva
Tecnologia assistivaTecnologia assistiva
Tecnologia assistiva
 
Giselia aparecida dos_reis_bellinaso_artigo_aprovado_17-7-17
Giselia aparecida dos_reis_bellinaso_artigo_aprovado_17-7-17Giselia aparecida dos_reis_bellinaso_artigo_aprovado_17-7-17
Giselia aparecida dos_reis_bellinaso_artigo_aprovado_17-7-17
 
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
5. a inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular maria mi...
 
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Faved
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial FavedTrabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Faved
Trabalho de Conclusão de Curso em pós em Educação Especial Faved
 
Plano de trabalho em ed especial 2011 (relatório da demanda)
Plano de trabalho em ed especial   2011 (relatório da demanda)Plano de trabalho em ed especial   2011 (relatório da demanda)
Plano de trabalho em ed especial 2011 (relatório da demanda)
 
Plano de trabalho em ed especial 2011 (relatório da demanda)
Plano de trabalho em ed especial   2011 (relatório da demanda)Plano de trabalho em ed especial   2011 (relatório da demanda)
Plano de trabalho em ed especial 2011 (relatório da demanda)
 
Educação Especial.pptx
Educação Especial.pptxEducação Especial.pptx
Educação Especial.pptx
 
01. A Adequação curricular como facilitadora.pdf
01. A Adequação curricular como facilitadora.pdf01. A Adequação curricular como facilitadora.pdf
01. A Adequação curricular como facilitadora.pdf
 
Educação inclusiva
Educação inclusivaEducação inclusiva
Educação inclusiva
 
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de TaguatingaPPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
PPP 2013 Escola Classe 29 de Taguatinga
 
FUNIBER. Sônia Regina Sena de Souza - A formação de professores de educação e...
FUNIBER. Sônia Regina Sena de Souza - A formação de professores de educação e...FUNIBER. Sônia Regina Sena de Souza - A formação de professores de educação e...
FUNIBER. Sônia Regina Sena de Souza - A formação de professores de educação e...
 
Ee template autodesenvolvimento_educação especial
Ee template autodesenvolvimento_educação especialEe template autodesenvolvimento_educação especial
Ee template autodesenvolvimento_educação especial
 
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVA
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVADESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVA
DESAFIOS NAS AÇÕES ESCOLARES INCLUSIVA
 
Como atuar com o AEE
Como atuar com o AEEComo atuar com o AEE
Como atuar com o AEE
 
Como desenvolver o AEE
Como desenvolver o AEEComo desenvolver o AEE
Como desenvolver o AEE
 
Projeto Educador do Amanhã
Projeto Educador do AmanhãProjeto Educador do Amanhã
Projeto Educador do Amanhã
 
Inclusão texto final
Inclusão texto finalInclusão texto final
Inclusão texto final
 
Inclusão de Estudantes com Necessidades Educacionais Específicas.
Inclusão de Estudantes com Necessidades Educacionais Específicas. Inclusão de Estudantes com Necessidades Educacionais Específicas.
Inclusão de Estudantes com Necessidades Educacionais Específicas.
 

Kürzlich hochgeladen

GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
Ana Lemos
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
azulassessoria9
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 

Kürzlich hochgeladen (20)

GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 

PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMENTO NAS SALAS DE RECURSOS

