1. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa
Aquecimento Global: Realidade e Fantasia
Foi verificado durante a pesquisa que muitas das idéias correntes precisavam ser revisitadas,
não somente porque são erradas diante da natureza do planeta, mas também por serem perniciosas
para a própria sobrevivência da humanidade.
Para estudar qualquer fenômeno ocorrido na superfície e subsuperfície do planeta é funda-
mental incluí-lo no conceito histórico/geológico.
O raciocínio básico para a sugestão das mudanças que vão ser expostas é o seguinte: a Terra,
como a conhecemos hoje, é um sistema fechado configurando um momento passageiro de um pro-
cesso contínuo de evolução sinérgico/físico/químico entre a energia do Sol (insolação) e a composi-
ção química da atmosfera, desde determinado ponto do seu resfriamento.
As modificações no seu grau de energia são contínuas e constantes, tanto internas (energia
da Terra) como externamente (energia do Sol). É o mesmo que dizer: os fenômenos que se passam na
Terra fazem parte de um conjunto indivisível, e têm de ser assim compreendidos e aproveitados, ja-
mais modificados. Não há nem modos nem meios do homem modificar qualquer parâmetro natural.
O homem é fragilíssimo perante qualquer fato das manifestações da natureza: tempestades, tornados,
terremotos, tsunamis, raios, enchentes, etc. Diante dessas manifestações o homem não tem a mínima
chance de sobreviver se diretamente atingido por elas, quanto mais modificá-las. Todos os fenôme-
nos mencionados são tão antigos quanto a Terra.
A variedade dos fenômenos antigos e presentes na superfície do globo, não pode ser estudada
individualmente como vem sendo feito, pois as conclusões tornam-se conflitantes e mesmo dispara-
tadas. Assim, paleontólogos a estudar fósseis, oceanógrafos os mares, ictiólogos os peixes, botânicos
os vegetais, físicos a propagação de ondas, petrógrafos a estudar lâminas delgadas de rochas etc., isto
dá como resultado a confusão existente. Precisamos primeiro conhecer o conjunto do funcionamento
da Terra, e então nos aprimorarmos em seus variados ramos de conhecimento, ou especializações
científicas. A raiz torna-se unificada e comum para todos os cientistas.
Por que a temeridade pelo CO2?
Os efeitos do gás carbônico são temidos apenas pelo desconhecimento do que chamamos
Ciclo da Energia.
Sabe-se que quando o petróleo é queimado em motores, ele se desfaz nos seus componentes
químicos, água e gás carbônico, do mesmo modo que o álcool e os chamados biocombustíveis.
É evidente que, se o índice de CO2 for medido em determinado momento e lugar, onde o
número de veículos for grande, é possível medir-se um número maior do que os 0,032 % presentes
na atmosfera, mas de modo algum o índice medido desta maneira, poderá ser transferido para a at-
mosfera da Terra, pois é irreal. Se no mesmo lugar da primeira medida fizer-se uma nova, em outro
horário, quando o tráfego de veículos for menor, veremos que o índice de CO2 também será menor.
Na escala geológica não há nenhuma alteração. Não há possibilidades de qualquer gás, inclusive o
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2. Aquecimento Global
CO2, acumular-se localizadamente!
Os altos índices obtidos localmente são imediatamente dissolvidos nos gases da atmosfera:
1. Pelo movimento de rotação da Terra que se faz a 460m/seg.
2. Pelo próprio funcionamento da troposfera, que é uma camada aquecida de baixo para
cima, e está em permanente turbulência.
3. Pelos ventos.
Esses fatores misturam o ar atmosférico deixando-o praticamente homogêneo dentro da tro-
posfera. As medidas locais do teor de CO2 impressionam e geram reportagens assustadoras para o
povo em geral. Geologicamente é uma medida errada.
