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Dedico este trabalho a minha esposa
Maristela,
meus filhos Lucas e Letícia, e a meus pais,
Paulo e Eneida
6

AGRADECIMENTOS

Ao prof. Dr. Carlos Roberto Sousa e Silva pela orientação, apoio e
amizade.
À minha esposa Maristela e aos meus filhos Lucas e Letícia pelo
carinho, e paciência durante a realização do curso.
À EPAGRI, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural
de Santa Catarina, pelo apoio na realização do curso.
Aos ex-chefe da Estação Experimental de Ituporanga, Arno Alex
Zimmerman Filho e ex-gerente regional da EPAGRI, Nelson Grau de
Souza, pela liberação para o curso.
Aos colegas da Estação Experimental de Ituporanga, pelo apoio e
amizade.
Aos Srs. Marcelo Pitz e Lourival Defreyn pelo auxílio nos
levantamentos de campo.
À Sra. Marlene Mattei e Sr. Sérgio Tamassia pelo suporte na área
de informática.
Às bibliotecárias da EPAGRI, Sras. Zilma Maria Vasco e Eliane
Longen Kniss pela vasta bibliografia obtida por comutação.
7

À bibliotecária da UFSCar, Sra. Angélica Maria Dupas, pela revisão
das citações bibliográficas.
Aos estatísticos pesquisador Renato César Dittrich (EPAGRI) e
Profa. Marinéia Lara Haddad (ESALQ - USP) pelos esclarecimentos
na análise de dados.
Ao pesquisador Clori Basso (EPAGRI, Estação Experimental de
Caçador, SC) pela análise de adubos e níveis foliares de nutrientes.
Aos taxonomistas L. Marinoni (Centro de Identificação de Insetos
Fitófagos - Universidade Federal do Paraná), Christhian Thompson
(USDA - EUA) pela identificação das espécies de sirfídeos.
À tradutora Sra. Nicoleta T. N. Sabeztki (EPAGRI, Itajaí, SC) pelo
apoio na redação do “abstract”.
Aos colegas Vera Britez, José Ethan, Francisco Pegado, Maria Inês
Nahas, Judith Bataglia, Alexandre, Flávia Moura, Sineide pela
amizade e brilhante atuação como atores amadores.
Aos demais colegas de curso pela amizade e atenção.
À Universidade Federal de São Carlos, que possibilitou a realização
do curso.
Aos professores das disciplinas cursadas pela transmissão de
conhecimento e maneira inovadora e respeitosa aos alunos na
forma de conduzir um curso de pós-graduação.
Aos revisores do trabalho de tese e qualificação Dr. Josué Marques
Pacheco (UFSCar), Dr. Luiz A. C. Margarido (UFSCar), Dr. Newton
8

Macedo (UFSCar), Dr. Odair A. Fernandes (UNESP), Dr. Odo M. A.
S. P. R. Primavesi (EMBRAPA) pelas sugestões e correções
apresentadas.
À Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) pela concessão
de bolsa de estudo e maneira respeitosa nas avaliações.

LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. Os efeitos do manejo convencional de
agroecossistemas sobre a biodiversidade funcional
(biota de solo e inimigos naturais) e predisposição a
doenças e pragas (modificado de ALTIERI,
1999).................................................................................
............8
FIGURA 2. Esquema de parcelas de cebola em monocultivo (a) e
associada a diferentes espécies vegetais
(b)...............................................52
FIGURA 3. Níveis de nutrientes em folhas de cebola sob fontes de adubação
orgânica e mineral. Ituporanga, EPAGRI, 1998.................63 a 67
FIGURA 4. Níveis de nutrientes em folhas de cebola sob fontes de adubação
mineral e orgânica. Ituporanga, EPAGRI,
1998.....................................................................................84 a 88

FIGURA 5. Coeficiente de correlação (r) e determinação (r2 %) entre
o número médio geral de larvas de sírfideos/planta e
número médio geral de ninfas de Thrips tabaci Lind./planta
em cebola em monocultivo e associada com diferentes
espécies vegetais. Ituporanga, SC, EPAGRI,
1998....................................................102
9

LISTA DE QUADROS
QUADRO 1. Tratamentos com diferentes doses de nutrientes e fontes de
adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC,
EPAGRI,1998................................................................................41
QUADRO 2. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise
de
Solos,
Estação
Experimental
de
Ituporanga,
EPAGRI,
1998.............................................................................................43
QUADRO 3. Níveis de nutrientes de diferentes fontes orgânicas de adubação. EPAGRI,
1998..............................................................................44
QUADRO 4. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise
de
Solos,
Estação
Experimental
de
Ituporanga,
EPAGRI,
1998.............................................................................................48

QUADRO 5. Tratamentos com diferentes doses de nutrientes e fontes de
adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC,
EPAGRI,1998................................................................................49
QUADRO 6. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise
de
Solos,
Estação
Experimental
de
Ituporanga,
EPAGRI,
1998..........................................................51
10

LISTA de TABELAS

TABELA 1. Número médio de ninfas de Thrips tabaci em cebola, cultivar Crioula,
sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC,
EPAGRI,1998.............................................................................61
TABELA 2. Porcentagem de folhas de cebola, cultivar Crioula, infectadas por Peronospora
destructor
, sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC,
EPAGRI,1998....................................................62
2

TABELA 3. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r %) entre níveis de
nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de
Thrips tabaci Lindeman 1888. Ituporanga, SC, EPAGRI,
1998....................................................................................68 e 69
2

TABELA 4. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r %) entre níveis de
nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de
Peronospora destructor. Ituporanga, SC, EPAGRI,
1998....................................................................................70 e 71

TABELA 5. Produtividade comercial média e peso médio de bulbos
de cebola, cultivar Crioula, sob adubações mineral e
orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,
1998..................................................................................
..........72
TABELA 6. Número médio de ninfas de Thrips tabaci em cebola, cultivar Crioula,
sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC,
EPAGRI,1998...............................................................................82
TABELA 7. Porcentagem de folhas infectadas por Peronospora destructor em
cebola, cultivar Crioula, sob adubações mineral e orgânica.
Ituporanga, SC, EPAGRI,1998.....................................................83
2

TABELA 8. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r %) entre níveis de
nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de
Thrips tabaci Lindeman 1888. Ituporanga, SC,
EPAGRI,1998......................................................................89 e 90
2

TABELA 9. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r %) entre níveis de
nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de
Peronospora destructor. Ituporanga, SC, EPAGRI,
1998.......................................................................................91 e 92

LISTA de TABELAS

TABELA 10. Produtividade comercial média e peso médio de
bulbos de cebola, cultivar Crioula, sob adubações
11

mineral e orgânica. Ituporanga, SC,
EPAGRI,1998....................................................93
TABELA 11. Número médio de ninfas de Thrips tabaci em cebola, cultivar Crioula,
em monocultivo e associada a diferentes espécies vegetais. EPAGRI,
Ituporanga, 1998............................................99
TABELA 12. Número médio de larvas de sirfídeos predadores, Toxomerus spp.,
em cebola em monocultivo e associada a diferentes espécies
vegetais. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998..................100
2

Tabela 13. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r ) entre média de ninfas
de Thrips tabaci Lind./planta, e número médio de larvas de sirfídeos
predadores, Toxomerus spp./planta. Ituporanga, SC, EPAGRI,
1998.............................................................................101

TABELA 14. Produtividade comercial média e peso médio de
bulbos de cebola, cultivar Crioula, em monocultivo e
consorciada. Ituporanga, SC, EPAGRI,
1998..............................................103
TABELA 15. Correlação entre variáveis climáticas e incidência de Thrips tabaci
(Thysanoptera : Thripidae) , Peronospora destructor , e de
sirfídeos predadores, Toxomerus spp. . EPAGRI,
Ituporanga,1998......................................................................106

SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO.....................................................................................
........1
12

1.1 Impacto da agricutura convencional nos agroecossistemas
.....................6
1.2 Nutrientes em plantas e sua relação com a ocorrência de insetos
e
patógenos.......................................................................................
............9
1.2.1 Relação de nitrogênio (N) com a incidência de insetos e
patógenos de
plantas..........................................................................................
..........10
1.2.2 Relação de demais nutrientes com insetos e patógenos de
plantas..........................................................................................
..........16
1.2.3 As relações entre nutrientes com a incidência de insetos e
patógenos de
plantas..........................................................................................
.....17
1.2.4 Influência da fertilização no desenvolvimento de míldio,
Peronospora destructor, e espécies de
tripes.............................................................19
1.2.5 Fertilizações mineral e orgânica e suas relações com
infestação de insetos e patógenos de
plantas..............................................................20
1.3 Diversidade vegetal: efeito sobre insetos fitófagos e inimigos
naturais...........................................................................................
..........21
1.3.1 Hipóteses sobre a diminuição da herbivoria por insetos em
ambientes
13

diversificados...............................................................................
...........24
1.3.1.1 Hipóteses de inimigos naturais versus concentração de
recursos.....................................................................................
..........24
1.3.1.2 Hipótese da “qualidade” da planta hospedeira...................................27

1.3.1.3 Hipóteses da “diversidade de recursos e distúrbios
intermediários”.............................................................................
...........27
1.3.2 Relação entre diversidade vegetal e densidade de herbívoros.............28

1.3.3 Efeito da diversidade vegetal sobre espécies de
tripes.......................................................................................................31

1.3.4 Diversidade vegetal e sua relação com hábito alimentar de
insetos, e sistemas anuais e
perenes....................................................................35
1.4 A atuação de sirfídeos como
predadores................................................37
14

2. MATERIAL E
MÉTODOS...........................................................................40
2.1 Experimento 1. Densidade Populacional de T.tabaci , e
infestação por P. destructor, em cebola sob
diferentes fontes de adubação
orgânica..................................................................
..........40
2.2 Experimento 2. Densidade Populacional de T. tabaci, e
infestação por P. destructor, em cebola sob
diferentes fontes minerais de
adubação................................................................
..........47
2.3 Experimento 3. Densidade Populacional de T. tabaci, e sirfídeos
predadores em cebola em monocultivo e
associada com outras espécies
vegetais..................................................50
2.4. Variáveis climáticas e correlação com a incidência de T. tabaci, P. destructor, e
sirfídeos................................................................................53

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................54

3.1 Experimento 1. Densidade populacional de T. tabaci, e
infestação por P. destructor, em cebola sob
diferentes fontes de adubação
orgânica..................................................................
..........54
3.2 Experimento 2. Densidade populacional de T. tabaci, e
infestação por P. destructor, em cebola sob
diferentes fontes minerais de
adubação................................................................
..........73
3.3 CONCLUSÕES dos EXPERIMENTOS 1 e 2...........................................80

3.4 Experimento 3. Densidade Populacional de Thrips tabaci, e
sirfídeos predadores em cebola em monocultivo e
associada com outras espécies
vegetais..................................................94
3.5 CONCLUSÕES DO EXPERIMENTO
3...................................................97
15

3.6 Correlação entre variáveis climáticas e incidência de T. tabaci, P.
destructor, e de predadores Toxomerus spp.
........................................104
3.6.1 Conclusões sobre a relação entre variáveis climáticas e
incidência de T. tabaci, P. destructor, e de predadores
Toxomerus spp. ........................105
4. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.........................................................108
16

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre adubações
minerais e orgânicas sobre a incidência de Thrips tabaci Lindeman 1888
(Thysanoptera: Thripidae) e Peronospora destructor Berk. Casp. (Peronosporales:
Peronosporaceae), em cebola, Allium cepa L. (Alliaceae) e o efeito da diversidade
vegetal na cultura sobre as densidades populacionais de T. tabaci e sirfídeos
predadores. O trabalho constituiu-se de três experimentos montados na Estação
Experimental de Ituporanga da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão
Rural de Santa Catarina (EPAGRI). entre

agosto e dezembro de 1998. Os

tratamentos do experimento com adubação orgânica foram determinados de
acordo com a necessidade de N para a cultura pela análise de solo. Os
tratamentos foram diferentes fontes de adubo orgânico fornecendo 75 Kg/ha de N
(estercos de suíno; adubo Barriga Verde , proveniente de esterco de aves;
composto orgânico; esterco de peru; húmus); 37,5 Kg/ha de N (metade da dose
normal com esterco de suíno); testemunhas com adubação mineral fornecendo
dose normal de NPK (30-120-60 kg/ha de N-P2O5-K2O) e dobro da dose (60-240120 kg/ha de N-P2O5-K2O) e testemunha sem adubação. Os níveis dos
tratamentos no experimento com adubação mineral foram determinados
respectivamente por 1 e 3 vezes a recomendação da análise de solo: 30-120-60
kg/ha de N-P2O5-K2O; 90-360-180 kg/ha de N-P2O5-K2O; 75,0 Kg/ha de N; 225,0
Kg/ha de N; 80,0 Kg/ha de P2O5 ; 240,0 Kg/ha de P2O5; 60,0 Kg/ha de K20; 180,0
Kg/ha de K20; as testemunhas com adubação orgânica foram esterco de suíno +
fosfato natural em três tratamentos (75,0 Kg/ha de N + 80,0 Kg/ha de P2O5 ; 225,0
Kg/ha de N + 240,0 Kg/ha de P2O5; 37,5 Kg/ha de N + 40,0 Kg/ha de P2O5) e
17

testemunha sem adubação. Os tratamentos do experimento sobre diversidade
vegetal foram: cebola em monocultivo; cebola + trigo mourisco (Fagopyrum
esculentum Moench) (Poligonaceae); cebola + nabo forrageiro (Raphanus sativus
L. var. oleiferus Metzg.) (Brassicacae); cebola + cenoura (Daucus carota L.)
(Umbeliferae), cv. Nantes e cv. Brasília; cebola + milho (Zea mays L.) (Poaceae);
6) Cebola +

rúcula (Eruca sativa) (Brassicaceae) + vegetação espontânea.

Nenhuma das fontes de adubação apresentou incidência de T. tabaci e P.
destructor superior à testemunha sem adubo. A adubação mineral em relação à
orgânica não favoreceu significativamente a incidência de T. tabaci e P. destructor
. A incidência de T. tabaci, diferiu entre tratamentos apenas em solo com histórico
de manejo convencional, independente da fonte de adubação utilizada (mineral ou
orgânica), enquanto que no orgânico não houve diferença entre tratamentos. A
correlação entre nutrientes, T. tabaci e P. destructor, na maioria das avaliações
não foi linear. Nos períodos de maior incidência de T. tabaci a relação com
nutrientes foi mais alta para K/Zn (positiva) e Ca/Fe (positiva) e para P. destructor
para Mg (positiva) e Mg/B (negativa), respectivamente para experimentos com
fontes orgânicas e minerais.

A relação entre nutrientes inseto e patógeno foi

variável entre datas de amostragem e foi distinta para fontes minerais e orgânicas.
A adubação orgânica em dose normal atingiu níveis de produtividade similares à
mineral. A associação de cebola com diferentes espécies vegetais não provocou
diferenças significativas na incidência de T. tabaci e sirfídeos predadores. A
correlação entre sirfídeos predadores e incidência de T. tabaci não foi significativa.
A produtividade comercial e peso de bulbos de cebola foi similar em sistema de
monocultivo e diversificado, o que sugere ser possível adotar tais sistemas sem
perdas significativas em rendimento.
18

IMPACT OF MINERAL AND ORGANIC FERTILIZATION ON THE
INCIDENCE OF ONION THRIPS, Thrips Tabaci LIND., AND
DOWNY MILDEW, Peronospora destructor Berk. Casp., AND THE
CROP VEGETAL DIVERSITY ON THE T. tabaci AND PREDATOR
SYRPHIDS POPULATIONS

ABSTRACT

The purpose of this work was to analyze the
relationship between mineral

and

organic fertilization on the
19

incidence
Thripidae),

of

Thrips
and

tabaci

Lindeman

Peronospora

1888

destructor

(Thysanoptera:
Berk.

Casp.

(Peronosporales: Peronosporaceae), in onion, Allium cepa L., and
the effect of the crop vegetal diversity on population densities of T.
tabaci and predator syrphids.

The work consisted of three

experiments evaluated at Ituporanga Experiment Station, EPAGRI,
Santa Catarina State, Brazil, from August to December 1998. The
organic fertilization treatments were based

on the N needs

determined by previous soil analysis. The treatments were different
organic sources: 75,0 Kg/ha of N (swine manure; Barriga Verde 
poultry manure; compost; turkey manure; humus); 37,5 Kg/ha of N
(swine manure half regular rate); control plants receiving regular
mineral NPK (30-120-60 Kg/ha of N-P2O5-K2O) and double rate of
NPK (60-240-120 Kg/ha of N-P2O5-K2O); and unfertilized control. In
mineral fertilization experiment, the mineral levels were 1 and 3
times the rates recommended by the soil analysis: 30-120-60 Kg/ha
of N-P2O5-K2O ; 90-360-180 Kg/ha of N-P2O5-K2O; 75,0 Kg/ha of N;
225,0 Kg/ha of N; 80,0 Kg/ha of P2O5; 240,0 Kg/ha of P2O5; 60,0
Kg/ha of K20; 180,0 Kg/ha of K20. Control plants being applied
organic fertilization received swine manure + phosphate rock in three
treatments (75,0 Kg/ha of N + 80,0 Kg/ha of P 2O5; 225,0 Kg/ha of N
+ 240,0 Kg/ha of P2O5; 37,5 Kg/ha of N + 40,0 Kg/ha of P 2O5) and
unfertilized check. The treatments in the experiment about vegetal
20

diversity consisted of: onion monoculture; onion intercropped with
buck wheat (Fagopyrum esculentum Moench) (Poligonaceae); onion
intercropped with fodder radish (Raphanus sativus L. var. oleiferus
Metzg.) (Brassicaceae); onion intercropped with carrot (Daucus
carota L.) (Umbeliferae) cv. Nantes and cv. Brasília; onion
intercropped with corn (Zea mays L.) (Poaceae); onion intercropped
with Eruca sativa (Brassicaceae) and weed. The onion thrips and
downy mildew incidence were similar between treatments with
fertilizer and no-fertilizer control. The mineral fertilization did not
increase significantly onion thrips and downy mildew incidence
compared to the organic treatment. T. tabaci incidence differed
among treatments only in conventionally managed soil, regardless of
the fertilization source used (either organic or mineral), whereas in
the organically managed soil thrips population density was similar.
The correlation between nutrients T. tabaci and P. destructor was
not linear. During severe infestation period, the nutrient relation and
the T. tabaci incidence, was higher for K/Zn (negative) and Ca/Fe
(positive); and for P. destructor was higher for Mg (positive) and
Mg/B (negative) (respectively for mineral and organic fertilization).
The nutrient relation between insect and pathogen varied according
to sampling date and differed for mineral and organic sources. The
regular rates of organic fertilization reached similar yield levels as the
mineral treatment. The T. tabaci and predators syrphids populations
21

density were similar in onion monoculture and policulture. The
correlation between T. tabaci and predators syrphids incidence was
not significant. The commercial yield and onion bulb weight were
similar in both the monoculture and the intercropped systems, thus
suggesting the possibility of adopting policulture without
yield losses.

relevant
22

1. INTRODUÇÃO

A monocultura da cebola, Allium cepa L. (Alliaceae), é
uma das

principais atividades de exploração agrícola de Santa

Catarina, concentrada principalmente na região do Alto Vale do
Itajaí. O estado de Santa Catarina é um dos principais produtores de
cebola do país em volume de produção e área plantada (BOEING,
1999a; 1999b). O manejo da cultura da cebola tem-se caracterizado
pelo tradicional pacote preconizado pela “Revolução Verde” (vide
item 1.1): uso de fertilizantes químicos, aplicação de agrotóxicos,
mecanização intensiva. O manejo fitossánitario da cultura na fase de
lavoura tem-se caracterizado principalmente pela aplicação de
agrotóxicos para controle de míldio, Peronospora destructor (Berk.)
Casp. (Peronosporales: Peronosporaceae), e de tripes, Thrips tabaci
Lindeman 1888 (Thysanoptera: Thripidae). GONÇALVES (1996a)
observou que a aplicação de inseticidas para controle de tripes com
organofosforados e piretróides tem sido relativamente exagerada em
dose e número de aplicações com prejuízos a saúde do agricultor e
do ambiente.
T.

tabaci

mede

aproximadamente

1

mm

de

comprimento, tem coloração esbranquiçada a verde amarelada na
fase de ninfa e amarelo claro a marron, quando adulto (GALLO et
al., 1988). Os insetos alojam-se na região da bainha, e em folhas
23

mais novas das plantas de cebola. A fase de ninfa tem duração de 5
a 10 dias de acordo com a temperatura, o período de pupa de 24
horas, e a longevidade de fêmeas de 20 dias (GALLO et al., 1988).
SALAS (1994) compilou em vários trabalhos os seguintes dados de
ciclo de vida para T. tabaci variáveis com temperatura e umidade
relativa: período de ovo (4 a 4,8 dias); primeira fase ninfal (2,09 a
5,9 dias) e segunda (2,04 a 2,4 dias); pré-pupa (1,0 a 1,4 dias);
pupa (2,0 a 2,4 dias); ovo a adulto (11,2 a 13,9 dias); pré-oviposição
(2,7 a 3,0 dias); oviposição (19,5 a 50 dias); número de ovos/fêmea
(37,0 a 80 ovos); longevidade (19,9 a 21,52 dias). Em infestações
severas de T. tabaci a planta de cebola danificada apresenta-se de
coloração

prateada

a

esbranquiçada,

com

retorcimento,

amarelecimento e secamento de folhas, do ápice para base
(VANNETTI, 1960; MENEZES SOBRINHO, 1978; GALLO et al.,
1988). Como conseqüência do dano as plantas não tombam por
ocasião

da

maturação

fisiológica

(“estalo”),

e

tornam-se

predispostas a entrada de água da chuva até o bulbo, com futuras
perdas por apodrecimento (LORINI & DEZORDI, 1990) . O tamanho
e peso de bulbos são reduzidos em condições de

severas

infestações. A ocorrência de altas densidades populacionais de T.
tabaci sobre cebola para Ituporanga, SC, inicia-se a partir de
meados de outubro, com pico populacional entre final de outubro a
segunda quinzena de novembro, variável de acordo com a época de
24

transplante da cultivar (entre julho a setembro) (GONÇALVES,
1997a).

O nível de dano econômico para condições brasileiras

varia de 15-25 tripes/planta (DOMICIANO; OTA; TEDARDI, 1993),
15 ninfas antes e 30 após a formação do bulbo (GONÇALVES,
1997b), 6 tripes/folha (DÓRIA et al., 1998). Em literatura estrangeira,
SUMAN & WAHI (1981) sugeriram uma escala com classificação de
diferentes níveis de infestação (leve, ≤ 5 tripes/planta; moderada, 10
a 15 tripes/planta; severa ≥ 20 tripes/planta);

SHELTON et al.

(1987) adotaram o nível de 3 tripes por folha; FOURNIER; BOIVIN;
STEWART (1995) estimaram 2,2 e 0,9 tripes/folha, sendo este
último para condições de déficit hídrico. A variabilidade dos dados
referente a nível de dano econômico de T. tabaci em cebola, devese a vários fatores, que condicionam a capacidade da planta tolerar
o dano do inseto, tais como: genótipo utilizado, condições climáticas
e de solo, manejo adotado na condução da cultura. A redução da
produtividade causada por T. tabaci em cebola pode ser além de
50% em sistema de agricultura convencional (SAINI; DAHIYA;
VERMA, 1989). Porém, em recentes trabalhos, tem-se observado
que em solos sob plantio direto e altos níveis de matéria orgânica
minimiza-se as perdas em produtividade independentemente do
controle químico do inseto (GONÇALVES, 1998).
O míldio causado pelo fungo P. destructor ocorre sobre
várias espécies do gênero Allium, porém apresenta importância
25

como patógeno para produção de cebola no sul do país (GALLI et
al., 1980).

A incidência de P. destructor

é uma das principais

causas de perda de área foliar da cultura da cebola, na região do
Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina. Os sintomas de ataque
caracterizam-se pela esporulação de cor acinzentada sobre tecido
vivo das folhas, que depois amarelece e seca (EPAGRI, 2000). As
condições climáticas para o desenvolvimento do fungo são dias
nublados com baixas temperaturas (inferior a 22C) e alta umidade
relativa (acima de 90%) (EPAGRI, 2000; GALLI et al., 1980). O
fungo sobrevive de uma safra de cebola para outra em restos de
cultura deixados a campo, ou em cebolinha de tempero, A.
schoenoprasum L., e é disseminado pelo ar e água (EPAGRI, 2000;
GALLI et al., 1980). As variedades de cebola cultivadas em Santa
Catarina não apresentam resistência a incidência de P. destructor,
consequentemente o controle com fungicidas tem sido utilizado
pelos agricultores (EPAGRI, 2000).
A EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e
Extensão Rural de Santa Catarina) vem desenvolvendo trabalhos na
área de agroecologia desde 1993, com maior intensidade a partir de
1995 com formalização de convênio com a UFSC (Universidade
Federal de Santa Catarina) e parceria com agricultores da região.
Com

relação

a

área

fitossanitária

desenvolveram-se

duas

dissertações de mestrado, que avaliaram sobre a cultura da cebola
26

a influência de diferentes espécies vegetais em bordadura sobre a
densidade populacional de T. tabaci e sirfídeos predadores
(DRIUTTI, 1998), e de sistemas de manejo de solo e adubação
sobre incidência de pragas e doenças (McGUIRE, 1999). O presente
trabalho foi desenvolvido simultaneamente com

as dissertações

anteriormente citadas e tem o intuito de colaborar na geração de
informações para viabilizar práticas de agricultura sustentável para
Santa Catarina. Os principais objetivos foram: avaliar o efeito das
adubações química, orgânica e sua influência na ocorrência dos
principais problemas fitossanitários da cultura da cebola na fase de
lavoura, míldio, P destructor , e tripes, T. tabaci ; avaliar o efeito de
diferentes espécies vegetais em associação com a cultura da cebola
na ocorrência de T. tabaci, e sirfídeos predadores; avaliar o impacto
dos diferentes tratamentos sobre a produtividade da cultura da
cebola.

