2. Poder Marítimo e os EUA como
potências mundiais - Mahan
As relações internacionais de fins do séc XIX foram
examinadas pela Geografia Política, a partir da “Óptica
Alemã”
Com Mahan, surge uma “óptica norte americana”
3. Mahan, oficial da marinha americana e professor
naval, é reconhecido como o percursos das teorias
geopolíticas sobre o poder marítimo na época
contemporânea
Lança o livro “A influência do poder marítimo” de 1890
Mahan se tornou um autêntico teórico do
expansionismo, um “filósofo naval do imperialismo”
4. Mahan lança uma abordagem inovadora sobre o poder
marítimo
Concepção integrada de todas as atividades relacionadas ao
mar
Suas teorias não se restringem ao poder naval e ao comércio
marítimo separadamente
Para ele, é fundamental a natureza e o grau de
envolvimento de toda a população de um país com as
atividades marítimas, decorrendo daí as possibilidades
concretas de constituição de um poder de fato nessa área.
5. Para ele, desde A Guerra do Peloponeso (400 a.C.) os
princípios e as funções da marinha de guerra são os
mesmos, cabendo-lhe a definição:
pontos de concentração;
depósitos de munição e suprimentos;
comunicação entre esses pontos e a base original;
o valor militar do comércio;
modo como o comércio combinado com as operações
pode ser conduzido.
6. Concebe os oceanos e mares como um vasto espaço
social e político com características próprias que os
distinguem dos espaços terrestres
articulados a estes pelos portos e vias de comunicações
interiores
Deve haver uma ligação estratégica das rotas
marítimas
ligações com outros continentes e com os interiores dos
países.
7. Mahan lembra que o poderio marítimo de uma nação
depende sobretudo de sua capacidade de instalar e
manter em funcionamento essa rede de pontos de
apoio (colônias e postos coloniais), que possui um
valor econômico e estratégico
8. Nestes três elementos encontra-se a chave para boa parte
da história e da política das nações marítimas:
Produção
com a necessidade de troca entre os produtos;
Navegação
através de qual essa troca é realizada;
E as colônias
as quais facilitam e alargam as operações de navegação e
tendem a protegê-las pela multiplicação de pontos de apoio.
9. Quanto às condições específicas que definem o poder
marítimo, se destaca em 1º lugar, o papel da posição
geográfica.
Comparando os casos da Inglaterra, França e Holanda.
A posição da Inglaterra é a mais favorável, sua
configuração insular, com portos protegidos, e um
vasto império colonial de apoio e uma marinha
mercante altamente desenvolvida.
Modelo de poder Marítimo, comércio marítimo,
domínio colonial e poder naval.
10. França, ora aparece como potência marítima, ora como
potência continental.
Possui desvantagem estrutural em relação à sua
posição geográfica, suas costas para o Atlântico e no
Mediterrâneo fracionam a sua frota naval (Necessidade
de passar pelo estreito de Gibraltar)
Comparação com os EUA (Oceano Atlântico e
Pacífico) – Daí a necessidade do Canal no istmo do
Panamá
11. Aí aparece o segundo papel para o poder marítimo, as
condições estratégicas.
Por exemplo, estratégias de controle destes istmos ou
canais, como o do panamá, de Gibraltar, e de Suez.
Estratégias militares, e econômicas para ocupação e
proteção destas áreas
12. Crítica aos EUA, usando França como exemplo:
- Atenção voltada para a ocupação do interior do país e
uma não-proteção de suas costas.
- A concentração da riqueza encontra-se
principalmente nas faixas costeiras do país (EUA)
Com a construção do Canal do Panamá esta
mentalidade diminua, de modo que os EUA poderão
então fazer valer os seus “direitos naturais” no mar.
