O documento discute as alterações cardiovasculares relacionadas ao envelhecimento, incluindo o aumento da incidência de doenças como hipertensão e síndrome arterial coronariana. Também aborda condições como hipotensão ortostática, síncope e tonteiras, seus sintomas e tratamentos.
2. Envelhecimento
Patológico
As alterações estruturais e funcionais do sistema
circulatório que ocorrem no envelhecimento
facilitam o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares que podem tornar o
envelhecimento mal-sucedido.
3. Aspectos Gerais
Número de células miocárdicas não aumenta após
desenvolvimento neonatal.
Alterações bioquímicas e anatômicas com o
envelhecimento, mas podem ser por doenças, ou
relacionadas ao estilo de vida.
Estreita relação entre fenômenos fisiológicos e
patológicos, às vezes difícil diferenciação clínica.
Elevada incidência de doenças cardiovasculares.
4. Hipertensão
60% entre brancos e 71% entre negros com mais de 60 anos de idade,
mais de 50% desses pacientes não recebem tratamento adequado.
Pressão sistólica superior a 14 cm de mercúrio e uma pressão
diastólica superior a 9 cm de mercúrio;
Causas e consequências
Tratamento
5. Hipotensão Ortostática
É uma redução excessiva da pressão arterial ao
adotar a posição vertical, o que provoca uma
diminuição do fluxo sanguíneo ao cérebro e o
consequente desmaio.
Reações compensatórias falhas ou lentas, levam a
hipotensão ortostática.
6. Hipotensão Ortostática
Não é uma doença específica, mas antes uma
incapacidade de regular a pressão arterial
rapidamente. Pode ser devida a diversas causas.
Os episódios de hipotensão ortostática ocorrem,
habitualmente, por efeitos secundários dos fármacos,
em especial, nos idosos.
7. Hipotensão Ortostática
As hemorragias ou uma perda excessiva de líquidos
por vómitos intensos, diarreia, sudação excessiva,
diabetes não tratada ou doença de Addison podem
provocar uma redução do volume de sangue
circulante.
8. Sintomatologia
Desmaios, enjoos ligeiros, vertigem, confusão ou
visão esfumada.
A fadiga, o exercício, o álcool ou uma comida
copiosa podem agravar os sintomas.
Síncope e convulsões.
9. Tratamento
Não sentar, nem pôr-se de pé bruscamente, nem
permanecer de pé imóveis durante muito tempo.
Meias de compressão elásticas podem ser úteis.
Aumento do consumo de sal.
10. Tratamento
Os idosos com hipotensão ortostática deverão beber
muitos líquidos e pouco ou nenhum álcool. No
entanto, devido à retenção de sal e de líquidos, uma
pessoa pode aumentar rapidamente um ou dois
quilogramas de peso e desenvolver uma
insuficiência cardíaca por culpa desta dieta rica em
sal, sobretudo nas pessoas com mais idade.
11. Síndrome Arterial
Coronariana
Arteriosclerose Aterosclerose
Aterosclerose: Doença multifatorial, lenta e
progressiva, resultante de uma série de respostas
celulares e moleculares altamente específicas.
13. Síndrome Arterial
Coronariana
Especificamente, uma dieta rica em gordura, o
tabagismo e o sedentarismo aumentam o risco de
doença arterial coronariana.
A doença aterosclerótica é a principal representante
dos processos patológicos cardiovasculares ligados
ao envelhecimento.
14. Síndrome Arterial
Coronariana
O índice de mortalidade na faixa de 35 a 55 anos é
maior em homens.
Após os 55 anos, o índice de mortalidade para os
homens diminui, enquanto o das mulheres continua
a aumentar (devido a menopausa).
O melhor tratamento é a prevenção.
15. Tonteiras
É um termo usado frequentemente para descrever
dois sintomas diferentes: desfalecimento e vertigem.
Sensação de desfalecimento é a impressão de que
você pode desmaiar.
Vertigem é a sensação de que você está girando ou se
movendo, ou de que o mundo está girando ao seu
redor.
16. Tonteiras
A tontura com sensação de desfalecimento acontece
quando seu cérebro não recebe sangue suficiente. Isso
pode acontecer devido a: uma queda repentina de
pressão arterial, desidratação (vômito, diarreia, febre),
levantar muito rapidamente depois de estar sentada ou
deitada (isso é mais comum em pessoas de mais idade).
17. Tonteiras
Outros problemas graves que podem causar tonteira
são: problemas cardíacos, derrame, hemorragia
interna, choque.
Ocasionando sintomas como: dor no peito,
taquicardia, perda fala ou alterações na visão.
18. Síncope
Breve perda da consciência ou desmaio. Ela ocorre
quando não há oxigênio suficiente circulando pelo
sangue para irrigar o cérebro, podendo estar
relacionada a uma queda súbita de pressão a
alterações no ritmo cardíaco ou na quantidade de
sangue em circulação pelo organismo.
19. Sintomas
Sentir-se zonzo(a);
Sentir tontura;
Sentir-se sonolento(a) ou grogue;
Palidez, sudorese; Fraqueza no corpo
Sentir o coração batendo irregularmente com uma
sensação de vibração no peito, seguida de zonzeira.
20. Síncope
As síncopes em idosos geralmente são multicausais e
predominantemente de origem cardíaca ou
neurológica, o que determina maior mortalidade
nesta faixa etária ;
As causas cardíacas correspondem a 47% dos
diagnósticos, sendo a taquicardia ventricular a mais
comumente identificada, seguida pela disfunção do
NÓ sinusal.
