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V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Problemas de professores iniciantes
INFORME DE INVESTIGACIÓN
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA
SOBRE O PAPEL DA ESCOLA NA SUA FORMAÇÃO
DESSOTTI, Elise
Email: lidessotti@gmail.com
UFSCar – Universidade Federal de São Carlos campus Sorocaba
GAMA, Renata Prenstteter
Email: renatapgama@gmail.com
UFSCar – Universidade Federal de São Carlos
Resumo
Este trabalho é um recorte de uma dissertação de mestrado que tem como foco os
professores iniciantes e o papel formativo da escola. O objetivo aquí foi compreender a
visão dos egressos acerca de sua formação inicial e a sua inserção docente e as
contribuições formativas da escola no processo de constituição profissional destes
professores. Foram analisados os questionários dos egressos do curso de Ciências
Biológicas, que entraram na carreira docente, de uma universidade pública do estado de
São Paulo utilizando a análise de grellha (Bardin, 1970) e, também, a análise do projeto
político pedagógico do curso. Pode-se destacar que o perfil desejado de aluno a ser
formado pela universidade, de fato, está sendo formado, porém, há a necessidade de
diminuir a distância universidade-escola para que as dificuldades inerentes ao processo
de inserção docente sejam minimizadas.
Palavras-chave: Formação inicial, Egressos de Ciências Biológicas, Início de Carreira
Introdução
A inserção docente é, sem dúvida, um acontecimento delicado, complexo e
inolvidável na carreira de um professor. Também é um processo que traz consigo as
idiossincrasias e que, portanto, é vivido de maneira muito pessoal e singular pois
inúmeros fatores podem afetá-lo. No Brasil, pela falta de políticas públicas de
acolhimento do professor iniciante, muitas vezes, os egressos dos cursos de licenciaturas
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
são inseridos e enfrentam este período sozinhos, fato este que influencia a constituição
da identidade profissional, a qualidade da prática, podendo até acarretar, na desistência
da carreira.
Este trabalho, é um recorte de uma dissertação de mestrado que analisa a
constituição do professor e o papel formativo da escola a partir do processo de início de
carreira dos egressos de uma universidade pública do interior do estado de São Paulo,
Brasil.
Assim, foram analisados os questionários respondidos pelos egressos do curso de
Ciências Biológicas licenciatura plena que ingressaram na carreira com o objetivo de
compreender a visão dos egressos deste curso acerca de sua própria formação inicial e o
seu processo de tornar-se professor.
Para essa análise, foram considerados os três grandes momentos na formação
docente destacados por Pacheco e Flores (1999): 1. formação inicial, que corresponde
ao período de formação formal em uma instituição de ensino; 2. iniciação ao ensino, que
constituem os primeiros anos como professor e todo o conhecimento desenvolvido a
partir da prática; 3. formação continuada que se desenvolve em diferentes ambientes
(escolar ou não, em grupo ou individual) mas que visa o crescimento e desenvolvimento
profissional. Os questionários analisados contemplam esses três momentos, assim, surge
a necessidade de pontuarmos algumas características de cada fase bem como o que se
espera de cada período.
1.1 Formação inicial
No Brasil, o artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê que a
formação de docentes para atuarem na Educação Básica far-se-á em nível superior, em
curso de licenciatura, graduação plena, em universidades ou instituições de ensino
superior de educação. Ainda dentro da lei é prevista a formação continuada bem como a
valorização dos profissionais da educação. (BRASIL, 1996)
O papel de formação da instituição de ensino é, então, duplo já que deve ser
acadêmica-científica e pedagógica (Ferry, 1987; Pacheco e Flores, 1999). Talvez, a
dificuldade esteja em criar um ambiente que supere a dicotomia formativa das disciplinas
específicas e pedagógicas e, portanto, que ambas estejam no mesmo nível de relevância
para o aluno. Ferry destaca o quão complexa é a formação inicial:
“[...] a) é uma dupla formação, pois, simultaneamente, é acadêmico- científica e
pedagógica; b) é uma formação profissional, porquanto tem por finalidade formar pessoas
que irão se dedicar à profissão-professor; c) constitui formação de formadores, porque se
desenvolve em um espaço em que se realiza a formação de quem se forma ao mesmo
tempo em que ocorre a prática profissional do formador. ” (FERRY, 1987 apud
BRZEZINSKI, 2008)
Dentro de toda essa complexidade, há um fator que muitos cursos de formação
inicial ignoram: quando um aluno chega na universidade, ele já acumulou diversas horas
como aluno da educação básica e traz consigo valores e juízos e a capacidade de
descrever um “bom” ou um “mau” professor; as horas acumuladas nos bancos escolares
não são refletidas com um olhar pedagógico mas afetam o desenvolvimento e,
consequentemente, a formação do aluno:
“O professor, pelas experiências adquiridas enquanto aluno, pelas imagens que transporta
dos professores que viu atuar, traz, necessariamente, à sua formação um modelo de
comportamento profissional que ora segue, ora rejeita. O longo percurso de aluno permite-
lhe o contato com um elevado número de professores que manifestam um estilo próprio de
ensinar, cujos aspectos negativos e/ou positivos do seu comportamento profissional,
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
consciente ou inconsciente, se manifestam no momento em que o aluno se torna
efetivamente professor.” (Pacheco e Flores, 1999, p. 53)
Soma-se a esta problemática que, muitas vezes, a formação inicial não é capaz
de superar, a distância abismal entre os conhecimentos teóricos desenvolvidos na
Universidade e a realidade encontrada na sala de aula. A estrutura curricular dos cursos
de licenciatura assevera a desarticulação da teoria e da prática resultando em uma
formação acrítica, baseada na racionalidade teórica que quando encontra-se no ambiente
escolar tende a repetir padrões que reforçam a visão de que o professor é o transmissor
de conhecimentos e o aluno o assimilador de conteúdos que pouco têm a ver com a sua
realidade. (Ghedin, Leite e Almeida, 2008)
A grande tarefa da formação inicial é formar um profissional com uma posição
crítica e reflexiva com os saberes docentes necessários para enfrentar um início de
carreira. A trama complexa que sustenta a formação inicial desemboca na passagem do
aluno universitário para o professor responsável de uma sala de aula. (Pacheco e Flores,
1999)
1.2 Características dos professores iniciantes
Ainda que a inserção docente e o período que se sucede depois desta sejam
momentos singulares e vividos de maneiras diferentes entre os indivíduos, algumas
características presentes durante esse período são comuns a grande parte dos
professores iniciantes mesmo que sejam experienciadas em intensidades diferentes.
Este período, porém, é uma etapa profissional rica em aprendizados e na
construção de saberes já que “o professor, depois de concluir o curso numa instituição de
formação passa por uma intensa fase de aprender a ensinar em que redefine e consolida
a sua atuação na procura de um equilibro pessoal e profissional.” (Pacheco e
Flores,1999)
Atrelado à esta construção de saberes desenvolve-se, principalmente, os saberes
experienciais que segundo Tardif (2002) podem ser traduzidos no saber-fazer e saber-ser
mas que só florescem na prática:
“Os próprios professores, no exercício de suas funções e na prática de suas profissões,
desenvolvem saberes específicos, baseados em seu trabalho cotidiano e no conhecimento
de seu meio. Esses saberes brotam da experiência e são por ela validados” (p. 33)
Dentro do desenvolvimento profissional a inserção docente é entendida como um
continuum, onde as experiências e saberes acumulados durante os anos vividos nos
bancos escolares como aluno bem como na formação inicial são utilizados como tentativa
e erro na iniciação na carreira e estas práticas refletidas e reformuladas na formação
contínua a fim de encontrar uma identidade profissional. (Lima, 2006). Entretanto, a
inserção à docência pode vir a ser traumática para o professor iniciante:
“Com efeito, contrariamente ao que se verifica noutras profissões, a entrada no ensino é
brusca e repentina, pois o professor nóvel tem de desempenhar as mesmas tarefas e de
assumir as mesmas funções que um professor com experiência. Acresce, muitas vezes, o
fato de se ver confrontado com os horários e as turmas mais problemáticas, encontrando-
se, frequentemente, isolado e com pouco apoio por parte dos colegas e da escola.”
