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Movimentos Associativos na
sociedade Civil
Empreendedorismo Social
1
Introdução
• O Empreendedorismo é muito importante para o
desenvolvimento de nações, pois gera riqueza
para a sociedade.
• Deste modo, o Empreendedorismo designa os
estudos relativos ao empreendedor, o seu perfil,
as suas origens, o seu sistema de actividades, o
seu universo de actuação, enquanto que o
Empreendedorismo Social trata-se de um ramo
específico do Empreendedorismo que visa
essencialmente uma missão social e não
propriamente o lucro/ riqueza.
2
O que é o Empreendedorismo?
• O empreendedorismo refere-se a uma
capacidade individual para colocar as ideias
em prática.
• Requer criatividade, inovação e o assumir de
riscos, bem como a capacidade para planear e
gerir projectos com vista a atingir
determinados objectivos.
Comissão Europeia – Educação e Cultura, 2005
3
O empreendedorismo...
• É fundamentalmente a capacidade e o desejo de agir
consciente, determinado e voluntário, tendente a obter
uma mudança.
• O acto de empreender revela-se numa atitude dinâmica
perante a realidade, em que, face a determinados
contextos internos ou externos, imaginam-se respostas de
modificação dessa realidade.
• É por isso que se associa, regra geral, o empreendedorismo
à inovação, pois o(a) empreendedor(a) tende a realizar as
suas acções de forma diferente, para obter resultados
diferentes e, nesse processo de inovação, está a descontruir
a realidade para recriar.
4
• A capacidade de imaginar novas
realidades é determinante para a
sociedade, seja para o(a) jovem
que quer ser cientista e
inventor(a), seja para o(a) jovem
em contexto de exclusão social.
• A educação para o
empreendedorismo deve
proporcionar um ambiente em
que os jovens possam
desenvolver e utilizar a
capacidade de imaginar
mudanças, e procurar realizar
essas mesmas mudanças.
O espírito
empreendedor
é visto no
sentido lato e
não
está apenas
confinado à
criação
de empresas, ou
mesmo, ao
espírito
empresarial.
5
Existem dois eixos temáticos de actuação para as
actividades empreendedoras: o eixo social e o eixo
tecnológico.
Social • Dinamização/participação activa em projectos ou acções de
cariz social.
• Este eixo é considerado um meio fértil para o exercício do espírito
empreendedor. A variedade das acções é inúmera e permitirá adequar os
projectos às motivações dos jovens/adultos e ao desenvolvimento de
“vocações”, que são um terreno privilegiado de educação para a
cidadania. Na sua génese está a participação social de forma activa e a
defesa de valores fundamentais das sociedade modernas, como a
igualdade de oportunidades e a inclusão social.
• Por exemplo, um grupo de jovens/adultos pode trabalhar com uma
associação sem fins lucrativos, como a Casa do Gil, para angariar fundos,
para conseguir novos associados, para colaborar em acções de
sensibilização, para promover um fórum temático na Internet, entre
outros. O grupo pode aindatrabalhar em actividades de cariz social como
a Cooperativa de “Comércio Justo”.
6
Tecnológico e Científico – Dinamização / participação activa em
projectos ou acções de cariz tecnológico e científico, que não
a mera utilização das TIC.
• O desenvolvimento do espírito científico e inovação
tecnológica está alinhado com a necessidade de
Portugal estruturar o seu tecido económico e científico,
sendo, igualmente, um espaço para o desenvolvimento
do potencial empreendedor de jovens/adultos, pela
criatividade, inovação e concretização
real/experimental que lhe são inerentes.
• Por exemplo, um grupo pode conceber e implementar
projectos de poupança de energia na escola, na criação
de uma página de Internet, entre outros.
7
Que Competências a Desenvolver?
• Um empreendedor
é alguém que
procura sempre a
mudança,
responde-lhe e
explora-a como
uma oportunidade.
Drucker, 1985
Competências-chave para
o desenvolvimento do
empreendedorismo:
• Autoconfiança /
Assumpção de riscos
• Iniciativa / Energia
• Resistência ao fracasso
• Planeamento /
Organização
• Criatividade / Inovação
• Relações interpessoaisAs seis competências-chave, são
consideradas essenciais no acto
de empreender.
8
As competências
• Traduzem comportamentos, conhecimentos, atitudes que o
sujeito usa para desenvolver uma dada actividade com
sucesso.
• Considera-se um comportamento competente, aquele que se
transforma em acção adequada tendo como fim um dado
objectivo.
• A Educação para o Empreendedorismo deverá considerar
como pilar o desenvolvimento destas competências-chave.
• A avaliação destas competências para o empreendedorismo
pressupõe que se sejam criadas técnicas de avaliação
formativa e que todos os intervenientes tenham um papel
activo neste processo.
9
• A avaliação técnica de competências e do seu
nível de desenvolvimento pode requerer a
utilização de metodologias próprias baseadas
em referenciais para diagnóstico do grupo de
alunosFormandos, para o estabelecimento de
metas e pontos de chegada.
10
Competência • Autoconfiança /
Assumpção de riscos
ser
• O jovem/adulto tem uma
imagem positiva de si
próprio, bem como o desejo
de exercer e confiar na sua
capacidade de julgamento e
na sua capacidade para
resolver as dificuldades. É
capaz de arriscar, uma vez
que confia que é capaz de
resolver os problemas que
possam surgir.
não ser
• O jovem/adulto duvida da
sua capacidade para agir de
forma independente e da
sua capacidade para
resolver dificuldades.
• Não arrisca, ficando sempre
dependente dos outros
relativamente a decisões
que comportem alguns
riscos.