1.1 Impacto da agricutura convencional nos agroecossistemas

Os agroecossistemas podem ser definidos de acordo
com CONWAY (1987) como “sistemas modificados pelo homem
para produção de alimento, fibra, e outros produtos agrícolas”.
Embora o autor reconheça a complexidade dos agroecossistemas,
27

pois envolvem interações de processos ecológicos, sociais,
econômicos e culturais. A agricultura nos últimos 50 anos tem sido
direcionada

para

a

especialização

e

a

simplificação

do

agroecossistema, com redução do número de espécies vegetais e
animais a ser explorada (ALTIERI, 1998; VANDERMEER et al.1998;
ALTIERI

1999).

extremamente

Os

agroecossistemas

simplificados

devido

as

tornaram-se
práticas

sistemas

agronômicas

adotadas, pois geralmente trabalha-se com uma espécie vegetal
exótica

(monocultura)

oriunda

de

cruzamentos

de

plantas

susceptíveis às pragas e doenças, mantida sob o aporte artificial de
nutrientes, com o uso de agrotóxicos e mecanização intensiva do
solo (GLIESSMAN, 1990; ALTIERI, 1991; PASCHOAL, 1994;
ARAÚJO, 1996b; ALTIERI & NICHOLLS, 1997; MATSON et al.,
1997; ALTIERI, 1998; ALTIERI & NICHOLLS, 1999 a,b). Ainda
deve-se considerar que são sistemas abertos onde há considerável
perda de energia, necessitando de constantes interferências
humanas (adubos químicos, agrotóxicos) para se manter produtivo
(CONWAY, 1987; GLIESSMAN, 1990; ALTIERI, 1991; PASCHOAL,
1994; ALTIERI, 1998). O impacto

sobre a biodiversidade do

agroecossistema pela intensificação de práticas agronômicas resulta
em perdas de importantes “serviços” ecológicos: decomposição,
ciclagem de nutrientes, predação, parasitismo (ALTIERI, 1999;
ALTIERI & NICHOLLS, 1999a).

Como consequência as plantas
28

desenvolvem-se em agroecossistemas com solos desequilibrados
em nutrientes e com ausência de inimigos naturais tornando-as mais
predispostas às pragas e doenças (PRIMAVESI, 1988; MATSON et
al. 1997; ALTIERI & NICHOLLS, 1999b) (FIGURA 1).
Os

danos causados ao ambiente pela expansão

agrícola acentuou-se sobretudo no início dos anos 60 e persiste até
hoje após o fenômeno denominado “Revolução Verde”, que
caracteriza-se pelo uso de variedades altamente produtivas,
fertilizantes químicos, agrotóxicos, irrigação e mecanização intensiva
(PASCHOAL,
tecnológico

1994;
promova

EHLERS,
no

1996).

Embora

agroecossistema

altos

este

pacote

níveis

de

produtividade, não tem sido capaz de mantê-la (“sustentabilidade”) e
promover benefícios sociais (“equitabilidade”) (CONWAY, 1987). Os
efeitos negativos da “Revolução Verde” são vários: aumento da
erosão de solos; redução da biodiversidade; poluição do solo e da
água; eutrofização de rios e lagos; alterações na atmosfera e clima.;
resíduos

de

agrotóxicos

nos

alimentos;

contaminação

de

agricultores; endividamento agrícola (CONWAY, 1987; PASCHOAL,
1994; MATSON et al. 1997; NICHOLLS & ALTIERI, 1997; EHLERS,
1996; ALTIERI, 1998). Portanto, a agricultura da maneira como tem
sido praticada tornou-se insustentável
ambientais, econômicos e sociais.

sob vários aspectos:
29

Manejo convencional do agroecosssistema

monocultura
mecanização intensiva do solo
solo no limpo

práticas culturais

adubação química
agrotóxicos

Redução da biodiversidade: biota de solo e inimigos
naturais
Aumento da incidência de doenças e pragas

FIGURA 1. Os efeitos do manejo convencional de agroecossistemas
sobre a biodiversidade funcional (biota de solo e inimigos
naturais) e predisposição a doenças e pragas (modificado
de ALTIERI , 1999).

Em virtude do impacto no ambiente causado pela
agricultura convencional

emerge

a disciplina agroecologia que

procura resgatar conhecimentos ecológicos para manejo sustentável
de agrecossistemas (GLIESSMAN, 1990). ALTIERI & NICHOLLS
(1999b) definem a agroecologia como “a disciplina científica que
fornece os princípios ecológicos básicos de como estudar, desenhar
e manejar agroecossistemas que sejam produtivos e conservem os
recursos naturais, e também culturalmente sensíveis, socialmente
justos

e

economicamente

viáveis”.

O

principal

enfoque

é
30

desenvolver

agroecossistemas

com

dependência

mínima

de

agroquímicos e insumos energéticos, para fomentar “interações” e
“sinergismos” do componente biológico com intuito de obter um
sistema não apenas produtivo, mas também sustentável em termos
ambientais, sociais, econômicos e culturais (ALTIERI, 1994).
Portanto, como ressalta GLIESSMAN (1990) a interdisciplinaridade
é fundamental neste processo.

1.2 Nutrientes em plantas e sua relação com a ocorrência de
insetos e patógenos

A fertilização de plantas em agroecossistemas através
da adubação química ou orgânica tem sido discutida como prática
no manejo de pragas e doenças (PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD,
1993; BORTOLLI & MAIA, 1994; PRIMAVESI, 1988). As práticas
agrícolas que restabelecem a diversidade e densidade da biota do
solo têm sido discutidas por alguns autores para favorecer a
ciclagem de nutrientes e tornar as plantas mais “saudáveis”
(equilibradas nutricionalmente), tais como: redução da mecanização
do solo (plantio direto ou cultivo mínimo); uso de adubos verdes;
plantas

de

cobertura;

estercos;

compostos

(COOK,

1986;

PRIMAVESI, 1988; ALTIERI, 1991; MONEGAT, 1991; PATRIQUIN;
BAINES; ABBOUD, 1993; ALTIERI, 1994; MATSON et al. 1997;
31

YEPSEN JR. 1977; VANDERMEER, 1995; PINTO & CRESTANA,
1998; ALTIERI & NICHOLLS, 1999b). COOK (1986) ressaltou que “a
saúde da planta deve-se iniciar com a saúde da raiz” e o excesso de
fertilizantes e água podem acelerar o processo de desenvolvimento
de doenças e invasoras.

1.2.1 Relação de nitrogênio (N) com a incidência de insetos e
patógenos de plantas

A maioria dos trabalhos relativos a interação entre
nutrientes e incidência de insetos fitófagos apontam o nitrogênio (N)
como causador de surtos populacionais (YEPSEN JR. 1977;
PRIMAVESI,

1988;

PATRIQUIN;

BAINES;

ABBOUD,

1993;

BORTOLLI & MAIA, 1994). O nitrogênio via adubação estimula
produções de biomassa, proteína total e atividade fotossintética das
plantas (MATTSON, 1980). O mesmo autor ressalta que a
fertilização parece ter maior efeito sobre os níveis de compostos
nitrogenados solúveis, e também pode reduzir o teor de compostos
fenólicos (redutores de digestibilidade) e a lignificação das plantas.
Fatores ambientais adversos às plantas (estresse hídrico associado
a temperatura, acidez, umidade, nutrientes do solo, salinidade),
ataque por fitopatógenos (vírus, bactérias, nematóides, fungos),
danos físicos (quebra de galhos ou folhas por ventos, geadas),
32

também podem provocar a hidrólise de proteínas e aumentar os
níveis de aminoácidos solúveis (MATTSON, 1980; KYTÖ; NIEMELÄ;
LARSSON, 1996) predispondo-as ao ataque de insetos (WHITE,
1984). FENNAH (1963) observou que Selenothrips rubrocinctus
Giard (Thysanoptera: Thripidae), tem preferência alimentar por
plantas de cajueiro, Anacardium occidentale L. (Anacardiaceae), sob
estresse hídrico e folhas jovens com maior teor de  aminoácidos.
Segundo PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD (1993),
ARAÚJO (1996a) não necessariamente as plantas estressadas (por
ex., sob verões quentes e secos; deficientes em nutrientes) são as
mais preferidas por insetos, há casos em que plantas vigorosas
(taxa de crescimento superior ao normal para população) também
podem ser preferidas para alimentação. Portanto, uma hipótese não
exclui a outra, certos herbívoros podem preferir plantas vigorosas ou
estressadas.
Segundo a “teoria da trofobiose”
adubos

minerais

(principalmente

os agrotóxicos e

nitrogenados)

promovem

o

desequilíbrio no metabolismo das plantas por favorecerem a quebra
de proteínas (“proteólise”) com liberação de aminoácidos solúveis,
substâncias facilmente assimiláveis por insetos e microorganismos,
com consequentes surtos populacionais de doenças e pragas. Caso
ocorresse

o

processo

(“proteossíntese”),

a

ao

planta

contrário,
estaria

síntese
sadia,

de

pois

proteínas
insetos

e
33

microorganismos

não

assimilam

substâncias

complexas

(CHABOUSSOU, 1987). Os agricultores que se dedicam a
agroecologia no Brasil têm utilizado os conhecimentos da Trofobiose
para promover, na prática, a suspensão do uso de adubos minerais
e quaisquer agrotóxicos. O adubo mineral têm sido substituído por
composto, húmus, adubação verde, estercos, biofertilizantes; e os
agrotóxicos, por calda bordalesa, sulfocálcica, extratos vegetais, e
Bacillus thuringiensis.
Os adubos amoniacais (tais como uréia, sulfato de
amônio) comparados aos nítricos (nitrato de cálcio, nitrato de sódio)
geralmente têm maior propensão a favorecer

o desequilíbrio

nutricional das plantas através do acúmulo de nitrogênio solúvel,
facilmente assimilado por insetos e fitopatógenos (CHABOUSSOU,
1987; PRIMAVESI, 1988; BORTOLLI & MAIA, 1994). Porém, pode
ocorrer o contrário ou o efeito entre fontes nitrogenadas ser não
significativo como observado em insetos por VOS & FRINKING
(1997) e fungos por GLADSTONE & MOORMAN (1989); SCHENK &
BETTIN (1990). A relação equilibrada nitrato/amônia também tem
importância na aceitação da planta pelo inseto como constatado por
FERNANDES & BORTOLLI (1998); FERNANDES; BORTOLLI;
BERLLINGIERI (1998).
A fertilização de plantas com altos teores de N acelera,
em

lepidópteros,

o desenvolvimento larval (TAYLOR, 1984;
34

MANUWOTO & SCRIBER, 1985; KAROWE & MARTIN 1989;
MASON et al. 1992) e a infestação (LÓPEZ; FERNANDEZ; LÓPEZ,
1982), bem como a fecundidade e densidade populacional de
ácaros (HODA, et al. 1986). A severidade de bacterioses também é
incrementada por altos níveis de N (BRUGGEN et al. 1990;
CANADAY & WYATT, 1992), bem como viroses (OGBE; OHIRI;
NNODU, 1993), e doenças fúngicas (BROSCIOUS; FRANK;
FREDERICK, 1985; DITSCH & GROVE, 1991; DAANE et al., 1995;
VOS & FRINKING, 1997). Porém, há relatos em que o nitrogênio
pode inibir a ocorrência

e desenvolvimento de insetos fitófagos

(BORTOLLI & MAIA, 1994; SALAS; CORCUERA; ARGANDONA,
1990; RUTZ et al., 1990) e fungos (TAYLOR et al. 1983; TEICH &
NELSON, 1984; MOORMAN, 1986; ELMER & LAMONDIA, 1999).
A inexistência de correlação também pode ocorrer para insetos
(POWER, 1989; McCULLOUGH & KULMAN 1991; BLUA &
TOSCANO 1994); fungos (HERRMAN & WIESE, 1985; PUMPHREY
et al., 1987; HONEYCUTT; CLAPHAM; LEACH, 1996) e nematóides
(BURBANO et al., 1990). O efeito “indutor de resistência” também
tem sido observado para N, embora não afete diretamente o
desenvolvimento

do

inseto

pode

promover

incrementos

de

rendimento nas plantas (CLAVIJO, 1984; RIEDELL, 1990). Portanto,
generalizar o efeito do N como causador de desequilíbrio nutricional
de plantas e predispor à incidência de pragas e doenças de plantas
35

pode não ser verdadeiro (WHITE, 1984; BARRETO & CASTELLANI,
1994; BORTOLLI & MAIA, 1994).
Alguns

autores

observaram

que

há

um

nível

intermediário de N para condicionar a infestação máxima de
herbívoros (BAULE ,1976; citado por MATTSON, 1980; POPP;
KULMAN; WHITE, 1986; BREWER.; O’NEILL; DESHON JR., 1987;
HEIDORN & JOERN, 1987; BETHKE; REDAK; SCHUCH, 1998;
JOERN & BEHMER, 1998) e fungo (SCHENK & BETTIN, 1990).
WHITE (1984) também concordou com a idéia de um nível ótimo de
N, associado à forma de aplicação do fertilizante, dose, época, e
interação com fatores ambientais. Porém, há casos em que níveis
extremos (alto ou baixo) de adubação nitrogenada favorecem o
desenvolvimento de insetos (PFEIFFER & BURTS, 1983).
O hábito alimentar de insetos pode influenciar a
resposta de herbívoros a N. STRAUSS (1987) e LIGHTFOOT &
WHITFORD (1987) observaram que insetos sugadores tiveram
maior tendência a se alimentar em plantas fertilizadas com nitrato de
amônia, que mastigadores. A maior mobilidade dos sugadores
comparada aos mastigadores foi apontada como fator que facilitava
a localização de alimento com maior teor de N (LIGHTFOOT &
WHITFORD,

1987).

KYTÖ;

NIEMELÄ;

LARSSON

(1996)

observaram que os resultados positivos de N sobre sugadores,
geralmente foram constatados em nível de população a campo,
36

porque

a predação e o parasitismo é dificultada devido ao

mutualismo com formigas, enquanto os mastigadores estariam mais
expostos aos inimigos naturais. Ainda, segundo estes autores, os
sugadores por alimentarem-se diretamente da seiva seriam menos
vulneráveis às defesas químicas e enrijecimento dos tecidos das
plantas. ORIANS & FRITZ (1996) não recomendaram a associação
de guilda quanto a hábito alimentar com a resposta de artrópodos a
adubação. Pois, estes autores constataram diferentes resultados
sobre a abundância de herbívoros da mesma guilda com adubação
NPK 20-20-20 em salgueiro, Salix sericea Marshall (Salicaceae).

1.2.2 Relação de demais nutrientes com insetos e patógenos
de plantas

O
responsável

potássio

(K)

geralmente

é

apontado

como

por aumentar a resistência das plantas a insetos

(BORTOLLI & MAIA, 1994); ácaros (AJUDARTE; LUZ; CALAFIORI
1997); fungos (BURBANO et al., 1990), e o fósforo por vezes é
citado como neutro (BORTOLLI & MAIA, 1994; MARZO et al., 1997).
Porém, como ocorre com o nitrogênio há polêmica a respeito. Deve
ser considerado a dose de adubo usada e a fonte (mineral ou
orgânica) para possíveis generalizações.

O efeito positivo de K

sobre fungos foi constatado por GUPTA & SINGH (1995), de P para
37

insetos foi observado por POPP et al. (1989) e fungos por
GLADSTONE & MOORMAN (1989); VOS & FRINKING (1997).

O

efeito inibidor de P sobre fungos foi constatado por TAYLOR et al.
(1983), TEICH & NELSON (1984). O efeito não significativo das
adubações fosfatada e potássica sobre a severidade de viroses foi
constatado por OGBE; OHIRI; NNODU, 1993.
A informação sobre a incidência de artrópodos e
patógenos

de

plantas

relacionadas

a

micronutrientes

é

relativamente escassa. Segundo CHABOUSSOU (1987) “ainda
temos muito que aprender sobre o papel dos diversos oligoelementos na fisiologia e, portanto, na resistência da planta a seus
diversos agressores”. Este autor observou a importância dos
micronutrientes na ativação de enzimas, principalmente na síntese
de proteínas, fundamental para aumentar a resistência da planta a
“moléstias”. Segundo GUPTA & SINGH (1995), os micronutrientes B
(em destaque) seguido por Zn e Fe, provocaram redução na
incidência primária de míldio, Sclerospora graminicola (Sacc.)
Schrot.

(Peronosporales:

Peronosporaceae),

em

Pennisetum

glaucum (L.) R. Br. (Poaceae).

1.2.3 As relações entre nutrientes com a incidência de insetos e
patógenos de plantas
38

O balanço entre nutrientes e a relação inseto-planta
geralmente é não linear (CLANCY, 1992; PHELAN; NORRIS;
MASON, 1996), e desempenha papel importante na ativação de
enzimas que participam nos processos metabólicos relacionados a
herbivoria (síntese de carboidratos, vitaminas, ácidos graxos, e
compostos de defesa na folhagem) (CLANCY, 1992).
O efeito desequilibrador do N em relação aos outros
nutrientes, principalmente com K, é o caso mais relatado. O excesso
de N em relação a K geralmente tem sido citado por favorecer
desenvolvimento de fungos (STACK; HORST; LANGHANS, 1986) e
insetos

(SAMPAIO;

AZEREDO;

CASSINO

1998;

SAMPAIO;

CASSINO; PINTO, 1998). Portanto, sugere-se haver um efeito do K
como indutor de resistência de plantas, neutralizando o efeito
positivo de N sobre pragas e doenças. Porém, este efeito não é
possível generalizar, pois há casos em que o K condiciona nível de
infestação superior para insetos (PINTO et al., 1998), ou não
significativo (SILVA et al., 1998). A associação de macronutrientes
N, P e K via adubação pode induzir resistência a insetos (SHAW;
WILSON; RHYKERD, 1986) e patógenos (REUVENI et al., 1993);
porém, o incremento de herbívoros pode ocorrer (ANDRADE et al.,
1998) ou o efeito ser não significativo (McHUGH JR. & FOSTER,
1995).
39

1.2.4 Influência da fertilização no desenvolvimento de míldio,
Peronospora destructor, e espécies de tripes

A fertilização nitrogenada aumentou o nível foliar de
proteína solúvel e favoreceu a incidência

de Frankliniella

occidentalis (Pergande) (Thysanopera : Thripidae) em crisântemo,
Dendranthema X grandiflorum Ramat. (SCHUCH; REDAK; BETHKE,
1998), porém pode ter efeito não significativo como observado por
VOS & FRINKING (1997) em pimenta (Capsicum spp.) para Thrips
parvispinus Karny (Thysanoptera: Thripidae). O P apresentou efeito
positivo na severidade de ataque de T. parvispinus em folhas e
frutos de pimenta (VOS & FRINKING, 1997).
A severidade de míldio, P. destructor, em cebola, A.
cepa,

para

produção

de

sementes foi correlacionada

com

incremento de nível de P e principalmente de N (DEVELASH &
SUGHA, 1997). Enquanto que, o aumento dos níveis de K retardou
o desenvolvimento da doença.
40

1.2.5 Fertilizações mineral e orgânica e suas relações com
infestação de insetos e patógenos de plantas

Os trabalhos que comparam a fertilização artificial em
agroecossistemas geralmente atribuem maior ocorrência de insetos
fitófagos e patógenos de plantas ao adubo mineral comparado ao
orgânico (PEREIRA et al., 1987; ROSSETO; FLORCOVSKI;
CALAFIORI,

1997;

DEVÓLIO;

PEREIRA;

CALAFIORI,

1998;

COELHO et al., 1998). Os solos sob manejo orgânico geralmente
são apontados como fator fundamental na obtenção de plantas
saudáveis (PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD, 1993; PHELAN, 1997).
O solos com histórico de manejo convencional têm uma tendência
de favorecer a ocorrência de pragas, mesmo se forem adubados
temporariamente

com

fontes

orgânicas

(PHELAN;

MASON;

STINNER, 1995; PHELAN, 1997). O efeito da adubação orgânica
como indutor de resistência a patógenos tem sido relatado por
alguns

autores

principalmente

sob

a

forma

de

compostos

(MELLONI; DUARTE; CARDOSO, 1995; RAVIV et al., 1998).

A

rápida solubilização e alta concentração de nutrientes dos adubos
minerais têm sido utilizada como argumento para explicar a
predisposição

à

ocorrência

de

problemas

fitossanitários
41

(PATRIQUIN;

BAINES;

ABBOUD,

1993).

A

diminuição

de

metabólitos secundários que conferem resistência contra os
herbívoros também pode ser influenciada pela fertilização mineral,
principalmente nitrogenada (BRYANT et al. 1987; PAHLSSON,
1992; ESTIARTE et al., 1994; HUNTER & SCHULTZ, 1995;
RUOHOMÄKI et al.,1996). O incremento de compostos de defesas a
insetos pode ocorrer com adubação com N (McCULLOUCGH &
KULMAN, 1991), porém caso haja aumento de aminoácidos solúveis
a herbivoria é favorecida (BJÖRKMAN; LARSSON; GREF, 1991).
A generalização do conceito de que a adubação
orgânica favorece a menor densidade populacional de pragas em
relação a mineral pode não ser verdadeira, pois o efeito de ambas
pode ser similar (BASTOS et al., 1998).

1.3 Diversidade vegetal : efeito sobre insetos fitófagos e
inimigos naturais
A diversidade vegetal em agroecossistemas é sugerida
por vários autores para gerar estabilidade na dinâmica populacional
de insetos fitófagos (PERRIN, 1977; YEPSEN JR. 1977; ANDOW,
1983; LETOURNEAU, 1990; ALTIERI, 1991; ANDOW, 1991;
HOKKANEN, 1991; THEUNISSEN, 1994; ALTIERI & NICHOLLS,
1997, 1999a,b). A monocultura é considerada uma das principais
causas

da

quebra

de

estabilidade

de

agroecossistemas

e
42

predisposição à ocorrência de pragas (ALTIERI, 1994, 1998).
Porém, o potencial da diversidade de cultivos para manejo de
pragas e doenças tem sido pouco explorado (PERRIN, 1977;
ANDOW, 1983; MATSON et al., 1997). Embora recentemente, em
virtude do reconhecimento da importância da diversidade vegetal na
sustentabilidade dos agroecossistemas, o volume de pesquisa tem
aumentado,

através

da

associação

de

cultivos

agrícolas,

agroflorestais e manejo de plantas de coberturas em pomares
(ALTIERI & NICHOLLS, 1997, 1999a,b). No Brasil o termo
“consórcio” tem sido comumente empregado para designar a
associação de plantas em agroecossistemas. O termo “policultivo”
(“policulture”) é mais utilizado em literatura estrangeira, que é
definido por ANDOW (1991) como a associação de diferentes
espécies de plantas com máxima sobreposição ao longo do tempo.
O mesmo autor considera monocultivo como o plantio de apenas
uma espécie vegetal em solo nú, popularmente chamado no Brasil
de plantio “solteiro”.
Segundo ANDOW (1991) ao revisar a relação entre
artrópodos e diversidade vegetal, comparando monocultivo e
policultivo em 209 trabalhos com 287 espécies de herbívoros,
observou que: 51,9% das espécies apresentaram menor densidade
populacional em policultivo, e apenas 15,3% tinham maiores neste
sistema, enquanto que 20,2% apresentaram resposta variável e
43

12,5% não houve diferença. A convivência de diferentes espécies
vegetais na mesma área, em faixas ou bordaduras é o esquema
mais comum utilizado nestes trabalhos, que envolvem além de
espécies cultivadas em associação com plantas de cobertura,
vegetação espontânea (daninhas ou invasoras), influência de matas
ou florestas no entorno da área cultivada, sucessão e rotação de
culturas em diferentes épocas de plantio. ALTIERI; GLASER;
SCHMIDT (1990) e ALTIERI (1994) agrupam os trabalhos que
estudam a relação da diversidade vegetal e ecologia de insetos em
quatro categorias: 1) análise de mecanismos ecológicos que atuam
sobre a dinâmica de população de herbívoros e inimigos naturais;
2) efeitos do consórcio de culturas sobre a abundância de insetos;
3) interação entre plantas invasoras (“daninhas”) e populações de
insetos de plantas cultivadas; 4) dinâmica de pragas específicas em
culturas perenes e relação com a riqueza floral de plantas
adjacentes.
44

1.3.1 Hipóteses sobre a diminuição da herbivoria por
insetos em ambientes diversificados

As principais hipóteses que tem sido formuladas para
explicar as variações na densidade populacional de insetos
herbívoros em ambientes diversificados em áreas agrícolas são: 1)
concentração de recursos e 2) inimigos naturais (ROOT, 1973;
PERRIN, 1977; ALTIERI, 1991; ANDOW, 1983, 1991). Além destas
duas hipóteses, SZENTKIRÁLYI & KOZÁR (1991), analisaram a
“hipótese da diversidade de recursos” e “hipótese de distúrbios
intermediários”, enquanto que

THEUNISSEN (1994) postulou a

importância da “qualidade da planta hospedeira”.