Manutenção do Índice de CO2 na Atmosfera
Depois da invenção do motor a combustão interna, a produção de gás carbônico para a at-
mosfera foi melhorada, contribuindo para a manutenção do índice deste gás presente na atmosfera do
planeta. Outro fator que contribui para a manutenção do índice de CO2 é o fato de que sendo os vege-
tais energia concentrada do Sol e ajudados pelas condições secas da atmosfera, entram em combus-
tão, dessa maneira também devolvendo novas cargas de CO2 para o ambiente. Por isso, vale lembrar
que nem sempre os incêndios verificados nas florestas são criminosos. Observar que os animais não
resistem às queimaduras ou a incêndios. Entretanto, após os incêndios as florestas reflorescem com
mais vigor. Os meios modernos de comunicação registram apenas com muita ênfase os incêndios. A
regeneração precisa de mais tempo para ser observada.
A fórmula da fotossíntese deixa claro o processo dinâmico de funcionamento da atmosfera:
os vegetais fixam o CO2 formando combustível, e liberam O2, o comburente da natureza.
O ciclo da energia continua girando e continuará assim até que um dos seus elos se quebre, e
só há um elo fraco neste ciclo: a porcentagem do gás carbônico que está ao redor de 0,032%, ou seja,
está reduzidíssima, e só a ajuda dada pela queima de petróleo por parte dos humanos (só nós fazemos
isso) poderá facilitar uma sobrevida a todos. Essa pequena porcentagem de CO2 na atmosfera é que
sustenta os vegetais, tanto subaéreos como submarinos, que por sua vez sustentam a vida animal,
tanto subaérea como submarina.
O uso do petróleo na movimentação das máquinas passou a devolver para a atmosfera o mes-
mo gás que é retirado pelos vegetais para seu crescimento e alimentação. Passa haver uma reposição
do gás, anteriormente apenas retirado, entretanto não há equilíbrio entre a retirada do gás e a reposi-
ção do mesmo. É muito maior o índice da retirada do CO2 da atmosfera do que a reposição, devido
ao grande número de vegetais consumidores, em relação aos humanos e suas máquinas. Vale ressaltar
que, os vegetais são todos verdes em qualquer latitude ou longitude, e em qualquer ambiente, seja ele
subaéreo e/ou submarino. A máquina de retirar carbono da atmosfera é maior e mais eficiente do que
a de repor. A energia da máquina de retirar CO2 é infinita: a luz do Sol.
A quantidade de CO2 atualmente é ínfima (0,032%) e decrescente, misturado em despropor-
cional quantidade de N2 (78%) e O2 (21%) na atmosfera. Evitar a queima de combustíveis é uma ati-
tude suicida coletiva! Ao contrário, para prolongar a vida na superfície da Terra é preciso incrementar
o uso de combustíveis a taxas maiores do que as usadas atualmente. Os países industrializados é
que sustentam a precária taxa de 0,032% de CO2. Todos os países precisam industrializar-se para
gerar trabalho e como conseqüência aumentar essa taxa. Apesar disto, não temos dúvida que a Terra
será desertificada dentro de algum tempo imprevisível, mas fatalmente certo (Fig. 2.3). No passado
longínquo a quantidade de CO2 era máxima e atualmente passa por um mínimo tendendo a zero. A
quantidade máxima foi toda transformada em petróleo, que estamos usando atualmente. Dentro deste
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3. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa
raciocínio, a humanidade, os outros animais e as plantas correm o risco de extinguirem-se, não pelo
aquecimento global, mas por falta de alimentos se o ar atmosférico ficar privado da sua carga atual
de CO2.
Efeito Estufa?
Outro mito que tem sido cultivado à exaustão, sem qualquer fundo de verdade, é o chamado
“Efeito Estufa”, que tem como característica sua perniciosidade.
Haveria uma alta concentração do CO2, que impediria a saída de parte da insolação, aumen-
tando a temperatura na superfície do planeta. Isso seria o raciocínio correto caso não existissem os fa-
tores que misturam o ar, anteriormente citados, e outro fenômeno em contrabalanço – a fotossíntese.
Há uma ligação direta entre os índices de gás carbônico na atmosfera e a quantidade dos vegetais na
superfície do globo, de maneira tal que, uma quantidade do gás formado em qualquer combustão, é
imediatamente absorvida através do processo fotossintético.Todos os vegetais que vivem na superfí-
cie da Terra alimentam-se e crescem em função direta da existência do CO2. Foi a primeira conclusão
feita pelo pesquisador do fenômeno da fotossíntese, Jan Ingenhousz4. O gás carbônico é o alimento
natural dos vegetais e sem ele desapareceriam, seguindo-se a eles os animais, que se alimentam do
mesmo gás, apenas que indiretamente.