11
Competência • Iniciativa / Energia
Ser
• O jovem/adulto sabe avaliar,
seleccionar e actuar com vários
método e estratégias para
resolver problemas e atingir
objectivos, antes de lhe
perguntarem ou pedirem para
o fazer.
• Jovem/adulto sabe actuar de
forma proactiva e enérgica, em
vez de esperar passivamente
por ordens ou instruções.
não ser
• O jovem/adulto está
dependente das instruções dos
outros para agir. Tem medo de
agir e errar.
• Quando tem de resolver um
problema, utiliza métodos e
estratégias rígidas, não sendo
capaz de experimentar outras
abordagens de resolução.
12
Competência • Resistência ao fracasso
Ser
• O jovem/adulto revela a
capacidade para manter
um comportamento
equilibrado bem como a
sua auto-estima, quando
confrontado com a
oposição dos outros ou
quando as coisas não
correm de acordo com as
suas expectativas.
não ser
• O jovem/adulto lida mal
com a oposição ou
hostilidade dos outros,
deixando que isso afecte a
sua actuação.
• Destrutura-se facilmente
quando contrariado ou
quando as coisas não
correm de acordo com os
seus desejos.
13
Competência • Planeamento /
Organização
Ser
• O jovem/adulto estabelece planos
de acção para si próprio ou para os
outros, de forma a assegurar o
cumprimento de objectivos
específicos.
• Decompõe os problemas em partes
e organiza-as de forma sistemática.
• Determina prioridades, faz a
alocação do tempo e de recursos
eficazmente e controla o seu
cumprimento.
não ser
• O jovem/adulto tem muita
dificuldade em planear uma
actividade ou conjunto de
actividades, com sequência lógica
ou e/ou de gestão de tempo, de
forma a cumprir um objectivo.
• Não é capaz de estabelecer
prioridades, não definindo acções
prioritárias e tentando desenvolver
várias tarefas em simultâneo sem
resultados positivos.
14
Competência • Criatividade / Inovação
Ser
• O jovem/adulto gera ideias
novas e abordagens originais e
utiliza-as para melhorar ou
desenvolver novos processos,
métodos, sistemas, etc.. Revela
um pensamento aberto e fora
dos esquemas habituais para
resolver problemas, apesar dos
obstáculos e/ou resistências.
não ser
• O jovem/adulto demonstra uma
estrutura rígida de pensamento,
privilegiando sempre o mesmo
modelo de abordagens teóricas
e tradicionais na forma como
actua ou se posiciona face a
problemas.
• Deixa-se influenciar com
facilidade pelos outros, tendo
dificuldade em defender e
manter pontos de vista
diferentes dos habituais.
15
Competência • Relações Interpessoais
Ser
• O jovem/adulto estabelece
facilmente relações com os outros,
desenvolvendo e promovendo
uma rede de relacionamentos)
que podem ajudar a concretizar
objectivos e/ou processos de
aprendizagem/trabalho. Jovem
coopera com os outros para atingir
os objectivos estabelecidos pelo
grupo.
• Jovem/adulto colabora com os
outros no trabalho e na procura de
soluções que possam ser positivas
para todas as partes envolvidas.
não ser
• O jovem/adulto tem dificuldade
em estabelecer relações com os
outros, evidenciando
comportamento tímido, distante e
avesso a contactos. Desenvolve as
suas acções de forma
individualista tendo dificuldade
em partilhar com os outros, ou em
colaborar na procura de soluções
que possam ser positivas também
para os outros.
16
• Os empreendedores bem sucedidos, qualquer
que seja a sua motivação pessoal (…)
curiosidade, ou desejo de fama ou
reconhecimento, tentam criar valor e fazer
uma contribuição.
Peter Drucker, 1986
17
Objectivos da Educação para o
Empreendedorismo:
• Incentivar…
• Sensibilzar…
• Potenciar…
• Integrar…
… o desenvolvimento do espírito
empreendedor em cada aluno/a, em
cada actividade,
em cada desafio, em cada disciplina,
em cada projecto
18
• Ensino transversal para a vida
• Centrado na acção
• Focalizado no processo e nos
resultados
• Coerente e constante
• Integrado multidisciplinarmente
• Contextualizado
• Auto-construído pelos alunos
A Educação para o
Empreendedorismo
é:
• Ensino de gestão empresarial
• Centrado nos saberes
• Focalizado nas tarefas
• Esporádico e inconstante
• Isolado disciplinarmente
• Descontextualizado
• “Fornecido” pelos agentes de ensino
A Educação para o
Empreendedorismo
não é:
19
EMPREENDEDORISMO EM 7 PASSOS:
1. Assumir riscos
• Esta é a primeira e uma das maiores qualidades
do verdadeiro empreendedor. Arriscar
conscientemente é ter coragem de enfrentar
desafios, de tentar um novo empreendimento, de
buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter
autodeterminação. Os riscos fazem parte de
qualquer actividade e é preciso aprender a lidar
com eles.
20
2. Identificar oportunidades
• Ficar atento e perceber, no momento certo, as
oportunidades que o mercado oferece e
reunir as condições propícias para a realização
de um bom negócio é outra marca importante
do empresário bem-sucedido. Ele é um
indivíduo curioso e atento a informações, pois
sabe que suas oportunidades melhoram
quando seu conhecimento aumenta.
21
3. Conhecimento, organização e
independência
• Quanto maior o domínio de um empresário sobre um ramo de
negócio, maior será sua oportunidade de êxito. Esse conhecimento
pode vir da experiência prática, de informações obtidas em
publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de
"dicas" de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.
• Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar
recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma
racional. É bom não esquecer que, na maioria das vezes, a
desorganização, principalmente no início do empreendimento,
compromete o seu funcionamento e o seu desempenho.