  • 1. Práticas de Ensino na Formação Inicial do Professorado INFORME DE INVESTIGAÇÃO PROCESSO INCLUSIVO E A FORMAÇÃO INICIAL DO(A) PEDAGOGO(A) FRENTE AO ATENDIMENTO NAS SALAS DE RECURSOS LIRIO, Jeniffer Da Canal Oliveira jennyoliveira_8@hotmail.com UNESPAR-FAFIUV SILVA, Sandra Salete de Camargo sscamargosilva@hotmail.com UNESPAR-FAFIUV Palavras-chave: Formação Inicial - Processo Inclusivo – Atendimento Educacional Especializado. RESUMO Este estudo decorre da necessidade em implementar pesquisas sobre o processo inclusivo, visando a formação incial do(a) pedagogo(a) com relevante aprofundamento teórico-metodológico, por intermédio do qual críticamente pretendemos estabelecer relação entre conhecimentos científicos, que são resultantes do contato com base em um referencial adequado e a prática de ensino. A investigação apresenta como objeto o desvelamento de algumas das políticas educacionais e normas vigentes em relação ao atendimento educacional especializado, realizado nas salas de recursos. Como objetivo maior, pretendemos contribuir para a construção da práxis pedagógica dos profissionais que atuam junto aos serviços de apoio às crianças com necessidades educacionais especiais. Especificamente, buscamos evidenciar que o processo de inclusão escolar se efetivará com a participação de todos os envolvidos no contexto educacional de maneira contínua e exaustiva. É um trabalho de análise permanente sobre as práticas docentes estabelecidas, concebendo a educação especial com os mesmos objetivos da educação geral, incluída em todos os níveis e modalidades da educação. Nesse sentido realizaremos uma investigação documental e bibliográfica, fundamentada no materialismo histórico e dialético. No transcorrer dessa pequisa conseguimos desenvolver o aprimoramento de conhecimentos e, nessa andança, produziu-se o “novo” para contribuir com o aprofundamento teórico-metodológico no cenário educacional. 1 INTRODUÇÃO A promulgação da Constituição Federativa do Brasil de 1988, preceitua a educação básica como um direito de todos e dever do Estado. A real efetivação deste direito fundamental encontra-se longe de ocorrer e à margem do processo educativo, muitas crianças, jovens e adultos são afastados desse direito fundamental.
  • 2. Nesse sentido, recorremos para contextuaização desta abordagem, ao início da década de 1990, quando no Brasil, os movimentos organizados pela sociedade civil reivindicavam políticas sociais. Tal mobilização nacional decorreu de manifestações mundiais a favor dos direitos humanos, que enfatizaram a luta por garantias sociais. No âmbito internacional, os encontros para discutir e orientar tais garantias tornaram-se marco histórico, desencadeando a efetivação de discussões e propostas nacionais. Nessa conjuntura, a presença do Brasil reafirmou-se como signatário desses movimentos internacionais. As orientações firmadas nos acordos mundiais resultaram em um compromisso registrado em documentos que conclamaram a universalização do ensino e da educação inclusiva. Dentre os acordos que se tornaram marco no processo de educação para e com todos os alunos brasileiros, destacamos: a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, aprovada pela Conferência Mundial sobre Educação para Todos - Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem, realizada em Jomtien, Tailândia, de 5 a 9 de março de 1990; a Declaração de Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994; a Convenção Interamericana para a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência, na Guatemala, em 1999; o Fórum Mundial de Educação, em Dakar, em 2000, dentre outros. Como objeto de pesquisa, elencamos o desvelamento necessário do alcance de políticas inclusivas e normas vigentes em relação ao atendimento educacional especializado. Ressaltamos, nesta conjuntura, que, mesmo com a adesão e a força orientadora desses movimentos, na tentativa de assegurar a todos o direito de se constituírem e se sentirem parte da educação e das relações sociais que se estabelecem, o Fórum Mundial de Educação, ocorrido em Dakar no ano de 2000, apontou a falta de compromisso e o descaso da maioria dos países em atingir as metas estabelecidas. Desse modo, evidenciamos a exclusão como origem e consequência intrínseca à sociedade contemporânea, dada a forma como estabelece suas relações de produção (CAMARGO- SILVA, 2006). Assim sendo, no contexto da educação atual ocorre a constante necessidade de estudar e debater a formação a serviço dos professores do sistema de ensino comum, frente ao atendimento especializado de crianças com necessidades educacionais especiais no contexto das políticas educacionais inclusivas, e a legislação que a direciona. Com tal aprofundamento teórico e metodológico, podemos repensar a prática docente e a finalidade de ensinar como meio de enfrentar os desafios da diversidade, agindo como mediadores no processo de ensino, no desenvolvimento de aprendizagens dos alunos e