Sumariamente, só existe o “efeito estufa” na imaginação de empresários e políticos com
interesses pessoais sobre o assunto.
Sabendo dessa informação, não há porque temer:
Elevação do nível do mar
O nível do mar é único. A sua variação é local e chama-se maré (maré alta ou preamar e
baixa ou baixa-mar). E depende apenas da posição da Lua no seu giro ao redor da Terra, levemente
reforçada pela gravidade do Sol. A quantidade da água do planeta é fixa, e o seu nível nunca variou
e jamais vai variar. Os continentes é que sofrem movimentos verticais de subida e descida, dando
uma impressão errada a alguns observadores. Quando o movimento do continente é de subida, movi-
mento geologicamente violento, forma montanhas, exemplo da cadeia andina. Quando o movimento
do continente é de descida, movimento geologicamente lento, começam a submergir as margens
continentais (praias, estuários, construções, etc.). A paisagem das fotos da plataforma continental
brasileira mostra parte do continente sul-americano já submerso, nas águas do Oceano Atlântico,
tanto ao norte (Fig. 2.4) como no sul (Fig. 2.5), fenômeno observado em toda a costa atlântica, e bem
evidente nas cidades litorâneas. O fato nada tem a ver com a elevação do nível do mar.
Escassez de água no Planeta
O ciclo da água é fixo, pois depende da insolação, uma função solar que também é fixa. É
a mesma quantidade de energia incidindo sobre a mesma área, durante o mesmo tempo, sem mudar
nada desde que a Terra resfriou. Toda a água que sobe pela evaporação, desce na mesma proporção
na forma de chuvas. As chuvas sim, são irregulares, caindo em diversos lugares com maior ou menor
intensidade e freqüência.
Derretimento das Calotas Polares
As calotas polares enregelam e degelam, ciclicamente, isto é, a cada seis meses, dependendo
apenas do ano tropical. É um fenômeno que depende da inclinação do eixo da Terra sobre a eclíp-
tica, e do movimento de translação do globo. Na foto do solstício ao sul pode-se apreciar o globo
terrestre, e em seguida os pólos: pólo sul todo iluminado e degelando e o pólo norte na escuridão
e totalmente enregelado, no dia 21 de dezembro, em tempo real (Fig. 2.6). Na foto do solstício ao
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4. Aquecimento Global
norte, no dia 21 de junho, o fenômeno se inverte (Fig. 2.7). A cada solstício há o degelo de um pólo
e o automático enregelamento do outro, ao mesmo tempo, em cada hemisfério do globo. Sem levar
estes fatos em consideração, isto é, sem reconhecer como funciona a mecânica da Terra, credita-se
um degelo incessante a um inexistente “efeito estufa”, gerando reportagens assustadoras.
Extinção de Espécies Animais
Condenar ou tentar preservar animais da extinção, apenas pela vontade das pessoas que com
eles se preocupam, é um exagero de zelo. Os animais são frutos da atmosfera em que vivem. Todos
os animais presentes na face da Terra, caso não haja acidentes de percurso, como caçadas e matanças,
não se extinguirão sem mais nem menos.
Eras Glaciais
A teoria da glaciação foi um recurso de que lançou mão o renomado cientista suíço Louis
Agassiz6 (1807-1873) diante da seguinte circunstância histórica. Ele fora aluno por pouco tempo,
cerca de seis meses, do Barão Cuvier, o criador da anatomia comparada e o verdadeiro fundador da
Paleontologia, além disso, era um cientista religioso, coisa comum naquele tempo. Cuvier mantinha
a firme convicção de que a criação dos vegetais e animais tinha se dado conforme está escrito no
Gênesis bíblico, lá no Paraíso. Além dos conhecimentos científicos, Cuvier, muito impressionado
com a personalidade de Agassiz, passou a ele, não somente suas próprias notas e desenhos de peixes
fósseis, mas foi além, e ensinou-lhe a idéia do Catastrofismo, uma teoria inventada para justificar o
ensinamento bíblico da criação divina. Cuvier morreu em 1832, e Agassiz tornou-se o seu sucessor.