• Determinar os seus próprios passos, abrir os seus próprios
caminhos, ser o seu próprio patrão, enfim, procurar a
independência é uma meta importante para o sucesso. O
empreendedor deve ser livre, evitando proteccionismos que, mais
tarde, possam se transformar em obstáculos aos negócios.
22
4. Tomar decisões
• O sucesso de um empreendimento, muitas
vezes, está relacionado com a capacidade de
decidir correctamente.
• Tomar decisões certas é um processo que
exige o levantamento de informações, análise
fria da situação, avaliação das alternativas e a
escolha da solução mais adequada. O
verdadeiro empreendedor é capaz de tomar
decisões correctas, na hora certa.
23
5. Liderança, dinamismo e optimismo
• Liderar é saber definir objectivos, orientar tarefas, combinar
métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo
das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da
equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Assim, a
liderança tem que ser uma qualidade sempre presente.
• Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder
a capacidade de fazer com que simples ideias se concretizem em
negócios efectivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar um certo
inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos.
• O optimismo é uma característica das pessoas que enxergam o
sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar
obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das
dificuldades.
24
6. Planeamento e plano de negócios
• Existe uma importante acção que somente o próprio empreendedor pode e
deve fazer pelo seu empreendimento: planear, planear e planear. Os fatos
devem ser encarados de maneira objectiva. Não basta apenas sonhar,
deve-se transformar o sonho em acções concretas, reais, mensuráveis. Para
isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se
transformar sonhos em realidade: o planeamento.
• Quando se considera o conceito de planeamento, têm-se pelo menos três
factores críticos que podem ser destacados:
•
• 1.Toda empresa necessita de um planeamento do seu negócio para poder
geri-lo e apresentar a sua ideia a investidores, bancos, clientes e para os
seus parceiros, sejam eles fornecedores ou seus funcionários,
• 2.Toda a entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos
financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante
para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio, e
• 3.Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom
plano de negócios. Quando entendem o conceito, geralmente não
conseguem colocá-lo objectivamente num plano de negócios.
25
7. Instinto empresarial
• O que muita gente acredita ser um "sexto
sentido", intuição, faro empresarial, típicos de
gente bem sucedida nos negócios é, na
verdade, na maioria das vezes, a soma de
todas as qualidades descritas até aqui. Se o
empreendedor reúne a maior parte dessas
características terá grandes oportunidades de
êxito.
26
• Actualmente, aborda-se o empreendedorismo
numa outra vertente – a de criação de
entidades com um cariz social e não somente
lucrativo, bem como a possibilidade das
empresas privadas associarem à sua
actividade também um objectivo social.
27
O que é o Empreendedorismo Social ?
• O empreendedorismo social refere-se aos
trabalhos realizados pelo empreendedor
social, pessoa que reconhece problemas
sociais e tenta utilizar ferramentas
empreendedoras para resolvê-los.
• Difere do empreendedorismo tradicional, pois
tenta maximizar retornos sociais ao invés de
maximizar o lucro.
28
O que é o Empreendedorismo Social ?
• De maneira mais ampla, o termo pode se referir a
qualquer iniciativa empreendedora feita com o
intuito de avançar causas sociais e ambientais.
• Essa iniciativa pode ser com ou sem fins
lucrativos, englobando tanto a criação de um
centro de saúde com fins lucrativos numa aldeia
onde não exista nenhuma assistência à saúde,
como a distribuição de remédios gratuitos para a
população pobre.
29
O Empreendedor Social
• O empreendedor social visa a maximização do
capital social (relações de confiança e respeito)
existente para realizar mais iniciativas, programas
e acções que permitam à comunidade, cidade ou
região que se desenvolverem de maneira
sustentável.
• Ele faz esses avanços disseminando tecnologias
produtivas, aumentando a articulação de grupos
produtivos e estimulando a participação da
população na esfera política, ampliando o
"espaço público" dos cidadãos em situação de
exclusão e risco.
30
• Para tal, utiliza técnicas de gestão, inovações
produtivas, técnicas de planeamento sustentável
de recursos naturais e criatividade para fornecer
produtos e serviços que possibilitem a melhoria
da condição de vida das pessoas envolvidas e
beneficiadas, através da acção dos
empreendedores sociais externos e internos a
comunidade.
• Tais organizações prosseguem a melhoria e
transformação do contexto comunitário em que
se inserem tendo como modelo de gestão o da
auto-sustentabilidade da sua acção e actividade.
31
• Na raíz do seu funcionamento encontra-se um
modelo voluntário de participação e co-
responsabilização dos empreendedores sociais,
que não são motivados apenas por intenções de
lucro mas essencialmente pela prestação de
serviços que podem propiciar, bem como pelo
ganho social que trazem à comunidade.
• São essas organizações da sociedade civil que
levam a cabo a promoção e criação de emprego e
a melhoria das condições de vida, de
empregabilidade, de acesso aos bens e à cultura
sem que possuam uma finalidade lucrativa, mas
visando a auto-sustentabilidade da sua gestão.
32
Os Impulsionadores destas
organizações:
• São os empreendedores sociais que regem a
sua actuação nas instituições da sociedade
civil (associações, IPSS´s, organizações não
governamentais, associações mutualistas,
incubadoras de empresas, etc.) de acordo com
motivações de transformação social, de
compromisso e de impulsionador social e não
somente por uma pura intenção de obter
lucro distribuível pelos investidores.
33
Empreendedores Sociais VS.