possibilitando o desenvolvimento humano. Nesse sentido, pretendemos como objetivo geral, contribuir para a construção da práxis pedagógica1 por meio da reflexão crítica de serviços de apoio às crianças com necessidades educacionais especiais. Apresentaremos a seguir algumas aproximações acerca da temática, que consistem em apontamentos em relação ao atendimento especializado que ocorre nas salas de recursos. Destacamos que tais espaços, quando organizados em horário contrário ao que as crianças frequentam no ensino comum, poderão contribuir para a educação como um 1 Entendemos o significado de práxis, fundamentado numa concepção filosófica de base materialista dialética, que procura articuladas proposições à práxis docente segundo os conceitos teóricos que envolvem a sua formação/ação. Apresenta as tensões e contradições ligadas ao contexto histórico, social, político e econômico (KONDER, 1992).
  • 3. direito de e com todos. Passaremos então a destacar de que forma esse atendimento educacional especializado precisa se efetivar, considerando o cenário atual. 2 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: EFETIVAÇÃO DE UM DIREITO Recorremos à Constituição da República Federativa do Brasil (1988), que define no art. 205, a educação como um direito de todos e, no art. 208, III, o atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino. Dentro da Política de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva (SEESP/MEC, 2010), o Atendimento Educacional Especializado - AEE é um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminam as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. Tem como objetivo complementar ou suplementar a formação dos alunos, público alvo da educação especial. Este atendimento é realizado no período inverso ao da classe comum frequentada pelo aluno. Para um maior benefício, esse serviço precisa ocorrer, preferencialmente, na própria escola que o aluno frequenta. Caso a escola ainda não apresente a possibilidade do AEE, este será em outra escola próxima ou em centros especializados no entorno da escola origem do aluno. Esse atendimento constitui oferta obrigatória pelos sistemas de ensino, para apoiar o desenvolvimento dos alunos, público alvo da educação inclusiva, em todas as etapas, níveis e modalidades, ao longo de todo o processo de escolarização. O acesso ao AEE constitui direito do aluno que apresenta diagnóstico de necessidades educacionais especiais. À escola cabe orientar a família e o aluno quanto à importância da participação no atendimento (SEESP/MEC, 2010). O serviço visa apoiar o desenvolvimento do aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação; disponibilizar o ensino de linguagens e de códigos específicos de comunicação e sinalização; oferecer a Tecnologia Assistiva – TA; fazer adequações e produzir materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista as necessidades específicas dos alunos; oportunizar o enriquecimento curricular (para alunos com altas habilidades/superdotação) e promover a sua articulação com a proposta da escola comum, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino comum. O profissional da educação especial, ou seja, aquele com especialização na área, atualmente é responsável pelo desenvolvimento do AEE. Ressaltamos que, em muitos períodos da história da educação brasileira, este atendimento ocorreu em ambientes de trabalho separados, individuais e sem a parceria e o comprometimento dos demais profissionais que atuam no ensino regular comum. As orientações oficiais analisadas apontam para a necessidade pedagógica da comunicação permanente entre o profissional especialista da sala de recursos e o professor regente da sala comum, como ferramenta necessária para construir e fortalecer a parceria entre os esforços inclusivos para que, juntos, possam desenvolver ações em prol de uma escola verdadeiramente pensada para e com todos. 3 SALA DE RECURSOS: APOIO À ESCOLARIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA
  • 4. Ressaltamos que, conforme especificado anteriormente, o atendimento especializado configura-se como apoio às salas de aulas comuns com alunos em processo de inclusão, visando à efetivação da educação em uma proposta inclusiva, ao mesmo tempo em que reconhecemos as salas de recursos como uma das possibilidades de efetivação da escolarização das crianças com necessidades educacionais especiais. Em se tratando do trabalho pedagógico, destinado às crianças com necessidades educacionais especiais, e da importância da aprendizagem para o desenvolvimento dessas crianças, faz-se necessário uma prática docente que evidencie a importância da educação da criança com deficiência junto às demais crianças, destacando a relevância da ação educativa e interação social para seu desenvolvimento (VYGOTSKY, 1989). Uma possibilidade de efetivação do atendimento educacional especializado em uma proposta inclusiva ocorre com a criação de salas de recursos multifuncionais, como