O documento discute a relação dos jovens brasileiros com a cultura nacional versus estrangeira, citando obras de Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade que abordaram esse tema nos anos 1920. Artigos de 2007 mostram que alguns jovens rejeitam aspectos culturais brasileiros em favor de influências estrangeiras, enquanto outros se orgulham da cultura nacional.
1. Nacional ou importada: qual a cara do
Brasil?
Muitos jovens rejeitam certos aspectos da
cultura nacional, mostrando-se avessos a
músicas, filmes, hábitos e até a comidas
brasileiras. Por outro lado, existem jovens
entusiastas de tudo que se refere ao Brasil. A
questão não é nova. Já se colocava na década
de 1920, quando Tarsila do Amaral pintou a tela
"Abaporu" e Oswald de Andrade lançou o
"Manifesto Antropofágico". O que você pensa da
questão?
ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDÉIAS A SEGUIR:
Abaporu
O Abaporu, de Tarsila do Amaral
A tela "Abaporu", de Tarsila do Amaral, de 1928, inspirou o escritor Oswald de Andrade na
composição do "Manifesto Antropofágico", que propunha deglutir todas as influências
estrangeiras para criar uma produção artística e cultural única e própria.
Brasil: ame-o ou ame-o
"Eles não estão nem aí para o último hype da parada inglesa nem para a mais nova sensação
de Hollywood. Seja por uma identificação maior com os temas, seja pela facilidade de entender
as mensagens ou simplesmente por afinidade, muitos jovens não abrem mão do produto
nacional quando assunto é cultura. E não são apenas o samba ou a bossa nova, criações
tipicamente brasileiras, que agradam esses adolescentes. O rock e o cinema nacionais
2. também são motivo de orgulho."
(Leticia de Castro, "Brasil: ame-o ou ame-o", Folhateen, 07/05/2007)
Bye bye Brasil
"Motivo de orgulho nacional para muitos, a cultura brasileira sofre na mão de alguns
adolescentes, que preferem a música, os programas de TV, as comidas e o cinema
estrangeiros a qualquer coisa que seja produzida por aqui. No último mês, o debate esquentou
a seção de cartas do Folhateen, que ficou dividida entre uma maioria que ama e uma minoria
que detesta aspectos tradicionais de nossa cultura: MPB e samba, novelas e até delícias da
gastronomia, como vatapá, moqueca, bobó de camarão e feijoada. O estopim foi uma carta do
leitor Leandro Sarubo, 18. Comentando uma reportagem que listava as três piores séries em
exibição na TV dos EUA, ele dizia que 'nenhum produto nosso consegue ser menos medíocre
que essas três séries'."
(Leandro Fortino, "Bye bye Brazil", Folhateen, 21/01/2007)
Ser adolescente no Brasil
"Li hoje uma matéria do Folhateen sobre os jovens que não se identificam com a cultura do
Brasil e detestam MPB e feijoada, curtem rock alternativo e adoram fast-food. A reportagem
traz também entrevistas com um sociólogo e um professor que ficaram horrorizados com isso.
Não vejo motivo para tanto espanto. Numa sociedade tão desigual quanto a brasileira, nada
mais óbvio do que isso. Como um jovem, principalmente das regiões Sul e Sudeste, que
cresceu já com acesso à Internet e à TV paga, vai se identificar com barracão de escola de
samba? Ou, ao contrário, como um jovem que estudou nessas cada dia piores escolas
públicas, excluído digital, vai saber o que é Arcade Fire?"
Texto postado no dia 22/01/2007 no blog de Thaís Gonzaga.
Antes de escrever
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões
feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões
para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.
Observações:
O seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa;
O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração;
O texto deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
Tendo como base as idéias apresentadas nos textos acima, faça uma dissertação sobre o
tema” Nacional ou importada: qual a cara do Brasil?”