(Pacheco e Flores, 1999, p.111)
O fato de ter que desempenhar as mesmas funções que um professor experiente
sem estar preparado para a prática é traduzido no aspecto da sobrevivência ou:
“[...] o “choque do real” a constatação da complexidade da situação profissional: o tatear
constante, a preocupação consigo próprio (“Estou a me aguentar?”), a distância entre os
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
ideais e as realidades cotidianas da sala de aula, a fragmentação do trabalho, a dificuldade
em fazer face, simultaneamente, à relação pedagógica e à transmissão de conhecimentos,
a oscilação entre relações demasiado intimas e demasiado distantes, dificuldades com
alunos que criam problemas, com material didático inadequado, etc.” (Huberman, 1997, p.
39)
Huberman ao desenhar os elementos que constituem a fase de entrada na
carreira aponta um outro aspecto, o da descoberta que permite que o professor suporte o
primeiro:
“[...] o aspecto da descoberta traduz o entusiasmo inicial, a experimentação, a exaltação por
estar, finalmente, em situação de responsabilidade (ter a sua sala de aula, os seus alunos,
o seu programa), por se sentir colega num determinado corpo profissional. Com muita
frequência, a literatura empírica indica que os dois aspectos, o da sobrevivência e o da
descoberta, são vividos em paralelo e é o segundo aspecto que permite aguentar o
primeiro.” (Huberman, 1997, p.39)
Somados, então, a grande carga de aprendizados estes aspectos e a intensidade
de como são vividos podem classificar a iniciação à docência como negativa ou positiva
e, assim, afetar a prática do professor, haja vista que a identidade construída aqui,
implicará em posturas profissionais diferentes, ou seja, um início de carreira pode
condizer (ou não) com a imagem construída por ele próprio ao longo da formação inicial.
A literatura tem evidenciado as dificuldades de início de carreira pois como
categoriza Fuller (1969 apud Silva, 1997) estas podem ser centradas em si próprio –
insegurança quanto ao conteúdo, disciplina dos alunos e relação com os alunos e equipe
gestora; de controle e organização – planejamento e organização de aulas e materiais; e
preocupações com os alunos – gestão de problemas dos alunos e avaliação, por
exemplo. Porém, a escola pode minimizar as dificuldades:
“[...] ao tipo de acolhimento que é feito por parte da instituição. Sentir-se marginalizado,
desprezado ou, pelo contrário, sentir-se num ambiente familiar, amparado e apoiado,
dependendo do contexto que é proporcionado ao professor principiante, são fontes,
respectivamente, de inícios difíceis e fáceis. (Loureiro, 1997, p. 142)
Assim temos, além dos desafios propostos à formação inicial de articular
conteúdos específicos e pedagógicos, a parceria entre a escola e a universidade que
podem minimizar algumas dificuldades de fito organizacional e relacionadas ao preparo
técnico do professor, e, quiçá, amenizar alguns asseios e dificuldades pessoais do
professor iniciante.
1.3 O papel formativo da escola
A partir do momento que a escola recebe o professor esta se responsabiliza por
seu desenvolvimento profissional dentro do ambiente escolar, ou seja, por sua formação
contínua, ao criar ambientes nos quais sejam possíveis refletir e discutir sobre práticas e
desenvolver saberes docentes. A escola “tem um forte poder atrativo em relação aos
professores, independentemente da idade, sexo, anos de experiência ou anos de
permanência na escola” (Loureiro, 1997, p. 142), assim, para os professores iniciantes a
escola precisa ser ainda mais atrativa para que haja a sustentabilidade da carreira.
Segundo Lima (2006), a escola ao acolher o professor iniciante permite que seu
crescimento profissional possa ocorrer sendo refletido e discutido com professores
experientes para que não haja imposição de valores e culturas arraigadas do ambiente
escolar, assim, o professor iniciante pode evitar a “imitação acrítica de condutas de
outros professores e o isolamento” docente. (p.10)
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
A necessidade de acolhimento do professor iniciante se dá por ser a fase mais
delicada da carreira e que, portanto, não acarrete na desistência da profissão bem como
a inversão de valores cultivados durante a formação inicial:
“Quando alguém inicia a profissão docente, teme a falta de adequação dos seus modos de
pensar e agir com o dos seus pares, não sabe a quem pedir ajuda, nem como pautar os
seus procedimentos. É como se, da noite para o dia, deixasse subitamente de ser
estudante e sobre os seus ombros caísse uma responsabilidade profissional, cada vez mais
acrescida, para qual percebe não estar preparado”. (Silva, 1997, p. 53)
Cabe, então, o questionamento sobre como a escola deveria contribuir para a
formação, não somente do professor iniciante, mas de todos os professores que nela se
encontram. É uma tarefa árdua e complexa, visto que os professores nem sempre têm as
mesmas necessidades bem como as diferentes bagagens pedagógicas de cada um,
frequentemente estes aspectos são ignorados durante a formação continuada já que esta
propõe temáticas pensadas por profissionais que muitas vezes não conhecem a
realidade escolar e ignoram os saberes docentes de cada professor a qual a formação
será oferecida. Assim, essa problemática, confunde todos os envolvidos na educação
pois cria momentos formativos desconexos com a realidade escolar como explica,
Carrolo:
“a Escola é questionada por todos. Não só quanto à sua existência (Ivan Illich) mas também
quanto às formas e funções que eventualmente assume. O falhanço educacional e
institucional da Escola pode conduzir os seus personagens – alunos e professores – a
sentirem-se perdidos, “alienados de si”, sem saberem o que são, para onde vão, o que
fazem e o próprio sentido do que fazem”. (1997, p. 24)
Assim, esses modelos de formação desconsideram um dos princípios da
formação continuada que “enquanto processo contínuo e permanente, a formação implica
a consideração de vários aspectos ou vertentes que dizem respeito não só, em termos
pessoais, ao próprio professor, mas também, em termos organizacionais, ao contexto
escolar em que cada professor se insere”. (Pacheco e Flores, 1999, p. 132)
A formação é um campo complexo, mas de inegável importância para o
desenvolvimento profissional docente, já que o tornar-se professor acontece quando há a
articulação entre o conhecimento teórico-acadêmico e o prático (Guarnieri, 2005), a
escola é a ponte que une estes saberes e deve oferecer bem como estimular a formação
contínua do professor, independentemente, se este é um professor iniciante ou
experiente. Entretanto, a escola precisa ter um olhar mais cuidadoso com o professor em
início de carreira, em todos os sentidos, disponibilizando formações contínuas que sejam
significantes para este momento da carreira ao invés de propor um modelo que “alinha”
todos os professores.
“É durante os primeiros anos de ensino que se consolida um repertório de conhecimentos e
destrezas, sobretudo de natureza prática, que se repercutirá no desempenho profissional,
não só ao longo desta fase de iniciação, mas ao longo da carreira”. (Pacheco e Flores,
1999, p 111)
Destacamos aqui, a importância de estimular o professor em início de carreira
para que este explore esta fase de intensa aprendizagem, desenvolva elementos que
enriquecerão a prática igualmente como aqueles que o manterão na carreira.
Metodologia
Este trabalho, de natureza qualitativa-interpretativa, debruçou-se sobre o processo
de inserção docente de egressos do curso de Ciências Biológicas, licenciatura plena de
uma Universidade Pública do interior do estado de São Paulo. A escolha por esse curso
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
justifica-se por ser a primeira licenciatura da universidade e, portanto, ser a mais antiga
das licenciaturas oferecidas pela Universidade. É um recorte de uma dissertação de
mestrado que possui dois momentos metodológicos: a análise de questionários de todos
os egressos das licenciaturas até o primeiro semestre de 2015 e entrevista com aqueles
que entraram na carreira. O questionário foi construído com o intuito de delinear um
panorama sobre o perfil e as características dos egressos e o que dizem sobre sua
formação inicial, a sua inserção docente, a formação continuada recebida até o momento
e a contribuição formativa da escola para o seu desenvolvimento profissional.