suporte complementar e suplementar ao atendimento educacional especializado no ambiente escolar. Tal atendimento consiste em um serviço de natureza pedagógica, que pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, configura-se em ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do AEE (SEESP/MEC, 2008). O ingresso do aluno na sala de recursos se dará a partir de avaliação psicoeducacional2 no contexto escolar, complementada por equipe multidisciplinar, externa à escola. Para o êxito deste AEE, na perspectiva inclusiva, o professor da sala de recursos precisa participar das atividades previstas no Calendário Escolar, especialmente do Conselho de Classe, assim como organizar o controle de frequência dos alunos em livro de registro de classe próprio. Reconhecemos que cabe à escola na qual está a sala de recursos, a responsabilidade em manter a documentação dos alunos atualizada. Na pasta individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe comum, precisa conter os Relatórios de Avaliação no Contexto Escolar e Relatório de Acompanhamento Semestral em formulário próprio (PARANÁ, 2008). O trabalho pedagógico especializado na sala de recurso precisa constituir-se em um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivos, motores, sócios, afetivos e emocionais do aluno. O professor do espaço comum da sala de aula necessita elaborar o planejamento pedagógico individual, com metodologia e estratégias diferenciadas para atender as necessidades de cada aluno. As atividades pedagógicas desenvolvidas na sala de recursos apontam para a necessidade de serem complementadas ainda com orientação aos professores do ensino comum, juntamente com a equipe pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliações e metodologias, que serão utilizadas pelos professores. Dessa forma, precisa atender, de forma individual, o aluno com deficiência mental/intelectual e/ou transtornos funcionais específicos, com ênfase à complementação do trabalho do professor das disciplinas 2 A Avaliação Psicoeducacional é normalmente realizada por uma dupla avaliadora composta por Psicólogo e Pedagogo e consiste na utilização de um conjunto de instrumentos que possibilitam definir mais detalhadamente fatores que influenciam na aprendizagem. Trata-se de um processo científico, porque parte de um levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou não ao longo do período de avaliação. Tais hipóteses podem ser traçadas a partir da queixa inicial da escola, do primeiro contato com o aluno e da história pessoal deste, a qual deve ser coletada tendo como enfoque os objetivos da avaliação (GEEEP, 2004).
  • 5. ministradas nos espaços comuns. Periodicamente, a equipe realiza e discute encaminhamentos para a avaliação do aluno que apresenta necessidades especiais no contexto escolar (PARANÁ, 2008). Ainda, as orientações do Governo do Estado do Paraná orientam que o trabalho desenvolvido na sala de recursos, em relação aos alunos do ensino fundamental, não pode ser confundido com reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum. Destacamos ainda que as orientações apontam para a necessidade de registrar, sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do aluno, conforme planejamento pedagógico. As salas de recursos para alunos nas séries finais do ensino fundamental encontram-se distribuídas nos espaços comuns da rede estadual do Paraná. 4 MAPEAMENTO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL EM SALAS DE RECURSOS: UMA BREVE ANÁLISE SITUACIONAL O Ministério da Educação e Cultura (MEC), amparado em princípios da educação na perspectiva inclusiva, propõe ações para o acesso, a permanência de todos os alunos no ensino comum, sejam eles com necessidades especiais ou não. O atendimento educacional especializado ocorre nas mesmas escolas em que os alunos estejam matriculados ou em instituições escolares próximas de suas casas, em horário inverso ao das aulas regulares. Vejamos a disposição destes atendimentos nos municípios que integram o entorno de União da Vitória – Paraná: FIGURA 1- NÚMERO DE SALAS DE RECURSOS POR MUNICÍPIO
  • 6. Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizado pela pesquisadora. Atualmente, na rede pública estadual de União da Vitória e demais municípios do NRE, estão matriculados no ensino fundamental 22.729 alunos. O AEE em salas de recursos é ofertado a aproximadamente 517 alunos com necessidades educacionais especiais, em classes comuns do ensino regular. No âmbito nacional, em uma visão de gestão do sistema educacional mais ampla, os dados do Censo Escolar 2010, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), apresentam a estimativa macro do total de 639.718 crianças que estão matriculadas em escolas inclusivas; em 2010 o número aumentou para 702.603, sendo 62,7% em instituições públicas e 37,3% em instituições privadas. Tais dados apontam um aumento quântico de mais de 25%, indicando as crianças com necessidades educacionais especiais que se encontram matriculadas neste processo de inclusão no ensino comum, e a diminuição de -14% nas escolas especiais. Os dados referentes a 2011 apontam aumento de 75,8% em escolas públicas e 24,2% em escolas particulares, conforme dados disponibilizados pelo INEP (BRASIL, 2011). Observemos o reflexo desses dados em uma visão mais restrita ao NRE de União da Vitória - Paraná, no ano de 2013, especificados em localizações (municípios), número de crianças atendidas por localidade e quantidade de turmas em andamento. GRÁFICO 01 – NÚMERO DE CRIANÇAS ATENDIDAS POR MUNICÍPIOS, DA REDE REGULAR DE ENSINO NO ANO DE 2013 - NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizados pela pesquisadora.