1.3.1.1 Hipóteses

de inimigos naturais versus

concentração de recursos

Segundo a hipótese de concentração de recursos os
insetos especialistas têm maior facilidade de colonizar e permanecer
sobre plantas que estão em maior disponibilidade em uma área
(monocultura típica), que em ambientes diversificados (ANDOW,
1991). Os mecanismos básicos da concentração de recursos que
podem atuar no encontro do hospedeiro pelo herbívoro e influenciar
a permanência na cultura são: 1) interferência química e visual (a
45

confusão ou repelência causada por odores de plantas, bem como o
contraste de cores pode dificultar a colonização); 2) a qualidade da
planta hospedeira (nutricional, química, morfológica,

tornando a

planta mais atrativa); 3) a área de superfície do não hospedeiro
pode dificultar o encontro do hospedeiro (o herbívoro gasta mais
tempo para localizá-lo e por vezes abandona a cultura rapidamente);
4) efeitos de microclima (sombreamento, proteção do vento,
temperaturas, insolação) sobre herbívoros e inimigos naturais; 5)
efeito de borda : a conectividade entre superfícies pode ser
modificada pela diversidade de plantas no sistema (complexidade
estrutural). A hipótese dos inimigos naturais postula que em
ambientes com maior diversidade vegetal a densidade de insetos
hebívoros é menor devido à maior ocorrência de predadores e
parasitóides. ANDOW (1991) considerou que embora a maioria dos
trabalhos apontem a concentração de recursos para explicar a
herbivoria em policultivo (sistemas diversificados), lembra que não é
possível generalizar, pois há casos em que a hipóteses de inimigos
naturais é importante. Os fatores que condicionam a menor
densidade populacional de pragas em ambientes diversificados não
necessariamente

atuam

separadamente,

a

concentração

de

recursos e inimigos naturais podem pressionar conjuntamente a
densidade populacional de insetos (LETOURNEAU, 1990).
46

As principais causas citadas para maior abundância
de inimigos naturais em “policultivo” comparado ao monocultivo são:
presas e hospedeiros específicos e alternativos estão em maior
densidade populacional e são mais disponíveis; em ambientes
diversificados há uma maior variedade de microhabitats que
abrigariam mais herbívoros e seus inimigos naturais; há maior
quantidade

de

alimento,

tais

como

néctar

e

pólen,

consequentemente a capacidade reprodutiva dos inimigos naturais é
maior (ANDOW 1983, 1991; ALTIERI & NICHOLLS, 1997, 1999a).
Há casos em que o estabelecimento de inimigos naturais em
ambiente diversificado pode ser dificultado como também observado
por ANDOW (1991): a associação de plantas produz substâncias
voláteis que perturbam o olfato de parasitóides especialistas e
dificulta o encontro do hospedeiro; a estrutura vegetal mais
complexa (maior superfície disponível) dificultaria a capacidade de
busca de parasitóides.
O manejo de agroecossistemas tem efeito direto e
indireto na manutenção de inimigos naturais. ALTIERI & NICHOLLS
(1997, 1999a,b) enumeraram como estratégias para incremento da
diversidade de inimigos naturais: “diversificação do habitat “ (o
policultivo, uso de plantas de cobertura, quebra-ventos, rotação de
culturas); manejo ecológico do solo (adubação verde, orgânica,
compostagem e evitar revolvimento por mecanização). Enquanto
47

que, citaram como práticas que seriam prejudiciais a manutenção de
inimigos naturais: monocultura; a fertilização mineral; o revolvimento
do solo por mecanização; remoção total de plantas invasoras;
agrotóxicos.

1.3.1.2

Hipótese

da

“qualidade”

da

planta

hospedeira

A hipótese da “qualidade” da planta levantada por
THEUNISSEN (1994) baseia-se nas mudanças na qualidade
nutricional da planta hospedeira devido a competição por recursos
em condições de consórcio. As trocas fisiológicas no metabolismo
de cairomônios e nutrientes alterariam a atratividade da planta ao
inseto fitófago e seus inimigos naturais.

1.3.1.3 Hipóteses da “diversidade de recursos e
distúrbios intermediários”
As hipóteses da “diversidade de recursos e distúrbios
intermediários”, foram relatadas por SZENTKIRÁLYI & KOZÁR
(1991) ao analisar a riqueza de espécies em pomar de macieira.
Estes autores observaram que a riqueza de espécies de insetos
poderia estar sob a influência da diversidade vegetal (“hipótese da
diversidade

de

recursos”)

e

práticas

de

manejo

agrícola,
48

principalmente aplicação de agrotóxicos (” hipótese de distúrbios
intermediários”), tanto dentro do pomar quanto no entorno (em nível
local e regional). Desta forma observaram que a riqueza de insetos
em geral foi maior em pomares próximos a ambiente vegetal
diversificado e com menor aplicação de agrotóxicos. Enquanto que,
o número

de espécies de pragas agrícolas e inimigos naturais

generalistas foram influenciadas pela diversidade vegetal do entorno
(“hipótese da diversidade de recursos”) e pragas específicas de
macieira foram limitadas pela intensidade de aplicação de
agrotóxicos (” hipótese de distúrbios intermediários”).

1.3.2 Relação entre diversidade vegetal e densidade
de herbívoros

A importância de diversificar agroecossistemas em
nível de paisagem com corredores de espécies que floresçam, e
reconhecer a influência da vegetação natural (matas e invasoras)
do entorno das áreas cultivadas tem sido sugerida por alguns
autores como estratégia de manejo de pragas e inimigos naturais
em agroecossistemas (HRADETZKY & KROMP, 1997; NICHOLLS;
PARRELLA; ALTIERI, 1999).
A utilização de plantas de cobertura no manejo do solo
tem sido relatadas como forma de atuar na diversidade vegetal e
49

inibir a ocorrência de

insetos pragas de plantas cultivadas. A

escolha da planta de cobertura deve ser avaliada através da análise
do impacto causado no complexo pragas e inimigos naturais, pois
pode ocorrer a inibição do desenvolvimento de herbívoros (ALTIERI;
GLASER; SCHMIDT, 1990; THEUNISSEN; BOOIJ; LOTZ, 1995),
incremento (BUGG; PHATAK; DUTCHER, 1990), ou ser não
significativo (WILAND et al., 1996). As plantas de cobertura podem
incrementar inimigos naturais e pressionar significativamente os
insetos fitófagos, bem como exercer efeito não significativo
(GARCIA & ALTIERI, 1993; THEUNISSEN; BOOIJ; LOTZ, 1995;
GOLLER;

NUNNENMACHER;

GOLDBACH,

1997;

KIENZLE;

ZEBITZ; BRASS, 1997).
A

presença

de

plantas

invasoras

nos

agroecossistemas como maneira de se interferir na diversidade de
ácaros e insetos tem sido discutida por alguns autores (ALTIERI &
WHITCOMB, 1979; ALTIERI & LETOURNEAU, 1982; GARCIA,
1988; GARCIA , 1992). Geralmente nestes trabalhos aponta-se a
necessidade

de

manejar as invasoras

de

modo

que não

prejudiquem a cultura principal e usufrua-se dos benefícios do
incremento de inimigos naturais pelo fornecimento de néctar, pólen
e abrigo para hospedeiros e presas alternativas (KLOEN & ALTIERI,
1990; MORAES; SILVA; DELALIBERA JR., 1992; PAVARINI &
GRAVENA; 1994; SCHUCH & BELARMINO, 1994; WYSS, 1995;
50

WYSS, 1996; HONEK, 1997), bem como as invasoras sirvam de
planta armadilha evitando que os herbívoros ataquem a cultura
principal (ALTIERI; GLASER; SCHMIDT, 1990), ou dificultem a
colonização e distribuição de insetos pela concentração de recursos
(ANDOW, 1991; ANDOW, 1992). A seleção da invasora a associar é
importante porque pode ocorrer que a alta atratividade da invasora
sobre o herbívoro também provoque dano sobre a cultura principal
(KLOEN & ALTIERI, 1990; AHMED; ALI; SALMAN (1987).
No Brasil houve vários trabalhos com relação a
incidência de insetos

em consórcio de milho, Zea mays L.

(Poaceae), com feijoeiro comum, Phaseolus vulgaris L. (Fabaceae),
e feijão caupi, Vigna sinensis (L). Savi (Fabaceae). Geralmente,
nestes trabalhos, houve em condições de consórcio redução da
incidência de cigarrinha,
(Homoptera: Cicadellidae),
cartucho,

Spodoptera

Empoasca Kraemeri (Ross & Moore)
porém o efeito sobre lagarta do

frugiperda

(J. E. Smith) (Lepidoptera:

Noctuidae) foi variável (MILANEZ, 1987; OLIVEIRA et al., 1987;
GONÇALVES & CIOCIOLA, 1991; OLIVEIRA et al., 1995).

1.3.3 Efeito da diversidade vegetal sobre espécies
de tripes
51

Os trabalhos que investigaram a incidência de T. tabaci
em aliáceas em sistemas diversificados geralmente constataram
efeito de substâncias voláteis do não hospedeiro sobre o inseto
(UVAH & COAKER, 1984) ou mesmo mudanças fisiológicas na
planta que inibiram a herbivoria (THEUNISSEN & SCHELLING,
1996), enquanto a ação de inimigos naturais foi não significativa.

A

densidade de T. tabaci foi menor em cebola, A. cepa L., em sistema
de consórcio com cenoura, Daucus carota L. (Umbeliferae), plantada
em alta densidade (uma linha de plantio de cebola: para uma
cenoura) (UVAH & COAKER, 1984). Os autores argumentaram que
as substâncias voláteis emanadas pelas culturas interferiram na
ocorrência do inseto, pois não houve consistência entre a presença
de inimigos naturais e os resultados observados. O efeito da
concentração de voláteis pareceu ser maior sobre cebola jovem que
próximo a maturação fisiológica (bulbificação). A densidade
populacional de tripes, T. tabaci, e incidência de ferrugem, Puccinia
allii, foram menores em alho-porró, A. porrum L., associado com
trevo, Trifolium subterraneum L. (Fabaceae),

em cobertura em

relação ao solo nú (THEUNISSEN & SCHELLING, 1996). Neste
trabalho, a menor susceptibilidade de alho porró a tripes e ferrugem
em sistema de consórcio foi atribuída à “qualidade da planta” (trocas
fisiológicas no metabolismo). Os autores observaram que a
densidade de inimigos naturais foi muito baixa. Ainda no mesmo
52

trabalho, embora o consórcio apresentasse menor nível de
problemas fitossanitários e consequentemente maior qualidade
comercial do alho-porró produzido, houve redução da produtividade
pela competição entre plantas. Os autores sugerem ser necessário o
agricultor aceitar a perda na produtividade para produzir sem o uso
de agrotóxicos. O uso de cultivares apropriadas para consórcio e
capinas nas entrelinhas foram sugeridos pelos autores para
minimizar a redução na produtividade. THEUNISSEN (1994) já
argumentava a necessidade de se desenvolver manejo de ervas
invasoras e variedades apropriadas para aumentar a viabilidade
produtiva e econômica do consórcio de hortaliças. ANDOW (1983)
levantou a importância de se quantificar a produtividade das culturas
envolvidas em condição de consórcio, pois não basta apenas
ocorrer redução de dano por insetos fitófagos, mas também
proporcionar produtividade aceitável comercialmente.
Em trabalhos com outras espécies de tripes em
ambientes diversificados o microclima gerado (KYAMANYWA &
AMPOFO, 1988)

e a emissão de voláteis

infuenciaram a

ocorrência do inseto (KYAMANYWA; BALIDDAWA; AMPOFO,
1993a), enquanto que a presença de inimigos naturais ora exerceu
pressão sobre o inseto (LETOURNEAU, 1990), foi não significativa
(KYAMANYWA; BALIDDAWA; OMOLO, 1993b) ou não relatada
(POTTS & GUNADI, 1991). A densidade média de tripes, F.
53

occidentalis, foi maior em monocultivo de abóbora (Cucurbita pepo
L.) até aos 65 dias após plantio em relação ao policultivo com milho
(Z. mays)

e feijão caupi (V. sinensis) (LETOURNEAU, 1990).

Segundo este autor, o predador Orius tristicolor (White) (Hemiptera:
Anthocoridae) exerceu pressão sobre F. occidentalis e colonizou
mais rapidamente parcelas em policultivo devido à maior riqueza de
microhabitats. A densidade populacional de tripes, Megalurothrips
sjostedti

Trybom

(Thysanoptera:

Thripidae),

em

caupi,

V.

unguiculata Walp, foi menor em condição de plantio consorciado
com milho, Z. mays, devido à menor intensidade de luz
(KYAMANYWA & AMPOFO, 1988) e substâncias voláteis exaladas
pela

presença

da

cultura

não

hospedeira

(KYAMANYWA;

BALIDDAWA; AMPOFO, 1993a). A densidade de predadores
generalistas não foi incrementada no consórcio milho/caupi, o que
sugere a hipótese da concentração de recursos para explicar a
redução populacional de M. sjostedti (KYAMANYWA; BALIDDAWA;
OMOLO, 1993b). Os autores sugerem que a eficiência de
predadores generalistas em controlar tripes é baixa (citam LEWIS,
1973), além do tempo de permanência de culturas anuais no campo
ser curto para o estabelecimento de inimigos naturais. A população
de tripes, T. palmi e T. parvispinus, foi maior sobre batata, S.
tuberosum, quando plantada no mesmo canteiro ou até a distância
de 0,75 m de aliáceas, cebola (A. cepa) e alho (A. sativum),
54

provavelmente houve migração dos insetos proveniente das
aliáceas adjacentes (POTTS & GUNADI, 1991).
A preferência alimentar de espécies de tripes sobre a
cultura da cebola e ervas invasoras foi estudada por DOEDERLEIN
& SITES (1993) em nível de campo no Texas. Estes autores
observaram “forte” preferência de T. tabaci por plantas de cebola,
comparado ao F. occidentalis , que embora presente na cultura não
a exibiu na mesma intensidade. F. occidentalis foi observado em
maior grau sobre as invasoras Salvia sp., Amaranthus palmeri Wats
e Kochia scoparia (L.) Schard em ordem descendente de
preferência. Porém, ambas espécies de tripes foram encontradas
sobre as ervas invasoras anteriormente mencionadas. Os autores
sugeriram que a eliminação de invasoras, embora possa não
influenciar a incidência de T. tabaci sobre cebola, pode favorecer a
migração do polífago F. occidentalis para a cultura. Convém
ressaltar que, nos trabalhos citados anteriormente, os autores em
geral desconsideraram que o encontro do hospedeiro por tripes
pode ser diminuído pelo efeito de barreira mecânica, além do
deslocamento do inseto ser influenciado pelo vento,

como

constatado por YUDIN et al. (1991).

1.3.4 Diversidade vegetal e sua relação com hábito alimentar de
insetos, e sistemas anuais e perenes
55

A maioria dos trabalhos relatam maior densidade
populacional de insetos polífagos em ambientes diversificados
quando estes possuem maior número de espécies hospedeiras,
enquanto que os monófagos ocorrem em menor densidade
(ANDOW, 1991). Neste caso, a concentração de recursos
condicionaria a densidade de insetos, pois inimigos naturais atuam
indistintamente sobre monófagos ou polífagos, porém ambos fatores
podem ocorrer simultaneamente regulando a dinâmica dos insetos
(ANDOW, 1990, 1991). O comportamento e bioecologia dos
polífagos podem influenciar a densidade populacional

em

ambientes diversificados. ANDOW (1991) divide os polífagos em
dois grupos quanto a estas características : 1) sequenciais (alternam
gerações em diferentes hospedeiros), 2) simultâneos (numa mesma
geração alimenta-se de diferentes hospedeiros). Desta forma,
segundo ANDOW (1991), os polífagos

sequenciais seriam

beneficiados quando alcançam sucesso na imigração e para obter
gerações

futuras

estariam

mais

vulneráveis,

a

qualidade,

disponibilidade do hospedeiro e microclima. Enquanto os polífagos
simultâneos poderiam ser prejudicados caso haja dificuldade de
movimentar-se, uma vez que necessitam migrar de diferentes
hospedeiros para se alimentar.
56

A incidência do crisomelídeo, Diabrotica virgifera
virgifera (LeConte), foi superior em milho, Z. mays L., em plantio em
faixa com soja, G. max, principalmente em sistema de plantio
convencional que direto (TONHASCA JR. & STINNER, 1991). Neste
trabalho o inseto ovipositou sobre ambas culturas, o que favoreceu o
incremento populacional. Portanto, o hábito polífago de D. virgifera
virgifera favoreceu o estabelecimento em sistema de consórcio.
Segundo ANDOW (1983, 1991) maior densidade
populacional de herbívoros tem sido relatada em sistemas
diversificados

perenes, porque estes são mais facilmente

localizados que os anuais. Porém, segundo ANDOW (1991) para
insetos polífagos a densidade populacional geralmente tende a ser
maior em plantios anuais, que em perenes, devido à maior pressão
de inimigos naturais nestes últimos.

1.4 A atuação de sirfídeos como predadores

Os dípteros da família Syrphidae geralmente são
citados como predadores de homópteros (pulgões, cochonilhas e ou
cigarrinhas). LEAL; OLIVEIRA; SMITH (1976) relataram os sirfídeos
Toxomerus watsoni Curran, T. laciniosus (Loew), próximos às
árvores de citros colonizadas pelo afídeo, Toxoptera citricidus (Kirk,
1907). As seguintes espécies de sirfídeos predadores de afídeos
57

foram observadas por CORDEIRO & CORSEIUL (1998) em
levantamento baseado em pesquisa bibliográfica e coleções de
museus do Rio Grande do Sul: Allograpta exotica (Wiedemann,
1830), Ocyptamus gastrostactus (Widemann, 1830), Pseudodorus
clavatus (Wiedemann, 1830), Toxomerus tibicen (Wiedemann,
1830), e Xanthandrus bucephalus (Wiedemann, 1830). Porém, há
relatos de sirfídeos como predadores de tripes. GONÇALVES &
GONÇALVES (1976) observaram o sirfídeo Ocyptamus zenia
(Curran) (= Baccha livida auct., nec Schiner) predando o tripes do
ficus,

Gynaikothrips

ficorum

(Marchal)

(Thysanoptera:

Phloeothripidae), em folhas de Ficus retusa nitida.
A

densidade

populacional

de

sirfídeos

em

levantamento de campo geralmente é relativamente baixa em
relação aos demais predadores. Em levantamento da entomofauna
em campo de produção orgânica de centeio, Secale cereale L.
(Poaceae) os sirfídeos representaram 1,6% do total de 8% para
predadores, enquanto que

os insetos fitófagos foram 47%

(HRADEZTKY & KROMP, 1997). WYSS (1995) observou em Berna,
Suíça, que a presença de sirfídeos em pomar de macieira, P. malus,
restringiu-se à primavera, enquanto que predadores Araneae,
Heteroptera,

Coccinellidae

e

Chrysopidae,

ocorreram

praticamente toda estação de desenvolvimento vegetativo.

em
58

O número de sirfídeos adultos, A. obliqua (Say),
Eupeodes (Metasyrphus) sp., Syrphus sp. e T. marginata (Say), foi
incrementado pelas seguintes plantas de cobertura de inverno para
uso potencial em cultivos de hortaliças e

nogueira pecã, Carya

illinonensis (Wangenheim) K. Koch (Juglandaceae): tremoço azul,
Lupinus angustifolius L., trevo vesiculoso, T. vesiculosum Savi cv.
“Yuchi”, trevo encarnado, T. incarnatum L. cv. “Dixie”, e ervilhaca
“Cahaba White” (Vicia sativa L. x V. cordata Wulf), ervilhaca peluda,
V.

villosa

cv

W67-HU-704

(Fabaceae)

(BUGG;

PHATAK;

DUTCHER, 1990). Estes autores, constataram que entre os
afidófagos,

os

sirfídeos

foram

menos

frequentes

que

os

coccinelídeos. Em contraste, segundo KLOEN & ALTIERI (1990) a
taxa de predação por sirfídeos

sobre o afídeo, Brevicoryne

brassicae (L.) (Homoptera, Aphididae), foi superior em brócolos,
Brassica oleracea botrytis var. Futura (Brassicaceae),
com

associada

a invasora B. hirta, comparada ao monocultivo, embora o

número de ovos e larvas dos predadores foi similar em ambos
sistemas de plantio.
59

2. MATERIAL E MÉTODOS

Os

experimentos

foram

conduzidos

na

Estação

Experimental de Ituporanga, SC, EPAGRI (Empresa de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), situada a 475 m
de altitude, 27º22’ S de latitude e 49º35’ W de longitude, em solo
classificado como Cambissolo Húmico distrófico álico. A cultivar de
cebola

utilizada

em

todos

experimentos

foi

a

Crioula.

O

delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro
repetições.

2.1 Experimento 1
Densidade Populacional de T. tabaci, e infestação por P.
destructor,

em cebola sob diferentes fontes de adubação

orgânica

Este experimento foi realizado

durante o período de

28/08/98 (transplante) a 16/12/98 (colheita, duração do ciclo de 110
dias). O tamanho de parcela foi 2,8 m X 3,0 m (8,4 m2) e
espaçamento 40 X 10 cm, total de 210 plantas/parcela. As parcelas
eram distanciadas 1 m entre si.
O preparo do solo foi realizado sob plantio direto em
palhada de centeio, S. cereale, semeado anteriormente no mês de
60

maio. A máquina utilizada foi um microtrator adaptado para este fim.
Os tratamentos foram diferentes doses de adubo orgânico e
minerais como encontra-se no QUADRO1.
QUADRO1. Tratamentos com diferentes doses de nutrientes e
fontes de adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC,
EPAGRI,1998.
Tratamentos

Doses de nutrientes
(kg/ha)

N (esterco de suíno)
N (esterco de suíno)
N (esterco Barriga Verde,
 aves)
N (composto orgânico)
N (esterco de perú)
N (húmus)
N P K (5-20-10)
N P K (5-20-10)
testemunha sem
adubação

Doses de fontes
(kg/ha)

75,0
37,5
75,0

15743,6
7871,8
6023,6

75,0
75,0
75,0
30,0 + 120,0 + 60,0
60,0 + 240,0 + 120,0

20299,9
6393,5
6516,4
600,0
1200,0

As doses de adubos dos tratamentos foram estimadas
baseadas na recomendação da análise de solo, exceto o tratamento
com esterco de suíno (37,5 kg/ha de N e 7871,8 kg/ha de esterco,
que corresponde a metade da dose normal), e NPK 5-20-10 (60,0 +
240,0 + 120,0 kg/ha de nutrientes NPK e 1200,0 kg/ha de adubo,
que representa o dobro da dose), com a finalidade de caracterizar
níveis extremos de fertilização orgânica e mineral. Uma vez que o
nitrogênio é, geralmente, apontado como causador de desequilíbrios
nutricionais, predispondo as plantas à incidência de doenças e
61

pragas, a determinação da quantidade de adubos orgânicos em
kg/ha foi baseada na necessidade deste nutriente para a cultura, de
acordo com a fórmula :
Quantidade de esterco/ha = (100000 x N) /(MS x NMS x 0,5);
onde N é quantidade de nitrogênio em kg/ha necessário para a
cultura da cebola; MS é o teor de matéria seca do esterco em
porcentagem; NMS quantidade de nitrogênio em g por kg de matéria
seca do esterco; e 0,5 é o índice de liberação de nitrogênio pelo
esterco (50% no primeiro ano de aplicação), para P considera-se
0,6, (adaptado de COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC,
1994), e análise de solo (QUADRO 2). A análise de nutrientes dos
adubos orgânicos

foi realizada pelo Laboratório de Fisiologia e

Nutrição Vegetal da Estação Experimental de Caçador, SC, EPAGRI
(QUADRO 3).
O composto orgânico foi proveniente de resíduos culturais de
cebola,

esterco

de

suíno,

capim-cameroon,

Pennisetum

clandestinum Hochst. ex. Chiov., e o húmus foi obtido de esterco de
suíno. Os adubos orgânicos foram espalhados manualmente sobre
a

superfície

do

solo, enquanto

as

fontes

minerais

incorporadas com microtrator adaptado para plantio direto.

foram
62

QUADRO 2. Análise de solos da área experimental realizada pelo
Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de
Ituporanga, EPAGRI, 1998.
pH

pH

P

K

M.O

Al

Ca

Mg

Argila

(água)

(SMP)

(mg/kg)

(mmolc

(g/Kg)

(mmolc

(mmolc

(mmolc

(g/kg)

dm )

3

dm3)

dm3)

0,0

74 A

38 A

3

dm )

6,3 A

6,1 A

25,5

1 MB

50 M

330

A

OBS: A, MB, M respectivamente níveis alto, muito baixo e médio,
segundo COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC, 1994.
63

QUADRO 3. Níveis de nutrientes de diferentes fontes
orgânicas de adubação. EPAGRI, 1998.