Empreendedores Empresariais:
• Os empreendedores sociais partilham com os
empreendedores empresariais a mesma
intenção de incremento de valor (para uns
económico-financeiro, para outros social), as
mesmas dificuldades e limitações de meios e
recursos e a mesma atitude arrojada, criativa
e inovadora de desafio às limitações impostas
pela escassez de meios.
34
Conceito de “Empreendedor Social”:
• Apesar do conceito de “empreendedorismo
social” parecer estranho afigura-se fundamental
que exista pois talvez seja realmente o ponto-
chave para uma sociedade mais equilibrada e
mais justa.
• Fazer aparecer mais empresas que conjuguem,
de igual modo, o sentido empresarial e social
implica uma atitude de compromisso social que
preconiza quer a criação de valor privado, quer a
transformação social.
35
Conceito de “Empreendedor Social”:
• Esta postura implica por natureza que o empreendedor
social, à semelhança do empreendedor empresarial
seja atento, criativo e inovador.
• Quem possui escassos meios direccionados à
realização de objectivos e simultaneamente possui
muita vontade de os prosseguir tem necessariamente
de ser um “caçador” de oportunidades, de ideias e de
acasos e simultaneamente um defensor da
aprendizagem e da inovação contínuas.
36
Conceito de “Empreendedor Social”:
• É precisamente esta atitude de compromisso dos diversos tipos de
empreendedores, seja qual for o tipo de mercado em que actuam,
que os faz indivíduos apaixonados por projectos, ideias e ideais,
actuando com espírito de missão, respeitando importantes valores
éticos e visando acima de tudo a transparência e a lealdade nas
relações que estabelecem com os seus colaboradores, parceiros de
negócio, clientes e fornecedores.
• A nota mais característica do empreendedorismo social passa
essencialmente pela capacidade de transformar para ganhar mais,
sem que a medida do ganho seja somente o lucro mas também a
criação de valor social para a comunidade, promovendo o emprego,
minorando a exclusão social e a conflitualidade e aumentando as
valências de apoio e os benefícios da comunidade.
37
Os empreendedores sociais
• Procuram resolver problemas sociais tendo em
conta as situações de risco, por exemplo ao lidar
com situações de exclusão social, pobreza,
miséria e também situações de risco de vida, para
isso desenvolvem estratégias de uso de recursos
para dar apoio e reforçar as suas missões sociais.
Apesar dos seus recursos serem limitados eles
trabalham mais com menos procurando sempre
atrair recursos de terceiros e estabelecendo
parcerias de forma a satisfazerem a sua missão.
38
Definiu-se assim o empreendedor como agentes
de mudanças no sector social por:
Adoptarem uma missão de gerar e manter o valor
social (não apenas valor privado);
Investigarem e assegurarem novas oportunidades
para servir a tal missão;
Empregarem-se num processo de inovação,
adaptação e aprendizagem continua;
Agirem arrojadamente sem a limitação dos
recursos disponíveis; e
Exibirem um elevado senso de transparência para
com os seus parceiros e público e logo pelos
resultados gerados.
39
Diferenças entre Empreendedorismo empresarial e
Empreendedorismo Social
• Empreendedorismo
É individual
Produz bens e serviços
Tem o foco no mercado
Sua medida de desempenho é
o lucro
Visa a satisfazer necessidades
dos clientes e a ampliar as
potencialidades do negócio
40
É colectivo
Produz bens e serviços à
comunidade
Tem o foco na busca de
soluções para os problemas
sociais
A sua medida de
desempenho é o impacto
social
Visa respeitar pessoas da
situação de risco social e a
promovê-las
Empreendedorismo social
O empreendedorismo social pode ser
assim considerado como:
Um novo paradigma de intervenção social, pois apresenta um novo
olhar e leitura da relação e integração entre os vários actores e
segmentos da sociedade;
Um processo de gestão social, pois apresenta, uma cadeia sucessiva
e ordenada de acções, que pode ser resumida em três fases: 1º
concepção da ideia; 2º Institucionalização e maturação da ideia; 3º
Multiplicação da ideia.
Uma arte e uma ciência. Uma arte porque permite a cada
empreendedor aplicar as suas habilidades e aptidões e, por que não,
seus dons e talentos, na sua intuição e sensibilidade na elaboração
do processo do empreendedorismo social, uma ciência porque utiliza
meios técnicos e científicos para ler, elaborar/planejar e agir sobre e
na própria realidade humana e social.
41
O empreendedorismo social pode ser
assim considerado como:
Uma nova tecnologia social, pois sua capacidade de inovação e de empreender
novas estratégias de acção faz com que sua dinâmica gere outras acções que
afectam profundamente o processo de gestão social;
Um indutor de auto-organização social, pois não é uma acção isolada, mas, ao
contrario, necessita da articulação e participação da sociedade para se
institucionalizar e apresentar resultados que atendam às reais necessidades da
população, tendo de ser duradouro e de alto impacto social. Não é privativo, pois a
principal característica e a possível multiplicação da ideia/acção partem de acções
locais, mas sua expansão é para o impacto global.
Dessa forma, é um sistema dentro de um maior, que é a sociedade, gerando
mudanças significativas a partir do processo de interacção, cooperação elevado de
capital social. O processo de empreendedorismo social exige, principalmente, o
redesenho de relações entre comunidade, governo e sector privado, que se baseia no
modelo de parcerias, tendo como principal objectivo retirar pessoas da situação de
risco social;
42
Conclusão
• De facto o Empreendedorismo é um meio bastante positivo e necessário
para o desenvolvimento de todos os países. Embora em Portugal, o
Empreendedorismo, e mais especificamente o Empreendedorismo Social
sejam ainda bastante recentes, têm sido criadas diversas iniciativas e
decisões no sentido do desenvolvimento destas duas áreas, para assim
permitir tanto um maior incentivo por parte das pequenas empresas para
uma maior inovação e risco à criação e desenvolvimento de
empreendimentos, como para as instituições sem fins lucrativos no
desenvolvimento e melhoramento das acções sociais e
consequentemente desenvolvimento da sociedade.