Restou uma dúvida para Agassiz: seria preciso um dilúvio universal todas as vezes que Deus pre-
cisasse acabar com coisas velhas e criar coisas novas. Em 1836 ele iniciou o estudo das geleiras na
Suíça e compreendeu como elas formavam vales, depositavam grandes pedaços de rocha (boulders)
e alguns depósitos de sedimentos que chamou de morainas, inclusive em alguns lugares onde não
havia geleiras. Baseado em suas observações de campo, em 1840, ele escreveu um trabalho que cha-
mou Estudo dos Glaciares. Completou suas observações sobre o assunto em toda a Europa, e mais
tarde procuraria mais evidências do fenômeno, tanto na América do Norte como no Brasil. Em 1847
publicou Sistema Glaciar, passando daí em diante a ser conhecido como o “Pai da Glaciologia”. De
agora em diante não seria mais necessário um dilúvio como catástrofe para acabar com as coisas
velhas. Agassiz substituiria o dilúvio de Moisés e de Cuvier, pelas glaciações. Resguardava ele as
crenças geradas pelas idéias de Deus e da religião, e sugeria uma nova possibilidade dos desastres
para acabar com as espécies fazendo renascer outras. Ele formulou então a teoria das glaciações.
Em 1846 Agassiz foi para os Estados Unidos, e em 1848 tornou-se professor em Harvard.
Desempenhou um papel importantíssimo no desenvolvimento da ciência e todas as suas idéias foram
adotadas pacificamente pelos cientistas da sua época. Afirmava ele não existir o evolucionismo, mas
um determinismo guiado pela mente de Deus. São suas palavras:6 “A combinação tanto no tempo
como no espaço de todas essas concepções exibem, não somente pensamento, mas mostra também
premeditação, poder, inteligência, grandeza, presciências, onisciência e providência. Em uma pala-
vra, todos esses fatos na sua natureza proclamam em alto e bom som a existência de um Deus único,
ao qual o homem deve conhecer, adorar e louvar; e a História Natural em boa ocasião é a intérprete
dos pensamentos do Criador do Universo” (tradução livre do autor).
Brilhante ictiólogo, sistemata e paleontólogo, exemplo de cientista praticante do método de
observar os fatos da natureza diretamente no campo, jamais admitiu o evolucionismo, e sua fé em
princípios religiosos deu à sua obra um caráter de conjunto amorfo e desbalanceado. Sua forte perso-
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5. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa
nalidade deixou as glaciações, não como solução de problemas, mas como um enorme problema sem
solução.
Hoje, no século XXI, são inúmeros os seguidores de suas idéias (geógrafos, como se dizem)
em contínuo trabalho de procurar evidências de um fenômeno inexistente na natureza. Tal procura,
de eras de gelo ou glaciações, é inútil e evidencia o desconhecimento da Terra que habitamos.
Não há, nem nunca houve, qualquer possibilidade de acontecer tal fenômeno sobre a face do
globo, pois não há mecanismo que possa provocar algo parecido com uma glaciação. A idéia das gla-
ciações derivou da observação por parte de Agassiz de fenômenos passados em geleiras ao seu redor.
Ele transferiu para o globo fenômenos da escala humana e errou. Baseou suas conclusões estudando
determinado tipo de sedimento muito grosseiro, que se depositava ao pé das geleiras na sua descida
em direção ao mar (tills), dentro de um conhecimento incipiente dos processos de sedimentação.
Aquele cientista, não geólogo, relacionou a ocorrência dos tilitos com glaciações, desde que os tilitos
estavam relacionados com as geleiras, mas não sabia como explicar a glaciação. Hoje, seguindo a
lição de Agassiz, os geógrafos continuam a observar qualquer textura sedimentar (não necessaria-
mente tilitos), e a partir disso fazem conclusões perigosas sobre o tipo de clima que teria existido no
passado, o que geologicamente é um erro crasso, pois não há relação entre uma e outra coisa.