Nutrientes

Fontes de adubo orgânico
suíno

Barriga

composto

húmus

perú

Verde

MS*

27,30

93,97

36,40

61,22

79,80

N1

34,90

26,50

20,30

37,60

29,40

P1

23,60

15,80

14,70

26,60

20,80

K1

1,80

15,0

3,40

7,20

25,40

Ca1

52,80

64,60

29,00

58,00

31,00

Mg1

4,20

15,60

5,00

6,40

8,20

Fe2

3822,00

10740,0

8686,0

6008,00

7230,0

Mn2

368,00

636,00

318,00

634,00

574,00

Zn2

650,00

298,00

244,00

990,00

468,00

Cu2

596,00

108,00

232,00

734,00

112,00

31,00

53,00

34,00

42,00

58,00

B2

OBS: 1 e 2, respectivamente quantidade de nutrientes em g/kg
e mg/Kg(ppm) de matéria seca (MS*, em %) do adubo; análises realizadas
pelo Laboratório de Fisiologia e Nutrição Vegetal da Estação Experimental
de Caçador, SC, EPAGRI, exceto matéria seca pelo Laboratório de
Análise de Solos Estação Experimental de Ituporanga, SC, EPAGRI.
64

A amostragem de tripes foi realizada a campo pela
contagem semanal do número de ninfas com auxílio de lupa manual
(75 mm de diâmetro, marca Classic Magnifier), em todas as folhas
em 5 plantas/parcela ao acaso. As datas de avaliação foram 14/10
(47dias após transplante, DAT), 21/10 (54 DAT), 28/10 (61 DAT),
04/11 (68 DAT), 11/11 (75 DAT), 19/11 (83 DAT), 25/11 (89 DAT) e
02/12/1998 (96 DAT).
A amostragem de infestação por míldio, P. destructor,
realizou-se pela

determinação semanal do percentual de folhas

infectadas

míldio

por

(número

de

folhas

infectadas

pelo

fungo/número total de folhas X 100) em 1 m linear/parcela escolhido
ao acaso. O controle de invasoras foi realizado com enxada até a
primeira semana de novembro.
A análise de nutrientes foliares foi realizada no
Laboratório

de

Fisiologia

Experimental de Caçador,

e

Nutrição

SC, EPAGRI,

Vegetal

da

Estação

em amostras

de 5

plantas/parcela, após a secagem em estufa a 60° C. As datas de
coleta de amostras e respectivos dias após transplante (DAT) foram:
14/10 ( 47 DAT), 11/11 (75 DAT) e 02/12/1998 (96 DAT).
A amostragem para produtividade realizou-se pela
colheita de 60 bulbos ao acaso

por parcela. Os bulbos foram

classificados pelo diâmetro de acordo com aceitação para o
mercado (classe 1 ≤ 3,5 cm; classe 2 > 3,5 até 5 cm; classe 3 > 5
65

até 7cm; classe 4 > 7 até 9 cm, classe 5 > 9 cm). Apenas a
produtividade comercial (bulbos de classes 2 a 5) foi considerada
para avaliação.
Os dados para análise estatística

em geral foram

previamente submetidos ao teste de Bartlett para verificar a
homogeneidade de variâncias e definir a aplicação de métodos
paramétricos

ou

não

paramétricos.

Geralmente

após

a

transformação de dados foi possível realizar a análise de variância
paramétrica. O número médio de T. tabaci foi transformado para
log (x + 0,5). A porcentagem de infestação por P. destructor foi
transformada por arco seno  x + 0,5. As médias foram comparadas
respectivamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade. Os percentuais foliares de nutrientes e produtividade
foram submetidos a análise de variância sem transformação de
dados. O coeficiente de correlação de Spearman (r), determinação
(r2), e análise multivariada com regressão múltipla (“proceeding
stepwise” do programa estatístico SAS)

foram aplicados entre a

incidência de T. tabaci, P. destructor, e níveis foliares de nutrientes.
66

2.2 Experimento 2

Densidade Populacional de T. tabaci,
destructor,

e infestação por

P.

em cebola sob diferentes fontes minerais de

adubação

O experimento

foi conduzido entre o período de

01/09/98 (transplante) a 16/12/98 (colheita, ciclo de 106 dias).
Os tratamentos constaram de diferentes níveis de
nutrientes fornecidos por adubação mineral, e as testemunhas
foram doses de esterco de suíno associadas com fosfato natural
(para suprir nitrogênio e fósforo de acordo com análise de solo) e
ausência de adubação. As dosagens foram determinadas com nível
normal de adubação pela análise de solo (segundo COMISSÃO de
FERTILIDADE

do

SOLO

RS/SC,

1994,

QUADRO

4)

e

superdosagem (três vezes a dose normal). Nos tratamentos com
adubação orgânica (esterco de suíno + fosfato natural), além da
dosagem normal e superdosagem, incluiu-se uma terceira com
metade da dose normal. O cálculo da quantidade/ha e análise do
esterco de suíno, segue o mesmo padrão de determinação do
experimento 1 (vide item 2.1).

Os tratamentos encontram-se no

QUADRO 5. As fontes de adubação química de N, P 2O5 e K20 e
teores de nutrientes nos adubos foram respectivamente, uréia
67

(44%), superfosfato triplo (41%) e cloreto de potássio (58%). O
fosfato natural utilizado foi GAFSA® com P 2O5 total de

28%, e

solúvel de 9%, e teor de Ca de 34%.

QUADRO 4. Análise de solos da área experimental realizada pelo
Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de
Ituporanga, EPAGRI, 1998.
pH

pH

P

K

M.O

Al

Ca

Mg

Argila

(água)

(SMP)

(mg/Kg)

(mmolc

(g/Kg)

(mmolc

(mmolc

(mmolc

(g/Kg)

3

dm )

5,1 B

5,0 MB

21,5 A

+3,9 A

dm )

3

62 A

dm )

3

dm )

3

9A

79 A

53 A

300

OBS: A, MB, respectivamente níveis alto e muito baixo ,
segundo COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC,
1994.

QUADRO 5. Tratamentos com diferentes doses de nutrientes e fontes de
adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998.
68

Tratamentos

N P2 O5 K2 0 (5-20-10)
N P2 O5 K2 0 (5-20-10)
N (uréia)
N (uréia)
P2 O5 (super triplo)
P2 O5 (super triplo)
K2 0 (cloreto de potássio)
K2 0 (cloreto de potássio)
N + P2 O5 (esterco de
suíno + fosfato natural)
N + P2 O5 (esterco de
suíno + fosfato natural)
N + P2 O5 (esterco de
suíno + fosfato natural)
Testemunha sem
adubação

Doses de nutrientes
(kg/ha)

30,0 + 120,0 + 60,0
90,0 + 360,0 + 180,0
75,0
225,0
80,0
240,0
60,0
180,0
75,0 + 80,0
225,0 + 240,0
37,5 +

40,0

Doses de fontes
(kg/ha)

600,0
1800,0
170,5
511,5
195,1
585,3
103,4
310,2
15743,6 +
212,7
47230,7 +
638,1
7871,8 +
106,4
69

O tamanho de parcela, espaçamento da cultura,
métodos de amostragem para tripes, T. tabaci, míldio, P. destructor,
análise foliar de nutrientes e produtividade, bem como análise
estatística foram similares ao experimento 1. As datas de avaliação
para tripes e míldio com respectivos dias após transplante (DAT),
foram: 15/10 (44 DAT), 22/10 (51 DAT), 29/10 (58 DAT), 05/11 (65
DAT), 12/11 (72 DAT), 20/11 (80 DAT), 26/11 (86 DAT) e
03/12/1998 (93 DAT). As coletas para análise foliar foram
realizadas em: 15/10 (44 DAT), 12/11 (72 DAT) e 03/12/1998 (93
DAT).

2.3 Experimento 3
Densidade Populacional de T. tabaci e sirfídeos predadores em
cebola em monocultivo e associada com outras espécies
vegetais.

O experimento foi realizado entre o período de
27/08/98 (transplante) a 16/12/98 (colheita, ciclo 111 dias). O
tamanho das parcelas foi de 5,6 m x 6,0 m (33,6 m 2), total de 560
plantas/parcela, e o espaçamento foi de 40 cm X 15 cm. Entre
parcelas havia um isolamento de 2 m. A área estava previamente
com adubação verde, mucuna, Stilozobium sp., associada a milho,
70

Z. mays. O sistema de plantio foi direto como nos experimentos
anteriores. A análise de solo da área experimental, encontra-se no
QUADRO 6. A adubação da cultura da cebola de acordo com
COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC (1994) foi de
11545,3 Kg/ha de esterco de suíno (análise do esterco no
QUADRO 3, vide fórmula no item 2.1 para cálculo da quantidade de
esterco/ha) para suprir nitrogênio (55 Kg/ha), a fim de se evitar
desequilíbrio nutricional e predispor a cultura a doenças e pragas, e
o fósforo (50 Kg/ha de P2O5) foi complementado pela adição de
59,7 Kg/ha de fosfato natural de GAFSA® (utilizado no experimento
2).

QUADRO 6. Análise de solos da área experimental realizada pelo
Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de
Ituporanga, EPAGRI, 1998.
pH

pH

P

K

M.O

Al

Ca

Mg

Argila

(água)

(SMP)

(mg/Kg)

(mmolc

(g/Kg)

(mmolc

(mmolc

(mmolc

(g/kg)

3

dm )

6,1 A

5,8 M

+ 50 A

+ 3,9 A

dm )

3

59 A

dm )

3

dm )

3

0,0

69 A

44 A

280

OBS: A, M, respectivamente níveis alto e médio, segundo
COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC, 1994.

Os tratamentos foram: 1) Cebola em monocultivo; 2)
Cebola

+

trigo

mourisco,

Fagopyrum

esculentum

Moench
71

(Poligonaceae); 3) Cebola + nabo forrageiro, Raphanus sativus L.
var. oleiferus Metzg., (Brassicaceae), 4) Cebola + cenoura, D.
carota, cv. Nantes e cv. Brasília, respectivamente

nas laterais

direita e esquerda da parcela; 5) Cebola + milho (Z. mays), super
precoce híbrido Pioneer® 3072; 6) Cebola + rúcula (Eruca sativa)
(Brassicaceae) na lateral direita da parcela + vegetação espontânea
na lateral esquerda. As linhas centrais da parcela (3,2 m) foram
ocupadas com cebola, e as 6 linhas laterais (1,2 m de cada lado)
em bordadura foram destinadas às culturas em consórcio (vide
FIGURA 2).

5,6 m

5,6 m
1,2
m

6,0 m

cccccccccccc
cccccccccccc
cccccccccccc
cccccccccccc
cccccccccccc
a

6,0 m

xx
xx
xx
xx
xx

3,2 m

ccccc
ccccc
ccccc
ccccc
ccccc
b

1,2
m

xx
xx
xx
xx
xx

Legenda:
c = cebola
x = outras espécies em bordadura
FIGURA 2. Esquema de parcelas de cebola em monocultivo (a) e
associada a diferentes espécies vegetais (b).

O número

de ninfas de tripes e larvas de sirfídeos

predadores foi avaliado ao acaso em 10 plantas/parcela em todas
as folhas com auxílio de lupa manual Magnifier®, 75 mm de
72

diâmetro. As datas de avaliação e respectivos dias após transplante
(DAT) foram: 06/10 (40 DAT), 13/10 (47 DAT), 20/10 (54 DAT),
27/10 (61 DAT), 03/11 (68 DAT), 10/11 (75 DAT), 17/11 (82 DAT),
24/11 (89 DAT) e 01/12/1998 (96 DAT).

A identificação das

espécies de sirfídeos foi realizada comparando-se aos adultos
obtidos anteriormente por GONÇALVES (1996b) oriundos de larvas,
que completaram o ciclo em laboratório, alimentadas com afídeos
coletados em invasoras.
A avaliação de produtividade e análise estatística
seguiram metodologias adotadas para o experimento 1. O número
médio de larvas de T. tabaci, e total de larvas de sirfídeos foram
transformados para log (x + 0,5) e submetidos a análise de
variâncias e testes de médias. O coeficiente de correlação (r) e
determinação (r2 X 100) foi realizado entre número médio geral de
larvas de sirfídeos e ninfas de tripes, T. tabaci.

2.4 Variáveis climáticas e correlação com a
incidência de T. tabaci, P. destructor, e sirfídeos.

O coeficiente de correlação entre número médio de
ninfas de T. tabaci, porcentagem de infestação por P. destructor, e
variáveis climáticas (médias semanais de temperaturas média,
mínima e máxima  C; média de insolação em número de horas de
73

sol/semana,

e

precipitação

acumulada

em

mm/semana)

foi

determinado por experimento e segue metodologia adotada no
experimento 1 (vide item 2.1). Os resultados também foram
comparados com dados climáticos normais para a Estação
Experimental de Ituporanga, SC. Os dados climáticos foram obtidos
junto ao CLIMERH (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos
Hídricos de Santa Catarina) da EPAGRI.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Experimento 1
Densidade Populacional de T. tabaci, e infestação por
destructor,

P.

em cebola sob diferentes fontes de adubação

orgânica

O número médio de ninfas de T. tabaci , não diferiu
entre tratamentos em nenhuma das semanas de avaliação (TABELA
1). Portanto, como constatado por OSUNA et al. (1989); MARZO et
al. (1997); BASTOS et al. (1998); SILVA et al. (1998);

não

necessariamente a utilização de adubação mineral favorece a maior
densidade populacional de herbívoros, pois o efeito pode ser não
significativo

ou

até mesmo inferior ao adubo orgânico. A

porcentagem de folhas infectadas por P. destructor, foi tardia
(TABELA 2). A análise de variância não foi realizada em 14/10
74

devido a inexistência da doença na maioria dos tratamentos, exceto
0,5% de infestação para NPK dose normal. A incidência da doença
diferiu apenas em 19/11, quando o esterco Barriga Verde foi
superior ao composto orgânico, porém foi semelhante aos demais
(TABELA

2). O efeito de fontes orgânicas de adubação como

indutores de resistência a patógenos foi não significativo comparado
a adubação mineral como observaram MELLONI; DUARTE;
CARDOSO (1995); RAVIV et al. (1998). Portanto, a fertilização não
apresentou uma ação definida sobre a incidência do patógeno.
Porém, estes resultados contrastam com McGUIRE (1999), que
observou menor incidência de P. destructor em cebola sob
adubação orgânica comparado a mineral.
O nível de nutrientes foliares foi similar entre
tratamentos na maioria das datas de avaliação (FIGURA 3), exceto
para N em 11/11, (FIGURA 3.2) e para Fe em 02/12 (FIGURA 3.18).
Em 11/11 o teor de N foi superior para os estercos de suíno em
ambas doses, esterco Barriga Verde, e composto, em relação ao
húmus, porém não diferiram dos demais tratamentos. Na data de
2/12 o teor de Fe no composto orgânico foi superior em relação a
fórmula NPK 5-20-20 dose dupla, porém foi semelhante aos demais.
Portanto, as fontes de adubação utilizadas, com dosagens de adubo
entre normal até no máximo o dobro recomendado pela análise,
não

proporcionaram

diferenças

significativas

nos

teores

de
75

nutrientes foliares na maioria das avaliações que pudessem refletir
na incidência de T. tabaci e P. destructor em cebola. Deve-se
considerar também, que a área experimental estava em processo
de conversão para manejo orgânico há dois anos. Como ressaltado
por PHELAN; MASON; STINNER (1995), PHELAN (1997), os solos
com histórico de manejo orgânico apresentaram menor nível de
oviposição de Ostrinia nubilalis (Hübner) (Lepidoptera: Pyralidae) em
milho, em relação ao convencional, independente da fonte de
adubação ser química ou orgânica.
Os valores de coeficientes de correlação linear (r) e
determinação (r2 %) entre nutrientes, inseto e patógeno foram não
significativos em geral (TABELAS 3 e 4). Portanto, a relação entre
nutrientes, inseto e fungo geralmente não foi linear. A relação não
linear entre nitrogênio e artrópodos já havia sido constatada
anteriormente (WHITE, 1984; POPP; KULMAN; WHITE, 1986;
BREWER; O’NEILL; DESHON JR., 1987; RUTZ et al., 1990;
BETHKE; REDAK; SCHUCH, 1998; JOERN & BEHMER, 1998),
bem como para patógenos (BROSCIOUS; FRANK; FREDERICK,
1985). Os níveis de coeficiente de correlação foram altamente
significativos** para ocorrência de T. tabaci

no fim do ciclo da

cultura (02/12/98) para K/Cu (r= -0,49**) e nas relações inversas de
nutrientes com Mn (N/Mn, r = 0,44**; P/Mn, r = 0,46**; Mg/Mn,
r = 0,45**) (TABELA 3). A relação da incidência de T. tabaci foi
76

negativa nesta data para Mn (r = -0,29), K (r = -0,38*) e positiva
para Cu (r = 0,33*) (TABELA 3). O excesso dos nutrientes N, P e
Mg em relação a Mn favoreceu a ocorrência de T. tabaci, enquanto
o aumento de K em relação a Cu diminuiu a incidência do inseto.
Convém ressaltar, que tais relações foram verificados no período de
maturação fisiológica da cultura, quando a presença do inseto entra
naturalmente em declínio e não provoca maiores danos a cultura (o
nível de dano econômico de dano nesta fase é de 30 ninfas/planta,
segundo GONÇALVES, 1997b). O potássio como indutor de
resistência a insetos e patógenos foi relatado por CHABOUSSOU
(1987), PRIMAVESI (1988) e BORTOLLI & MAIA (1994); e Mn por
CHABOUSSOU (1987). O valor de r foi significativo (*) ainda para os
seguintes nutrientes: K (em 11/11 com relação positiva para K/ZN,
e 2/12 negativa para K, K/Mg, K/B); Cu (em 2/12 positiva para Cu),
N (em 2/12 positiva para N/K), P (em 2/12 positiva para P/K) , Ca/Mn
(positiva em 2/12), Mn/Zn (negativa em 2/12) (TABELA 3).
A análise de regressão múltipla apresentou as
seguintes equações para relação entre número médio de ninfas de
tripes (y) e nutrientes: para início da infestação do inseto em 14/10
com população abaixo do nível de dano econômico (N. D. E.),
y= +10,94 -0,04xP/B (r2 %= 10,16); em 11/11, uma semana antes
do pico populacional de T. tabaci, com todos tratamentos acima do
N. D. E., y= -51,35 +0,008xK/Zn (r2 %= 13,32) +0,89xB (r2 %= 10,04)
77

+1,63xN (r2 %= 9,84); e no declínio populacional em 02/12, com
todos tratamentos abaixo do N.D.E., y= +21,32 -0,004xK/Cu
(r2 %= 23,68) +1,48xMn/Cu (r2 %= 14,09) +0,059xP/Mn (r2 %= 8,53)
-0,38xFe/B (r2 %= 6,89). A equação geral envolvendo as três datas
2

de amostragem foi: y= +34,22 -0,80xB (r %= 30,98) -0,39xFe/B
(r2 %= 5,61) -0,009xN/Zn (r2 %= 1,96).
O coeficiente de correlação (r) entre nutrientes e
infestação de P. destructor

foi significativo em 2/12 para : com

relação negativa para K, K/Mg, K/Cu, Mn/Zn, N/Mg, Fe/Zn, e positiva
para Mg, Mg/Mn e Zn (TABELA 4). O efeito negativo de K/Mg,
K/Cu e Mn/Zn para o patógeno, P. destructor, ocorreu similarmente
ao observado para T. tabaci (TABELAS 3 e 4). A incidência de P.
destructor não foi correlacionada com incremento de P e N de
maneira isolada como observaram DEVELASH & SUGHA (1997),
porém similarmente a relação de K com a doença foi negativa. A
análise de regressão múltipla entre nutrientes e infestação de P.
destructor apresentou as seguintes equações: para data 11/11 com
nível de infestação máximo de 5%, y= -2,56 +9,10xP/Ca (r2%= 7,77);
para data 02/12 com o mais alto nível de infestação da doença
(13%, TABELA 2), y= -3,48 + 3,7xMg (r2%= 17,98) -0,86xFe/Zn
(r2%=14,44) +0,49xFe/Mn (r2%= 9,88). A equação geral foi y= -17,21
+17,4xMg (r

2

2

%= 25,31) -3,03xN (r

%= 7,55) +5,43xN/Mg

(r2 %= 4,92) -0,07xFe/Cu (r2 %= 4,73) +0,012xN/Zn (r2 %= 3,47).
78

A generalização de N como causador de desequilíbrio
nutricional e favorecimento na ocorrência de pragas e doenças pode
não ser correto como observado por BORTOLLI & MAIA (1994), pois
a relação isolada de N apresentou valores não significativos para
incidência de T. tabaci

e para P. destructor (respectivamente

TABELAS 3 e 4). O efeito positivo de N para incidência de T. tabaci
foi verificado de maneira significativa para o nutriente em excesso
em detrimento de Mn e K (relações N/Mn, e N/K), enquanto que
para P. destructor para N/Mg (data 2/12, respectivamente TABELAS
3 e 4). Os resultados contrastam daqueles obtidos por SCHUCH;
REDAK; BETHKE (1998), que observaram que a infestação de F.
occidentalis, em crisântemo, D. grandiflorum, foi favorecida por altos
níveis de adubação nitrogenada. Os resultados foram similares ao
observado por VOS & FRINKING (1997), com efeito não significativo
de N sobre T. parvispinus , em pimenta, Capsicum spp.
(Solanaceae), porém a relação positiva de P sobre o inseto,
observada por estes autores, não foi constatada, pois a relação foi
significativamente positiva apenas para relação P/K em 02/12
(TABELA 3).
A produtividade comercial foi similar entre tratamentos
(TABELA 5). O peso médio de bulbos foi superior para esterco de
perú em relação ao composto orgânico, esterco de suíno (dosagem
normal), e húmus. O adubo químico NPK em ambas as dosagens
79

utilizadas também apresentou peso médio de bulbos superior ao
composto orgânico. Porém, nenhum tratamento proporcionou
incremento significativo no peso médio de bulbos em relação a
testemunha sem adubo (TABELA

5). Provavelmente o nível de

fertilidade da área experimental (alto teor de P e nível médio de
matéria orgânica, aliada a condição de plantio direto, QUADRO 2)
proporcionou a testemunha sem adubação apresentar níveis de
produtividade similar aos demais tratamentos.
80

TABELA 1. Número médio de ninfas de Thrips tabaci em cebola, cultivar Crioula, sob adubações mineral e orgânica.
Ituporanga, SC, EPAGRI,1998.
Tratamentos

Doses de
nutrientes
(kg/ha)

Datas de avaliação
14/10

21/10

28/10

04/11

11/11

19/11

25 /11

02/12

N (esterco de suíno)

75,0

3,8 a

3,1 a

5,2 a

15,9 a

30,9 a

53,6 a

16,1 a

11,8 a

N (esterco de suíno)

37,5

3,8 a

3,1 a

6,5 a

17,2 a

29,9 a

47,7 a

17,6 a

16,7 a

N (esterco Barriga
Verde,  aves)
N (composto
orgânico)
N (esterco de perú)

75,0

1,2 a

3,1 a

9,4 a

16,1 a

36,6 a

65,1 a

12,2 a

15,0 a

75,0

2,5 a

4,1 a

7,6 a

14,0 a

24,6 a

59,4 a

17,7 a

12,1 a

75,0

2,7 a

4,0 a

6,0 a

18,5 a

35,2 a

41,8 a

17,2 a

8,3 a

N (húmus)

75,0

4,9 a

2,6 a

4,5 a

13,9 a

21,8 a

48,5 a

25,7 a

15,3 a

N P K (5-20-10)

30-120-60

3,2 a

6,4 a

9,1 a

16,7 a

29,5 a

62,0 a

20,6 a

10,7 a

N P K (5-20-10)

60-240-120

2,8 a

6,3 a

6,8 a

18,8 a

36,1 a

61,2 a

22,9 a

13,9 a

3,4 a

7,0 a

5,0 a

20,4 a

22,0 a

53,9 a

22,0 a

16,2 a

63,5

49,8

34,1

11,7

9,3

9,1

12,6

16,9

testemunha sem
adubação
CV%

Obs: Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (a análise de variância foi
realizada com dados transformados para log x +0,5, porém os resultados apresentados são dados originais).
81

TABELA 2. Porcentagem de folhas de cebola, cultivar Crioula, infectadas por Peronospora destructor , sob
adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998.
Tratamentos

Doses de
nutrientes
(kg/ha)

14/10*

21/10

28/10

Datas de avaliação
04/11
11/11 19/11

25/11*

02/12

N (esterco de suíno)

75,0

0,0

0,0 a

0,0 a

0,8 a

0,0 a

8,6 ab

0,0

4,4 a

N (esterco de suíno)

37,5

0,0

0,9 a

1,2 a

0,7 a

1,6 a

7,3 ab

0,0

5,8 a

N (esterco Barriga
Verde,  aves)
N (composto orgânico)

75,0

0,0

0,0 a

0,9 a

0,0 a

5,0 a

16,4 a

0,0

9,8 a

75,0

0,0

0,0 a

0,4 a

0,0 a

0,6 a

5,3 b

0,0

9,1 a

N (esterco de perú)

75,0

0,0

0,5 a

0,9 a

0,6 a

1,5 a

10,9 ab

0,0

13,0 a

N (húmus)

75,0

0,0

3,4 a

0,4 a

1,2 a

1,6 a

11,1 ab

0,0

8,6 a

N P K (5-20-10)

30-120-60

0,5

0,0 a

0,0 a

0,4 a

0,3 a

8,4 ab

0,0

7,5 a

N P K (5-20-10)

60-240-120

0,0

0,0 a

0,7 a

0,8 a

1,3 a

9,6 ab

0,0

6,3 a

0,0

0,9 a

0,4 a

0,8 a

2,3 a

7,1 ab

0,0

6,7 a

600,0

227,6

134,7

159,9

123,1

22,7

testemunha sem
adubação
CV%

55,2

Obs: Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (a análise devariância
foi realizada com dados transformados para arco seno √x/100, porém os resultados apresentados são dados originais). * Nas datas de
avaliações de 14/10, 25/11 não foi realizada análise de variância devido a baixa incidência ou inexistência da doença.
68

TABELA 3. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r2 %) entre níveis de
nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de Thrips
tabaci Lindeman 1888. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998.