• Empenhadas em exercer uma cidadania responsável, as empresas têm
procurado de forma crescente assumir uma postura social, ética e
ambiental consciente. Desta forma, procuram interagir com as
comunidades envolventes, retribuindo-lhes parte do que delas recebem. É
neste sentido que actua o empreendedorismo social para o
desenvolvimento da responsabilidade social e consciência para o
melhoramento de tantas lacunas existentes a nível do social, como por
exemplo a pobreza, o desemprego de pessoas deficientes, entre outros
problemas tão preocupantes para um mundo melhor.
43
Actividade:
• Elaboração de um projecto de
empreendedorismo social.
• Criação da ideia (instituição...);
• Definição de objectivos da ideia;
• Meios para atingir os objectivos;
• Definição de tarefas.
• Ter em conta:
– Aspectos de solidariedade;
– Exclusão social;
– Resolução de problemas sociais.
44

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  • 1. Movimentos Associativos na sociedade Civil Empreendedorismo Social 1
  • 2. Introdução • O Empreendedorismo é muito importante para o desenvolvimento de nações, pois gera riqueza para a sociedade. • Deste modo, o Empreendedorismo designa os estudos relativos ao empreendedor, o seu perfil, as suas origens, o seu sistema de actividades, o seu universo de actuação, enquanto que o Empreendedorismo Social trata-se de um ramo específico do Empreendedorismo que visa essencialmente uma missão social e não propriamente o lucro/ riqueza. 2
  • 3. O que é o Empreendedorismo? • O empreendedorismo refere-se a uma capacidade individual para colocar as ideias em prática. • Requer criatividade, inovação e o assumir de riscos, bem como a capacidade para planear e gerir projectos com vista a atingir determinados objectivos. Comissão Europeia – Educação e Cultura, 2005 3
  • 4. O empreendedorismo... • É fundamentalmente a capacidade e o desejo de agir consciente, determinado e voluntário, tendente a obter uma mudança. • O acto de empreender revela-se numa atitude dinâmica perante a realidade, em que, face a determinados contextos internos ou externos, imaginam-se respostas de modificação dessa realidade. • É por isso que se associa, regra geral, o empreendedorismo à inovação, pois o(a) empreendedor(a) tende a realizar as suas acções de forma diferente, para obter resultados diferentes e, nesse processo de inovação, está a descontruir a realidade para recriar. 4
  • 5. • A capacidade de imaginar novas realidades é determinante para a sociedade, seja para o(a) jovem que quer ser cientista e inventor(a), seja para o(a) jovem em contexto de exclusão social. • A educação para o empreendedorismo deve proporcionar um ambiente em que os jovens possam desenvolver e utilizar a capacidade de imaginar mudanças, e procurar realizar essas mesmas mudanças. O espírito empreendedor é visto no sentido lato e não está apenas confinado à criação de empresas, ou mesmo, ao espírito empresarial. 5
  • 6. Existem dois eixos temáticos de actuação para as actividades empreendedoras: o eixo social e o eixo tecnológico. Social • Dinamização/participação activa em projectos ou acções de cariz social. • Este eixo é considerado um meio fértil para o exercício do espírito empreendedor. A variedade das acções é inúmera e permitirá adequar os projectos às motivações dos jovens/adultos e ao desenvolvimento de “vocações”, que são um terreno privilegiado de educação para a cidadania. Na sua génese está a participação social de forma activa e a defesa de valores fundamentais das sociedade modernas, como a igualdade de oportunidades e a inclusão social. • Por exemplo, um grupo de jovens/adultos pode trabalhar com uma associação sem fins lucrativos, como a Casa do Gil, para angariar fundos, para conseguir novos associados, para colaborar em acções de sensibilização, para promover um fórum temático na Internet, entre outros. O grupo pode aindatrabalhar em actividades de cariz social como a Cooperativa de “Comércio Justo”. 6
  • 7. Tecnológico e Científico – Dinamização / participação activa em projectos ou acções de cariz tecnológico e científico, que não a mera utilização das TIC. • O desenvolvimento do espírito científico e inovação tecnológica está alinhado com a necessidade de Portugal estruturar o seu tecido económico e científico, sendo, igualmente, um espaço para o desenvolvimento do potencial empreendedor de jovens/adultos, pela criatividade, inovação e concretização real/experimental que lhe são inerentes. • Por exemplo, um grupo pode conceber e implementar projectos de poupança de energia na escola, na criação de uma página de Internet, entre outros. 7
  • 8. Que Competências a Desenvolver? • Um empreendedor é alguém que procura sempre a mudança, responde-lhe e explora-a como uma oportunidade. Drucker, 1985 Competências-chave para o desenvolvimento do empreendedorismo: • Autoconfiança / Assumpção de riscos • Iniciativa / Energia • Resistência ao fracasso • Planeamento / Organização • Criatividade / Inovação • Relações interpessoaisAs seis competências-chave, são consideradas essenciais no acto de empreender. 8
  • 9. As competências • Traduzem comportamentos, conhecimentos, atitudes que o sujeito usa para desenvolver uma dada actividade com sucesso. • Considera-se um comportamento competente, aquele que se transforma em acção adequada tendo como fim um dado objectivo. • A Educação para o Empreendedorismo deverá considerar como pilar o desenvolvimento destas competências-chave. • A avaliação destas competências para o empreendedorismo pressupõe que se sejam criadas técnicas de avaliação formativa e que todos os intervenientes tenham um papel activo neste processo. 9
  • 10. • A avaliação técnica de competências e do seu nível de desenvolvimento pode requerer a utilização de metodologias próprias baseadas em referenciais para diagnóstico do grupo de alunosFormandos, para o estabelecimento de metas e pontos de chegada. 10
