Espigões são estruturas construídas no mar ou na costa para reduzir a erosão e melhorar a navegação. Podem ter formatos variados como retilíneos, em T ou L, e são usados para controlar correntes e acumular areia em uma região, causando erosão em outra. São construídos com materiais como concreto, rochas ou sacos de areia.
2. A agitação permanente das águas do mar
(ondas) impede a acostagem em zonas
abertas, sendo que ela só possível em certos
locais menos expostos ou mais abrigados.
3. Além disso, para que estes locais sirvam de
porto a um determinado tipo de embarcação,
é necessário também que haja profundidade
compatível com o seu calado e condições de
acesso que permitam o tráfego: largura,
conformação em planta, tranqüilidade das
águas, etc.
4. Apesar desses fatores, a escolha da localização
de um novo porto geralmente é determinada
por imposições relacionadas à infra-estrutura
existente no continente, ou seja, com a infra-
estrutura viária, rodoviária, ferroviária,
industrial e de produção.
5. Nesse contexto, os critérios relacionados ao
lado marítimo ficam em segundo plano. Ou
seja, muitas vezes, o local escolhido não
dispõe dessas condições de profundidade,
tranqüilidade, acesso e outras que facilitam as
operações portuárias, sendo necessárias obras
de melhoramento dos portos.
6. OBRAS PORTUÁRIAS DE ABRIGO
As estruturas de abrigo tem as funções de
reduzir os efeitos das correntes marítimas que
atinjam os navios atracados e para conter o
avanço da erosão na área e desassorear o
canal, melhorando a navegabilidade das
embarcações.
Ex.: os molhes, os espigões, guias-correntes,
quebra-mares etc.
7. Quebra-mar - estrutura de proteção para
mitigar efeitos das ondas (duas extremidades
o oceano); geralmente feitas por enrocamento
ou blocos de concreto com geometria
específica;
8. Molhes - estrutura de proteção para mitigar
efeitos das ondas (possui uma extremidade no
continente e outro oceano);
Espigões – estruturas enraizadas
no continente, com a função de
atenuar efeitos decorrentes.
10. ESPIGÕES
Estrutura rígida de engenharia costeira,
disposta transversalmente ao desenvolvimento
da linha de costa.
11. Em geral, os espigões são retilíneos, mas
podem ter forma em T ou em L, ou mesmo
mais complexas, como curvilíneas, em Z e
ondulada.
12. ESPIGÕES
A parte superior da estrutura (coroamento)
pode estar emersa ou submersa ou ter uma
parte emersa e outra submersa. Podem,
ainda, ser do tipo permeável (permitindo que
a água e algum sedimento os atravesse) ou
impermeável.
13. ESPIGÕES
O efeito de um único esporão é a
acumulação da praia a barlamar e a
erosão da praia a sotamar através do
controle ou pelo menos modificação
dos fenômenos hidrodinâmicos
associados à agitação e às marés
bem como, da sua interferência na
corrente de deriva litoral.
14. O espigão pode ser também
empregado em conjunto,
sendo chamado de campo de
espigões.
Campo de espigões – Olinda-PE
15. Essa é uma solução para minimizar os efeitos
da erosão no sotavento.
O comprimento, a cota de coroamento e o
espaçamento entre esporões são
condicionados pela amplitude da maré, pela
energia da onda incidente e pelo pendor da
praia.
16. Nesse caso, a construção pode ser efetuada
em etapas, iniciando pelo sotamar,
adicionando novos espigões sempre que for
atingida a capacidade de retenção máxima.
17. Quando a construção dos espigões se realiza
em uma só etapa, os espigões de barlamar
preenchem primeiro, sendo o campo
preenchido de barlamar para sotamar, a
medida em que os espigões de barlamar são
preenchidos e os sedimentos os contornam.
18. As construções de espigões não são indicadas
para áreas onde o transporte de sedimentos
litorâneos for fraco, pois as erosões a sotamar
podem ser graves. Isto também pode ocorrer
quando o rumo deste transporte de
sedimentos for variável, pois reduz a eficácia
da obra.
19. Constituem as estruturas mais vulgarizadas de
proteção costeira. Devido aos impactos
negativos que induzem a sotamar, bem como
por razões estéticas, a sua construção é cada
vez mais polémica, sendo preferível, com
frequência, adoptar outras técnicas de
protecção ambientalmente menos agressivas.
20. MATERIAIS
Entre os materiais que têm sido utilizados
referem-se concreto, blocos de rocha
(enrocamento), gabiões, sacos com areia ou
pedras, madeira e metal.
21. MATERIAIS
Os espigões são geralmente construídos
através de enrocamentos, com a vantagem de
formar estruturas flexíveis, adaptáveis aos
assentamentos do terreno. Também é possível
aplicar o sistema de gabiões, particularmente
nos trechos em que as estruturas ficarão
assoreadas, ou sacos preenchidos com
argamassa de alta resistência.