13. E como último fator, Mahan diz respeito ao que chama
de caráter nacional
Seria a direção seguida pelos países com relação às
atividades em geral e especialmente aquelas ligadas ao
mar
Crítica à Portugal e Espanha
14. Com exploração baseada simplesmente na “caça à
riqueza imediata” de ouro e prata, que é efêmera sem a
articulação com outras atividades econômicas,
principalmente à indústria
Alemanha e a Inglaterra souberam extrair riquezas,
mas produziram e comercializaram esta riqueza pelo
mundo
15. 3 fatores para o Poder marítimo
(Mahan)
1. Posição geográfica;
2. Condições estratégicas;
3. Caráter nacional.
16. As profecias de Mahan acontecem:
(após 10 anos – livro) EUA vencem a guerra contra a
Espanha no Caribe, estendendo o seu domínio sobre a
América Central, iniciando assim sua grande expansão
marítima
1914 - concluí o Canal do Panamá (Ano de sua morte)
1916 - “Navy Act”, a consagração das suas teses sobre o
poder marítimo e a afirmação dos EUA como potência
mundial
17. Mackinder - Heartland
Halford Mackinder, como Ratzel, sempre foi crítico aos
geógrafos, pela pouca atenção que dedicavam aos fatos
da política em seus estudos
Ratzel tinha um engajamento quanto a compreensão
das relações entre Estado, território e o “projeto
geopolítico alemão”
Mackinder tinha um engajamento numa visão
estratégica global, e se constituiu em referência às
questões geopolíticas mundiais (Estudiosos e
militares)
18. Mackinder defendia a ideia de que a disputa pela
hegemonia em escala global dependia da importância
cada vez maior - “poder terrestre”
Mackinder acredita que os anos de 1900 marcaram o
fim do que se chamou de “era colombiana”, período de
400 anos caracterizado pela expansão marítima e pelas
descobertas de novas terras no globo, processo este
encerrado (Mahan)
19. Analisando a massa terrestre compreendida pela
Eurásia, percebe um fenômeno fundamental para ele:
O contraste entre as dimensões do território russo e os
outros Estados da Europa Ocidental
Relacionando os movimentos topográficos, climáticos
e os movimentos das migrações populacionais em
direção ao ocidente, foi possível determinar um
“domínio terrestre”,
20.
21. Ele reconhece o papel da circulação marítima e o do
poder naval nas modernas estratégias em nível
mundial, porém alerta para o crescimento do poder
terrestre.
Antes, a capacidade de mobilidade era a cavalos ou
camelos -> início das ferrovias
Transiberiana – 1897
22. Assim, aliando vários territórios e ferrovias às suas
potencialidades econômicas, especialmente recursos
naturais abundantes, o Império Russo se tornaria uma
potência mundial
Preocupação com possível aliança Rússia-Alemanha
(Império Mundo)
23. Cordão Sanitário
Criação do Cordão Sanitário Após I Guerra Mundial
Criação da Polônia, Tcheco-Eslováquia, Hungria, Iugoslávia, Bulgária, Romênia e
Grécia, a partir de territórios desmembrados dos impérios russo, alemão,
austríaco e turco
24. Recebe críticas quando favorece as ferrovias, sendo que
há um grande avanço na tecnologia da propulsão a
vapor, aumentando assim as embarcações militares
Mackinder – A mobilidade não estaria num ou noutro
domínio de circulação (Naval ou ferroviário), mas na
articulação de ambos, possivelmente com aviões
também
25. Mackinder acrescenta sua teoria
Haveria um só oceano e uma Ilha-mundo
Centro dela seria a Heartland, com um entorno
chamado de Marginal crescente (Eurásia restante, e
Insular crescente (América, África e Oceania)
26.
27. Este Marginal crescente seria o Hinterland, com pólos
de saída para o oceano, como a região do Canal de Suez
Região, que se dominada concomitantemente com o
Heartland seria o “Império Mundo”
Aliança entre França e Inglaterra na I Guerra Mundial
contra a Alemanha (Povos eslavos contra germânicos)
foi pensada para não haver uma aliança Rússia e
Alemanha
28. Por isso a grande preocupação com a instável região
dos Bálcãs e da Europa Oriental, sob histórica disputa
de influência da Alemanha e da Rússia
Acordo Ribeentrop-Molotov, em 1939 – Pacto de Não
agressão
29. Spykman - Rimland
Críticas à Mackinder e revalorização à Mahan
Com base na Teoria do Heartland cria a Teoria do
Rimland (Poder periférico)
Estratégia dos EUA de contenção do poderio Russo
32. Países marítimos, terrestres e
anfíbios
Países insulares
Fenícios, Portugueses, espanhóis, Holandeses, Inglaterra
Países continentais
Persas, Germanos, Mongóis, Alemães, Russos
Países mistos
Império Romano e França