  • 11. Competência • Autoconfiança / Assumpção de riscos ser • O jovem/adulto tem uma imagem positiva de si próprio, bem como o desejo de exercer e confiar na sua capacidade de julgamento e na sua capacidade para resolver as dificuldades. É capaz de arriscar, uma vez que confia que é capaz de resolver os problemas que possam surgir. não ser • O jovem/adulto duvida da sua capacidade para agir de forma independente e da sua capacidade para resolver dificuldades. • Não arrisca, ficando sempre dependente dos outros relativamente a decisões que comportem alguns riscos. 11
  • 12. Competência • Iniciativa / Energia Ser • O jovem/adulto sabe avaliar, seleccionar e actuar com vários método e estratégias para resolver problemas e atingir objectivos, antes de lhe perguntarem ou pedirem para o fazer. • Jovem/adulto sabe actuar de forma proactiva e enérgica, em vez de esperar passivamente por ordens ou instruções. não ser • O jovem/adulto está dependente das instruções dos outros para agir. Tem medo de agir e errar. • Quando tem de resolver um problema, utiliza métodos e estratégias rígidas, não sendo capaz de experimentar outras abordagens de resolução. 12
  • 13. Competência • Resistência ao fracasso Ser • O jovem/adulto revela a capacidade para manter um comportamento equilibrado bem como a sua auto-estima, quando confrontado com a oposição dos outros ou quando as coisas não correm de acordo com as suas expectativas. não ser • O jovem/adulto lida mal com a oposição ou hostilidade dos outros, deixando que isso afecte a sua actuação. • Destrutura-se facilmente quando contrariado ou quando as coisas não correm de acordo com os seus desejos. 13
  • 14. Competência • Planeamento / Organização Ser • O jovem/adulto estabelece planos de acção para si próprio ou para os outros, de forma a assegurar o cumprimento de objectivos específicos. • Decompõe os problemas em partes e organiza-as de forma sistemática. • Determina prioridades, faz a alocação do tempo e de recursos eficazmente e controla o seu cumprimento. não ser • O jovem/adulto tem muita dificuldade em planear uma actividade ou conjunto de actividades, com sequência lógica ou e/ou de gestão de tempo, de forma a cumprir um objectivo. • Não é capaz de estabelecer prioridades, não definindo acções prioritárias e tentando desenvolver várias tarefas em simultâneo sem resultados positivos. 14
  • 15. Competência • Criatividade / Inovação Ser • O jovem/adulto gera ideias novas e abordagens originais e utiliza-as para melhorar ou desenvolver novos processos, métodos, sistemas, etc.. Revela um pensamento aberto e fora dos esquemas habituais para resolver problemas, apesar dos obstáculos e/ou resistências. não ser • O jovem/adulto demonstra uma estrutura rígida de pensamento, privilegiando sempre o mesmo modelo de abordagens teóricas e tradicionais na forma como actua ou se posiciona face a problemas. • Deixa-se influenciar com facilidade pelos outros, tendo dificuldade em defender e manter pontos de vista diferentes dos habituais. 15
  • 16. Competência • Relações Interpessoais Ser • O jovem/adulto estabelece facilmente relações com os outros, desenvolvendo e promovendo uma rede de relacionamentos) que podem ajudar a concretizar objectivos e/ou processos de aprendizagem/trabalho. Jovem coopera com os outros para atingir os objectivos estabelecidos pelo grupo. • Jovem/adulto colabora com os outros no trabalho e na procura de soluções que possam ser positivas para todas as partes envolvidas. não ser • O jovem/adulto tem dificuldade em estabelecer relações com os outros, evidenciando comportamento tímido, distante e avesso a contactos. Desenvolve as suas acções de forma individualista tendo dificuldade em partilhar com os outros, ou em colaborar na procura de soluções que possam ser positivas também para os outros. 16
  • 17. • Os empreendedores bem sucedidos, qualquer que seja a sua motivação pessoal (…) curiosidade, ou desejo de fama ou reconhecimento, tentam criar valor e fazer uma contribuição. Peter Drucker, 1986 17
  • 18. Objectivos da Educação para o Empreendedorismo: • Incentivar… • Sensibilzar… • Potenciar… • Integrar… … o desenvolvimento do espírito empreendedor em cada aluno/a, em cada actividade, em cada desafio, em cada disciplina, em cada projecto 18
  • 19. • Ensino transversal para a vida • Centrado na acção • Focalizado no processo e nos resultados • Coerente e constante • Integrado multidisciplinarmente • Contextualizado • Auto-construído pelos alunos A Educação para o Empreendedorismo é: • Ensino de gestão empresarial • Centrado nos saberes • Focalizado nas tarefas • Esporádico e inconstante • Isolado disciplinarmente • Descontextualizado • “Fornecido” pelos agentes de ensino A Educação para o Empreendedorismo não é: 19
  • 20. EMPREENDEDORISMO EM 7 PASSOS: 1. Assumir riscos • Esta é a primeira e uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer actividade e é preciso aprender a lidar com eles. 20
  • 21. 2. Identificar oportunidades • Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom negócio é outra marca importante do empresário bem-sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas oportunidades melhoram quando seu conhecimento aumenta. 21
  • 22. 3. Conhecimento, organização e independência • Quanto maior o domínio de um empresário sobre um ramo de negócio, maior será sua oportunidade de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas" de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes. • Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização, principalmente no início do empreendimento, compromete o seu funcionamento e o seu desempenho. • Determinar os seus próprios passos, abrir os seus próprios caminhos, ser o seu próprio patrão, enfim, procurar a independência é uma meta importante para o sucesso. O empreendedor deve ser livre, evitando proteccionismos que, mais tarde, possam se transformar em obstáculos aos negócios. 22
