2. Especialização em Tomografia Computadorizada
“Não se pode pretender que alguém conheça
tudo, mas sim que, conhecendo alguma
coisa, tenha conhecimento de tudo."
Hugo Hofmannsthal
4. Especialização em Tomografia Computadorizada
1885: Descoberta dos Raios X por Wilhelm C. Röentgen;
1917: O matemático austríaco Johann Radon provou que um objeto
tridimensional poderia ser reconstruído matematicamente a partir de um
conjunto infinito de todas suas projeções;
1961: O neurologista William Oldendorf descreve um sistema
experimental que, em teoria, seria capaz de reproduzir as secções
transversais de estruturas intracranianas de radiodensidades diferentes;
1963: Allan Cormack descreve uma técnica para calcular a distribuição
de absorção do Raio X no corpo humano;
1969: Godfrey Hounsfield, utilizando a técnica desenvolvida por
Cormack, cria o primeiro protótipo de TC;
1972: Godfrey Hounsfield e o neurologista J. Ambrose guiaram o
primeiro exame clínico de TC;
7. Especialização em Tomografia Computadorizada
1971: Dia 1 de outubro - Mulher de 41 anos com suspeita de tumor no
lobo frontal. A varredura durou quinze horas;
1974: 60 instalações clínicas de TC (estudos exclusivos do crânio);
1975: Hounsfield constrói o primeiro tomógrafo de corpo inteiro;
1977: Primeiro tomógrafo instalado no Brasil (Hospital da Beneficência
Portuguesa-SP);
1979: Godfrey Hounsfield e Allan Cormack são agraciados com o
Premio Nobel de Medicina e Fisiologia;
1980: A unidade de TC número 5.000 foi instalada nos EUA;
1989: W.A. Kalender e P. Vock realizaram o primeiro exame clínico
com a TC helicoidal;
1998: Introdução dos sistemas de detectores de multicortes (MDCT);
2000: ~30.000 tomógrafos de corpo inteiro instalados no mundo;
Hoje : No Brasil, ~ 1.600 tomógrafos instalados (IBGE).
8. Especialização em Tomografia Computadorizada
Evolução da Tomografia
Computadorizada
Uma nova era no diagnóstico médico!
10. Especialização em Tomografia Computadorizada
TC x Radiografias Convencionais
Distinguir estruturas de órgãos e tecidos com pequenas
diferenças de densidade em especial entre os tecidos moles;
Imagem de um corte sem a superposição de imagens das
estruturas não pertencentes à seção em estudo;
As imagens das estruturas anatômicas conservam as mesmas
proporções, sem distorções;
Imagens digitais permitem medições quantitativas das densidades
dos tecidos e dos tamanhos das estruturas.
Admite manipulações pós-reconstrução, tais como:
Ampliação;
Suavização;
Reformatação em outros planos MPR(2D);
Reconstrução tridimensional (3D)
12. Especialização em Tomografia Computadorizada
1ª GERAÇÃO
Feixe Linear, um detector
180 projeções
4,5min por fatia,
Movimento duplo (translação/ rotação)
13. Especialização em Tomografia Computadorizada
2ª GERAÇÃO
Feixe em leque, vários detectores (5-50)
1,0min por fatia
Movimento duplo (translação/ rotação)
14. Especialização em Tomografia Computadorizada
3ª GERAÇÃO
Feixe em leque,
vários detectores rotativos (~500)
1,0s por fatia
Scan contínuo (360º)
15. Especialização em Tomografia Computadorizada
4ª GERAÇÃO
Tecnologia Slim Ring
Detectores fixos (800-5000)
Somente o tubo de raios x gira
1,0s por fatia
Elevado custo (aquisição/manutenção)
16. Especialização em Tomografia Computadorizada
Sistema Helicoidal ou Espiralar
(5ª Geração?)
Em termos de funcionamento, não diferem dos sistemas de 3ª e
4ª geração;
O sistema utilizado é o de rotação total da ampola podendo ser
os detectores fixos ou móveis;
A diferença está no movimento da mesa que movimenta-se
continuamente enquanto a ampola irradia o paciente de forma
ininterrupta;
É o sistema mais rápido de tomografia, podendo realizar uma
varredura de crânio em menos de 20s, diferente dos de 3ª
geração que levava cerca de 3 minutos.
18. Especialização em Tomografia Computadorizada
Sistema Helicoidal ou Espiralar
(5ª Geração?)