Em novembro de 2015 foi feito o pedido para o departamento responsável pelos
registros acadêmicos dos alunos de uma lista com as informações dos egressos de todas
as licenciaturas até o primeiro semestre de 2015. A universidade providenciou uma lista
com todos os nomes e o ano de conclusão do curso e informou que não poderia fornecer
nenhuma informação adicional. Assim, com a ajuda de ferramentas de buscas e das
redes sociais foram encontradas 95% dos egressos, como pode ser observado na tabela
abaixo:
Tabela 1
Representação dos dados coletados através do uso do questionário. Fonte: feita pelas próprias
autoras
Quantidade de
egressos
Quantidade de
questionários
enviados
Quantidade de
questionários
respondidos
Quantidade de
egressos que se
inseriram na
carreira
Total 140 134 67 36
Porcentagem 100% 95,70% 47,80% 25,7%
Para este trabalho foram analisados os 36 questionários daqueles que se
inseriram na carreira docente, os quais estão identificados com as iniciais dos egressos.
O questionário continha 12 perguntas entre abertas e fechadas e era dividido em quatro
partes, a primeira eram questões que pretendiam compreender o perfil do egresso, a
segunda parte tratava sobre a formação inicial, a terceira parte era sobre a inserção na
docência e a última parte referia-se à formação contínua e como a escola contribuiu para
o desenvolvimento profissional do egresso.
O questionário foi encaminhado em janeiro de 2016 e após 15 dias foi enviado
novamente para aqueles que não o responderam. Os questionários recebidos até a
última semana de fevereiro foram analisados para este trabalho. Utilizou-se a análise de
grelha a qual prevê uma leitura mais sistemática e objetiva dos questionários, traçando
um panorama dos perfis dos egressos e os elementos mais relevantes de cada pergunta.
(Bardin, 1970)
Também, foi analisado o projeto político pedagógico do curso de Ciências
Biológicas a fim de caracterizar o perfil profissional que o curso pretende formar e o perfil
apontado pelos questionários.
Resultados e discussão
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
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Nessa discussão, trazemos os dados analisados dos questionários evidenciando
as percepções dos egressos sobre sua formação e as articulações com o projeto político
pedagógico do curso de Ciências Biológicas.
Um elemento que chama a atenção no projeto do curso é que o perfil do
profissional a ser formado é um professor para a educação básica, de ensino
fundamental e/ou médio. Isso vai ao encontro com a resposta dos egressos quando
questionados sobre a escolha do curso, a primeira decisão foi sobre ser professor e
depois a identificação com o curso:
“Primeiramente escolhi a profissão de professor, a opção por biologia foi feita pois era uma
matéria da qual eu me familiarizava” (G. S. F, 2015)
“O curso foi escolhido por acaso. A princípio a única escolha que tinha em mente é que
cursaria alguma licenciatura.” (L. H. D, 2015)
Isto é confirmado, também, pela quantidade de egressos que se iniciaram na
carreira na escola pública (55%) contra os 22% que entraram na escola particular.
Também é possível observar isso quando analisamos a questão sobre as expectativas ao
terminar o curso, somente 4 alunos (11%) disseram não ter como expectativas lecionar
enquanto que os outros 32 egressos variam entre lecionar e pesquisar, lecionar sem
distinção de educação básica ou superior e outros somente lecionar em escolas públicas.
Outro elemento relevante nessa questão é o aspecto pessoal que os egressos destacam
como expectativas que é “ter a qualificação e a segurança necessária para exercer a
docência de forma crítica e construtiva.” (F. A. C. G. P, 2015)
Quando questionados sobre a contribuição de alguns itens para a formação
docente dos mesmos, quanto às disciplinas específicas e pedagógicas 61% e 66%,
respectivamente consideraram a contribuição muito boa/excelente. Essa porcentagem cai
significativamente, quando se fala dos momentos de práticas pedagógicas e o estágio
supervisionado, os problemas apontados variam desde a obrigação em realizar tais
atividades, a dificuldade burocrática e o despreparo da escola para receber os estagiários
e a incompreensão da função do estágio – tanto por parte do aluno estagiário quanto da
escola que o recebe.
O projeto político pedagógico do curso de Ciências Biológicas prevê a superação
dessas dificuldades:
“[...] a superação de alguns problemas graves abertos na realidade dos nossos cursos de
formação de professores, tais como: (i) separação do quadro de referências
teóricas/práticas dos conhecimentos específicos e da docência; (ii) tradição de proporcionar
um conjunto de teorias, como “dádiva” inicial, que os professores tentam pôr em prática; (iii)
apresentação de propostas pontuais e setoriais ao longo da grade curricular sem uma
lógica curricular coerente como os novos paradigmas; (iv) expectativa de que a mediação
do conhecimento específico feita pelo professor é suficiente para a promoção da
aprendizagem; (v) ausência de proposições de situações interativas que permitam a cada
um assumir o poder de dirigir a sua própria formação; (vi) entendimento da prática docente
apenas como instrumento de aplicação da teoria e não como instrumento de investigação
do professor em formação.” (Projeto Político Pedagógico, 2006, p. 14)
O reflexo do processo de superação de tais dificuldades pode ser notado quando,
em uma pergunta aberta, sobre a disciplina mais relevante do curso, sem a distinção
sobre ser específica ou pedagógica, com exceção de um egresso, todos os outros 35
egressos citaram uma ou o conjunto de disciplinas pedagógicas, justificando terem sido
momentos de reflexão e desenvolvimento pedagógico, no sentido de ser possível ter
contato com muitas vertentes diferentes e a possibilidade de discuti-las livremente
durante as aulas.
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Essa postura é, fortemente, pontuada no projeto político pedagógico e respeitada
durante o curso, já que o mesmo deve:
“[...] ter consciência sobre essa caracterização do processo de formação para a docência, o
que pode ter implicações na alteração de expectativas como, por exemplo, de que o curso
de licenciatura vá ensinar a lidar com todas as situações com que venha a se defrontar o
futuro professor e que as aprendizagens teóricas e práticas que podem se desenvolver no
curso tenham efetivamente o poder de definir qualitativamente a futura prática; outro é que
é preciso considerar que o aluno – futuro professor – ao iniciar o curso e cada disciplina do
curso já apresenta concepções, crenças, valores muito arraigados sobre a profissão, o
papel do professor e da escola, o que é ensinar e como se ensina e o que é aprender. Tais
crenças, valores e concepções, que definem fortemente as decisões pedagógicas, podem
passar intactas pelo curso, podem ser reforçadas ou, o que seria desejável, podem ser
objetos de análise e reflexão que propicie o seu reconhecimento.” (2006, p. 29)
Ainda que o curso ofereça um ambiente repleto de reflexões e possibilidades para
o aluno enriquecendo a formação inicial a fim de formar um profissional preparado para
“lidar com incertezas e provisoriedade, com o grande volume e a efemeridade do
conhecimento científico e o de outras naturezas, e preparado para trabalhar com
informações já existentes e produzir conhecimento novo.” (Projeto Político Pedagógico,
2006, p.12), o próprio projeto afirma que a “docência é entendida como uma profissão
que é aprendida ao longo da vida.” (p.12)
A formação inicial, contudo, não elimina situações inextricáveis ao processo de
iniciação docente, as características apontadas pelos egressos variam da natureza
pessoal – insegurança; desestímulo; choque do real (Huberman, 1997); dificuldades de
organização (tempo, assunto, entre outros); problemas com o sistema; ter que trabalhar
com salas lotadas e pedagogicamente mais exigentes, falta de respaldo da equipe
gestora com situações diversas; falta de estrutura escolar e problemas resultantes da
atribuição de aula como trabalhar em duas ou mais escolas, escolas distantes, salas mais
complicadas são alguns exemplos.
Os egressos também apontam algumas dificuldades inerentes ao ambiente
escolar como: superação dos “preconceitos” e julgamentos de outros profissionais; falta
de acolhimento da equipe gestora, indisciplina escolar, desmotivação por parte dos
outros professores, dificuldade em quebrar paradigmas e ir além dos padrões
estabelecidos e, o mais grave de todos a exoneração por “não se adaptar”.