  • 23. 4. Tomar decisões • O sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com a capacidade de decidir correctamente. • Tomar decisões certas é um processo que exige o levantamento de informações, análise fria da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões correctas, na hora certa. 23
  • 24. 5. Liderança, dinamismo e optimismo • Liderar é saber definir objectivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre presente. • Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de fazer com que simples ideias se concretizem em negócios efectivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar um certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos. • O optimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades. 24
  • 25. 6. Planeamento e plano de negócios • Existe uma importante acção que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planear, planear e planear. Os fatos devem ser encarados de maneira objectiva. Não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em acções concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: o planeamento. • Quando se considera o conceito de planeamento, têm-se pelo menos três factores críticos que podem ser destacados: • • 1.Toda empresa necessita de um planeamento do seu negócio para poder geri-lo e apresentar a sua ideia a investidores, bancos, clientes e para os seus parceiros, sejam eles fornecedores ou seus funcionários, • 2.Toda a entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio, e • 3.Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objectivamente num plano de negócios. 25
  • 26. 7. Instinto empresarial • O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faro empresarial, típicos de gente bem sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas características terá grandes oportunidades de êxito. 26
  • 27. • Actualmente, aborda-se o empreendedorismo numa outra vertente – a de criação de entidades com um cariz social e não somente lucrativo, bem como a possibilidade das empresas privadas associarem à sua actividade também um objectivo social. 27
  • 28. O que é o Empreendedorismo Social ? • O empreendedorismo social refere-se aos trabalhos realizados pelo empreendedor social, pessoa que reconhece problemas sociais e tenta utilizar ferramentas empreendedoras para resolvê-los. • Difere do empreendedorismo tradicional, pois tenta maximizar retornos sociais ao invés de maximizar o lucro. 28
  • 29. O que é o Empreendedorismo Social ? • De maneira mais ampla, o termo pode se referir a qualquer iniciativa empreendedora feita com o intuito de avançar causas sociais e ambientais. • Essa iniciativa pode ser com ou sem fins lucrativos, englobando tanto a criação de um centro de saúde com fins lucrativos numa aldeia onde não exista nenhuma assistência à saúde, como a distribuição de remédios gratuitos para a população pobre. 29
  • 30. O Empreendedor Social • O empreendedor social visa a maximização do capital social (relações de confiança e respeito) existente para realizar mais iniciativas, programas e acções que permitam à comunidade, cidade ou região que se desenvolverem de maneira sustentável. • Ele faz esses avanços disseminando tecnologias produtivas, aumentando a articulação de grupos produtivos e estimulando a participação da população na esfera política, ampliando o "espaço público" dos cidadãos em situação de exclusão e risco. 30
  • 31. • Para tal, utiliza técnicas de gestão, inovações produtivas, técnicas de planeamento sustentável de recursos naturais e criatividade para fornecer produtos e serviços que possibilitem a melhoria da condição de vida das pessoas envolvidas e beneficiadas, através da acção dos empreendedores sociais externos e internos a comunidade. • Tais organizações prosseguem a melhoria e transformação do contexto comunitário em que se inserem tendo como modelo de gestão o da auto-sustentabilidade da sua acção e actividade. 31
  • 32. • Na raíz do seu funcionamento encontra-se um modelo voluntário de participação e co- responsabilização dos empreendedores sociais, que não são motivados apenas por intenções de lucro mas essencialmente pela prestação de serviços que podem propiciar, bem como pelo ganho social que trazem à comunidade. • São essas organizações da sociedade civil que levam a cabo a promoção e criação de emprego e a melhoria das condições de vida, de empregabilidade, de acesso aos bens e à cultura sem que possuam uma finalidade lucrativa, mas visando a auto-sustentabilidade da sua gestão. 32
  • 33. Os Impulsionadores destas organizações: • São os empreendedores sociais que regem a sua actuação nas instituições da sociedade civil (associações, IPSS´s, organizações não governamentais, associações mutualistas, incubadoras de empresas, etc.) de acordo com motivações de transformação social, de compromisso e de impulsionador social e não somente por uma pura intenção de obter lucro distribuível pelos investidores. 33
  • 34. Empreendedores Sociais VS. Empreendedores Empresariais: • Os empreendedores sociais partilham com os empreendedores empresariais a mesma intenção de incremento de valor (para uns económico-financeiro, para outros social), as mesmas dificuldades e limitações de meios e recursos e a mesma atitude arrojada, criativa e inovadora de desafio às limitações impostas pela escassez de meios. 34
  • 35. Conceito de “Empreendedor Social”: • Apesar do conceito de “empreendedorismo social” parecer estranho afigura-se fundamental que exista pois talvez seja realmente o ponto- chave para uma sociedade mais equilibrada e mais justa. • Fazer aparecer mais empresas que conjuguem, de igual modo, o sentido empresarial e social implica uma atitude de compromisso social que preconiza quer a criação de valor privado, quer a transformação social. 35
  • 36. Conceito de “Empreendedor Social”: • Esta postura implica por natureza que o empreendedor social, à semelhança do empreendedor empresarial seja atento, criativo e inovador. • Quem possui escassos meios direccionados à realização de objectivos e simultaneamente possui muita vontade de os prosseguir tem necessariamente de ser um “caçador” de oportunidades, de ideias e de acasos e simultaneamente um defensor da aprendizagem e da inovação contínuas. 36