A tecnologia dos anéis deslizantes possibilitou que a TC
helicoidal fosse implementada pois possibilitava um movimento
contínuo do gantry
.
Estes anéis forneciam tensão ao tubo
sem que o mesmo ficasse preso a cabos.
(ex. trilhos do metro)
Limite de velocidade de rotação
de 1,0 seg. (hoje 0,33 seg.)
19. Especialização em Tomografia Computadorizada
Conceitos advindos do modelo helicoidal
Revolução: Giro de 360° do conjunto tubo/detectores. Dura
em média 1s;
Pitch: Representa a razão entre o deslocamento da mesa e a
espessura de corte;
OBS1: Fator importante a considerar nos casos de trabalho com pitch de
relação maiores que 1:1 é que a quantidade de radiação por fatia de corte será
sensivelmente reduzida, aumentando assim o ruído da imagem provocado pela
baixa dose de exposição.
OBS2: Quanto maior o pitch menor o tempo de varredura ou maior a área a
ser estudada, porém haverá uma redução na qualidade da imagem.
20. Especialização em Tomografia Computadorizada
Conceitos advindos do modelo helicoidal
Interpolação: Sempre que se fizer necessário o uso de pitch
maior que a relação 1:1, no sentido de evitar que a espessura
dos cortes apresente variações muito amplas, alguns
equipamentos fazem à aquisição dos dados em apenas 180° do
movimento do tubo, interpolando dados nos próximos 180°,
calculados pelo computador, com base nas informações
obtidas a partir da primeira parte da aquisição.
21. Especialização em Tomografia Computadorizada
Vantagens das Tomografias Helicoidais
Menor quantidade de meios contraste;
Reconstrução retrospectiva de cortes;
Reconstruções multiplanares (MPR) e tridimensionais (3D);
Imagens contínuas sem a perda de lesões por deslocamento
dos órgãos internos.
24. Especialização em Tomografia Computadorizada
Sistema Helicoidal Multi Slice
(6ª Geração?)
Devido a tecnologia Slip ring, tubos de raios X mais potentes e o
avanço computacional houve grande avanço nos modelos de TC
HELICOIDAL;
Surgem os equipamentos de TC Helicoidal Multi slice
(multidetectores);
Atualmente equipamentos com revolução de menos de 0,5s e com
64 canais adquirem 140 imagens por segundo; Já existem modelos
com até 128 canais;
A obtenção de múltiplas imagens por segundo, permitiu o
manuseio, em tempo real, das imagens de tomografia, facilitando o
estudo dinâmico dos vasos.
27. Especialização em Tomografia Computadorizada
Vantagens das TCH Multi slice
Aumento da cobertura do eixo z por rotação;
Aquisição rápida do mesmo volume;
Carga mais baixa no tubo do que o equivalente na varredura
em corte único;
Registro de volumes maiores.
28. Especialização em Tomografia Computadorizada
Tomografia Computadoriza de Feixe Cônico
(Cone-Beam technique)
Os primeiros relatos literários sobre a TC Cone Beam para
uso na Odontologia ocorreram muito recentemente, ao
final da década de noventa;
Dose de radiação equivalente a 1/6 da liberada pela TC
tradicional;
O aparelho de TC de feixe cônico é muito compacto e
assemelha-se ao aparelho de radiografia panorâmica;
32. Especialização em Tomografia Computadorizada
Tomografia Computadoriza de Feixe Cônico
(Cone-Beam technique)
Ao contrário da TC tradicional, que necessita de tantas
voltas quanto forem as espessuras de corte e tamanho da
estrutura, resultando em maior exposição do paciente
devido ao seu feixe em forma de leque, a TC de Feixe
Cônico necessita de apenas um giro ao redor da área de
interesse;
Reduz a dose de exposição do paciente à radiação em até
98% em relação à TC tradicional e a presença de artefatos
na imagem obtida, permitindo assim a melhora da imagem
tridimensional.
33. Especialização em Tomografia Computadorizada
Sistema Dual Source
ALGUMAS VANTAGENS
Dois tubos de raios-x e dois detectores correspondentes
angulados 90º entre si;
Tempo de rotação do gantry em torno de 0,28s;
Redução de 40% a 80% da dose efetiva;
Pode dispensar a necessidade de apnéia ou sedação;
Sistema Dual Energy.