Não há nenhuma relação entre sedimentação e glaciações ou variações climáticas. Sedimen-
tos e suas variações texturais são evidências de tectonismo, que por sua vez geram topografias mais
ou menos acentuadas, e ocorrem em qualquer latitude do globo independente de glaciações. Essas
suposições são excelentes exemplos do uso inadequado das escalas, ou seja, a partir de amostras de
mão, fazer conclusões globais. Errou Agassiz quando assim procedeu, e erram seus seguidores quan-
do assim procedem.
Poluição a Partir do Petróleo Bruto: Grandes Desastres
O petróleo é uma substância orgânica armazenada em reservatórios geológicos na subsuper-
fície. Ao ser retirado de lá, ele tem de ser usado imediatamente. Desde a produção de um poço até a
sua venda, como produto industrializado, o petróleo passa por fases diversas de manuseio. Homens
e máquinas são especializados para conduzir o processo com segurança, pois sendo energia concen-
trada é perigoso. É natural que aconteçam acidentes, muitos deles com a morte de homens, animais
e plantas. Entretanto, acidentes como tempestades, terremotos, furacões e tsunamis, fazem maior
número de vítimas.
Derrames de Petróleo à Superfície
Entre os grandes desastres envolvendo derrames de petróleo à superfície conta-se a Guerra
do Golfo7, quando tropas iraquianas invadiram o Kuwait, em 1991. Ao retirarem-se incendiaram 660
poços e danificaram mais 100 do total de 1080 poços produtores, nos principais campos de petróleo
daquele país do Oriente Médio. Não importa números exatos para imaginar o desastre ocorrido. Os
kuaitianos estimaram uma perda de seis milhões de barris por dia, e os americanos foram mais come-
didos e baixaram aquele número para 1,5 milhão de barris por dia. Foram formados diversos lagos de
petróleo, alguns com cerca de dois metros de fundura. Os incêndios produziram 100.000 toneladas
de carbono em forma de fuligem e 50.000 toneladas de dióxido de enxofre a cada dia do incêndio. Os
ambientalistas preocuparam-se com o aumento do efeito estufa supondo que ele alcançaria a marca
dos 5% e isso seria uma catástrofe. Os ambientalistas contradiziam-se em suas previsões alarmistas.
Uns pensavam que a Terra iria esfriar desde que a luz do Sol não chegaria à superfície aqui da Terra.
Os outros pensavam que o efeito estufa, ao contrário, esquentaria o planeta. A idéia do resfriamento
da Terra partiu de cientistas do Max Planck Institute for Chemistry de Mainz, na Alemanha7. Os
americanos mostraram que a fumaça não passaria dos dois a três mil metros de altura, e que a fuligem
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6. Aquecimento Global
não se espalharia muito fora da região do acidente. As chuvas ácidas verificadas não causaram os
males esperados. Os animais e plantas diretamente atingidos pelo petróleo que correu para o Golfo
Pérsico morreram, mas não fizeram falta à biota da região, que foi totalmente recuperada. O petróleo
sedimentou e toda a vida voltou ao normal.
Tanto os derrames de petróleo decorrentes de naufrágio de tanques na superfície dos mares,
como aqueles decorrentes das guerras e de blow-outs acidentais, não têm comparação com os derra-
mes provocados pela própria natureza durante os terremotos, quando reservatórios inteiros derramam
à superfície como acontecido em tempos remotos em algumas regiões da Terra e que persistem até
hoje, alguns deles continuando a exsudar petróleo de boa qualidade e de grande importância econô-
mica. Em Trinidad ocorre o Pitch Lake perto do Golfo de Paria, formando um lago de petróleo, de
forma grosseiramente circular, com cerca de 700m de diâmetro e 45m de profundidade sendo o re-
manescente de um acidente geológico, certamente, muito maior. Pitch Lake, ainda hoje, é de grande
importância econômica, pois dele se extrai, tanto asfalto como petróleo, uma vez que a “fonte” ainda
não parou de exsudar. Pelo seu tamanho atual é possível imaginar o tamanho do desastre havido na
época, grandioso que tenha sido, certamente com muitas vítimas, não interferiu em nada na ordem
global da vida.
Nos Estados Unidos, no Coast Range, entre Los Angeles até Coalinga, por uma distância de
140 milhas existem numerosos e importantes depósitos de petróleo à superfície, aparecidos natural-
mente de reservatórios expostos tectonicamente.