  • 37. Conceito de “Empreendedor Social”: • É precisamente esta atitude de compromisso dos diversos tipos de empreendedores, seja qual for o tipo de mercado em que actuam, que os faz indivíduos apaixonados por projectos, ideias e ideais, actuando com espírito de missão, respeitando importantes valores éticos e visando acima de tudo a transparência e a lealdade nas relações que estabelecem com os seus colaboradores, parceiros de negócio, clientes e fornecedores. • A nota mais característica do empreendedorismo social passa essencialmente pela capacidade de transformar para ganhar mais, sem que a medida do ganho seja somente o lucro mas também a criação de valor social para a comunidade, promovendo o emprego, minorando a exclusão social e a conflitualidade e aumentando as valências de apoio e os benefícios da comunidade. 37
  • 38. Os empreendedores sociais • Procuram resolver problemas sociais tendo em conta as situações de risco, por exemplo ao lidar com situações de exclusão social, pobreza, miséria e também situações de risco de vida, para isso desenvolvem estratégias de uso de recursos para dar apoio e reforçar as suas missões sociais. Apesar dos seus recursos serem limitados eles trabalham mais com menos procurando sempre atrair recursos de terceiros e estabelecendo parcerias de forma a satisfazerem a sua missão. 38
  • 39. Definiu-se assim o empreendedor como agentes de mudanças no sector social por: Adoptarem uma missão de gerar e manter o valor social (não apenas valor privado); Investigarem e assegurarem novas oportunidades para servir a tal missão; Empregarem-se num processo de inovação, adaptação e aprendizagem continua; Agirem arrojadamente sem a limitação dos recursos disponíveis; e Exibirem um elevado senso de transparência para com os seus parceiros e público e logo pelos resultados gerados. 39
  • 40. Diferenças entre Empreendedorismo empresarial e Empreendedorismo Social • Empreendedorismo É individual Produz bens e serviços Tem o foco no mercado Sua medida de desempenho é o lucro Visa a satisfazer necessidades dos clientes e a ampliar as potencialidades do negócio 40 É colectivo Produz bens e serviços à comunidade Tem o foco na busca de soluções para os problemas sociais A sua medida de desempenho é o impacto social Visa respeitar pessoas da situação de risco social e a promovê-las Empreendedorismo social
  • 41. O empreendedorismo social pode ser assim considerado como: Um novo paradigma de intervenção social, pois apresenta um novo olhar e leitura da relação e integração entre os vários actores e segmentos da sociedade; Um processo de gestão social, pois apresenta, uma cadeia sucessiva e ordenada de acções, que pode ser resumida em três fases: 1º concepção da ideia; 2º Institucionalização e maturação da ideia; 3º Multiplicação da ideia. Uma arte e uma ciência. Uma arte porque permite a cada empreendedor aplicar as suas habilidades e aptidões e, por que não, seus dons e talentos, na sua intuição e sensibilidade na elaboração do processo do empreendedorismo social, uma ciência porque utiliza meios técnicos e científicos para ler, elaborar/planejar e agir sobre e na própria realidade humana e social. 41
  • 42. O empreendedorismo social pode ser assim considerado como: Uma nova tecnologia social, pois sua capacidade de inovação e de empreender novas estratégias de acção faz com que sua dinâmica gere outras acções que afectam profundamente o processo de gestão social; Um indutor de auto-organização social, pois não é uma acção isolada, mas, ao contrario, necessita da articulação e participação da sociedade para se institucionalizar e apresentar resultados que atendam às reais necessidades da população, tendo de ser duradouro e de alto impacto social. Não é privativo, pois a principal característica e a possível multiplicação da ideia/acção partem de acções locais, mas sua expansão é para o impacto global. Dessa forma, é um sistema dentro de um maior, que é a sociedade, gerando mudanças significativas a partir do processo de interacção, cooperação elevado de capital social. O processo de empreendedorismo social exige, principalmente, o redesenho de relações entre comunidade, governo e sector privado, que se baseia no modelo de parcerias, tendo como principal objectivo retirar pessoas da situação de risco social; 42
  • 43. Conclusão • De facto o Empreendedorismo é um meio bastante positivo e necessário para o desenvolvimento de todos os países. Embora em Portugal, o Empreendedorismo, e mais especificamente o Empreendedorismo Social sejam ainda bastante recentes, têm sido criadas diversas iniciativas e decisões no sentido do desenvolvimento destas duas áreas, para assim permitir tanto um maior incentivo por parte das pequenas empresas para uma maior inovação e risco à criação e desenvolvimento de empreendimentos, como para as instituições sem fins lucrativos no desenvolvimento e melhoramento das acções sociais e consequentemente desenvolvimento da sociedade. • Empenhadas em exercer uma cidadania responsável, as empresas têm procurado de forma crescente assumir uma postura social, ética e ambiental consciente. Desta forma, procuram interagir com as comunidades envolventes, retribuindo-lhes parte do que delas recebem. É neste sentido que actua o empreendedorismo social para o desenvolvimento da responsabilidade social e consciência para o melhoramento de tantas lacunas existentes a nível do social, como por exemplo a pobreza, o desemprego de pessoas deficientes, entre outros problemas tão preocupantes para um mundo melhor. 43
  • 44. Actividade: • Elaboração de um projecto de empreendedorismo social. • Criação da ideia (instituição...); • Definição de objectivos da ideia; • Meios para atingir os objectivos; • Definição de tarefas. • Ter em conta: – Aspectos de solidariedade; – Exclusão social; – Resolução de problemas sociais. 44