Já quanto à formação inicial foram destacados três pontos relevantes para a
reflexão tanto do papel formativo da universidade quanto da escola, o primeiro está
relacionado com o despreparo dos egressos frente as atividades burocráticas e
organizacionais da escola, “Eu não sabia nem como organizar uma lousa” (G. R. D,
2015); “Gostaria que a universidade tivesse trabalhado questões de leis, direitos e
deveres do professor.” (J. N, 2015) O segundo ponto está relacionado ao preparo
metodológico da universidade, principalmente com alunos com necessidades especiais e,
por fim, o terceiro ponto está relacionado a dicotomia entre universidade com a escola
que resulta em dificuldades de relacionar conteúdos teóricos e práticos e de constitui-se
como professor.
Outras adversidades vividas pelos egressos relacionam-se com as dificuldades de
aprendizagem dos alunos, o não envolvimento dos pais com desenvolvimento escolar do
filho, a exigente jornada de trabalho, as políticas de responsabilização e cobrança por
índices em avaliações externas, apesar de se sentirem seguros em relação ao conteúdo
os egressos sentiram a insegurança em assumir o papel de professor e, por fim, e talvez
o mais complexo, mais de metade dos egressos (57%) sentiram muito intensamente ou
intensamente o desgaste emocional resultando em doenças físicas e psicológicas,
isolamento docente e até exonerações (7%).
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“O ambiente escolar é um dos mais insalubres existentes na questão emocional e física
também. [...] Não há emocional que aguente salas lotadas, descaso com os professores,
falta de respeito, falta de estrutura familiar dos alunos...” (C. G. R. S., 2015)
“Pedi exoneração do meu cargo em 2013 por não me adaptar ao sistema.” (L. A. S., 2015)
O último aspecto abordado nos questionários é referente a formação continuada
dos egressos, mais da metade (57%) destes são professores efetivos e mais da metade
(71%) está com um tempo de dois a cinco anos de profissão, os momentos de formação
oferecidos pela escola são os considerados menos relevantes para os egressos, a Aula
de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC) – reunião com fito pedagógico conduzida pelo
coordenador com fins formativos - não apresentou nenhuma relevância para nenhum dos
egressos; enquanto que as orientações técnicas presenciais ou à distância foram
destacadas como pouca significativas, já que são desconexas com o currículo e
indiferentes as necessidades do professor iniciante.
As formações evidenciadas foram as especializações buscadas pelos próprios
egressos em nível de pós-graduação nos cursos de mestrado e doutorado ou outras
graduações (66%) bem como a participação de grupos de pesquisas (25%) e congressos
em educação (11%). Isso indica que a escola como lócus de formação para o professor
iniciante poderia estar articulada com universidades, já que os egressos apontam que a
escola oferece a realidade escolar a ser trabalhada e os conteúdos teóricos suportam
este trabalho. “A maior parte das coisas que utilizei, do ponto de vista metodológico,
aprendi na sala mesmo e em minha pós (mestrado em educação)” (A. L. F. R., 2015)
Por fim, quando questionados sobre o papel formativo da escola para a formação
e o trabalho docente, os egressos salientam que a escola deve oferecer momentos de
reflexão, diálogo e trabalho coletivo bem como oferecer condições para o trabalho
docente, também destacam a distorção dos momentos formativos, transformando-os em
um canal de recados ou execução de trabalhos burocráticos. Igualmente, destacam a
escola como um obstáculo a ser superado pois muitos são os fatores que diminuem o
trabalho docente a tarefas burocráticas e desmotivam o professor iniciante em busca de
uma identidade profissional e uma prática coerente com seus valores ao invés de repetir
padrões deformados pela cultura escolar.
“A escola é um ambiente de aprendizagem mútua, de construção de cidadania, de troca de
experiências de vida entre discentes e docentes e mais do que tudo: deve ser um ambiente
em que se respeitem as diversidades e se discutem para aprimoramento do sendo crítico
do docente para com seus discentes.” (F. A. S. L., 2015)
“Sinto muita falta de espaços para discussão na escola, pois lá tudo se encontra
estabelecido e delimitado, geralmente com regras que as pessoas nem sabem porque as
fizeram.” (E, C, R., 2005)
“As escolas a partir de pressões ideológicas, materiais e estruturais condicionam o trabalho
do professor o isolando e podando a sua força pedagógica criadora. Os professores,
infelizmente, transformam, a partir do estranhamento de si e do outro, bem como de seu
trabalho, as condicionantes em determinantes e são incapazes de se desenvolver.” (A. L. F.
R., 2015)
É possível perceber no projeto político pedagógico do curso de ciências biológicas
a expectativa de possibilitar uma formação inicial articulada com a escola e isso pode, de
fato, estar se realizando:
“Penso que a escola, em conjunto com as faculdades de licenciatura, deve trabalhar unidas
de forma que o professor possua os mecanismos necessários à estruturação do
conhecimento do professor em formação, possibilitando um trabalho pedagógico efetivo
que possa ser cumprido na escola, principalmente na articulação com os professores
efetivos que recebem estes professores em formação. A escola deve se preocupar em
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possibilitar que seus professores tenham uma atuação crítica e inovadora valorizando a
autonomia de cada docente, caracterizando o professor como principal agente da educação
transformadora desde as fases iniciais da sua formação.” (F. A. C. G P., 2015)
Há dificuldades da universidade em estabelecer parcerias com a escola e desta
se vislumbrar enquanto formadora. Exige-se, portanto, para a superação destas
dificuldades, a construção de novas concepções das duas instituições, a universidade em
articular os conteúdos teóricos e práticas a partir da realidade escolar e a escola
reconhecer o seu papel formativo para com o professor.
Considerações finais
O perfil do aluno desejado pelo curso representa o aluno formado pela
universidade: são alunos que se inserem na carreira, grande parte na rede pública de
ensino e que procuram desenvolver-se profissionalmente e responder ao desafio de “lidar
com a incerteza e a provisoriedade” (Projeto Político Pedagógico, 2006) a fim de produzir
novos conhecimentos.
Destacamos aqui que os egressos se sentem seguros e bem preparados para
exercer a profissão, mas são indiferentes ao ambiente escolar e assim enfrentam
dificuldades de vários aspectos, inclusive emocional. Também percebemos o isolamento
docente e as características de início de carreira citadas na literatura que se apresentam
com maior ou menor intensidade dependendo mais das idiossincrasias de cada egresso.
É necessário, portanto, a superação de alguns limites traçados pela formação
inicial e a continuada, já que o entrelaçamento de ambas pode contribuir nos diversos
sentimentos gerados no início da carreira docente. O estabelecimento de parcerias entre
a universidade e escola, a partir da construção conjunta de saberes docentes na qual a
escola também se perceba como um espaço formativo, apresentando-se como uma
alternativa para os modelos formativos.
Especificamente com os professores iniciantes, a escola pode contribuir para o
desenvolvimento profissional, oferecendo acolhimento e formação continuada pensados
nas necessidades desses professores buscando discutir os valores e práticas que
constituem uma cultura escolar e promover um ambiente que forme o professor e não o
deforme.
Referências Bibliográficas
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1970.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96)
BRZEZINSKI, I. Políticas contemporâneas de formação de professores para os anos
iniciais do Ensino Fundamental. Educ. Soc. , Campinas, vol. 29, n. 105, p. 1139-1166,
set./dez. 2008 Disponível em http://www.cedes.unicamp.br
CARROLO, C. Formação e identidade profissional dos professores. IN: ESTRELA,
M. T. (Org.). Viver e construir a profissão docente. Portugal: Porto Editora, 1997.
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
GUARNIERI, M. R. Aprendendo a Ensinar: o caminho nada suave da docência/ Maria
Regina Guarnieri (org.). 2ª edição. Campinas. Autores Associados , 2005.
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(Org.). Vidas de Professores. Porto: Porto Editora, número 4, 1997.
LIMA, E. F. Sobrevivências: no início da docência/Emília Freitas de Lima (org.)
Brasília: Líber Livro Editora, 2006.
LOUREIRO, M. I. O desenvolvimento da carreira dos professores. IN: ESTRELA, M.