41. Especialização em Tomografia Computadorizada
O aparelho de tomografia computadorizada tradicional
apresenta três componentes principais:
1) o GANTRY, no interior do qual se localizam o tubo de
raios-x e um anel de detectores de radiação, constituído
por cristais de cintilação;
2) a MESA, que acomoda o paciente deitado e que,
durante o exame, movimenta-se em direção ao interior do
gantry (TC helicoidal);
3) o COMPUTADOR, que reconstrói a imagem
tomográfica a partir das informações adquiridas no gantry.
42. Especialização em Tomografia Computadorizada
Tubo de raios-X
Colimador do tubo Transformação
analógico-digital
computador
Colimador
dos detectores Algoritmos de
ROI reconstrução
Detectores de
referência Imagem
Raios-X atenuados
Detectores
43. Especialização em Tomografia Computadorizada
O Gantry
O Gantry (portal) é o maior componente do sistema de
tomografia;
Basicamente é composto por:
Tubo de Raios X;
Conjunto de detectores;
DAS (Data Aquisition System);
Dispositivo laser de posicionamento.
44. Especialização em Tomografia Computadorizada
O Gantry
O tamanho da abertura do gantry influencia
significativamente as características do tubo de raios X.
Quanto maior a abertura do gantry, maior a distância entre o
foco do feixe de raios X e o arco de detectores (dfa);
Lei do inverso do quadrado da distância: A intensidade do
feixe diminui com a distância do foco ao objeto de forma
quadrática;
Portanto, gantry com maiores aberturas requerem a geração
de feixes de raios X mais intensos.
45. Especialização em Tomografia Computadorizada
O Gantry
Para um feixe mais intenso o tubo de raios X demanda maior
potência elétrica da rede de alimentação;
Maior geração de calor por parte do tubo de raios x;
Mais calor implica num sistema de refrigeração mais eficiente
para que o processo ocorra sem superaquecimento;
Esses fatores promovem um maior aumento dos custos dos
gantry com aberturas maiores.
47. Especialização em Tomografia Computadorizada
Quando se fala em protocolos para determinado exame
tomográfico, deve-se levar em consideração que estes não
referem-se, exclusivamente, aos parâmetros técnicos do exame
em questão como fov, pitch, kV, mA, espessura de corte e etc.
São normas e processos que devem ser seguidos com o intuito
de padronizar determinada atividade a fim de favorecer o
entendimento e a interpretação por todas as pessoas envolvidas
no processo.
Vão desde o momento em que o paciente chega até o momento
em que este sai da salas de exames.
Ao definirmos um protocolo devemos levar em consideração
aspectos relacionados ao paciente, ao diagnóstico e ao
equipamento.
48. Especialização em Tomografia Computadorizada
Requisitos definidos pelas características do paciente:
Crianças e pacientes jovens além de pacientes que
necessitam de controle tomográfico periódico: preservação
da dose;
Requisitos definidos pelo equipamento utilizado:
Vinculado as características e limitações do equipamento
como número de canais, revolução do tubo, colimação...
49. Especialização em Tomografia Computadorizada
Requisitos definido pelo diagnóstico:
Resolução espacial: usar cortes mais finos possível
Resolução de contraste: exame com baixo nível de ruido;
Sem necessidade de resolução espacial: Aumentar a espessura de
corte. Estudo de lesões grandes, como massas mediastinais,
aneurismas de aorta e etc;
Com alta resolução espacial (Cortes mais finos): Estudo
dinâmicos de nódulos
Resolução temporal
Estudo de artérias coronarianas, estudo do coração, estudo de
massas mediastinais contíguas ao coração.
50. Especialização em Tomografia Computadorizada
Deve-se fazer a anamnese do paciente antes da realização do
exame e, dependendo dos dados obtidos, deve-se fornecer ao
paciente um comprimido antialérgico caso haja necessidade de
administração de meio de contraste iodado endovenoso.
Alguns questionamentos essenciais durante a anamnese do
paciente:
Se está em jejum de pelo menos quatro horas;
Se tem alergia a iodo (se já comeu camarão, caranguejo
ou outros frutos do mar);
Se fuma ou já fumou e por quanto tempo;
Qual o motivo do exame.
51. Especialização em Tomografia Computadorizada
Deve-se pedir ao paciente que retire qualquer adorno ou roupa
que esteja na região de interesse;
Deve-se explicar ao paciente todo o procedimento de forma
sucinta mas clara para que este possa colaborar durante a
execução do exame;
Deve-se orientar os acompanhantes a deixar a sala de exames
quando do inicio do mesmo, salvo situações especiais como no
caso de idosos ou crianças;