No Oriente Médio, são famosos alguns desses oil seepages como são conhecidos entre ge-
ólogos. Hit, mencionado na literatura como “Petróleo do Éden” , e nos afloramentos do calcário
de Asmari, ambos no Iran. Nas montanhas do Cáucaso, na península de Apsheron (ou Abseron),
ou no Azerbaijão, o petróleo se estende 60 km para dentro do Mar Cáspio. Como estancá-los para
não “poluírem” o meio ambiente? Não há como fazê-lo, nem há qualquer conseqüência maior deles
advindos. Eles não afetam o meio ambiente. Se afetassem, os “ambientalistas” seriam obrigados a
conviver com os fatos mencionados, pois não há como serem evitados.
Desastres com Navios Petroleiros
São conhecidos os resultados dos desastres ecológicos causados por diversos navios de trans-
porte de petróleo (petroleiros, tanks) com alguns exemplos famosos. Caso o petróleo transportado
naqueles navios chegasse ao seu destino (como acontece na maioria das vezes), ele chegaria a uma
refinaria e seria transformado em combustíveis que gerariam novas oportunidades de trabalho e mais
dinheiro ainda. Queremos mostrar que o petróleo só não rende dinheiro e riqueza se permanecer nos
seus reservatórios naturais.
Vamos enumerar alguns desastres famosos, mais pelo destaque dado pela imprensa (escala
humana), do que por algo de maior importância sob o ponto de vista geológico.
O desastre do Exxon Valdez8 acontecido em março de 1989, quando a proprietária do navio
pagou só em multas para o estado do Alaska, 2,2 bilhões de dólares entre 1989 e 1992. Pagou mais
300 milhões para 11.000 proprietários e moradores das imediações que se sentiram prejudicados com
o acidente, que somado as outras multas totalizaram 4,6 bilhões de dólares.
Caso o Exxon Valdez não tivesse esbarrado nos Bligh Reefs certamente ele teria chegado ao
seu destino, onde descarregaria mais de um milhão de barris de petróleo que seriam transformados
em combustíveis e outros produtos. O navio, depois de consertado, voltou a navegar sob o nome de
Sea River Mediterranean, um gigante de 300m de comprimento, 30.000 toneladas, podendo trans-
portar 1.480.000 barris de petróleo. No momento do desastre foram derramados 240.000 barris, com
pesadas conseqüências momentâneas, hoje sem maiores efeitos.
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7. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa
Em 16 de março de 1978, o Amoco Cadiz9, de bandeira liberiana, carregado com 227.000
toneladas de petróleo, 1.62 milhão de barris, partiu-se ao meio na costa francesa, em frente a Portsall,
contaminando 360 km da costa entre Brest e Saint Brieuc, provocando um desastre de proporções gi-
gantescas aos olhos humanos. Quase 30 anos depois do desastre são mínimas as evidências do acon-
tecido. Os mesmos fatos podem ser vistos com o irmão gêmeo do Amoco Cadiz, chamado de Amoco
Milford Havem que afundou no Mediterrâneo na costa Italiana, perto de Gênova10. As estruturas de
ambos estão no fundo do mar servindo, passageiramente, de abrigo para a fauna e a flora marinha, e
serão posteriormente destruídas e absorvidas pelos sedimentos da formação geológica em processo
de sedimentação. Quase nenhum petróleo existe na superfície, e uma volumosa quantidade de estu-
dos sobre o assunto foi feita por universidades e entidades criadas com esta finalidade. No desastre
do Amoco Cadiz morreram aproximadamente 20.000 pássaros, foram recolhidas 9.000 toneladas de
ostras mortas e muitas outras espécies sofreram momentaneamente. Tempos depois o turismo e todas
as indústrias ao largo da costa afetada pelo desastre voltaram a funcionar normalmente.