T. (Org.). Viver e construir a profissão docente. Portugal: Porto Editora, 1997.
SÃO CARLOS. Projeto político pedagógico do curso de licenciatura em ciências
Biológicas/Integral. 2006
SILVA, M. C. M. da. O primeiro ano da docência: o choque com a realidade. IN:
ESTRELA, M. T. (Org.). Viver e construir a profissão docente. Portugal: Porto Editora,
1997.
PACHECO, J. A.; FLORES, M. A. Formação e avaliação de Professores. Portugal:
Porto Editora LDA, 1999.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Editora Vozes,
2002

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PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA ESCOLA NA SUA FORMAÇÃO

  • 1. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Problemas de professores iniciantes INFORME DE INVESTIGACIÓN PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA ESCOLA NA SUA FORMAÇÃO DESSOTTI, Elise Email: lidessotti@gmail.com UFSCar – Universidade Federal de São Carlos campus Sorocaba GAMA, Renata Prenstteter Email: renatapgama@gmail.com UFSCar – Universidade Federal de São Carlos Resumo Este trabalho é um recorte de uma dissertação de mestrado que tem como foco os professores iniciantes e o papel formativo da escola. O objetivo aquí foi compreender a visão dos egressos acerca de sua formação inicial e a sua inserção docente e as contribuições formativas da escola no processo de constituição profissional destes professores. Foram analisados os questionários dos egressos do curso de Ciências Biológicas, que entraram na carreira docente, de uma universidade pública do estado de São Paulo utilizando a análise de grellha (Bardin, 1970) e, também, a análise do projeto político pedagógico do curso. Pode-se destacar que o perfil desejado de aluno a ser formado pela universidade, de fato, está sendo formado, porém, há a necessidade de diminuir a distância universidade-escola para que as dificuldades inerentes ao processo de inserção docente sejam minimizadas. Palavras-chave: Formação inicial, Egressos de Ciências Biológicas, Início de Carreira Introdução A inserção docente é, sem dúvida, um acontecimento delicado, complexo e inolvidável na carreira de um professor. Também é um processo que traz consigo as idiossincrasias e que, portanto, é vivido de maneira muito pessoal e singular pois inúmeros fatores podem afetá-lo. No Brasil, pela falta de políticas públicas de acolhimento do professor iniciante, muitas vezes, os egressos dos cursos de licenciaturas
  • 2. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA são inseridos e enfrentam este período sozinhos, fato este que influencia a constituição da identidade profissional, a qualidade da prática, podendo até acarretar, na desistência da carreira. Este trabalho, é um recorte de uma dissertação de mestrado que analisa a constituição do professor e o papel formativo da escola a partir do processo de início de carreira dos egressos de uma universidade pública do interior do estado de São Paulo, Brasil. Assim, foram analisados os questionários respondidos pelos egressos do curso de Ciências Biológicas licenciatura plena que ingressaram na carreira com o objetivo de compreender a visão dos egressos deste curso acerca de sua própria formação inicial e o seu processo de tornar-se professor. Para essa análise, foram considerados os três grandes momentos na formação docente destacados por Pacheco e Flores (1999): 1. formação inicial, que corresponde ao período de formação formal em uma instituição de ensino; 2. iniciação ao ensino, que constituem os primeiros anos como professor e todo o conhecimento desenvolvido a partir da prática; 3. formação continuada que se desenvolve em diferentes ambientes (escolar ou não, em grupo ou individual) mas que visa o crescimento e desenvolvimento profissional. Os questionários analisados contemplam esses três momentos, assim, surge a necessidade de pontuarmos algumas características de cada fase bem como o que se espera de cada período. 1.1 Formação inicial No Brasil, o artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê que a formação de docentes para atuarem na Educação Básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, graduação plena, em universidades ou instituições de ensino superior de educação. Ainda dentro da lei é prevista a formação continuada bem como a valorização dos profissionais da educação. (BRASIL, 1996) O papel de formação da instituição de ensino é, então, duplo já que deve ser acadêmica-científica e pedagógica (Ferry, 1987; Pacheco e Flores, 1999). Talvez, a dificuldade esteja em criar um ambiente que supere a dicotomia formativa das disciplinas específicas e pedagógicas e, portanto, que ambas estejam no mesmo nível de relevância para o aluno. Ferry destaca o quão complexa é a formação inicial: “[...] a) é uma dupla formação, pois, simultaneamente, é acadêmico- científica e pedagógica; b) é uma formação profissional, porquanto tem por finalidade formar pessoas que irão se dedicar à profissão-professor; c) constitui formação de formadores, porque se desenvolve em um espaço em que se realiza a formação de quem se forma ao mesmo tempo em que ocorre a prática profissional do formador. ” (FERRY, 1987 apud BRZEZINSKI, 2008) Dentro de toda essa complexidade, há um fator que muitos cursos de formação inicial ignoram: quando um aluno chega na universidade, ele já acumulou diversas horas como aluno da educação básica e traz consigo valores e juízos e a capacidade de descrever um “bom” ou um “mau” professor; as horas acumuladas nos bancos escolares não são refletidas com um olhar pedagógico mas afetam o desenvolvimento e, consequentemente, a formação do aluno: “O professor, pelas experiências adquiridas enquanto aluno, pelas imagens que transporta dos professores que viu atuar, traz, necessariamente, à sua formação um modelo de comportamento profissional que ora segue, ora rejeita. O longo percurso de aluno permite- lhe o contato com um elevado número de professores que manifestam um estilo próprio de ensinar, cujos aspectos negativos e/ou positivos do seu comportamento profissional,
  • 3. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA consciente ou inconsciente, se manifestam no momento em que o aluno se torna efetivamente professor.” (Pacheco e Flores, 1999, p. 53) Soma-se a esta problemática que, muitas vezes, a formação inicial não é capaz de superar, a distância abismal entre os conhecimentos teóricos desenvolvidos na Universidade e a realidade encontrada na sala de aula. A estrutura curricular dos cursos de licenciatura assevera a desarticulação da teoria e da prática resultando em uma formação acrítica, baseada na racionalidade teórica que quando encontra-se no ambiente escolar tende a repetir padrões que reforçam a visão de que o professor é o transmissor de conhecimentos e o aluno o assimilador de conteúdos que pouco têm a ver com a sua realidade. (Ghedin, Leite e Almeida, 2008) A grande tarefa da formação inicial é formar um profissional com uma posição crítica e reflexiva com os saberes docentes necessários para enfrentar um início de carreira. A trama complexa que sustenta a formação inicial desemboca na passagem do aluno universitário para o professor responsável de uma sala de aula. (Pacheco e Flores, 1999) 1.2 Características dos professores iniciantes Ainda que a inserção docente e o período que se sucede depois desta sejam momentos singulares e vividos de maneiras diferentes entre os indivíduos, algumas características presentes durante esse período são comuns a grande parte dos professores iniciantes mesmo que sejam experienciadas em intensidades diferentes. Este período, porém, é uma etapa profissional rica em aprendizados e na construção de saberes já que “o professor, depois de concluir o curso numa instituição de formação passa por uma intensa fase de aprender a ensinar em que redefine e consolida a sua atuação na procura de um equilibro pessoal e profissional.” (Pacheco e Flores,1999) Atrelado à esta construção de saberes desenvolve-se, principalmente, os saberes experienciais que segundo Tardif (2002) podem ser traduzidos no saber-fazer e saber-ser mas que só florescem na prática: “Os próprios professores, no exercício de suas funções e na prática de suas profissões, desenvolvem saberes específicos, baseados em seu trabalho cotidiano e no conhecimento de seu meio. Esses saberes brotam da experiência e são por ela validados” (p. 33) Dentro do desenvolvimento profissional a inserção docente é entendida como um continuum, onde as experiências e saberes acumulados durante os anos vividos nos bancos escolares como aluno bem como na formação inicial são utilizados como tentativa e erro na iniciação na carreira e estas práticas refletidas e reformuladas na formação contínua a fim de encontrar uma identidade profissional. (Lima, 2006). Entretanto, a inserção à docência pode vir a ser traumática para o professor iniciante: “Com efeito, contrariamente ao que se verifica noutras profissões, a entrada no ensino é brusca e repentina, pois o professor nóvel tem de desempenhar as mesmas tarefas e de assumir as mesmas funções que um professor com experiência. Acresce, muitas vezes, o fato de se ver confrontado com os horários e as turmas mais problemáticas, encontrando- se, frequentemente, isolado e com pouco apoio por parte dos colegas e da escola.” (Pacheco e Flores, 1999, p.111) O fato de ter que desempenhar as mesmas funções que um professor experiente sem estar preparado para a prática é traduzido no aspecto da sobrevivência ou: “[...] o “choque do real” a constatação da complexidade da situação profissional: o tatear constante, a preocupação consigo próprio (“Estou a me aguentar?”), a distância entre os