  • 7. GRÁFICO 02 – NÚMERO DE TURMAS POR MUNICÍPIOS, DA REDE REGULAR DE ENSINO NO ANO DE 2013 - NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizados pela pesquisadora. Encontramos nos dados acima a possibilidade de efetivação de uma proposta de inclusão, quando se possibilita uma outra estrutura e organização escolar. O oferecimento de vagas e a permanência com qualidade social nas escolas enunciam um espaço de compromisso e responsabilidade com uma sociedade mais democrática, com a presença de todos no processo educativo e não apenas para alguns alunos. Para tanto, é preciso a retomada de concepções e referenciais por parte de todos os envolvidos no processo educacional, sejam alunos, professores, famílias, repensando a necessidade de mudanças estruturais, numa perspectiva social que respeite as características individuais de cada um, dialeticamente. Inclusão, neste sentido, assume um caráter de processo construído por todos e ainda em construção. Nesse sentido, o quadro abaixo corrobora com Prietro (1998), quanto ao atendimento educacional às crianças com necessidades especiais nas classes comuns do ensino regular, por meio do conhecimento acumulado pela educação especial, que possibilita a melhoria na qualidade do processo educativo. GRÁFICO 03 - RELAÇÃO DAS SALAS DE RECURSOS DO NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR
  • 8. Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizados pela pesquisadora. GRÁFICO 04 - RELAÇÃO TOTAL DE CRIANÇAS ATENDIDAS NAS SALAS DE RECURSOS DO NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizados pela pesquisadora. Entendemos, após a análise dos dados coletados, que os serviços de apoios especializados às salas de recursos, configuram-se como uma alternativa para propostas
  • 9. inclusivas em relação ao trabalho de apoio aos alunos com deficiência intelectual, condutas típicas e superdotação (altas habilidades) no ensino fundamental, desde que ofertados no período contrário daquele em que o aluno frequenta a sala comum, com professor da Educação Especial atualizado, em espaço físico adequado e metodologia contextualizada. Este atendimento pedagógico específico, conforme dados documentais coletados nos municípios acima demonstrados, se dá individualmente ou em pequenos grupos, com cronograma de atendimento, com vistas ao progresso global dos alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem, com utilização de programações específicas, métodos, estratégias, atividades diversificadas e extracurriculares. Em Vygotsky (1989), para o desenvolvimento pleno enquanto ser humano, faz-se necessário inserir essas crianças na cultura, capacitando-as a participar ativamente da sociedade. O autor compreende que as deficiências conduzem o organismo à necessidade de superá-las. A deficiência representa, em certo ponto, uma fonte de manifestação das capacidades, de força. O sucesso do processo de ensino e aprendizagem para criança com deficiência relaciona-se às possibilidades de acesso a métodos e recursos específicos às suas necessidades. Ainda no sentido de compreender a estrutura e o funcionamento do AEE nas salas de recursos, da região do Vale do Iguaçu, apresentamos dados significativos em relação à disposição quântica de docente, discentes e salas especializadas: GRÁFICO 05 - ESCALA DE SALAS DE RECURSOS, DOCENTES E DISCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DO NRE DE UNIÃO DA VITÓRIA – PR. Fonte: Dados oficiais fornecidos pelo NRE União da Vitória – Paraná e sistematizado pela pesquisadora.