Datas de avaliação

Nutrientes
N
P
K
Ca
Mg
Fe
Mn
Zn
Cu
B
N/P
N/K
N/Ca
N/Mg
N/Fe
N/Mn
N/Zn
N/Cu
N/B
P/K
P/Ca
P/Mg
P/Fe
P/Mn
P/Zn
P/Cu
P/B
K/Ca
K/Mg
K/Fe
K/Mn
K/Zn
K/Cu
K/B

r
0,05
-0,21
0,02
0,00
0,09
-0,07
-0,16
0,17
-0,26
0,12
0,20
0,00
0,00
-0,09
0,18
0,12
0,00
0,14
-0,14
-0,13
-0,19
-0,19
0,12
0,05
-0,11
0,05
-0,32
0,00
-0,04
0,16
0,14
0,00
0,14
-0,07

14/10
r2 %
0,17
4,57
0,03
0,00
0,81
0,44
2,49
2,79
6,75
1,50
3,97
0,00
0,00
0,81
3,24
1,52
0,00
1,84
1,95
1,81
3,65
3,54
1,41
0,21
1,26
0,20
10,16
0,00
0,18
2,57
1,83
0,00
1,99
0,47

r
0,16
-0,12
0,29
-0,05
-0,03
0,13
0,03
-0,25
-0,15
0,21
0,17
-0,23
0,12
0,06
-0,13
-0,11
0,27
0,24
-0,12
-0,30
-0,02
-0,08
-0,22
-0,15
0,23
0,15
-0,19
0,25
0,18
0,08
0,00
0,36*
0,32
0,03

11/11
r2 %
2,55
1,34
8,64
0,24
0,10
1,74
0,07
6,34
2,16
4,21
3,02
5,38
1,41
0,40
1,80
1,16
7,26
5,67
1,37
8,72
0,05
0,59
4,72
2,37
5,25
2,37
3,43
6,14
3,13
0,60
0,00
13,32
10,19
0,07

r

02/12
r2 %

0,10
0,15
-0,38*
-0,09
0,21
-0,10
-0,29
0,00
0,33*
0,19
-0,11
0,33*
0,11
-0,17
0,03
0,44**
0,02
-0,19
-0,20
0,38*
0,17
0,01
0,14
0,46**
0,13
-0,05
-0,12
-0,25
-0,34*
-0,17
0,18
-0,22
-0,49**
-0,40*

0,99
2,32
14,18
0,74
4,45
0,95
8,27
0,00
10,99
3,46
1,31
10,64
1,11
2,98
0,10
19,58
0,05
3,76
4,11
14,27
2,90
0,02
1,89
21,14
1,72
0,22
1,36
6,41
11,39
2,79
3,21
5,01
23,68
15,79

Obs: * e **, respectivamente r diferente de zero pelo teste de T ao nível de 5 e 1%
de probabilidade.
69

Continuação da TABELA 3.

Datas de avaliação

Nutrientes
Ca/Mg
Ca/Fe
Ca/Mn
Ca/Zn
Ca/Cu
Ca/B
Mg/Fe
Mg/Mn
Mg/Zn
Mg/Cu
Mg/B
Fe/Mn
Fe/Zn
Fe/Cu
Fe/B
Mn/Zn
Mn/Cu
Mn/B
Zn/Cu
Zn/B
Cu/B

r
-0,07
0,17
0,10
0,00
0,11
-0,15
0,21
0,13
0,03
0,16
-0,03
0,00
-0,11
-0,01
-0,10
-0,14
0,07
-0,20
0,15
0,11
-0,29

14/10
r2 %

r

11/11
r2 %

0,56
2,95
1,10
0,00
1,22
2,15
4,49
1,69
0,07
2,59
0,07
0,00
1,26
0,01
1,10
1,96
0,49
3,88
2,15
1,29
8,24

-0,04
-0,18
-0,11
0,21
0,15
-0,11
-0,18
-0,16
0,22
0,23
-0,15
0,00
0,23
0,18
-0,03
0,09
0,10
-0,13
0,01
-0,29
-0,13

0,18
3,18
1,26
4,43
2,39
1,17
3,20
2,56
4,64
5,27
2,23
0,00
5,23
3,42
0,08
0,88
1,06
1,69
0,01
8,24
1,68

r

02/12
r2 %

-0,28
0,02
0,35*
0,00
-0,24
-0,23
0,08
0,45**
0,08
-0,15
-0,07
0,11
-0,04
-0,08
-0,20
-0,35*
-0,21
-0,30
-0,03
-0,13
0,27