  • 4. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA ideais e as realidades cotidianas da sala de aula, a fragmentação do trabalho, a dificuldade em fazer face, simultaneamente, à relação pedagógica e à transmissão de conhecimentos, a oscilação entre relações demasiado intimas e demasiado distantes, dificuldades com alunos que criam problemas, com material didático inadequado, etc.” (Huberman, 1997, p. 39) Huberman ao desenhar os elementos que constituem a fase de entrada na carreira aponta um outro aspecto, o da descoberta que permite que o professor suporte o primeiro: “[...] o aspecto da descoberta traduz o entusiasmo inicial, a experimentação, a exaltação por estar, finalmente, em situação de responsabilidade (ter a sua sala de aula, os seus alunos, o seu programa), por se sentir colega num determinado corpo profissional. Com muita frequência, a literatura empírica indica que os dois aspectos, o da sobrevivência e o da descoberta, são vividos em paralelo e é o segundo aspecto que permite aguentar o primeiro.” (Huberman, 1997, p.39) Somados, então, a grande carga de aprendizados estes aspectos e a intensidade de como são vividos podem classificar a iniciação à docência como negativa ou positiva e, assim, afetar a prática do professor, haja vista que a identidade construída aqui, implicará em posturas profissionais diferentes, ou seja, um início de carreira pode condizer (ou não) com a imagem construída por ele próprio ao longo da formação inicial. A literatura tem evidenciado as dificuldades de início de carreira pois como categoriza Fuller (1969 apud Silva, 1997) estas podem ser centradas em si próprio – insegurança quanto ao conteúdo, disciplina dos alunos e relação com os alunos e equipe gestora; de controle e organização – planejamento e organização de aulas e materiais; e preocupações com os alunos – gestão de problemas dos alunos e avaliação, por exemplo. Porém, a escola pode minimizar as dificuldades: “[...] ao tipo de acolhimento que é feito por parte da instituição. Sentir-se marginalizado, desprezado ou, pelo contrário, sentir-se num ambiente familiar, amparado e apoiado, dependendo do contexto que é proporcionado ao professor principiante, são fontes, respectivamente, de inícios difíceis e fáceis. (Loureiro, 1997, p. 142) Assim temos, além dos desafios propostos à formação inicial de articular conteúdos específicos e pedagógicos, a parceria entre a escola e a universidade que podem minimizar algumas dificuldades de fito organizacional e relacionadas ao preparo técnico do professor, e, quiçá, amenizar alguns asseios e dificuldades pessoais do professor iniciante. 1.3 O papel formativo da escola A partir do momento que a escola recebe o professor esta se responsabiliza por seu desenvolvimento profissional dentro do ambiente escolar, ou seja, por sua formação contínua, ao criar ambientes nos quais sejam possíveis refletir e discutir sobre práticas e desenvolver saberes docentes. A escola “tem um forte poder atrativo em relação aos professores, independentemente da idade, sexo, anos de experiência ou anos de permanência na escola” (Loureiro, 1997, p. 142), assim, para os professores iniciantes a escola precisa ser ainda mais atrativa para que haja a sustentabilidade da carreira. Segundo Lima (2006), a escola ao acolher o professor iniciante permite que seu crescimento profissional possa ocorrer sendo refletido e discutido com professores experientes para que não haja imposição de valores e culturas arraigadas do ambiente escolar, assim, o professor iniciante pode evitar a “imitação acrítica de condutas de outros professores e o isolamento” docente. (p.10)
  • 5. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA A necessidade de acolhimento do professor iniciante se dá por ser a fase mais delicada da carreira e que, portanto, não acarrete na desistência da profissão bem como a inversão de valores cultivados durante a formação inicial: “Quando alguém inicia a profissão docente, teme a falta de adequação dos seus modos de pensar e agir com o dos seus pares, não sabe a quem pedir ajuda, nem como pautar os seus procedimentos. É como se, da noite para o dia, deixasse subitamente de ser estudante e sobre os seus ombros caísse uma responsabilidade profissional, cada vez mais acrescida, para qual percebe não estar preparado”. (Silva, 1997, p. 53) Cabe, então, o questionamento sobre como a escola deveria contribuir para a formação, não somente do professor iniciante, mas de todos os professores que nela se encontram. É uma tarefa árdua e complexa, visto que os professores nem sempre têm as mesmas necessidades bem como as diferentes bagagens pedagógicas de cada um, frequentemente estes aspectos são ignorados durante a formação continuada já que esta propõe temáticas pensadas por profissionais que muitas vezes não conhecem a realidade escolar e ignoram os saberes docentes de cada professor a qual a formação será oferecida. Assim, essa problemática, confunde todos os envolvidos na educação pois cria momentos formativos desconexos com a realidade escolar como explica, Carrolo: “a Escola é questionada por todos. Não só quanto à sua existência (Ivan Illich) mas também quanto às formas e funções que eventualmente assume. O falhanço educacional e institucional da Escola pode conduzir os seus personagens – alunos e professores – a sentirem-se perdidos, “alienados de si”, sem saberem o que são, para onde vão, o que fazem e o próprio sentido do que fazem”. (1997, p. 24) Assim, esses modelos de formação desconsideram um dos princípios da formação continuada que “enquanto processo contínuo e permanente, a formação implica a consideração de vários aspectos ou vertentes que dizem respeito não só, em termos pessoais, ao próprio professor, mas também, em termos organizacionais, ao contexto escolar em que cada professor se insere”. (Pacheco e Flores, 1999, p. 132) A formação é um campo complexo, mas de inegável importância para o desenvolvimento profissional docente, já que o tornar-se professor acontece quando há a articulação entre o conhecimento teórico-acadêmico e o prático (Guarnieri, 2005), a escola é a ponte que une estes saberes e deve oferecer bem como estimular a formação contínua do professor, independentemente, se este é um professor iniciante ou experiente. Entretanto, a escola precisa ter um olhar mais cuidadoso com o professor em início de carreira, em todos os sentidos, disponibilizando formações contínuas que sejam significantes para este momento da carreira ao invés de propor um modelo que “alinha” todos os professores. “É durante os primeiros anos de ensino que se consolida um repertório de conhecimentos e destrezas, sobretudo de natureza prática, que se repercutirá no desempenho profissional, não só ao longo desta fase de iniciação, mas ao longo da carreira”. (Pacheco e Flores, 1999, p 111) Destacamos aqui, a importância de estimular o professor em início de carreira para que este explore esta fase de intensa aprendizagem, desenvolva elementos que enriquecerão a prática igualmente como aqueles que o manterão na carreira. Metodologia Este trabalho, de natureza qualitativa-interpretativa, debruçou-se sobre o processo de inserção docente de egressos do curso de Ciências Biológicas, licenciatura plena de uma Universidade Pública do interior do estado de São Paulo. A escolha por esse curso
  • 6. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA justifica-se por ser a primeira licenciatura da universidade e, portanto, ser a mais antiga das licenciaturas oferecidas pela Universidade. É um recorte de uma dissertação de mestrado que possui dois momentos metodológicos: a análise de questionários de todos os egressos das licenciaturas até o primeiro semestre de 2015 e entrevista com aqueles que entraram na carreira. O questionário foi construído com o intuito de delinear um panorama sobre o perfil e as características dos egressos e o que dizem sobre sua formação inicial, a sua inserção docente, a formação continuada recebida até o momento e a contribuição formativa da escola para o seu desenvolvimento profissional. Em novembro de 2015 foi feito o pedido para o departamento responsável pelos registros acadêmicos dos alunos de uma lista com as informações dos egressos de todas as licenciaturas até o primeiro semestre de 2015. A universidade providenciou uma lista com todos os nomes e o ano de conclusão do curso e informou que não poderia fornecer nenhuma informação adicional. Assim, com a ajuda de ferramentas de buscas e das redes sociais foram encontradas 95% dos egressos, como pode ser observado na tabela abaixo: Tabela 1 Representação dos dados coletados através do uso do questionário. Fonte: feita pelas próprias autoras Quantidade de egressos Quantidade de questionários enviados Quantidade de questionários respondidos Quantidade de egressos que se inseriram na carreira Total 140 134 67 36 Porcentagem 100% 95,70% 47,80% 25,7% Para este trabalho foram analisados os 36 questionários daqueles que se inseriram na carreira docente, os quais estão identificados com as iniciais dos egressos. O questionário continha 12 perguntas entre abertas e fechadas e era dividido em quatro partes, a primeira eram questões que pretendiam compreender o perfil do egresso, a segunda parte tratava sobre a formação inicial, a terceira parte era sobre a inserção na docência e a última parte referia-se à formação contínua e como a escola contribuiu para o desenvolvimento profissional do egresso. O questionário foi encaminhado em janeiro de 2016 e após 15 dias foi enviado novamente para aqueles que não o responderam. Os questionários recebidos até a última semana de fevereiro foram analisados para este trabalho. Utilizou-se a análise de grelha a qual prevê uma leitura mais sistemática e objetiva dos questionários, traçando um panorama dos perfis dos egressos e os elementos mais relevantes de cada pergunta. (Bardin, 1970) Também, foi analisado o projeto político pedagógico do curso de Ciências Biológicas a fim de caracterizar o perfil profissional que o curso pretende formar e o perfil apontado pelos questionários. Resultados e discussão