  • 10. A partir deste gráfico é possível observarmos que, aos poucos, as instituições escolares estão abrindo espaço para receber as crianças com necessidades educacionais especiais, pois, mesmo elas tendo direito, esse direito é concretizado aos poucos. Também é possível analisar que são poucos os docentes que atuam nas salas de recursos, muitas vezes, sendo os únicos da Instituição com formação adequada, independente da quantidade de alunos e em quantos turnos são oferecidos os atendimentos. À luz da fundamentação teórica analisada reconhecemos como requisitos para funcionamento de espaços inclusivos de atendimento educacionais especiais em salas de recursos: um professor(a) especializado(a), alunos avaliados e espaço físico adequado e disponível. Comprovada a demanda de alunos pelo diretor do estabelecimento, é necessário comprovar a especialização do professor na educação especial, e em caso da inexistência de profissional com formação adequada, os documentos analisados e citados anteriormente encaminham para alternativas, como: curso adicional ou curso de pós-graduação, nesse caso precisam ainda, Magistério ou adicionais em educação especial. Recomenda-se ainda, para a qualidade desse atendimento, vínculo empregatício com o município e lotação do professor com a instituição onde funcionará a sala de recursos (PARANÁ, SEED). 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Por intermédio desta pesquisa estudamos a inclusão por meio das salas de recursos, como atendimento educacional especializado. Esse serviço, no âmbito de uma proposta inclusiva, configura-se como suporte complementar ao ambiente escolar, em horário contrário à sala de aula comum, para alunos do ensino fundamental. A rede investigada apresenta-se em organização para atender a este público específico. Pensamos que tal adequação não pode ocorrer sem atender a necessidade real e concreta do cotidiano escolar. Contudo, evidenciamos em nossas análises que este atendimento constitui-se como determinação legal e precisa ser efetivado. Decorre daí o direito educacional de crianças com necessidades especiais de frequentarem o ensino comum. A Constituição Federal de 1988 assegura atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência, preferencialmente na rede de ensino comum, isso significa que é para todos, em um mesmo ambiente, e esse pode e deve ser o mais diversificado possível, como forma de atingir o pleno desenvolvimento humano. Outro instrumento coletivo para a efetivação de uma proposta inclusiva consiste no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 que representa um importante meio de garantia da proteção integral das crianças como cidadãs de direitos, destacando o direito à educação infantil. Ainda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996, reconhece o direito à educação, desde a primeira etapa da educação básica, ou seja, na Educação Infantil, constituindo-se parte integrante dos sistemas de ensino. A finalidade da educação é promover o desenvolvimento integral de todas as crianças, inclusive as com necessidades educacionais especiais, nos aspectos físicos, psicológicos, sociais, intelectuais e culturais, em todas as etapas e modalidades de ensino.
  • 11. Em relação à educação de crianças com necessidades educacionais especiais, esse estudo aponta as possibilidades da efetivação desses atendimentos em classes comuns, mas facultando que ocorra em classes, escolas ou serviços especializados, com o objetivo de apoio, complemento, suplemento ou substituição ao atendimento em classes comuns. Em decorrência da análise realizada, consideramos que a continuidade de uma proposta inclusiva passa pela formação dos profissionais de acordo com suas especificidades, observando as dificuldades no atendimento de todas as crianças, com necessidades educacionais ou não. Nesse sentido, as salas de recursos apresentam-se como espaços de desafio constante para a efetivação de uma educação para todos e com todos. Estes espaços de apoio precisam de fundamentação teórica e metodológica que possibilitem a aprendizagem e o desenvolvimento de alunos, com base na mediação estabelecida para garantir a apropriação de conhecimentos. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. INEP – Censo Escolar. Brasília: Ministério da Educação, 2011. BRASIL. Revista dos Tribunais. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Brasília: Senado Federal, 1988. CAMARGO-SILVA, Sandra Salete de. Educação Infantil Inclusiva: das políticas públicas à formação docente na rede municipal de Maringá. Dissertação [mestrado] – Universidade Estadual de Maringá. Programa de Pós-Graduação em Educação, 2006. GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E PSICOPEDAGOGIA (GEEEP). Secretaria Municipal de Educação de Pinhais. Proposta de Avaliação Psicoeducacional. Texto mimeo: Pinhais, 2004. KONDER, L. O futuro da filosofia da práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992 MANTOAN, M. T. E.; ROPOLI, E. A.; SANTOS, M. T. da C. T.; MACHADO, R. A Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2010. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Brasília: MEC/SEESP, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Orientações para (Re)elaboração, Implementação e Avaliação de Proposta Pedagógica na Educação. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2008. PRIETO, R. G. Educação escolar para todos: um direito conquistado e não garantido. In: ROCHA, R., BAUMEL, C.; SEMEGHINI, I. (Org.). Integrar/Incluir: desafio para a escola atual. São Paulo: FEUSP, 1998. p.129-148. VYGOTSKY, Lev Semenovich. Fundamentos de defectologia. Havana: Editorial Pueblo y Educación, 1989.