O desastre ocorrido com o Amoco Cadiz é excelente exemplo do que acontece com qualquer
desastre desse mesmo tipo. Após alguns anos não há mais sinais do mesmo, voltando tudo ao nor-
mal, desaparecendo não somente os sinais do petróleo, mas o navio que o transportava. Vinte e um
anos depois do desastre, reportagens fotográficas mostram o estado em que se encontram os navios
afundados, e em uma delas o repórter diz: “Não há nem traços do desastre. De fato as areias do fundo
do mar estão tão limpas como de qualquer parte da costa da Brittanya. Cardumes de peixes cobrem
os restos do navio...” “...As áreas ao redor das partes principais do navio são tão interessantes como
os restos do próprio navio. As partes destruídas, muitas delas já irreconhecíveis, estão cada vez mais
enterradas na areia. Lembram peças de arte moderna. Cada uma é um refúgio para peixes, onde se
criam sob a proteção dos ferros retorcidos. Peixes diversos são comuns, cardumes de anchovas e
enguias movem-se nas areias” (tradução livre do autor).
O Argo Merchant11 afundou em Nantucket Shoals, Massachutsetts, USA, em 15-12-1976 e
jogou fora a carga inteira de 28.000 toneladas de fuel oil. Este caso serve de exemplo do que acontece
quando o petróleo vira literalmente lixo. Como os ventos sopravam costa-fora, não houve contami-
nação das praias do continente e todo o óleo evaporou ou afundou, havendo poucas perdas tanto de
animais como de vegetais.
Desastres com Poços de Petróleo
Poços em blow-out são inúmeros12, mas o desastre havido com o Ixtoc-1 foi notável. A
plataforma que trabalhava no local explodiu, foi ao fundo no dia 3 de junho de 1979 e o poço só foi
controlado em março do ano seguinte, derramando fora de controle, 470.000 toneladas de petróleo,
segundo cálculos otimistas, e 1.500.000 ton segundo cálculos pessimistas, na Baía de Campeche,
nas vizinhanças de Ciudad del Carmem. O poço passou 295 dias fora de controle, queimando nos
primeiros dias 4200-4300 toneladas de petróleo a cada dia. Com a caída da pressão passou a queimar
de 1400-1500 ton/dia. De novo, foram atingidas praias, indústria da pesca, do turismo, e certamente
muitos animais morreram. O petróleo contaminou toda a costa mexicana do Golfo do México, che-
gando até o Texas, nos Estados Unidos.
Todos os desastres mencionados e outros mais acontecidos ao longo do tempo não têm qual-
quer influência no comportamento do globo, e se todos acontecessem ao mesmo tempo, se fossem
somados os seus efeitos, ainda assim, a dinâmica existente no planeta não seria afetada. Lembrar por
oportuno que um dia o globo sofreu um extraordinário abalo sísmico (separação continental), matan-
do quase todos os habitantes da sua superfície, inclusive os dinossauros, e de novo renasceu toda a
natureza que conhecemos hoje.
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8. Aquecimento Global
Popularizando a idéia: ao ser perdido por acidente, o petróleo vira lixo, um lixo como outro
qualquer, apenas diferente do qual nos desfazemos todos os dias. A diferença é que o lixo doméstico
é fabricado em pequenas quantidades, enquanto o petróleo é medido em toneladas ou milhões de
barris. A semelhança entre os dois: ambos (petróleo e lixo humano) vão para uma bacia de sedimen-
tação.
Os animais que são diretamente atingidos pelo óleo dos desastres morrem e não fazem falta
à população de espécies de um modo geral, exatamente como a espécie humana nada pode fazer pela
morte de milhares de pessoas como resultado do tsunami acontecido na região do Oceano Índico
onde, no Natal de 2004, pereceram oficialmente, quase 300.000 pessoas. Tudo é uma questão de
escala. Na escala humana há “grandes desastres”. Em escala geológica, o mesmo desastre não tem
qualquer importância. Não tem qualquer significado. A própria dinâmica existente na superfície do
globo se incumbe de solucionar o que chamamos de “desastres ambientais”.