  • 7. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Nessa discussão, trazemos os dados analisados dos questionários evidenciando as percepções dos egressos sobre sua formação e as articulações com o projeto político pedagógico do curso de Ciências Biológicas. Um elemento que chama a atenção no projeto do curso é que o perfil do profissional a ser formado é um professor para a educação básica, de ensino fundamental e/ou médio. Isso vai ao encontro com a resposta dos egressos quando questionados sobre a escolha do curso, a primeira decisão foi sobre ser professor e depois a identificação com o curso: “Primeiramente escolhi a profissão de professor, a opção por biologia foi feita pois era uma matéria da qual eu me familiarizava” (G. S. F, 2015) “O curso foi escolhido por acaso. A princípio a única escolha que tinha em mente é que cursaria alguma licenciatura.” (L. H. D, 2015) Isto é confirmado, também, pela quantidade de egressos que se iniciaram na carreira na escola pública (55%) contra os 22% que entraram na escola particular. Também é possível observar isso quando analisamos a questão sobre as expectativas ao terminar o curso, somente 4 alunos (11%) disseram não ter como expectativas lecionar enquanto que os outros 32 egressos variam entre lecionar e pesquisar, lecionar sem distinção de educação básica ou superior e outros somente lecionar em escolas públicas. Outro elemento relevante nessa questão é o aspecto pessoal que os egressos destacam como expectativas que é “ter a qualificação e a segurança necessária para exercer a docência de forma crítica e construtiva.” (F. A. C. G. P, 2015) Quando questionados sobre a contribuição de alguns itens para a formação docente dos mesmos, quanto às disciplinas específicas e pedagógicas 61% e 66%, respectivamente consideraram a contribuição muito boa/excelente. Essa porcentagem cai significativamente, quando se fala dos momentos de práticas pedagógicas e o estágio supervisionado, os problemas apontados variam desde a obrigação em realizar tais atividades, a dificuldade burocrática e o despreparo da escola para receber os estagiários e a incompreensão da função do estágio – tanto por parte do aluno estagiário quanto da escola que o recebe. O projeto político pedagógico do curso de Ciências Biológicas prevê a superação dessas dificuldades: “[...] a superação de alguns problemas graves abertos na realidade dos nossos cursos de formação de professores, tais como: (i) separação do quadro de referências teóricas/práticas dos conhecimentos específicos e da docência; (ii) tradição de proporcionar um conjunto de teorias, como “dádiva” inicial, que os professores tentam pôr em prática; (iii) apresentação de propostas pontuais e setoriais ao longo da grade curricular sem uma lógica curricular coerente como os novos paradigmas; (iv) expectativa de que a mediação do conhecimento específico feita pelo professor é suficiente para a promoção da aprendizagem; (v) ausência de proposições de situações interativas que permitam a cada um assumir o poder de dirigir a sua própria formação; (vi) entendimento da prática docente apenas como instrumento de aplicação da teoria e não como instrumento de investigação do professor em formação.” (Projeto Político Pedagógico, 2006, p. 14) O reflexo do processo de superação de tais dificuldades pode ser notado quando, em uma pergunta aberta, sobre a disciplina mais relevante do curso, sem a distinção sobre ser específica ou pedagógica, com exceção de um egresso, todos os outros 35 egressos citaram uma ou o conjunto de disciplinas pedagógicas, justificando terem sido momentos de reflexão e desenvolvimento pedagógico, no sentido de ser possível ter contato com muitas vertentes diferentes e a possibilidade de discuti-las livremente durante as aulas.
  • 8. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Essa postura é, fortemente, pontuada no projeto político pedagógico e respeitada durante o curso, já que o mesmo deve: “[...] ter consciência sobre essa caracterização do processo de formação para a docência, o que pode ter implicações na alteração de expectativas como, por exemplo, de que o curso de licenciatura vá ensinar a lidar com todas as situações com que venha a se defrontar o futuro professor e que as aprendizagens teóricas e práticas que podem se desenvolver no curso tenham efetivamente o poder de definir qualitativamente a futura prática; outro é que é preciso considerar que o aluno – futuro professor – ao iniciar o curso e cada disciplina do curso já apresenta concepções, crenças, valores muito arraigados sobre a profissão, o papel do professor e da escola, o que é ensinar e como se ensina e o que é aprender. Tais crenças, valores e concepções, que definem fortemente as decisões pedagógicas, podem passar intactas pelo curso, podem ser reforçadas ou, o que seria desejável, podem ser objetos de análise e reflexão que propicie o seu reconhecimento.” (2006, p. 29) Ainda que o curso ofereça um ambiente repleto de reflexões e possibilidades para o aluno enriquecendo a formação inicial a fim de formar um profissional preparado para “lidar com incertezas e provisoriedade, com o grande volume e a efemeridade do conhecimento científico e o de outras naturezas, e preparado para trabalhar com informações já existentes e produzir conhecimento novo.” (Projeto Político Pedagógico, 2006, p.12), o próprio projeto afirma que a “docência é entendida como uma profissão que é aprendida ao longo da vida.” (p.12) A formação inicial, contudo, não elimina situações inextricáveis ao processo de iniciação docente, as características apontadas pelos egressos variam da natureza pessoal – insegurança; desestímulo; choque do real (Huberman, 1997); dificuldades de organização (tempo, assunto, entre outros); problemas com o sistema; ter que trabalhar com salas lotadas e pedagogicamente mais exigentes, falta de respaldo da equipe gestora com situações diversas; falta de estrutura escolar e problemas resultantes da atribuição de aula como trabalhar em duas ou mais escolas, escolas distantes, salas mais complicadas são alguns exemplos. Os egressos também apontam algumas dificuldades inerentes ao ambiente escolar como: superação dos “preconceitos” e julgamentos de outros profissionais; falta de acolhimento da equipe gestora, indisciplina escolar, desmotivação por parte dos outros professores, dificuldade em quebrar paradigmas e ir além dos padrões estabelecidos e, o mais grave de todos a exoneração por “não se adaptar”. Já quanto à formação inicial foram destacados três pontos relevantes para a reflexão tanto do papel formativo da universidade quanto da escola, o primeiro está relacionado com o despreparo dos egressos frente as atividades burocráticas e organizacionais da escola, “Eu não sabia nem como organizar uma lousa” (G. R. D, 2015); “Gostaria que a universidade tivesse trabalhado questões de leis, direitos e deveres do professor.” (J. N, 2015) O segundo ponto está relacionado ao preparo metodológico da universidade, principalmente com alunos com necessidades especiais e, por fim, o terceiro ponto está relacionado a dicotomia entre universidade com a escola que resulta em dificuldades de relacionar conteúdos teóricos e práticos e de constitui-se como professor. Outras adversidades vividas pelos egressos relacionam-se com as dificuldades de aprendizagem dos alunos, o não envolvimento dos pais com desenvolvimento escolar do filho, a exigente jornada de trabalho, as políticas de responsabilização e cobrança por índices em avaliações externas, apesar de se sentirem seguros em relação ao conteúdo os egressos sentiram a insegurança em assumir o papel de professor e, por fim, e talvez o mais complexo, mais de metade dos egressos (57%) sentiram muito intensamente ou intensamente o desgaste emocional resultando em doenças físicas e psicológicas, isolamento docente e até exonerações (7%).