21. Síncope
Hipotensão ortostática – queda de pressão súbita
quando a pessoa se levanta rapidamente da posição
deitada ou sentada ;
Traumatismo (lesão) da cabeça .
22. Tratamento
O tratamento depende da causa da síncope. Pode ser
necessário utilizar medicações, corrigir alterações
cardíacas através de cirurgias, utilizar marcapassos
ou cardiodesfibriladores (CDI), realizar ablação de
arritmias, suspender medicações que provoquem
desmaios, evitar situações que predisponha à
síncope.
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Envelhecer ainda é a única maneira que se
descobriu de viver muito tempo.
Charles Saint-Beuve
Hinweis der Redaktion
De fato, o envelhecimento se acompanha do aumento da incidência morbidade, mortalidade e piora da qualidade de vida relacionadas às doenças cardiovasculares. Algumas alterações biológicas esperadas no idoso com o envelhecimento ocorrem no sistema cardiovascular. No sistema cardiovascular, quando o idoso é submetido a um esforço, ocorre uma diminuição na capacidade do coração de aumentar o número e a força dos batimentos cardíacos. Com o envelhecimento, ocorre também redução da frequência cardíaca em repouso, aumento do colesterol, como também da resistência vascular, com o consequente aumento da tensão arterial.
Quando uma pessoa se levanta bruscamente, a gravidade faz com que uma parte do sangue se detenha nas veias das pernas e na parte inferior do corpo. A acumulação reduz a quantidade de sangue que volta ao coração e, portanto, a quantidade bombeada. A consequência disso é uma descida da pressão arterial. Perante esta situação, o organismo responde rapidamente: o coração bate com mais rapidez, as contracções são mais fortes, os vasos sanguíneos contraem-se e reduz-se a sua capacidade. Quando estas reacções compensatórias falham ou são lentas, verifica-se a hipotensão ortostática.
Os episódios de hipotensão ortostática ocorrem, habitualmente, por efeitos secundários dos fármacos, sobretudo os que se administram para combater problemas cardiovasculares e, em especial, nos idosos. Por exemplo, os diuréticos, especialmente os potentes e em doses elevadas, podem reduzir o volume do sangue devido ao facto de eliminarem líquido do organismo e, portanto, reduzirem a pressão arterial. Os fármacos que dilatam os vasos sanguíneos (como os nitratos, os antagonistas do cálcio e os inibidores do enzima de conversão da angiotensina) aumentam a capacidade dos vasos e, por isso, também diminuem a pressão arterial. As hemorragias ou uma perda excessiva de líquidos por vómitos intensos, diarreia, sudação excessiva, diabetes não tratada ou doença de Addison podem provocar uma redução do volume de sangue circulante. Os sensores arteriais que desencadeiam as respostas compensatórias, às vezes, deterioram-se pela acção de certos fármacos, como os barbitúricos, o álcool e os fármacos utilizados para tratar a hipertensão arterial e a depressão. As doenças que lesionam os nervos que regulam o diâmetro dos vasos sanguíneos podem também causar hipotensão ortostática. Estas lesões são uma complicação frequente da diabetes, da amiloidose e das lesões da medula espinal.
Uma redução acentuada do fluxo de sangue ao cérebro pode provocar uma síncope e inclusive convulsões
Arteriosclerose: as artérias ficam mais espessas e se tornam menos elásticas. Causada pelo próprio envelhecimento do organismo. Aterosclerose: caracterizada pelo acúmulo nos vasos do colesterol ruim, o LDL. Como também o processo inflamatório que acompanha a de formação das placas de colesterol. A aterosclerose coronariana se desenvolve gradualmente, em virtude de depósitos de gordura , colesterol , cálcio , colágeno e outros materiais que vão se depositando sobre a parede das artérias , restrigindo o fluxo sangüíneo . Às vezes uma fissura, laceração ou ruptura de uma placa permite que o sangue penetre em seu interior, formando um coágulo que pode crescer, se desprender e ocluir a artéria , ocasionando um infarto ; a trombose produzida por uma placa é o principal responsável pelos eventos cardiovasculares súbitos ou agudos. A doença arterial coronariana é um distúrbio no qual depósitos de gordura acumulam-se nas células que revestem a parede de uma artéria coronária e , conseqüentemene, obstruem o fluxo sangüíneo. Os depósitos de gordura (denominados ateromas ou placas) formam-se gradualmente e desenvolvem-se nos grandes ramos das duas artérias coronárias principais, as quais circundam o coração e provêem sangue ao mesmo. Esse processo gradual é conhecido como aterosclerose. Os ateromas produzem proeminências no interior da luz das artérias, estreitando-as. À medida que os ateromas crescem, alguns se rompem e fragmentos livres caem na corrente sangüínea ou pode ocorrer a formação de pequenos coágulos sangüíneos sobre sua superfície. Para que o coração se contraia e bombeie o sangue normalmente, o músculo cardíaco (miocárdio) necessita de um fornecimento contínuo, através das artérias coronárias, de sangue enriquecido de oxigênio. No entanto, à medida que a obstrução de uma artéria coronária agrava, pode ocorrer uma isquemia (irrigação sangüínea inadequada) do miocárdio com conseqüente lesão cardíaca. A causa mais comum de isquemia do miocárdio é a doença arterial coronariana, cujas principais complicações são a angina e o infarto do miocárdio. Especificamente, uma dieta rica em gordura, o tabagismo e o sedentarismo aumentam o risco de doença arterial coronariana.
Arritmias, hipertensão e alterações dos vasos que levam o sangue para o ouvido, como é o caso da aterosclerose, alteram o fluxo de sangue que vai até o labirinto.