Outros Desastres
Se for feita uma comparação com outros desastres naturais, os desastres com petróleo são
mínimos. Seguem alguns exemplos:
Em Tangshan, na China, em julho de 76, ocorreu um terremoto que matou em alguns segun-
dos 242.400 pessoas, destruiu 93% dos edifícios residenciais e 78% dos industriais; ainda na China,
em 1556, outro terremoto abalou a cidade de Shanxi onde foram registradas 830.000 mortes, apesar
da antiguidade da ocorrência, quando os meios para obter informações eram precários. Em Kanto,
no Japão, em setembro de 1923, tremeu a terra e matou 143.000 pessoas. Em Tsinghai, na China, no
dia 23 de maio de 1927, 200.000 pessoas pereceram devido a um tremor de terra de poucos segundos
de duração. Basta lembrar mais algumas localidades como Kobe, no Japão, em 1995, com um abalo
de 6,9 na escala Richter, morreram 5.500 pessoas, deixando 26.000 feridos e um prejuízo de US$ 200
bilhões. Em S. Francisco, nos Estados Unidos, em 1906. Lisboa, em 1755 e Cadiz na Espanha. A ilha
de Krakatoa, na Indonésia, que desapareceu do mapa e muitos outros exemplos que o leitor conhece,
são desastres muito piores que qualquer derrame de algum petróleo no mar ou em terra, e não têm
eles qualquer influência no prosseguimento da vida na superfície da Terra. Não estamos enumerando
os incêndios, as enchentes, as tempestades, os furacões, os tsunamis, que matam muitos animais e
nem por isso a vida cessa. É que, na realidade, são as escalas que precisam ser levadas em con-
sideração para apreciar os diversos fenômenos. Humanamente falando, alguns são assustadores.
Geologicamente, os mesmos acontecimentos não têm a menor importância, não afetando em nada o
comportamento do planeta e a continuação da vida. Nenhum dos desastres mencionados ou a soma
de todos, chega perto do que aconteceu na fragmentação continental ou no levantamento da cadeia
dos Andes.
Finalmente, a variação das temperaturas no globo é uma dependência da existência de três
fatores praticamente fixos:
• A fonte de energia que é única: o Sol.
• A inclinação do eixo de rotação da Terra sobre a eclíptica que é fixa e
• O movimento de translação do globo que determina o ano tropical.
No campo, não há nenhuma evidência, ou fatos, de que algum desses fatores tenha se modi-
ficado ao longo da evolução do planeta.
Na posição do solstício de verão ao norte (21-06), será inverno no hemisfério sul, e quanto
mais ao sul maior o resfriamento, sendo máximo dentro do círculo polar antártico. Invertem-se essas
61
9. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa
condições quando o solstício de verão for ao sul (21-12). O esfriamento de um dos hemisférios e o
respectivo aquecimento do outro acontece em um período de tempo absolutamente fixo: de seis em
seis meses.
Medir a temperatura do planeta de forma pontual ou localizada, para justificar glaciações
e aquecimentos rápidos do globo, revela o desconhecimento do assunto pelas pessoas que o fazem.
Geologicamente é algo impossível de se fazer, dado que a faixa de variação da temperatura global é
permanente e ao redor de 50ºC positivos nas regiões quentes a 50ºC negativos nas regiões frias (Fig.
2.8).
Outro obstáculo à medição das variações de temperatura da superfície do planeta é a medida
das temperaturas de referência do passado geológico. Como não existem registros destas medidas,
fica impossível fazer comparações com as temperaturas atuais, a fim de estabelecer quanto a Terra
está aquecendo, relativo ao seu passado.
Os termômetros a álcool e de mercúrio foram inventados, respectivamente em 1709 e 1714,
por Daniel Gabriel Fahrenheit13 (1686-1736). A escala centígrada foi inventada pelo astrônomo sue-
co Anders Celcius14 (1701-1744), em 1742, e só foi adotada a partir da Conferência Internacional de
Pesos e Medidas, em 1948. O próprio conhecimento da termodinâmica é estudo de passado recente,
do princípio do século XIX, precisamente em 1822, quando JBJ Fourier15 (1768-1830) publicou Te-
oria Analítica do Calor.
Os critérios de avaliação da temperatura na superfície da Terra do passado geológico são ar-
tificiais por se basearem em suposições ou em programações feitas em computadores, sem qualquer
validade geológica.
Não é qualquer mudança climática que nos ameaça, mas a falta de trabalho e renda para a
maioria do povo, como conseqüência da falta de energia abundante e barata.
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