  • 9. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA “O ambiente escolar é um dos mais insalubres existentes na questão emocional e física também. [...] Não há emocional que aguente salas lotadas, descaso com os professores, falta de respeito, falta de estrutura familiar dos alunos...” (C. G. R. S., 2015) “Pedi exoneração do meu cargo em 2013 por não me adaptar ao sistema.” (L. A. S., 2015) O último aspecto abordado nos questionários é referente a formação continuada dos egressos, mais da metade (57%) destes são professores efetivos e mais da metade (71%) está com um tempo de dois a cinco anos de profissão, os momentos de formação oferecidos pela escola são os considerados menos relevantes para os egressos, a Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC) – reunião com fito pedagógico conduzida pelo coordenador com fins formativos - não apresentou nenhuma relevância para nenhum dos egressos; enquanto que as orientações técnicas presenciais ou à distância foram destacadas como pouca significativas, já que são desconexas com o currículo e indiferentes as necessidades do professor iniciante. As formações evidenciadas foram as especializações buscadas pelos próprios egressos em nível de pós-graduação nos cursos de mestrado e doutorado ou outras graduações (66%) bem como a participação de grupos de pesquisas (25%) e congressos em educação (11%). Isso indica que a escola como lócus de formação para o professor iniciante poderia estar articulada com universidades, já que os egressos apontam que a escola oferece a realidade escolar a ser trabalhada e os conteúdos teóricos suportam este trabalho. “A maior parte das coisas que utilizei, do ponto de vista metodológico, aprendi na sala mesmo e em minha pós (mestrado em educação)” (A. L. F. R., 2015) Por fim, quando questionados sobre o papel formativo da escola para a formação e o trabalho docente, os egressos salientam que a escola deve oferecer momentos de reflexão, diálogo e trabalho coletivo bem como oferecer condições para o trabalho docente, também destacam a distorção dos momentos formativos, transformando-os em um canal de recados ou execução de trabalhos burocráticos. Igualmente, destacam a escola como um obstáculo a ser superado pois muitos são os fatores que diminuem o trabalho docente a tarefas burocráticas e desmotivam o professor iniciante em busca de uma identidade profissional e uma prática coerente com seus valores ao invés de repetir padrões deformados pela cultura escolar. “A escola é um ambiente de aprendizagem mútua, de construção de cidadania, de troca de experiências de vida entre discentes e docentes e mais do que tudo: deve ser um ambiente em que se respeitem as diversidades e se discutem para aprimoramento do sendo crítico do docente para com seus discentes.” (F. A. S. L., 2015) “Sinto muita falta de espaços para discussão na escola, pois lá tudo se encontra estabelecido e delimitado, geralmente com regras que as pessoas nem sabem porque as fizeram.” (E, C, R., 2005) “As escolas a partir de pressões ideológicas, materiais e estruturais condicionam o trabalho do professor o isolando e podando a sua força pedagógica criadora. Os professores, infelizmente, transformam, a partir do estranhamento de si e do outro, bem como de seu trabalho, as condicionantes em determinantes e são incapazes de se desenvolver.” (A. L. F. R., 2015) É possível perceber no projeto político pedagógico do curso de ciências biológicas a expectativa de possibilitar uma formação inicial articulada com a escola e isso pode, de fato, estar se realizando: “Penso que a escola, em conjunto com as faculdades de licenciatura, deve trabalhar unidas de forma que o professor possua os mecanismos necessários à estruturação do conhecimento do professor em formação, possibilitando um trabalho pedagógico efetivo que possa ser cumprido na escola, principalmente na articulação com os professores efetivos que recebem estes professores em formação. A escola deve se preocupar em
  • 10. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA possibilitar que seus professores tenham uma atuação crítica e inovadora valorizando a autonomia de cada docente, caracterizando o professor como principal agente da educação transformadora desde as fases iniciais da sua formação.” (F. A. C. G P., 2015) Há dificuldades da universidade em estabelecer parcerias com a escola e desta se vislumbrar enquanto formadora. Exige-se, portanto, para a superação destas dificuldades, a construção de novas concepções das duas instituições, a universidade em articular os conteúdos teóricos e práticas a partir da realidade escolar e a escola reconhecer o seu papel formativo para com o professor. Considerações finais O perfil do aluno desejado pelo curso representa o aluno formado pela universidade: são alunos que se inserem na carreira, grande parte na rede pública de ensino e que procuram desenvolver-se profissionalmente e responder ao desafio de “lidar com a incerteza e a provisoriedade” (Projeto Político Pedagógico, 2006) a fim de produzir novos conhecimentos. Destacamos aqui que os egressos se sentem seguros e bem preparados para exercer a profissão, mas são indiferentes ao ambiente escolar e assim enfrentam dificuldades de vários aspectos, inclusive emocional. Também percebemos o isolamento docente e as características de início de carreira citadas na literatura que se apresentam com maior ou menor intensidade dependendo mais das idiossincrasias de cada egresso. É necessário, portanto, a superação de alguns limites traçados pela formação inicial e a continuada, já que o entrelaçamento de ambas pode contribuir nos diversos sentimentos gerados no início da carreira docente. O estabelecimento de parcerias entre a universidade e escola, a partir da construção conjunta de saberes docentes na qual a escola também se perceba como um espaço formativo, apresentando-se como uma alternativa para os modelos formativos. Especificamente com os professores iniciantes, a escola pode contribuir para o desenvolvimento profissional, oferecendo acolhimento e formação continuada pensados nas necessidades desses professores buscando discutir os valores e práticas que constituem uma cultura escolar e promover um ambiente que forme o professor e não o deforme. Referências Bibliográficas BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1970. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) BRZEZINSKI, I. Políticas contemporâneas de formação de professores para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Educ. Soc. , Campinas, vol. 29, n. 105, p. 1139-1166, set./dez. 2008 Disponível em http://www.cedes.unicamp.br CARROLO, C. Formação e identidade profissional dos professores. IN: ESTRELA, M. T. (Org.). Viver e construir a profissão docente. Portugal: Porto Editora, 1997.
  • 11. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA GUARNIERI, M. R. Aprendendo a Ensinar: o caminho nada suave da docência/ Maria Regina Guarnieri (org.). 2ª edição. Campinas. Autores Associados , 2005. HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, António (Org.). Vidas de Professores. Porto: Porto Editora, número 4, 1997. LIMA, E. F. Sobrevivências: no início da docência/Emília Freitas de Lima (org.) Brasília: Líber Livro Editora, 2006. LOUREIRO, M. I. O desenvolvimento da carreira dos professores. IN: ESTRELA, M. T. (Org.). Viver e construir a profissão docente. Portugal: Porto Editora, 1997. SÃO CARLOS. Projeto político pedagógico do curso de licenciatura em ciências Biológicas/Integral. 2006 SILVA, M. C. M. da. O primeiro ano da docência: o choque com a realidade. IN: ESTRELA, M. T. (Org.). Viver e construir a profissão docente. Portugal: Porto Editora, 1997. PACHECO, J. A.; FLORES, M. A. Formação e avaliação de Professores. Portugal: Porto Editora LDA, 1999. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Editora Vozes, 2002