7,87
0,04
12,38
0,00
5,71
5,52
0,67
20,01
0,68
2,18
0,56
1,25
0,13
0,63
3,84
12,14
4,53
9,09
0,08
1,75
7,32
Impacto de adubações mineral e orgânica sobre a incidência de tripes, Thrips tabaci lind., e míldio, Peronospora destructor berk. casp., e da diversidade vegetal sobre as populações de tripes  e sirfídeos predadores em cebola, Allium cepa L.
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  • 3. 3
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  • 5. 5 Dedico este trabalho a minha esposa Maristela, meus filhos Lucas e Letícia, e a meus pais, Paulo e Eneida
  • 6. 6 AGRADECIMENTOS Ao prof. Dr. Carlos Roberto Sousa e Silva pela orientação, apoio e amizade. À minha esposa Maristela e aos meus filhos Lucas e Letícia pelo carinho, e paciência durante a realização do curso. À EPAGRI, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, pelo apoio na realização do curso. Aos ex-chefe da Estação Experimental de Ituporanga, Arno Alex Zimmerman Filho e ex-gerente regional da EPAGRI, Nelson Grau de Souza, pela liberação para o curso. Aos colegas da Estação Experimental de Ituporanga, pelo apoio e amizade. Aos Srs. Marcelo Pitz e Lourival Defreyn pelo auxílio nos levantamentos de campo. À Sra. Marlene Mattei e Sr. Sérgio Tamassia pelo suporte na área de informática. Às bibliotecárias da EPAGRI, Sras. Zilma Maria Vasco e Eliane Longen Kniss pela vasta bibliografia obtida por comutação.
  • 7. 7 À bibliotecária da UFSCar, Sra. Angélica Maria Dupas, pela revisão das citações bibliográficas. Aos estatísticos pesquisador Renato César Dittrich (EPAGRI) e Profa. Marinéia Lara Haddad (ESALQ - USP) pelos esclarecimentos na análise de dados. Ao pesquisador Clori Basso (EPAGRI, Estação Experimental de Caçador, SC) pela análise de adubos e níveis foliares de nutrientes. Aos taxonomistas L. Marinoni (Centro de Identificação de Insetos Fitófagos - Universidade Federal do Paraná), Christhian Thompson (USDA - EUA) pela identificação das espécies de sirfídeos. À tradutora Sra. Nicoleta T. N. Sabeztki (EPAGRI, Itajaí, SC) pelo apoio na redação do “abstract”. Aos colegas Vera Britez, José Ethan, Francisco Pegado, Maria Inês Nahas, Judith Bataglia, Alexandre, Flávia Moura, Sineide pela amizade e brilhante atuação como atores amadores. Aos demais colegas de curso pela amizade e atenção. À Universidade Federal de São Carlos, que possibilitou a realização do curso. Aos professores das disciplinas cursadas pela transmissão de conhecimento e maneira inovadora e respeitosa aos alunos na forma de conduzir um curso de pós-graduação. Aos revisores do trabalho de tese e qualificação Dr. Josué Marques Pacheco (UFSCar), Dr. Luiz A. C. Margarido (UFSCar), Dr. Newton
  • 8. 8 Macedo (UFSCar), Dr. Odair A. Fernandes (UNESP), Dr. Odo M. A. S. P. R. Primavesi (EMBRAPA) pelas sugestões e correções apresentadas. À Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) pela concessão de bolsa de estudo e maneira respeitosa nas avaliações. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1. Os efeitos do manejo convencional de agroecossistemas sobre a biodiversidade funcional (biota de solo e inimigos naturais) e predisposição a doenças e pragas (modificado de ALTIERI, 1999)................................................................................. ............8 FIGURA 2. Esquema de parcelas de cebola em monocultivo (a) e associada a diferentes espécies vegetais (b)...............................................52 FIGURA 3. Níveis de nutrientes em folhas de cebola sob fontes de adubação orgânica e mineral. Ituporanga, EPAGRI, 1998.................63 a 67 FIGURA 4. Níveis de nutrientes em folhas de cebola sob fontes de adubação mineral e orgânica. Ituporanga, EPAGRI, 1998.....................................................................................84 a 88 FIGURA 5. Coeficiente de correlação (r) e determinação (r2 %) entre o número médio geral de larvas de sírfideos/planta e número médio geral de ninfas de Thrips tabaci Lind./planta em cebola em monocultivo e associada com diferentes espécies vegetais. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998....................................................102
  • 9. 9 LISTA DE QUADROS QUADRO 1. Tratamentos com diferentes doses de nutrientes e fontes de adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998................................................................................41 QUADRO 2. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de Ituporanga, EPAGRI, 1998.............................................................................................43 QUADRO 3. Níveis de nutrientes de diferentes fontes orgânicas de adubação. EPAGRI, 1998..............................................................................44 QUADRO 4. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de Ituporanga, EPAGRI, 1998.............................................................................................48 QUADRO 5. Tratamentos com diferentes doses de nutrientes e fontes de adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998................................................................................49 QUADRO 6. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de Ituporanga, EPAGRI, 1998..........................................................51
  • 10. 10 LISTA de TABELAS TABELA 1. Número médio de ninfas de Thrips tabaci em cebola, cultivar Crioula, sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998.............................................................................61 TABELA 2. Porcentagem de folhas de cebola, cultivar Crioula, infectadas por Peronospora destructor , sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998....................................................62 2 TABELA 3. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r %) entre níveis de nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de Thrips tabaci Lindeman 1888. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998....................................................................................68 e 69 2 TABELA 4. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r %) entre níveis de nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de Peronospora destructor. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998....................................................................................70 e 71 TABELA 5. Produtividade comercial média e peso médio de bulbos de cebola, cultivar Crioula, sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998.................................................................................. ..........72 TABELA 6. Número médio de ninfas de Thrips tabaci em cebola, cultivar Crioula, sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998...............................................................................82 TABELA 7. Porcentagem de folhas infectadas por Peronospora destructor em cebola, cultivar Crioula, sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998.....................................................83 2 TABELA 8. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r %) entre níveis de nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de Thrips tabaci Lindeman 1888. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998......................................................................89 e 90 2 TABELA 9. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r %) entre níveis de nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de Peronospora destructor. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998.......................................................................................91 e 92 LISTA de TABELAS TABELA 10. Produtividade comercial média e peso médio de bulbos de cebola, cultivar Crioula, sob adubações
  • 11. 11 mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998....................................................93 TABELA 11. Número médio de ninfas de Thrips tabaci em cebola, cultivar Crioula, em monocultivo e associada a diferentes espécies vegetais. EPAGRI, Ituporanga, 1998............................................99 TABELA 12. Número médio de larvas de sirfídeos predadores, Toxomerus spp., em cebola em monocultivo e associada a diferentes espécies vegetais. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998..................100 2 Tabela 13. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r ) entre média de ninfas de Thrips tabaci Lind./planta, e número médio de larvas de sirfídeos predadores, Toxomerus spp./planta. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998.............................................................................101 TABELA 14. Produtividade comercial média e peso médio de bulbos de cebola, cultivar Crioula, em monocultivo e consorciada. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998..............................................103 TABELA 15. Correlação entre variáveis climáticas e incidência de Thrips tabaci (Thysanoptera : Thripidae) , Peronospora destructor , e de sirfídeos predadores, Toxomerus spp. . EPAGRI, Ituporanga,1998......................................................................106 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..................................................................................... ........1
  • 12. 12 1.1 Impacto da agricutura convencional nos agroecossistemas .....................6 1.2 Nutrientes em plantas e sua relação com a ocorrência de insetos e patógenos....................................................................................... ............9 1.2.1 Relação de nitrogênio (N) com a incidência de insetos e patógenos de plantas.......................................................................................... ..........10 1.2.2 Relação de demais nutrientes com insetos e patógenos de plantas.......................................................................................... ..........16 1.2.3 As relações entre nutrientes com a incidência de insetos e patógenos de plantas.......................................................................................... .....17 1.2.4 Influência da fertilização no desenvolvimento de míldio, Peronospora destructor, e espécies de tripes.............................................................19 1.2.5 Fertilizações mineral e orgânica e suas relações com infestação de insetos e patógenos de plantas..............................................................20 1.3 Diversidade vegetal: efeito sobre insetos fitófagos e inimigos naturais........................................................................................... ..........21 1.3.1 Hipóteses sobre a diminuição da herbivoria por insetos em ambientes
  • 13. 13 diversificados............................................................................... ...........24 1.3.1.1 Hipóteses de inimigos naturais versus concentração de recursos..................................................................................... ..........24 1.3.1.2 Hipótese da “qualidade” da planta hospedeira...................................27 1.3.1.3 Hipóteses da “diversidade de recursos e distúrbios intermediários”............................................................................. ...........27 1.3.2 Relação entre diversidade vegetal e densidade de herbívoros.............28 1.3.3 Efeito da diversidade vegetal sobre espécies de tripes.......................................................................................................31 1.3.4 Diversidade vegetal e sua relação com hábito alimentar de insetos, e sistemas anuais e perenes....................................................................35 1.4 A atuação de sirfídeos como predadores................................................37
  • 14. 14 2. MATERIAL E MÉTODOS...........................................................................40 2.1 Experimento 1. Densidade Populacional de T.tabaci , e infestação por P. destructor, em cebola sob diferentes fontes de adubação orgânica.................................................................. ..........40 2.2 Experimento 2. Densidade Populacional de T. tabaci, e infestação por P. destructor, em cebola sob diferentes fontes minerais de adubação................................................................ ..........47 2.3 Experimento 3. Densidade Populacional de T. tabaci, e sirfídeos predadores em cebola em monocultivo e associada com outras espécies vegetais..................................................50 2.4. Variáveis climáticas e correlação com a incidência de T. tabaci, P. destructor, e sirfídeos................................................................................53 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................54 3.1 Experimento 1. Densidade populacional de T. tabaci, e infestação por P. destructor, em cebola sob diferentes fontes de adubação orgânica.................................................................. ..........54 3.2 Experimento 2. Densidade populacional de T. tabaci, e infestação por P. destructor, em cebola sob diferentes fontes minerais de adubação................................................................ ..........73 3.3 CONCLUSÕES dos EXPERIMENTOS 1 e 2...........................................80 3.4 Experimento 3. Densidade Populacional de Thrips tabaci, e sirfídeos predadores em cebola em monocultivo e associada com outras espécies vegetais..................................................94 3.5 CONCLUSÕES DO EXPERIMENTO 3...................................................97
  • 15. 15 3.6 Correlação entre variáveis climáticas e incidência de T. tabaci, P. destructor, e de predadores Toxomerus spp. ........................................104 3.6.1 Conclusões sobre a relação entre variáveis climáticas e incidência de T. tabaci, P. destructor, e de predadores Toxomerus spp. ........................105 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................108
  • 16. 16 RESUMO O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre adubações minerais e orgânicas sobre a incidência de Thrips tabaci Lindeman 1888 (Thysanoptera: Thripidae) e Peronospora destructor Berk. Casp. (Peronosporales: Peronosporaceae), em cebola, Allium cepa L. (Alliaceae) e o efeito da diversidade vegetal na cultura sobre as densidades populacionais de T. tabaci e sirfídeos predadores. O trabalho constituiu-se de três experimentos montados na Estação Experimental de Ituporanga da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). entre agosto e dezembro de 1998. Os tratamentos do experimento com adubação orgânica foram determinados de acordo com a necessidade de N para a cultura pela análise de solo. Os tratamentos foram diferentes fontes de adubo orgânico fornecendo 75 Kg/ha de N (estercos de suíno; adubo Barriga Verde , proveniente de esterco de aves; composto orgânico; esterco de peru; húmus); 37,5 Kg/ha de N (metade da dose normal com esterco de suíno); testemunhas com adubação mineral fornecendo dose normal de NPK (30-120-60 kg/ha de N-P2O5-K2O) e dobro da dose (60-240120 kg/ha de N-P2O5-K2O) e testemunha sem adubação. Os níveis dos tratamentos no experimento com adubação mineral foram determinados respectivamente por 1 e 3 vezes a recomendação da análise de solo: 30-120-60 kg/ha de N-P2O5-K2O; 90-360-180 kg/ha de N-P2O5-K2O; 75,0 Kg/ha de N; 225,0 Kg/ha de N; 80,0 Kg/ha de P2O5 ; 240,0 Kg/ha de P2O5; 60,0 Kg/ha de K20; 180,0 Kg/ha de K20; as testemunhas com adubação orgânica foram esterco de suíno + fosfato natural em três tratamentos (75,0 Kg/ha de N + 80,0 Kg/ha de P2O5 ; 225,0 Kg/ha de N + 240,0 Kg/ha de P2O5; 37,5 Kg/ha de N + 40,0 Kg/ha de P2O5) e
  • 17. 17 testemunha sem adubação. Os tratamentos do experimento sobre diversidade vegetal foram: cebola em monocultivo; cebola + trigo mourisco (Fagopyrum esculentum Moench) (Poligonaceae); cebola + nabo forrageiro (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg.) (Brassicacae); cebola + cenoura (Daucus carota L.) (Umbeliferae), cv. Nantes e cv. Brasília; cebola + milho (Zea mays L.) (Poaceae); 6) Cebola + rúcula (Eruca sativa) (Brassicaceae) + vegetação espontânea. Nenhuma das fontes de adubação apresentou incidência de T. tabaci e P. destructor superior à testemunha sem adubo. A adubação mineral em relação à orgânica não favoreceu significativamente a incidência de T. tabaci e P. destructor . A incidência de T. tabaci, diferiu entre tratamentos apenas em solo com histórico de manejo convencional, independente da fonte de adubação utilizada (mineral ou orgânica), enquanto que no orgânico não houve diferença entre tratamentos. A correlação entre nutrientes, T. tabaci e P. destructor, na maioria das avaliações não foi linear. Nos períodos de maior incidência de T. tabaci a relação com nutrientes foi mais alta para K/Zn (positiva) e Ca/Fe (positiva) e para P. destructor para Mg (positiva) e Mg/B (negativa), respectivamente para experimentos com fontes orgânicas e minerais. A relação entre nutrientes inseto e patógeno foi variável entre datas de amostragem e foi distinta para fontes minerais e orgânicas. A adubação orgânica em dose normal atingiu níveis de produtividade similares à mineral. A associação de cebola com diferentes espécies vegetais não provocou diferenças significativas na incidência de T. tabaci e sirfídeos predadores. A correlação entre sirfídeos predadores e incidência de T. tabaci não foi significativa. A produtividade comercial e peso de bulbos de cebola foi similar em sistema de monocultivo e diversificado, o que sugere ser possível adotar tais sistemas sem perdas significativas em rendimento.
  • 18. 18 IMPACT OF MINERAL AND ORGANIC FERTILIZATION ON THE INCIDENCE OF ONION THRIPS, Thrips Tabaci LIND., AND DOWNY MILDEW, Peronospora destructor Berk. Casp., AND THE CROP VEGETAL DIVERSITY ON THE T. tabaci AND PREDATOR SYRPHIDS POPULATIONS ABSTRACT The purpose of this work was to analyze the relationship between mineral and organic fertilization on the
  • 19. 19 incidence Thripidae), of Thrips and tabaci Lindeman Peronospora 1888 destructor (Thysanoptera: Berk. Casp. (Peronosporales: Peronosporaceae), in onion, Allium cepa L., and the effect of the crop vegetal diversity on population densities of T. tabaci and predator syrphids. The work consisted of three experiments evaluated at Ituporanga Experiment Station, EPAGRI, Santa Catarina State, Brazil, from August to December 1998. The organic fertilization treatments were based on the N needs determined by previous soil analysis. The treatments were different organic sources: 75,0 Kg/ha of N (swine manure; Barriga Verde  poultry manure; compost; turkey manure; humus); 37,5 Kg/ha of N (swine manure half regular rate); control plants receiving regular mineral NPK (30-120-60 Kg/ha of N-P2O5-K2O) and double rate of NPK (60-240-120 Kg/ha of N-P2O5-K2O); and unfertilized control. In mineral fertilization experiment, the mineral levels were 1 and 3 times the rates recommended by the soil analysis: 30-120-60 Kg/ha of N-P2O5-K2O ; 90-360-180 Kg/ha of N-P2O5-K2O; 75,0 Kg/ha of N; 225,0 Kg/ha of N; 80,0 Kg/ha of P2O5; 240,0 Kg/ha of P2O5; 60,0 Kg/ha of K20; 180,0 Kg/ha of K20. Control plants being applied organic fertilization received swine manure + phosphate rock in three treatments (75,0 Kg/ha of N + 80,0 Kg/ha of P 2O5; 225,0 Kg/ha of N + 240,0 Kg/ha of P2O5; 37,5 Kg/ha of N + 40,0 Kg/ha of P 2O5) and unfertilized check. The treatments in the experiment about vegetal
  • 20. 20 diversity consisted of: onion monoculture; onion intercropped with buck wheat (Fagopyrum esculentum Moench) (Poligonaceae); onion intercropped with fodder radish (Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg.) (Brassicaceae); onion intercropped with carrot (Daucus carota L.) (Umbeliferae) cv. Nantes and cv. Brasília; onion intercropped with corn (Zea mays L.) (Poaceae); onion intercropped with Eruca sativa (Brassicaceae) and weed. The onion thrips and downy mildew incidence were similar between treatments with fertilizer and no-fertilizer control. The mineral fertilization did not increase significantly onion thrips and downy mildew incidence compared to the organic treatment. T. tabaci incidence differed among treatments only in conventionally managed soil, regardless of the fertilization source used (either organic or mineral), whereas in the organically managed soil thrips population density was similar. The correlation between nutrients T. tabaci and P. destructor was not linear. During severe infestation period, the nutrient relation and the T. tabaci incidence, was higher for K/Zn (negative) and Ca/Fe (positive); and for P. destructor was higher for Mg (positive) and Mg/B (negative) (respectively for mineral and organic fertilization). The nutrient relation between insect and pathogen varied according to sampling date and differed for mineral and organic sources. The regular rates of organic fertilization reached similar yield levels as the mineral treatment. The T. tabaci and predators syrphids populations
  • 21. 21 density were similar in onion monoculture and policulture. The correlation between T. tabaci and predators syrphids incidence was not significant. The commercial yield and onion bulb weight were similar in both the monoculture and the intercropped systems, thus suggesting the possibility of adopting policulture without yield losses. relevant
  • 22. 22 1. INTRODUÇÃO A monocultura da cebola, Allium cepa L. (Alliaceae), é uma das principais atividades de exploração agrícola de Santa Catarina, concentrada principalmente na região do Alto Vale do Itajaí. O estado de Santa Catarina é um dos principais produtores de cebola do país em volume de produção e área plantada (BOEING, 1999a; 1999b). O manejo da cultura da cebola tem-se caracterizado pelo tradicional pacote preconizado pela “Revolução Verde” (vide item 1.1): uso de fertilizantes químicos, aplicação de agrotóxicos, mecanização intensiva. O manejo fitossánitario da cultura na fase de lavoura tem-se caracterizado principalmente pela aplicação de agrotóxicos para controle de míldio, Peronospora destructor (Berk.) Casp. (Peronosporales: Peronosporaceae), e de tripes, Thrips tabaci Lindeman 1888 (Thysanoptera: Thripidae). GONÇALVES (1996a) observou que a aplicação de inseticidas para controle de tripes com organofosforados e piretróides tem sido relativamente exagerada em dose e número de aplicações com prejuízos a saúde do agricultor e do ambiente. T. tabaci mede aproximadamente 1 mm de comprimento, tem coloração esbranquiçada a verde amarelada na fase de ninfa e amarelo claro a marron, quando adulto (GALLO et al., 1988). Os insetos alojam-se na região da bainha, e em folhas
  • 23. 23 mais novas das plantas de cebola. A fase de ninfa tem duração de 5 a 10 dias de acordo com a temperatura, o período de pupa de 24 horas, e a longevidade de fêmeas de 20 dias (GALLO et al., 1988). SALAS (1994) compilou em vários trabalhos os seguintes dados de ciclo de vida para T. tabaci variáveis com temperatura e umidade relativa: período de ovo (4 a 4,8 dias); primeira fase ninfal (2,09 a 5,9 dias) e segunda (2,04 a 2,4 dias); pré-pupa (1,0 a 1,4 dias); pupa (2,0 a 2,4 dias); ovo a adulto (11,2 a 13,9 dias); pré-oviposição (2,7 a 3,0 dias); oviposição (19,5 a 50 dias); número de ovos/fêmea (37,0 a 80 ovos); longevidade (19,9 a 21,52 dias). Em infestações severas de T. tabaci a planta de cebola danificada apresenta-se de coloração prateada a esbranquiçada, com retorcimento, amarelecimento e secamento de folhas, do ápice para base (VANNETTI, 1960; MENEZES SOBRINHO, 1978; GALLO et al., 1988). Como conseqüência do dano as plantas não tombam por ocasião da maturação fisiológica (“estalo”), e tornam-se predispostas a entrada de água da chuva até o bulbo, com futuras perdas por apodrecimento (LORINI & DEZORDI, 1990) . O tamanho e peso de bulbos são reduzidos em condições de severas infestações. A ocorrência de altas densidades populacionais de T. tabaci sobre cebola para Ituporanga, SC, inicia-se a partir de meados de outubro, com pico populacional entre final de outubro a segunda quinzena de novembro, variável de acordo com a época de
  • 24. 24 transplante da cultivar (entre julho a setembro) (GONÇALVES, 1997a). O nível de dano econômico para condições brasileiras varia de 15-25 tripes/planta (DOMICIANO; OTA; TEDARDI, 1993), 15 ninfas antes e 30 após a formação do bulbo (GONÇALVES, 1997b), 6 tripes/folha (DÓRIA et al., 1998). Em literatura estrangeira, SUMAN & WAHI (1981) sugeriram uma escala com classificação de diferentes níveis de infestação (leve, ≤ 5 tripes/planta; moderada, 10 a 15 tripes/planta; severa ≥ 20 tripes/planta); SHELTON et al. (1987) adotaram o nível de 3 tripes por folha; FOURNIER; BOIVIN; STEWART (1995) estimaram 2,2 e 0,9 tripes/folha, sendo este último para condições de déficit hídrico. A variabilidade dos dados referente a nível de dano econômico de T. tabaci em cebola, devese a vários fatores, que condicionam a capacidade da planta tolerar o dano do inseto, tais como: genótipo utilizado, condições climáticas e de solo, manejo adotado na condução da cultura. A redução da produtividade causada por T. tabaci em cebola pode ser além de 50% em sistema de agricultura convencional (SAINI; DAHIYA; VERMA, 1989). Porém, em recentes trabalhos, tem-se observado que em solos sob plantio direto e altos níveis de matéria orgânica minimiza-se as perdas em produtividade independentemente do controle químico do inseto (GONÇALVES, 1998). O míldio causado pelo fungo P. destructor ocorre sobre várias espécies do gênero Allium, porém apresenta importância
  • 25. 25 como patógeno para produção de cebola no sul do país (GALLI et al., 1980). A incidência de P. destructor é uma das principais causas de perda de área foliar da cultura da cebola, na região do Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina. Os sintomas de ataque caracterizam-se pela esporulação de cor acinzentada sobre tecido vivo das folhas, que depois amarelece e seca (EPAGRI, 2000). As condições climáticas para o desenvolvimento do fungo são dias nublados com baixas temperaturas (inferior a 22C) e alta umidade relativa (acima de 90%) (EPAGRI, 2000; GALLI et al., 1980). O fungo sobrevive de uma safra de cebola para outra em restos de cultura deixados a campo, ou em cebolinha de tempero, A. schoenoprasum L., e é disseminado pelo ar e água (EPAGRI, 2000; GALLI et al., 1980). As variedades de cebola cultivadas em Santa Catarina não apresentam resistência a incidência de P. destructor, consequentemente o controle com fungicidas tem sido utilizado pelos agricultores (EPAGRI, 2000). A EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) vem desenvolvendo trabalhos na área de agroecologia desde 1993, com maior intensidade a partir de 1995 com formalização de convênio com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e parceria com agricultores da região. Com relação a área fitossanitária desenvolveram-se duas dissertações de mestrado, que avaliaram sobre a cultura da cebola
  • 26. 26 a influência de diferentes espécies vegetais em bordadura sobre a densidade populacional de T. tabaci e sirfídeos predadores (DRIUTTI, 1998), e de sistemas de manejo de solo e adubação sobre incidência de pragas e doenças (McGUIRE, 1999). O presente trabalho foi desenvolvido simultaneamente com as dissertações anteriormente citadas e tem o intuito de colaborar na geração de informações para viabilizar práticas de agricultura sustentável para Santa Catarina. Os principais objetivos foram: avaliar o efeito das adubações química, orgânica e sua influência na ocorrência dos principais problemas fitossanitários da cultura da cebola na fase de lavoura, míldio, P destructor , e tripes, T. tabaci ; avaliar o efeito de diferentes espécies vegetais em associação com a cultura da cebola na ocorrência de T. tabaci, e sirfídeos predadores; avaliar o impacto dos diferentes tratamentos sobre a produtividade da cultura da cebola. 1.1 Impacto da agricutura convencional nos agroecossistemas Os agroecossistemas podem ser definidos de acordo com CONWAY (1987) como “sistemas modificados pelo homem para produção de alimento, fibra, e outros produtos agrícolas”. Embora o autor reconheça a complexidade dos agroecossistemas,
  • 27. 27 pois envolvem interações de processos ecológicos, sociais, econômicos e culturais. A agricultura nos últimos 50 anos tem sido direcionada para a especialização e a simplificação do agroecossistema, com redução do número de espécies vegetais e animais a ser explorada (ALTIERI, 1998; VANDERMEER et al.1998; ALTIERI 1999). extremamente Os agroecossistemas simplificados devido as tornaram-se práticas sistemas agronômicas adotadas, pois geralmente trabalha-se com uma espécie vegetal exótica (monocultura) oriunda de cruzamentos de plantas susceptíveis às pragas e doenças, mantida sob o aporte artificial de nutrientes, com o uso de agrotóxicos e mecanização intensiva do solo (GLIESSMAN, 1990; ALTIERI, 1991; PASCHOAL, 1994; ARAÚJO, 1996b; ALTIERI & NICHOLLS, 1997; MATSON et al., 1997; ALTIERI, 1998; ALTIERI & NICHOLLS, 1999 a,b). Ainda deve-se considerar que são sistemas abertos onde há considerável perda de energia, necessitando de constantes interferências humanas (adubos químicos, agrotóxicos) para se manter produtivo (CONWAY, 1987; GLIESSMAN, 1990; ALTIERI, 1991; PASCHOAL, 1994; ALTIERI, 1998). O impacto sobre a biodiversidade do agroecossistema pela intensificação de práticas agronômicas resulta em perdas de importantes “serviços” ecológicos: decomposição, ciclagem de nutrientes, predação, parasitismo (ALTIERI, 1999; ALTIERI & NICHOLLS, 1999a). Como consequência as plantas
  • 28. 28 desenvolvem-se em agroecossistemas com solos desequilibrados em nutrientes e com ausência de inimigos naturais tornando-as mais predispostas às pragas e doenças (PRIMAVESI, 1988; MATSON et al. 1997; ALTIERI & NICHOLLS, 1999b) (FIGURA 1). Os danos causados ao ambiente pela expansão agrícola acentuou-se sobretudo no início dos anos 60 e persiste até hoje após o fenômeno denominado “Revolução Verde”, que caracteriza-se pelo uso de variedades altamente produtivas, fertilizantes químicos, agrotóxicos, irrigação e mecanização intensiva (PASCHOAL, tecnológico 1994; promova EHLERS, no 1996). Embora agroecossistema altos este pacote níveis de produtividade, não tem sido capaz de mantê-la (“sustentabilidade”) e promover benefícios sociais (“equitabilidade”) (CONWAY, 1987). Os efeitos negativos da “Revolução Verde” são vários: aumento da erosão de solos; redução da biodiversidade; poluição do solo e da água; eutrofização de rios e lagos; alterações na atmosfera e clima.; resíduos de agrotóxicos nos alimentos; contaminação de agricultores; endividamento agrícola (CONWAY, 1987; PASCHOAL, 1994; MATSON et al. 1997; NICHOLLS & ALTIERI, 1997; EHLERS, 1996; ALTIERI, 1998). Portanto, a agricultura da maneira como tem sido praticada tornou-se insustentável ambientais, econômicos e sociais. sob vários aspectos:
  • 29. 29 Manejo convencional do agroecosssistema monocultura mecanização intensiva do solo solo no limpo práticas culturais adubação química agrotóxicos Redução da biodiversidade: biota de solo e inimigos naturais Aumento da incidência de doenças e pragas FIGURA 1. Os efeitos do manejo convencional de agroecossistemas sobre a biodiversidade funcional (biota de solo e inimigos naturais) e predisposição a doenças e pragas (modificado de ALTIERI , 1999). Em virtude do impacto no ambiente causado pela agricultura convencional emerge a disciplina agroecologia que procura resgatar conhecimentos ecológicos para manejo sustentável de agrecossistemas (GLIESSMAN, 1990). ALTIERI & NICHOLLS (1999b) definem a agroecologia como “a disciplina científica que fornece os princípios ecológicos básicos de como estudar, desenhar e manejar agroecossistemas que sejam produtivos e conservem os recursos naturais, e também culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis”. O principal enfoque é
  • 30. 30 desenvolver agroecossistemas com dependência mínima de agroquímicos e insumos energéticos, para fomentar “interações” e “sinergismos” do componente biológico com intuito de obter um sistema não apenas produtivo, mas também sustentável em termos ambientais, sociais, econômicos e culturais (ALTIERI, 1994). Portanto, como ressalta GLIESSMAN (1990) a interdisciplinaridade é fundamental neste processo. 1.2 Nutrientes em plantas e sua relação com a ocorrência de insetos e patógenos A fertilização de plantas em agroecossistemas através da adubação química ou orgânica tem sido discutida como prática no manejo de pragas e doenças (PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD, 1993; BORTOLLI & MAIA, 1994; PRIMAVESI, 1988). As práticas agrícolas que restabelecem a diversidade e densidade da biota do solo têm sido discutidas por alguns autores para favorecer a ciclagem de nutrientes e tornar as plantas mais “saudáveis” (equilibradas nutricionalmente), tais como: redução da mecanização do solo (plantio direto ou cultivo mínimo); uso de adubos verdes; plantas de cobertura; estercos; compostos (COOK, 1986; PRIMAVESI, 1988; ALTIERI, 1991; MONEGAT, 1991; PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD, 1993; ALTIERI, 1994; MATSON et al. 1997;
  • 31. 31 YEPSEN JR. 1977; VANDERMEER, 1995; PINTO & CRESTANA, 1998; ALTIERI & NICHOLLS, 1999b). COOK (1986) ressaltou que “a saúde da planta deve-se iniciar com a saúde da raiz” e o excesso de fertilizantes e água podem acelerar o processo de desenvolvimento de doenças e invasoras. 1.2.1 Relação de nitrogênio (N) com a incidência de insetos e patógenos de plantas A maioria dos trabalhos relativos a interação entre nutrientes e incidência de insetos fitófagos apontam o nitrogênio (N) como causador de surtos populacionais (YEPSEN JR. 1977; PRIMAVESI, 1988; PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD, 1993; BORTOLLI & MAIA, 1994). O nitrogênio via adubação estimula produções de biomassa, proteína total e atividade fotossintética das plantas (MATTSON, 1980). O mesmo autor ressalta que a fertilização parece ter maior efeito sobre os níveis de compostos nitrogenados solúveis, e também pode reduzir o teor de compostos fenólicos (redutores de digestibilidade) e a lignificação das plantas. Fatores ambientais adversos às plantas (estresse hídrico associado a temperatura, acidez, umidade, nutrientes do solo, salinidade), ataque por fitopatógenos (vírus, bactérias, nematóides, fungos), danos físicos (quebra de galhos ou folhas por ventos, geadas),
  • 32. 32 também podem provocar a hidrólise de proteínas e aumentar os níveis de aminoácidos solúveis (MATTSON, 1980; KYTÖ; NIEMELÄ; LARSSON, 1996) predispondo-as ao ataque de insetos (WHITE, 1984). FENNAH (1963) observou que Selenothrips rubrocinctus Giard (Thysanoptera: Thripidae), tem preferência alimentar por plantas de cajueiro, Anacardium occidentale L. (Anacardiaceae), sob estresse hídrico e folhas jovens com maior teor de  aminoácidos. Segundo PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD (1993), ARAÚJO (1996a) não necessariamente as plantas estressadas (por ex., sob verões quentes e secos; deficientes em nutrientes) são as mais preferidas por insetos, há casos em que plantas vigorosas (taxa de crescimento superior ao normal para população) também podem ser preferidas para alimentação. Portanto, uma hipótese não exclui a outra, certos herbívoros podem preferir plantas vigorosas ou estressadas. Segundo a “teoria da trofobiose” adubos minerais (principalmente os agrotóxicos e nitrogenados) promovem o desequilíbrio no metabolismo das plantas por favorecerem a quebra de proteínas (“proteólise”) com liberação de aminoácidos solúveis, substâncias facilmente assimiláveis por insetos e microorganismos, com consequentes surtos populacionais de doenças e pragas. Caso ocorresse o processo (“proteossíntese”), a ao planta contrário, estaria síntese sadia, de pois proteínas insetos e
  • 33. 33 microorganismos não assimilam substâncias complexas (CHABOUSSOU, 1987). Os agricultores que se dedicam a agroecologia no Brasil têm utilizado os conhecimentos da Trofobiose para promover, na prática, a suspensão do uso de adubos minerais e quaisquer agrotóxicos. O adubo mineral têm sido substituído por composto, húmus, adubação verde, estercos, biofertilizantes; e os agrotóxicos, por calda bordalesa, sulfocálcica, extratos vegetais, e Bacillus thuringiensis. Os adubos amoniacais (tais como uréia, sulfato de amônio) comparados aos nítricos (nitrato de cálcio, nitrato de sódio) geralmente têm maior propensão a favorecer o desequilíbrio nutricional das plantas através do acúmulo de nitrogênio solúvel, facilmente assimilado por insetos e fitopatógenos (CHABOUSSOU, 1987; PRIMAVESI, 1988; BORTOLLI & MAIA, 1994). Porém, pode ocorrer o contrário ou o efeito entre fontes nitrogenadas ser não significativo como observado em insetos por VOS & FRINKING (1997) e fungos por GLADSTONE & MOORMAN (1989); SCHENK & BETTIN (1990). A relação equilibrada nitrato/amônia também tem importância na aceitação da planta pelo inseto como constatado por FERNANDES & BORTOLLI (1998); FERNANDES; BORTOLLI; BERLLINGIERI (1998). A fertilização de plantas com altos teores de N acelera, em lepidópteros, o desenvolvimento larval (TAYLOR, 1984;
  • 34. 34 MANUWOTO & SCRIBER, 1985; KAROWE & MARTIN 1989; MASON et al. 1992) e a infestação (LÓPEZ; FERNANDEZ; LÓPEZ, 1982), bem como a fecundidade e densidade populacional de ácaros (HODA, et al. 1986). A severidade de bacterioses também é incrementada por altos níveis de N (BRUGGEN et al. 1990; CANADAY & WYATT, 1992), bem como viroses (OGBE; OHIRI; NNODU, 1993), e doenças fúngicas (BROSCIOUS; FRANK; FREDERICK, 1985; DITSCH & GROVE, 1991; DAANE et al., 1995; VOS & FRINKING, 1997). Porém, há relatos em que o nitrogênio pode inibir a ocorrência e desenvolvimento de insetos fitófagos (BORTOLLI & MAIA, 1994; SALAS; CORCUERA; ARGANDONA, 1990; RUTZ et al., 1990) e fungos (TAYLOR et al. 1983; TEICH & NELSON, 1984; MOORMAN, 1986; ELMER & LAMONDIA, 1999). A inexistência de correlação também pode ocorrer para insetos (POWER, 1989; McCULLOUGH & KULMAN 1991; BLUA & TOSCANO 1994); fungos (HERRMAN & WIESE, 1985; PUMPHREY et al., 1987; HONEYCUTT; CLAPHAM; LEACH, 1996) e nematóides (BURBANO et al., 1990). O efeito “indutor de resistência” também tem sido observado para N, embora não afete diretamente o desenvolvimento do inseto pode promover incrementos de rendimento nas plantas (CLAVIJO, 1984; RIEDELL, 1990). Portanto, generalizar o efeito do N como causador de desequilíbrio nutricional de plantas e predispor à incidência de pragas e doenças de plantas
  • 35. 35 pode não ser verdadeiro (WHITE, 1984; BARRETO & CASTELLANI, 1994; BORTOLLI & MAIA, 1994). Alguns autores observaram que há um nível intermediário de N para condicionar a infestação máxima de herbívoros (BAULE ,1976; citado por MATTSON, 1980; POPP; KULMAN; WHITE, 1986; BREWER.; O’NEILL; DESHON JR., 1987; HEIDORN & JOERN, 1987; BETHKE; REDAK; SCHUCH, 1998; JOERN & BEHMER, 1998) e fungo (SCHENK & BETTIN, 1990). WHITE (1984) também concordou com a idéia de um nível ótimo de N, associado à forma de aplicação do fertilizante, dose, época, e interação com fatores ambientais. Porém, há casos em que níveis extremos (alto ou baixo) de adubação nitrogenada favorecem o desenvolvimento de insetos (PFEIFFER & BURTS, 1983). O hábito alimentar de insetos pode influenciar a resposta de herbívoros a N. STRAUSS (1987) e LIGHTFOOT & WHITFORD (1987) observaram que insetos sugadores tiveram maior tendência a se alimentar em plantas fertilizadas com nitrato de amônia, que mastigadores. A maior mobilidade dos sugadores comparada aos mastigadores foi apontada como fator que facilitava a localização de alimento com maior teor de N (LIGHTFOOT & WHITFORD, 1987). KYTÖ; NIEMELÄ; LARSSON (1996) observaram que os resultados positivos de N sobre sugadores, geralmente foram constatados em nível de população a campo,
  • 36. 36 porque a predação e o parasitismo é dificultada devido ao mutualismo com formigas, enquanto os mastigadores estariam mais expostos aos inimigos naturais. Ainda, segundo estes autores, os sugadores por alimentarem-se diretamente da seiva seriam menos vulneráveis às defesas químicas e enrijecimento dos tecidos das plantas. ORIANS & FRITZ (1996) não recomendaram a associação de guilda quanto a hábito alimentar com a resposta de artrópodos a adubação. Pois, estes autores constataram diferentes resultados sobre a abundância de herbívoros da mesma guilda com adubação NPK 20-20-20 em salgueiro, Salix sericea Marshall (Salicaceae). 1.2.2 Relação de demais nutrientes com insetos e patógenos de plantas O responsável potássio (K) geralmente é apontado como por aumentar a resistência das plantas a insetos (BORTOLLI & MAIA, 1994); ácaros (AJUDARTE; LUZ; CALAFIORI 1997); fungos (BURBANO et al., 1990), e o fósforo por vezes é citado como neutro (BORTOLLI & MAIA, 1994; MARZO et al., 1997). Porém, como ocorre com o nitrogênio há polêmica a respeito. Deve ser considerado a dose de adubo usada e a fonte (mineral ou orgânica) para possíveis generalizações. O efeito positivo de K sobre fungos foi constatado por GUPTA & SINGH (1995), de P para
  • 37. 37 insetos foi observado por POPP et al. (1989) e fungos por GLADSTONE & MOORMAN (1989); VOS & FRINKING (1997). O efeito inibidor de P sobre fungos foi constatado por TAYLOR et al. (1983), TEICH & NELSON (1984). O efeito não significativo das adubações fosfatada e potássica sobre a severidade de viroses foi constatado por OGBE; OHIRI; NNODU, 1993. A informação sobre a incidência de artrópodos e patógenos de plantas relacionadas a micronutrientes é relativamente escassa. Segundo CHABOUSSOU (1987) “ainda temos muito que aprender sobre o papel dos diversos oligoelementos na fisiologia e, portanto, na resistência da planta a seus diversos agressores”. Este autor observou a importância dos micronutrientes na ativação de enzimas, principalmente na síntese de proteínas, fundamental para aumentar a resistência da planta a “moléstias”. Segundo GUPTA & SINGH (1995), os micronutrientes B (em destaque) seguido por Zn e Fe, provocaram redução na incidência primária de míldio, Sclerospora graminicola (Sacc.) Schrot. (Peronosporales: Peronosporaceae), em Pennisetum glaucum (L.) R. Br. (Poaceae). 1.2.3 As relações entre nutrientes com a incidência de insetos e patógenos de plantas
  • 38. 38 O balanço entre nutrientes e a relação inseto-planta geralmente é não linear (CLANCY, 1992; PHELAN; NORRIS; MASON, 1996), e desempenha papel importante na ativação de enzimas que participam nos processos metabólicos relacionados a herbivoria (síntese de carboidratos, vitaminas, ácidos graxos, e compostos de defesa na folhagem) (CLANCY, 1992). O efeito desequilibrador do N em relação aos outros nutrientes, principalmente com K, é o caso mais relatado. O excesso de N em relação a K geralmente tem sido citado por favorecer desenvolvimento de fungos (STACK; HORST; LANGHANS, 1986) e insetos (SAMPAIO; AZEREDO; CASSINO 1998; SAMPAIO; CASSINO; PINTO, 1998). Portanto, sugere-se haver um efeito do K como indutor de resistência de plantas, neutralizando o efeito positivo de N sobre pragas e doenças. Porém, este efeito não é possível generalizar, pois há casos em que o K condiciona nível de infestação superior para insetos (PINTO et al., 1998), ou não significativo (SILVA et al., 1998). A associação de macronutrientes N, P e K via adubação pode induzir resistência a insetos (SHAW; WILSON; RHYKERD, 1986) e patógenos (REUVENI et al., 1993); porém, o incremento de herbívoros pode ocorrer (ANDRADE et al., 1998) ou o efeito ser não significativo (McHUGH JR. & FOSTER, 1995).
  • 39. 39 1.2.4 Influência da fertilização no desenvolvimento de míldio, Peronospora destructor, e espécies de tripes A fertilização nitrogenada aumentou o nível foliar de proteína solúvel e favoreceu a incidência de Frankliniella occidentalis (Pergande) (Thysanopera : Thripidae) em crisântemo, Dendranthema X grandiflorum Ramat. (SCHUCH; REDAK; BETHKE, 1998), porém pode ter efeito não significativo como observado por VOS & FRINKING (1997) em pimenta (Capsicum spp.) para Thrips parvispinus Karny (Thysanoptera: Thripidae). O P apresentou efeito positivo na severidade de ataque de T. parvispinus em folhas e frutos de pimenta (VOS & FRINKING, 1997). A severidade de míldio, P. destructor, em cebola, A. cepa, para produção de sementes foi correlacionada com incremento de nível de P e principalmente de N (DEVELASH & SUGHA, 1997). Enquanto que, o aumento dos níveis de K retardou o desenvolvimento da doença.
  • 40. 40 1.2.5 Fertilizações mineral e orgânica e suas relações com infestação de insetos e patógenos de plantas Os trabalhos que comparam a fertilização artificial em agroecossistemas geralmente atribuem maior ocorrência de insetos fitófagos e patógenos de plantas ao adubo mineral comparado ao orgânico (PEREIRA et al., 1987; ROSSETO; FLORCOVSKI; CALAFIORI, 1997; DEVÓLIO; PEREIRA; CALAFIORI, 1998; COELHO et al., 1998). Os solos sob manejo orgânico geralmente são apontados como fator fundamental na obtenção de plantas saudáveis (PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD, 1993; PHELAN, 1997). O solos com histórico de manejo convencional têm uma tendência de favorecer a ocorrência de pragas, mesmo se forem adubados temporariamente com fontes orgânicas (PHELAN; MASON; STINNER, 1995; PHELAN, 1997). O efeito da adubação orgânica como indutor de resistência a patógenos tem sido relatado por alguns autores principalmente sob a forma de compostos (MELLONI; DUARTE; CARDOSO, 1995; RAVIV et al., 1998). A rápida solubilização e alta concentração de nutrientes dos adubos minerais têm sido utilizada como argumento para explicar a predisposição à ocorrência de problemas fitossanitários
  • 41. 41 (PATRIQUIN; BAINES; ABBOUD, 1993). A diminuição de metabólitos secundários que conferem resistência contra os herbívoros também pode ser influenciada pela fertilização mineral, principalmente nitrogenada (BRYANT et al. 1987; PAHLSSON, 1992; ESTIARTE et al., 1994; HUNTER & SCHULTZ, 1995; RUOHOMÄKI et al.,1996). O incremento de compostos de defesas a insetos pode ocorrer com adubação com N (McCULLOUCGH & KULMAN, 1991), porém caso haja aumento de aminoácidos solúveis a herbivoria é favorecida (BJÖRKMAN; LARSSON; GREF, 1991). A generalização do conceito de que a adubação orgânica favorece a menor densidade populacional de pragas em relação a mineral pode não ser verdadeira, pois o efeito de ambas pode ser similar (BASTOS et al., 1998). 1.3 Diversidade vegetal : efeito sobre insetos fitófagos e inimigos naturais A diversidade vegetal em agroecossistemas é sugerida por vários autores para gerar estabilidade na dinâmica populacional de insetos fitófagos (PERRIN, 1977; YEPSEN JR. 1977; ANDOW, 1983; LETOURNEAU, 1990; ALTIERI, 1991; ANDOW, 1991; HOKKANEN, 1991; THEUNISSEN, 1994; ALTIERI & NICHOLLS, 1997, 1999a,b). A monocultura é considerada uma das principais causas da quebra de estabilidade de agroecossistemas e
  • 42. 42 predisposição à ocorrência de pragas (ALTIERI, 1994, 1998). Porém, o potencial da diversidade de cultivos para manejo de pragas e doenças tem sido pouco explorado (PERRIN, 1977; ANDOW, 1983; MATSON et al., 1997). Embora recentemente, em virtude do reconhecimento da importância da diversidade vegetal na sustentabilidade dos agroecossistemas, o volume de pesquisa tem aumentado, através da associação de cultivos agrícolas, agroflorestais e manejo de plantas de coberturas em pomares (ALTIERI & NICHOLLS, 1997, 1999a,b). No Brasil o termo “consórcio” tem sido comumente empregado para designar a associação de plantas em agroecossistemas. O termo “policultivo” (“policulture”) é mais utilizado em literatura estrangeira, que é definido por ANDOW (1991) como a associação de diferentes espécies de plantas com máxima sobreposição ao longo do tempo. O mesmo autor considera monocultivo como o plantio de apenas uma espécie vegetal em solo nú, popularmente chamado no Brasil de plantio “solteiro”. Segundo ANDOW (1991) ao revisar a relação entre artrópodos e diversidade vegetal, comparando monocultivo e policultivo em 209 trabalhos com 287 espécies de herbívoros, observou que: 51,9% das espécies apresentaram menor densidade populacional em policultivo, e apenas 15,3% tinham maiores neste sistema, enquanto que 20,2% apresentaram resposta variável e
  • 43. 43 12,5% não houve diferença. A convivência de diferentes espécies vegetais na mesma área, em faixas ou bordaduras é o esquema mais comum utilizado nestes trabalhos, que envolvem além de espécies cultivadas em associação com plantas de cobertura, vegetação espontânea (daninhas ou invasoras), influência de matas ou florestas no entorno da área cultivada, sucessão e rotação de culturas em diferentes épocas de plantio. ALTIERI; GLASER; SCHMIDT (1990) e ALTIERI (1994) agrupam os trabalhos que estudam a relação da diversidade vegetal e ecologia de insetos em quatro categorias: 1) análise de mecanismos ecológicos que atuam sobre a dinâmica de população de herbívoros e inimigos naturais; 2) efeitos do consórcio de culturas sobre a abundância de insetos; 3) interação entre plantas invasoras (“daninhas”) e populações de insetos de plantas cultivadas; 4) dinâmica de pragas específicas em culturas perenes e relação com a riqueza floral de plantas adjacentes.
  • 44. 44 1.3.1 Hipóteses sobre a diminuição da herbivoria por insetos em ambientes diversificados As principais hipóteses que tem sido formuladas para explicar as variações na densidade populacional de insetos herbívoros em ambientes diversificados em áreas agrícolas são: 1) concentração de recursos e 2) inimigos naturais (ROOT, 1973; PERRIN, 1977; ALTIERI, 1991; ANDOW, 1983, 1991). Além destas duas hipóteses, SZENTKIRÁLYI & KOZÁR (1991), analisaram a “hipótese da diversidade de recursos” e “hipótese de distúrbios intermediários”, enquanto que THEUNISSEN (1994) postulou a importância da “qualidade da planta hospedeira”. 1.3.1.1 Hipóteses de inimigos naturais versus concentração de recursos Segundo a hipótese de concentração de recursos os insetos especialistas têm maior facilidade de colonizar e permanecer sobre plantas que estão em maior disponibilidade em uma área (monocultura típica), que em ambientes diversificados (ANDOW, 1991). Os mecanismos básicos da concentração de recursos que podem atuar no encontro do hospedeiro pelo herbívoro e influenciar a permanência na cultura são: 1) interferência química e visual (a
  • 45. 45 confusão ou repelência causada por odores de plantas, bem como o contraste de cores pode dificultar a colonização); 2) a qualidade da planta hospedeira (nutricional, química, morfológica, tornando a planta mais atrativa); 3) a área de superfície do não hospedeiro pode dificultar o encontro do hospedeiro (o herbívoro gasta mais tempo para localizá-lo e por vezes abandona a cultura rapidamente); 4) efeitos de microclima (sombreamento, proteção do vento, temperaturas, insolação) sobre herbívoros e inimigos naturais; 5) efeito de borda : a conectividade entre superfícies pode ser modificada pela diversidade de plantas no sistema (complexidade estrutural). A hipótese dos inimigos naturais postula que em ambientes com maior diversidade vegetal a densidade de insetos hebívoros é menor devido à maior ocorrência de predadores e parasitóides. ANDOW (1991) considerou que embora a maioria dos trabalhos apontem a concentração de recursos para explicar a herbivoria em policultivo (sistemas diversificados), lembra que não é possível generalizar, pois há casos em que a hipóteses de inimigos naturais é importante. Os fatores que condicionam a menor densidade populacional de pragas em ambientes diversificados não necessariamente atuam separadamente, a concentração de recursos e inimigos naturais podem pressionar conjuntamente a densidade populacional de insetos (LETOURNEAU, 1990).
  • 46. 46 As principais causas citadas para maior abundância de inimigos naturais em “policultivo” comparado ao monocultivo são: presas e hospedeiros específicos e alternativos estão em maior densidade populacional e são mais disponíveis; em ambientes diversificados há uma maior variedade de microhabitats que abrigariam mais herbívoros e seus inimigos naturais; há maior quantidade de alimento, tais como néctar e pólen, consequentemente a capacidade reprodutiva dos inimigos naturais é maior (ANDOW 1983, 1991; ALTIERI & NICHOLLS, 1997, 1999a). Há casos em que o estabelecimento de inimigos naturais em ambiente diversificado pode ser dificultado como também observado por ANDOW (1991): a associação de plantas produz substâncias voláteis que perturbam o olfato de parasitóides especialistas e dificulta o encontro do hospedeiro; a estrutura vegetal mais complexa (maior superfície disponível) dificultaria a capacidade de busca de parasitóides. O manejo de agroecossistemas tem efeito direto e indireto na manutenção de inimigos naturais. ALTIERI & NICHOLLS (1997, 1999a,b) enumeraram como estratégias para incremento da diversidade de inimigos naturais: “diversificação do habitat “ (o policultivo, uso de plantas de cobertura, quebra-ventos, rotação de culturas); manejo ecológico do solo (adubação verde, orgânica, compostagem e evitar revolvimento por mecanização). Enquanto
  • 47. 47 que, citaram como práticas que seriam prejudiciais a manutenção de inimigos naturais: monocultura; a fertilização mineral; o revolvimento do solo por mecanização; remoção total de plantas invasoras; agrotóxicos. 1.3.1.2 Hipótese da “qualidade” da planta hospedeira A hipótese da “qualidade” da planta levantada por THEUNISSEN (1994) baseia-se nas mudanças na qualidade nutricional da planta hospedeira devido a competição por recursos em condições de consórcio. As trocas fisiológicas no metabolismo de cairomônios e nutrientes alterariam a atratividade da planta ao inseto fitófago e seus inimigos naturais. 1.3.1.3 Hipóteses da “diversidade de recursos e distúrbios intermediários” As hipóteses da “diversidade de recursos e distúrbios intermediários”, foram relatadas por SZENTKIRÁLYI & KOZÁR (1991) ao analisar a riqueza de espécies em pomar de macieira. Estes autores observaram que a riqueza de espécies de insetos poderia estar sob a influência da diversidade vegetal (“hipótese da diversidade de recursos”) e práticas de manejo agrícola,
  • 48. 48 principalmente aplicação de agrotóxicos (” hipótese de distúrbios intermediários”), tanto dentro do pomar quanto no entorno (em nível local e regional). Desta forma observaram que a riqueza de insetos em geral foi maior em pomares próximos a ambiente vegetal diversificado e com menor aplicação de agrotóxicos. Enquanto que, o número de espécies de pragas agrícolas e inimigos naturais generalistas foram influenciadas pela diversidade vegetal do entorno (“hipótese da diversidade de recursos”) e pragas específicas de macieira foram limitadas pela intensidade de aplicação de agrotóxicos (” hipótese de distúrbios intermediários”). 1.3.2 Relação entre diversidade vegetal e densidade de herbívoros A importância de diversificar agroecossistemas em nível de paisagem com corredores de espécies que floresçam, e reconhecer a influência da vegetação natural (matas e invasoras) do entorno das áreas cultivadas tem sido sugerida por alguns autores como estratégia de manejo de pragas e inimigos naturais em agroecossistemas (HRADETZKY & KROMP, 1997; NICHOLLS; PARRELLA; ALTIERI, 1999). A utilização de plantas de cobertura no manejo do solo tem sido relatadas como forma de atuar na diversidade vegetal e
  • 49. 49 inibir a ocorrência de insetos pragas de plantas cultivadas. A escolha da planta de cobertura deve ser avaliada através da análise do impacto causado no complexo pragas e inimigos naturais, pois pode ocorrer a inibição do desenvolvimento de herbívoros (ALTIERI; GLASER; SCHMIDT, 1990; THEUNISSEN; BOOIJ; LOTZ, 1995), incremento (BUGG; PHATAK; DUTCHER, 1990), ou ser não significativo (WILAND et al., 1996). As plantas de cobertura podem incrementar inimigos naturais e pressionar significativamente os insetos fitófagos, bem como exercer efeito não significativo (GARCIA & ALTIERI, 1993; THEUNISSEN; BOOIJ; LOTZ, 1995; GOLLER; NUNNENMACHER; GOLDBACH, 1997; KIENZLE; ZEBITZ; BRASS, 1997). A presença de plantas invasoras nos agroecossistemas como maneira de se interferir na diversidade de ácaros e insetos tem sido discutida por alguns autores (ALTIERI & WHITCOMB, 1979; ALTIERI & LETOURNEAU, 1982; GARCIA, 1988; GARCIA , 1992). Geralmente nestes trabalhos aponta-se a necessidade de manejar as invasoras de modo que não prejudiquem a cultura principal e usufrua-se dos benefícios do incremento de inimigos naturais pelo fornecimento de néctar, pólen e abrigo para hospedeiros e presas alternativas (KLOEN & ALTIERI, 1990; MORAES; SILVA; DELALIBERA JR., 1992; PAVARINI & GRAVENA; 1994; SCHUCH & BELARMINO, 1994; WYSS, 1995;
  • 50. 50 WYSS, 1996; HONEK, 1997), bem como as invasoras sirvam de planta armadilha evitando que os herbívoros ataquem a cultura principal (ALTIERI; GLASER; SCHMIDT, 1990), ou dificultem a colonização e distribuição de insetos pela concentração de recursos (ANDOW, 1991; ANDOW, 1992). A seleção da invasora a associar é importante porque pode ocorrer que a alta atratividade da invasora sobre o herbívoro também provoque dano sobre a cultura principal (KLOEN & ALTIERI, 1990; AHMED; ALI; SALMAN (1987). No Brasil houve vários trabalhos com relação a incidência de insetos em consórcio de milho, Zea mays L. (Poaceae), com feijoeiro comum, Phaseolus vulgaris L. (Fabaceae), e feijão caupi, Vigna sinensis (L). Savi (Fabaceae). Geralmente, nestes trabalhos, houve em condições de consórcio redução da incidência de cigarrinha, (Homoptera: Cicadellidae), cartucho, Spodoptera Empoasca Kraemeri (Ross & Moore) porém o efeito sobre lagarta do frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) foi variável (MILANEZ, 1987; OLIVEIRA et al., 1987; GONÇALVES & CIOCIOLA, 1991; OLIVEIRA et al., 1995). 1.3.3 Efeito da diversidade vegetal sobre espécies de tripes
  • 51. 51 Os trabalhos que investigaram a incidência de T. tabaci em aliáceas em sistemas diversificados geralmente constataram efeito de substâncias voláteis do não hospedeiro sobre o inseto (UVAH & COAKER, 1984) ou mesmo mudanças fisiológicas na planta que inibiram a herbivoria (THEUNISSEN & SCHELLING, 1996), enquanto a ação de inimigos naturais foi não significativa. A densidade de T. tabaci foi menor em cebola, A. cepa L., em sistema de consórcio com cenoura, Daucus carota L. (Umbeliferae), plantada em alta densidade (uma linha de plantio de cebola: para uma cenoura) (UVAH & COAKER, 1984). Os autores argumentaram que as substâncias voláteis emanadas pelas culturas interferiram na ocorrência do inseto, pois não houve consistência entre a presença de inimigos naturais e os resultados observados. O efeito da concentração de voláteis pareceu ser maior sobre cebola jovem que próximo a maturação fisiológica (bulbificação). A densidade populacional de tripes, T. tabaci, e incidência de ferrugem, Puccinia allii, foram menores em alho-porró, A. porrum L., associado com trevo, Trifolium subterraneum L. (Fabaceae), em cobertura em relação ao solo nú (THEUNISSEN & SCHELLING, 1996). Neste trabalho, a menor susceptibilidade de alho porró a tripes e ferrugem em sistema de consórcio foi atribuída à “qualidade da planta” (trocas fisiológicas no metabolismo). Os autores observaram que a densidade de inimigos naturais foi muito baixa. Ainda no mesmo
  • 52. 52 trabalho, embora o consórcio apresentasse menor nível de problemas fitossanitários e consequentemente maior qualidade comercial do alho-porró produzido, houve redução da produtividade pela competição entre plantas. Os autores sugerem ser necessário o agricultor aceitar a perda na produtividade para produzir sem o uso de agrotóxicos. O uso de cultivares apropriadas para consórcio e capinas nas entrelinhas foram sugeridos pelos autores para minimizar a redução na produtividade. THEUNISSEN (1994) já argumentava a necessidade de se desenvolver manejo de ervas invasoras e variedades apropriadas para aumentar a viabilidade produtiva e econômica do consórcio de hortaliças. ANDOW (1983) levantou a importância de se quantificar a produtividade das culturas envolvidas em condição de consórcio, pois não basta apenas ocorrer redução de dano por insetos fitófagos, mas também proporcionar produtividade aceitável comercialmente. Em trabalhos com outras espécies de tripes em ambientes diversificados o microclima gerado (KYAMANYWA & AMPOFO, 1988) e a emissão de voláteis infuenciaram a ocorrência do inseto (KYAMANYWA; BALIDDAWA; AMPOFO, 1993a), enquanto que a presença de inimigos naturais ora exerceu pressão sobre o inseto (LETOURNEAU, 1990), foi não significativa (KYAMANYWA; BALIDDAWA; OMOLO, 1993b) ou não relatada (POTTS & GUNADI, 1991). A densidade média de tripes, F.
  • 53. 53 occidentalis, foi maior em monocultivo de abóbora (Cucurbita pepo L.) até aos 65 dias após plantio em relação ao policultivo com milho (Z. mays) e feijão caupi (V. sinensis) (LETOURNEAU, 1990). Segundo este autor, o predador Orius tristicolor (White) (Hemiptera: Anthocoridae) exerceu pressão sobre F. occidentalis e colonizou mais rapidamente parcelas em policultivo devido à maior riqueza de microhabitats. A densidade populacional de tripes, Megalurothrips sjostedti Trybom (Thysanoptera: Thripidae), em caupi, V. unguiculata Walp, foi menor em condição de plantio consorciado com milho, Z. mays, devido à menor intensidade de luz (KYAMANYWA & AMPOFO, 1988) e substâncias voláteis exaladas pela presença da cultura não hospedeira (KYAMANYWA; BALIDDAWA; AMPOFO, 1993a). A densidade de predadores generalistas não foi incrementada no consórcio milho/caupi, o que sugere a hipótese da concentração de recursos para explicar a redução populacional de M. sjostedti (KYAMANYWA; BALIDDAWA; OMOLO, 1993b). Os autores sugerem que a eficiência de predadores generalistas em controlar tripes é baixa (citam LEWIS, 1973), além do tempo de permanência de culturas anuais no campo ser curto para o estabelecimento de inimigos naturais. A população de tripes, T. palmi e T. parvispinus, foi maior sobre batata, S. tuberosum, quando plantada no mesmo canteiro ou até a distância de 0,75 m de aliáceas, cebola (A. cepa) e alho (A. sativum),
  • 54. 54 provavelmente houve migração dos insetos proveniente das aliáceas adjacentes (POTTS & GUNADI, 1991). A preferência alimentar de espécies de tripes sobre a cultura da cebola e ervas invasoras foi estudada por DOEDERLEIN & SITES (1993) em nível de campo no Texas. Estes autores observaram “forte” preferência de T. tabaci por plantas de cebola, comparado ao F. occidentalis , que embora presente na cultura não a exibiu na mesma intensidade. F. occidentalis foi observado em maior grau sobre as invasoras Salvia sp., Amaranthus palmeri Wats e Kochia scoparia (L.) Schard em ordem descendente de preferência. Porém, ambas espécies de tripes foram encontradas sobre as ervas invasoras anteriormente mencionadas. Os autores sugeriram que a eliminação de invasoras, embora possa não influenciar a incidência de T. tabaci sobre cebola, pode favorecer a migração do polífago F. occidentalis para a cultura. Convém ressaltar que, nos trabalhos citados anteriormente, os autores em geral desconsideraram que o encontro do hospedeiro por tripes pode ser diminuído pelo efeito de barreira mecânica, além do deslocamento do inseto ser influenciado pelo vento, como constatado por YUDIN et al. (1991). 1.3.4 Diversidade vegetal e sua relação com hábito alimentar de insetos, e sistemas anuais e perenes
  • 55. 55 A maioria dos trabalhos relatam maior densidade populacional de insetos polífagos em ambientes diversificados quando estes possuem maior número de espécies hospedeiras, enquanto que os monófagos ocorrem em menor densidade (ANDOW, 1991). Neste caso, a concentração de recursos condicionaria a densidade de insetos, pois inimigos naturais atuam indistintamente sobre monófagos ou polífagos, porém ambos fatores podem ocorrer simultaneamente regulando a dinâmica dos insetos (ANDOW, 1990, 1991). O comportamento e bioecologia dos polífagos podem influenciar a densidade populacional em ambientes diversificados. ANDOW (1991) divide os polífagos em dois grupos quanto a estas características : 1) sequenciais (alternam gerações em diferentes hospedeiros), 2) simultâneos (numa mesma geração alimenta-se de diferentes hospedeiros). Desta forma, segundo ANDOW (1991), os polífagos sequenciais seriam beneficiados quando alcançam sucesso na imigração e para obter gerações futuras estariam mais vulneráveis, a qualidade, disponibilidade do hospedeiro e microclima. Enquanto os polífagos simultâneos poderiam ser prejudicados caso haja dificuldade de movimentar-se, uma vez que necessitam migrar de diferentes hospedeiros para se alimentar.
  • 56. 56 A incidência do crisomelídeo, Diabrotica virgifera virgifera (LeConte), foi superior em milho, Z. mays L., em plantio em faixa com soja, G. max, principalmente em sistema de plantio convencional que direto (TONHASCA JR. & STINNER, 1991). Neste trabalho o inseto ovipositou sobre ambas culturas, o que favoreceu o incremento populacional. Portanto, o hábito polífago de D. virgifera virgifera favoreceu o estabelecimento em sistema de consórcio. Segundo ANDOW (1983, 1991) maior densidade populacional de herbívoros tem sido relatada em sistemas diversificados perenes, porque estes são mais facilmente localizados que os anuais. Porém, segundo ANDOW (1991) para insetos polífagos a densidade populacional geralmente tende a ser maior em plantios anuais, que em perenes, devido à maior pressão de inimigos naturais nestes últimos. 1.4 A atuação de sirfídeos como predadores Os dípteros da família Syrphidae geralmente são citados como predadores de homópteros (pulgões, cochonilhas e ou cigarrinhas). LEAL; OLIVEIRA; SMITH (1976) relataram os sirfídeos Toxomerus watsoni Curran, T. laciniosus (Loew), próximos às árvores de citros colonizadas pelo afídeo, Toxoptera citricidus (Kirk, 1907). As seguintes espécies de sirfídeos predadores de afídeos
  • 57. 57 foram observadas por CORDEIRO & CORSEIUL (1998) em levantamento baseado em pesquisa bibliográfica e coleções de museus do Rio Grande do Sul: Allograpta exotica (Wiedemann, 1830), Ocyptamus gastrostactus (Widemann, 1830), Pseudodorus clavatus (Wiedemann, 1830), Toxomerus tibicen (Wiedemann, 1830), e Xanthandrus bucephalus (Wiedemann, 1830). Porém, há relatos de sirfídeos como predadores de tripes. GONÇALVES & GONÇALVES (1976) observaram o sirfídeo Ocyptamus zenia (Curran) (= Baccha livida auct., nec Schiner) predando o tripes do ficus, Gynaikothrips ficorum (Marchal) (Thysanoptera: Phloeothripidae), em folhas de Ficus retusa nitida. A densidade populacional de sirfídeos em levantamento de campo geralmente é relativamente baixa em relação aos demais predadores. Em levantamento da entomofauna em campo de produção orgânica de centeio, Secale cereale L. (Poaceae) os sirfídeos representaram 1,6% do total de 8% para predadores, enquanto que os insetos fitófagos foram 47% (HRADEZTKY & KROMP, 1997). WYSS (1995) observou em Berna, Suíça, que a presença de sirfídeos em pomar de macieira, P. malus, restringiu-se à primavera, enquanto que predadores Araneae, Heteroptera, Coccinellidae e Chrysopidae, ocorreram praticamente toda estação de desenvolvimento vegetativo. em
  • 58. 58 O número de sirfídeos adultos, A. obliqua (Say), Eupeodes (Metasyrphus) sp., Syrphus sp. e T. marginata (Say), foi incrementado pelas seguintes plantas de cobertura de inverno para uso potencial em cultivos de hortaliças e nogueira pecã, Carya illinonensis (Wangenheim) K. Koch (Juglandaceae): tremoço azul, Lupinus angustifolius L., trevo vesiculoso, T. vesiculosum Savi cv. “Yuchi”, trevo encarnado, T. incarnatum L. cv. “Dixie”, e ervilhaca “Cahaba White” (Vicia sativa L. x V. cordata Wulf), ervilhaca peluda, V. villosa cv W67-HU-704 (Fabaceae) (BUGG; PHATAK; DUTCHER, 1990). Estes autores, constataram que entre os afidófagos, os sirfídeos foram menos frequentes que os coccinelídeos. Em contraste, segundo KLOEN & ALTIERI (1990) a taxa de predação por sirfídeos sobre o afídeo, Brevicoryne brassicae (L.) (Homoptera, Aphididae), foi superior em brócolos, Brassica oleracea botrytis var. Futura (Brassicaceae), com associada a invasora B. hirta, comparada ao monocultivo, embora o número de ovos e larvas dos predadores foi similar em ambos sistemas de plantio.
  • 59. 59 2. MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos foram conduzidos na Estação Experimental de Ituporanga, SC, EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), situada a 475 m de altitude, 27º22’ S de latitude e 49º35’ W de longitude, em solo classificado como Cambissolo Húmico distrófico álico. A cultivar de cebola utilizada em todos experimentos foi a Crioula. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. 2.1 Experimento 1 Densidade Populacional de T. tabaci, e infestação por P. destructor, em cebola sob diferentes fontes de adubação orgânica Este experimento foi realizado durante o período de 28/08/98 (transplante) a 16/12/98 (colheita, duração do ciclo de 110 dias). O tamanho de parcela foi 2,8 m X 3,0 m (8,4 m2) e espaçamento 40 X 10 cm, total de 210 plantas/parcela. As parcelas eram distanciadas 1 m entre si. O preparo do solo foi realizado sob plantio direto em palhada de centeio, S. cereale, semeado anteriormente no mês de
  • 60. 60 maio. A máquina utilizada foi um microtrator adaptado para este fim. Os tratamentos foram diferentes doses de adubo orgânico e minerais como encontra-se no QUADRO1. QUADRO1. Tratamentos com diferentes doses de nutrientes e fontes de adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998. Tratamentos Doses de nutrientes (kg/ha) N (esterco de suíno) N (esterco de suíno) N (esterco Barriga Verde,  aves) N (composto orgânico) N (esterco de perú) N (húmus) N P K (5-20-10) N P K (5-20-10) testemunha sem adubação Doses de fontes (kg/ha) 75,0 37,5 75,0 15743,6 7871,8 6023,6 75,0 75,0 75,0 30,0 + 120,0 + 60,0 60,0 + 240,0 + 120,0 20299,9 6393,5 6516,4 600,0 1200,0 As doses de adubos dos tratamentos foram estimadas baseadas na recomendação da análise de solo, exceto o tratamento com esterco de suíno (37,5 kg/ha de N e 7871,8 kg/ha de esterco, que corresponde a metade da dose normal), e NPK 5-20-10 (60,0 + 240,0 + 120,0 kg/ha de nutrientes NPK e 1200,0 kg/ha de adubo, que representa o dobro da dose), com a finalidade de caracterizar níveis extremos de fertilização orgânica e mineral. Uma vez que o nitrogênio é, geralmente, apontado como causador de desequilíbrios nutricionais, predispondo as plantas à incidência de doenças e
  • 61. 61 pragas, a determinação da quantidade de adubos orgânicos em kg/ha foi baseada na necessidade deste nutriente para a cultura, de acordo com a fórmula : Quantidade de esterco/ha = (100000 x N) /(MS x NMS x 0,5); onde N é quantidade de nitrogênio em kg/ha necessário para a cultura da cebola; MS é o teor de matéria seca do esterco em porcentagem; NMS quantidade de nitrogênio em g por kg de matéria seca do esterco; e 0,5 é o índice de liberação de nitrogênio pelo esterco (50% no primeiro ano de aplicação), para P considera-se 0,6, (adaptado de COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC, 1994), e análise de solo (QUADRO 2). A análise de nutrientes dos adubos orgânicos foi realizada pelo Laboratório de Fisiologia e Nutrição Vegetal da Estação Experimental de Caçador, SC, EPAGRI (QUADRO 3). O composto orgânico foi proveniente de resíduos culturais de cebola, esterco de suíno, capim-cameroon, Pennisetum clandestinum Hochst. ex. Chiov., e o húmus foi obtido de esterco de suíno. Os adubos orgânicos foram espalhados manualmente sobre a superfície do solo, enquanto as fontes minerais incorporadas com microtrator adaptado para plantio direto. foram
  • 62. 62 QUADRO 2. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de Ituporanga, EPAGRI, 1998. pH pH P K M.O Al Ca Mg Argila (água) (SMP) (mg/kg) (mmolc (g/Kg) (mmolc (mmolc (mmolc (g/kg) dm ) 3 dm3) dm3) 0,0 74 A 38 A 3 dm ) 6,3 A 6,1 A 25,5 1 MB 50 M 330 A OBS: A, MB, M respectivamente níveis alto, muito baixo e médio, segundo COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC, 1994.
  • 63. 63 QUADRO 3. Níveis de nutrientes de diferentes fontes orgânicas de adubação. EPAGRI, 1998. Nutrientes Fontes de adubo orgânico suíno Barriga composto húmus perú Verde MS* 27,30 93,97 36,40 61,22 79,80 N1 34,90 26,50 20,30 37,60 29,40 P1 23,60 15,80 14,70 26,60 20,80 K1 1,80 15,0 3,40 7,20 25,40 Ca1 52,80 64,60 29,00 58,00 31,00 Mg1 4,20 15,60 5,00 6,40 8,20 Fe2 3822,00 10740,0 8686,0 6008,00 7230,0 Mn2 368,00 636,00 318,00 634,00 574,00 Zn2 650,00 298,00 244,00 990,00 468,00 Cu2 596,00 108,00 232,00 734,00 112,00 31,00 53,00 34,00 42,00 58,00 B2 OBS: 1 e 2, respectivamente quantidade de nutrientes em g/kg e mg/Kg(ppm) de matéria seca (MS*, em %) do adubo; análises realizadas pelo Laboratório de Fisiologia e Nutrição Vegetal da Estação Experimental de Caçador, SC, EPAGRI, exceto matéria seca pelo Laboratório de Análise de Solos Estação Experimental de Ituporanga, SC, EPAGRI.
  • 64. 64 A amostragem de tripes foi realizada a campo pela contagem semanal do número de ninfas com auxílio de lupa manual (75 mm de diâmetro, marca Classic Magnifier), em todas as folhas em 5 plantas/parcela ao acaso. As datas de avaliação foram 14/10 (47dias após transplante, DAT), 21/10 (54 DAT), 28/10 (61 DAT), 04/11 (68 DAT), 11/11 (75 DAT), 19/11 (83 DAT), 25/11 (89 DAT) e 02/12/1998 (96 DAT). A amostragem de infestação por míldio, P. destructor, realizou-se pela determinação semanal do percentual de folhas infectadas míldio por (número de folhas infectadas pelo fungo/número total de folhas X 100) em 1 m linear/parcela escolhido ao acaso. O controle de invasoras foi realizado com enxada até a primeira semana de novembro. A análise de nutrientes foliares foi realizada no Laboratório de Fisiologia Experimental de Caçador, e Nutrição SC, EPAGRI, Vegetal da Estação em amostras de 5 plantas/parcela, após a secagem em estufa a 60° C. As datas de coleta de amostras e respectivos dias após transplante (DAT) foram: 14/10 ( 47 DAT), 11/11 (75 DAT) e 02/12/1998 (96 DAT). A amostragem para produtividade realizou-se pela colheita de 60 bulbos ao acaso por parcela. Os bulbos foram classificados pelo diâmetro de acordo com aceitação para o mercado (classe 1 ≤ 3,5 cm; classe 2 > 3,5 até 5 cm; classe 3 > 5
  • 65. 65 até 7cm; classe 4 > 7 até 9 cm, classe 5 > 9 cm). Apenas a produtividade comercial (bulbos de classes 2 a 5) foi considerada para avaliação. Os dados para análise estatística em geral foram previamente submetidos ao teste de Bartlett para verificar a homogeneidade de variâncias e definir a aplicação de métodos paramétricos ou não paramétricos. Geralmente após a transformação de dados foi possível realizar a análise de variância paramétrica. O número médio de T. tabaci foi transformado para log (x + 0,5). A porcentagem de infestação por P. destructor foi transformada por arco seno  x + 0,5. As médias foram comparadas respectivamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os percentuais foliares de nutrientes e produtividade foram submetidos a análise de variância sem transformação de dados. O coeficiente de correlação de Spearman (r), determinação (r2), e análise multivariada com regressão múltipla (“proceeding stepwise” do programa estatístico SAS) foram aplicados entre a incidência de T. tabaci, P. destructor, e níveis foliares de nutrientes.
  • 66. 66 2.2 Experimento 2 Densidade Populacional de T. tabaci, destructor, e infestação por P. em cebola sob diferentes fontes minerais de adubação O experimento foi conduzido entre o período de 01/09/98 (transplante) a 16/12/98 (colheita, ciclo de 106 dias). Os tratamentos constaram de diferentes níveis de nutrientes fornecidos por adubação mineral, e as testemunhas foram doses de esterco de suíno associadas com fosfato natural (para suprir nitrogênio e fósforo de acordo com análise de solo) e ausência de adubação. As dosagens foram determinadas com nível normal de adubação pela análise de solo (segundo COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC, 1994, QUADRO 4) e superdosagem (três vezes a dose normal). Nos tratamentos com adubação orgânica (esterco de suíno + fosfato natural), além da dosagem normal e superdosagem, incluiu-se uma terceira com metade da dose normal. O cálculo da quantidade/ha e análise do esterco de suíno, segue o mesmo padrão de determinação do experimento 1 (vide item 2.1). Os tratamentos encontram-se no QUADRO 5. As fontes de adubação química de N, P 2O5 e K20 e teores de nutrientes nos adubos foram respectivamente, uréia
  • 67. 67 (44%), superfosfato triplo (41%) e cloreto de potássio (58%). O fosfato natural utilizado foi GAFSA® com P 2O5 total de 28%, e solúvel de 9%, e teor de Ca de 34%. QUADRO 4. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de Ituporanga, EPAGRI, 1998. pH pH P K M.O Al Ca Mg Argila (água) (SMP) (mg/Kg) (mmolc (g/Kg) (mmolc (mmolc (mmolc (g/Kg) 3 dm ) 5,1 B 5,0 MB 21,5 A +3,9 A dm ) 3 62 A dm ) 3 dm ) 3 9A 79 A 53 A 300 OBS: A, MB, respectivamente níveis alto e muito baixo , segundo COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC, 1994. QUADRO 5. Tratamentos com diferentes doses de nutrientes e fontes de adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998.
  • 68. 68 Tratamentos N P2 O5 K2 0 (5-20-10) N P2 O5 K2 0 (5-20-10) N (uréia) N (uréia) P2 O5 (super triplo) P2 O5 (super triplo) K2 0 (cloreto de potássio) K2 0 (cloreto de potássio) N + P2 O5 (esterco de suíno + fosfato natural) N + P2 O5 (esterco de suíno + fosfato natural) N + P2 O5 (esterco de suíno + fosfato natural) Testemunha sem adubação Doses de nutrientes (kg/ha) 30,0 + 120,0 + 60,0 90,0 + 360,0 + 180,0 75,0 225,0 80,0 240,0 60,0 180,0 75,0 + 80,0 225,0 + 240,0 37,5 + 40,0 Doses de fontes (kg/ha) 600,0 1800,0 170,5 511,5 195,1 585,3 103,4 310,2 15743,6 + 212,7 47230,7 + 638,1 7871,8 + 106,4
  • 69. 69 O tamanho de parcela, espaçamento da cultura, métodos de amostragem para tripes, T. tabaci, míldio, P. destructor, análise foliar de nutrientes e produtividade, bem como análise estatística foram similares ao experimento 1. As datas de avaliação para tripes e míldio com respectivos dias após transplante (DAT), foram: 15/10 (44 DAT), 22/10 (51 DAT), 29/10 (58 DAT), 05/11 (65 DAT), 12/11 (72 DAT), 20/11 (80 DAT), 26/11 (86 DAT) e 03/12/1998 (93 DAT). As coletas para análise foliar foram realizadas em: 15/10 (44 DAT), 12/11 (72 DAT) e 03/12/1998 (93 DAT). 2.3 Experimento 3 Densidade Populacional de T. tabaci e sirfídeos predadores em cebola em monocultivo e associada com outras espécies vegetais. O experimento foi realizado entre o período de 27/08/98 (transplante) a 16/12/98 (colheita, ciclo 111 dias). O tamanho das parcelas foi de 5,6 m x 6,0 m (33,6 m 2), total de 560 plantas/parcela, e o espaçamento foi de 40 cm X 15 cm. Entre parcelas havia um isolamento de 2 m. A área estava previamente com adubação verde, mucuna, Stilozobium sp., associada a milho,
  • 70. 70 Z. mays. O sistema de plantio foi direto como nos experimentos anteriores. A análise de solo da área experimental, encontra-se no QUADRO 6. A adubação da cultura da cebola de acordo com COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC (1994) foi de 11545,3 Kg/ha de esterco de suíno (análise do esterco no QUADRO 3, vide fórmula no item 2.1 para cálculo da quantidade de esterco/ha) para suprir nitrogênio (55 Kg/ha), a fim de se evitar desequilíbrio nutricional e predispor a cultura a doenças e pragas, e o fósforo (50 Kg/ha de P2O5) foi complementado pela adição de 59,7 Kg/ha de fosfato natural de GAFSA® (utilizado no experimento 2). QUADRO 6. Análise de solos da área experimental realizada pelo Laboratório de Análise de Solos, Estação Experimental de Ituporanga, EPAGRI, 1998. pH pH P K M.O Al Ca Mg Argila (água) (SMP) (mg/Kg) (mmolc (g/Kg) (mmolc (mmolc (mmolc (g/kg) 3 dm ) 6,1 A 5,8 M + 50 A + 3,9 A dm ) 3 59 A dm ) 3 dm ) 3 0,0 69 A 44 A 280 OBS: A, M, respectivamente níveis alto e médio, segundo COMISSÃO de FERTILIDADE do SOLO RS/SC, 1994. Os tratamentos foram: 1) Cebola em monocultivo; 2) Cebola + trigo mourisco, Fagopyrum esculentum Moench
  • 71. 71 (Poligonaceae); 3) Cebola + nabo forrageiro, Raphanus sativus L. var. oleiferus Metzg., (Brassicaceae), 4) Cebola + cenoura, D. carota, cv. Nantes e cv. Brasília, respectivamente nas laterais direita e esquerda da parcela; 5) Cebola + milho (Z. mays), super precoce híbrido Pioneer® 3072; 6) Cebola + rúcula (Eruca sativa) (Brassicaceae) na lateral direita da parcela + vegetação espontânea na lateral esquerda. As linhas centrais da parcela (3,2 m) foram ocupadas com cebola, e as 6 linhas laterais (1,2 m de cada lado) em bordadura foram destinadas às culturas em consórcio (vide FIGURA 2). 5,6 m 5,6 m 1,2 m 6,0 m cccccccccccc cccccccccccc cccccccccccc cccccccccccc cccccccccccc a 6,0 m xx xx xx xx xx 3,2 m ccccc ccccc ccccc ccccc ccccc b 1,2 m xx xx xx xx xx Legenda: c = cebola x = outras espécies em bordadura FIGURA 2. Esquema de parcelas de cebola em monocultivo (a) e associada a diferentes espécies vegetais (b). O número de ninfas de tripes e larvas de sirfídeos predadores foi avaliado ao acaso em 10 plantas/parcela em todas as folhas com auxílio de lupa manual Magnifier®, 75 mm de
  • 72. 72 diâmetro. As datas de avaliação e respectivos dias após transplante (DAT) foram: 06/10 (40 DAT), 13/10 (47 DAT), 20/10 (54 DAT), 27/10 (61 DAT), 03/11 (68 DAT), 10/11 (75 DAT), 17/11 (82 DAT), 24/11 (89 DAT) e 01/12/1998 (96 DAT). A identificação das espécies de sirfídeos foi realizada comparando-se aos adultos obtidos anteriormente por GONÇALVES (1996b) oriundos de larvas, que completaram o ciclo em laboratório, alimentadas com afídeos coletados em invasoras. A avaliação de produtividade e análise estatística seguiram metodologias adotadas para o experimento 1. O número médio de larvas de T. tabaci, e total de larvas de sirfídeos foram transformados para log (x + 0,5) e submetidos a análise de variâncias e testes de médias. O coeficiente de correlação (r) e determinação (r2 X 100) foi realizado entre número médio geral de larvas de sirfídeos e ninfas de tripes, T. tabaci. 2.4 Variáveis climáticas e correlação com a incidência de T. tabaci, P. destructor, e sirfídeos. O coeficiente de correlação entre número médio de ninfas de T. tabaci, porcentagem de infestação por P. destructor, e variáveis climáticas (médias semanais de temperaturas média, mínima e máxima  C; média de insolação em número de horas de
  • 73. 73 sol/semana, e precipitação acumulada em mm/semana) foi determinado por experimento e segue metodologia adotada no experimento 1 (vide item 2.1). Os resultados também foram comparados com dados climáticos normais para a Estação Experimental de Ituporanga, SC. Os dados climáticos foram obtidos junto ao CLIMERH (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina) da EPAGRI. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Experimento 1 Densidade Populacional de T. tabaci, e infestação por destructor, P. em cebola sob diferentes fontes de adubação orgânica O número médio de ninfas de T. tabaci , não diferiu entre tratamentos em nenhuma das semanas de avaliação (TABELA 1). Portanto, como constatado por OSUNA et al. (1989); MARZO et al. (1997); BASTOS et al. (1998); SILVA et al. (1998); não necessariamente a utilização de adubação mineral favorece a maior densidade populacional de herbívoros, pois o efeito pode ser não significativo ou até mesmo inferior ao adubo orgânico. A porcentagem de folhas infectadas por P. destructor, foi tardia (TABELA 2). A análise de variância não foi realizada em 14/10
  • 74. 74 devido a inexistência da doença na maioria dos tratamentos, exceto 0,5% de infestação para NPK dose normal. A incidência da doença diferiu apenas em 19/11, quando o esterco Barriga Verde foi superior ao composto orgânico, porém foi semelhante aos demais (TABELA 2). O efeito de fontes orgânicas de adubação como indutores de resistência a patógenos foi não significativo comparado a adubação mineral como observaram MELLONI; DUARTE; CARDOSO (1995); RAVIV et al. (1998). Portanto, a fertilização não apresentou uma ação definida sobre a incidência do patógeno. Porém, estes resultados contrastam com McGUIRE (1999), que observou menor incidência de P. destructor em cebola sob adubação orgânica comparado a mineral. O nível de nutrientes foliares foi similar entre tratamentos na maioria das datas de avaliação (FIGURA 3), exceto para N em 11/11, (FIGURA 3.2) e para Fe em 02/12 (FIGURA 3.18). Em 11/11 o teor de N foi superior para os estercos de suíno em ambas doses, esterco Barriga Verde, e composto, em relação ao húmus, porém não diferiram dos demais tratamentos. Na data de 2/12 o teor de Fe no composto orgânico foi superior em relação a fórmula NPK 5-20-20 dose dupla, porém foi semelhante aos demais. Portanto, as fontes de adubação utilizadas, com dosagens de adubo entre normal até no máximo o dobro recomendado pela análise, não proporcionaram diferenças significativas nos teores de
  • 75. 75 nutrientes foliares na maioria das avaliações que pudessem refletir na incidência de T. tabaci e P. destructor em cebola. Deve-se considerar também, que a área experimental estava em processo de conversão para manejo orgânico há dois anos. Como ressaltado por PHELAN; MASON; STINNER (1995), PHELAN (1997), os solos com histórico de manejo orgânico apresentaram menor nível de oviposição de Ostrinia nubilalis (Hübner) (Lepidoptera: Pyralidae) em milho, em relação ao convencional, independente da fonte de adubação ser química ou orgânica. Os valores de coeficientes de correlação linear (r) e determinação (r2 %) entre nutrientes, inseto e patógeno foram não significativos em geral (TABELAS 3 e 4). Portanto, a relação entre nutrientes, inseto e fungo geralmente não foi linear. A relação não linear entre nitrogênio e artrópodos já havia sido constatada anteriormente (WHITE, 1984; POPP; KULMAN; WHITE, 1986; BREWER; O’NEILL; DESHON JR., 1987; RUTZ et al., 1990; BETHKE; REDAK; SCHUCH, 1998; JOERN & BEHMER, 1998), bem como para patógenos (BROSCIOUS; FRANK; FREDERICK, 1985). Os níveis de coeficiente de correlação foram altamente significativos** para ocorrência de T. tabaci no fim do ciclo da cultura (02/12/98) para K/Cu (r= -0,49**) e nas relações inversas de nutrientes com Mn (N/Mn, r = 0,44**; P/Mn, r = 0,46**; Mg/Mn, r = 0,45**) (TABELA 3). A relação da incidência de T. tabaci foi
  • 76. 76 negativa nesta data para Mn (r = -0,29), K (r = -0,38*) e positiva para Cu (r = 0,33*) (TABELA 3). O excesso dos nutrientes N, P e Mg em relação a Mn favoreceu a ocorrência de T. tabaci, enquanto o aumento de K em relação a Cu diminuiu a incidência do inseto. Convém ressaltar, que tais relações foram verificados no período de maturação fisiológica da cultura, quando a presença do inseto entra naturalmente em declínio e não provoca maiores danos a cultura (o nível de dano econômico de dano nesta fase é de 30 ninfas/planta, segundo GONÇALVES, 1997b). O potássio como indutor de resistência a insetos e patógenos foi relatado por CHABOUSSOU (1987), PRIMAVESI (1988) e BORTOLLI & MAIA (1994); e Mn por CHABOUSSOU (1987). O valor de r foi significativo (*) ainda para os seguintes nutrientes: K (em 11/11 com relação positiva para K/ZN, e 2/12 negativa para K, K/Mg, K/B); Cu (em 2/12 positiva para Cu), N (em 2/12 positiva para N/K), P (em 2/12 positiva para P/K) , Ca/Mn (positiva em 2/12), Mn/Zn (negativa em 2/12) (TABELA 3). A análise de regressão múltipla apresentou as seguintes equações para relação entre número médio de ninfas de tripes (y) e nutrientes: para início da infestação do inseto em 14/10 com população abaixo do nível de dano econômico (N. D. E.), y= +10,94 -0,04xP/B (r2 %= 10,16); em 11/11, uma semana antes do pico populacional de T. tabaci, com todos tratamentos acima do N. D. E., y= -51,35 +0,008xK/Zn (r2 %= 13,32) +0,89xB (r2 %= 10,04)
  • 77. 77 +1,63xN (r2 %= 9,84); e no declínio populacional em 02/12, com todos tratamentos abaixo do N.D.E., y= +21,32 -0,004xK/Cu (r2 %= 23,68) +1,48xMn/Cu (r2 %= 14,09) +0,059xP/Mn (r2 %= 8,53) -0,38xFe/B (r2 %= 6,89). A equação geral envolvendo as três datas 2 de amostragem foi: y= +34,22 -0,80xB (r %= 30,98) -0,39xFe/B (r2 %= 5,61) -0,009xN/Zn (r2 %= 1,96). O coeficiente de correlação (r) entre nutrientes e infestação de P. destructor foi significativo em 2/12 para : com relação negativa para K, K/Mg, K/Cu, Mn/Zn, N/Mg, Fe/Zn, e positiva para Mg, Mg/Mn e Zn (TABELA 4). O efeito negativo de K/Mg, K/Cu e Mn/Zn para o patógeno, P. destructor, ocorreu similarmente ao observado para T. tabaci (TABELAS 3 e 4). A incidência de P. destructor não foi correlacionada com incremento de P e N de maneira isolada como observaram DEVELASH & SUGHA (1997), porém similarmente a relação de K com a doença foi negativa. A análise de regressão múltipla entre nutrientes e infestação de P. destructor apresentou as seguintes equações: para data 11/11 com nível de infestação máximo de 5%, y= -2,56 +9,10xP/Ca (r2%= 7,77); para data 02/12 com o mais alto nível de infestação da doença (13%, TABELA 2), y= -3,48 + 3,7xMg (r2%= 17,98) -0,86xFe/Zn (r2%=14,44) +0,49xFe/Mn (r2%= 9,88). A equação geral foi y= -17,21 +17,4xMg (r 2 2 %= 25,31) -3,03xN (r %= 7,55) +5,43xN/Mg (r2 %= 4,92) -0,07xFe/Cu (r2 %= 4,73) +0,012xN/Zn (r2 %= 3,47).
  • 78. 78 A generalização de N como causador de desequilíbrio nutricional e favorecimento na ocorrência de pragas e doenças pode não ser correto como observado por BORTOLLI & MAIA (1994), pois a relação isolada de N apresentou valores não significativos para incidência de T. tabaci e para P. destructor (respectivamente TABELAS 3 e 4). O efeito positivo de N para incidência de T. tabaci foi verificado de maneira significativa para o nutriente em excesso em detrimento de Mn e K (relações N/Mn, e N/K), enquanto que para P. destructor para N/Mg (data 2/12, respectivamente TABELAS 3 e 4). Os resultados contrastam daqueles obtidos por SCHUCH; REDAK; BETHKE (1998), que observaram que a infestação de F. occidentalis, em crisântemo, D. grandiflorum, foi favorecida por altos níveis de adubação nitrogenada. Os resultados foram similares ao observado por VOS & FRINKING (1997), com efeito não significativo de N sobre T. parvispinus , em pimenta, Capsicum spp. (Solanaceae), porém a relação positiva de P sobre o inseto, observada por estes autores, não foi constatada, pois a relação foi significativamente positiva apenas para relação P/K em 02/12 (TABELA 3). A produtividade comercial foi similar entre tratamentos (TABELA 5). O peso médio de bulbos foi superior para esterco de perú em relação ao composto orgânico, esterco de suíno (dosagem normal), e húmus. O adubo químico NPK em ambas as dosagens
  • 79. 79 utilizadas também apresentou peso médio de bulbos superior ao composto orgânico. Porém, nenhum tratamento proporcionou incremento significativo no peso médio de bulbos em relação a testemunha sem adubo (TABELA 5). Provavelmente o nível de fertilidade da área experimental (alto teor de P e nível médio de matéria orgânica, aliada a condição de plantio direto, QUADRO 2) proporcionou a testemunha sem adubação apresentar níveis de produtividade similar aos demais tratamentos.
  • 80. 80 TABELA 1. Número médio de ninfas de Thrips tabaci em cebola, cultivar Crioula, sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998. Tratamentos Doses de nutrientes (kg/ha) Datas de avaliação 14/10 21/10 28/10 04/11 11/11 19/11 25 /11 02/12 N (esterco de suíno) 75,0 3,8 a 3,1 a 5,2 a 15,9 a 30,9 a 53,6 a 16,1 a 11,8 a N (esterco de suíno) 37,5 3,8 a 3,1 a 6,5 a 17,2 a 29,9 a 47,7 a 17,6 a 16,7 a N (esterco Barriga Verde,  aves) N (composto orgânico) N (esterco de perú) 75,0 1,2 a 3,1 a 9,4 a 16,1 a 36,6 a 65,1 a 12,2 a 15,0 a 75,0 2,5 a 4,1 a 7,6 a 14,0 a 24,6 a 59,4 a 17,7 a 12,1 a 75,0 2,7 a 4,0 a 6,0 a 18,5 a 35,2 a 41,8 a 17,2 a 8,3 a N (húmus) 75,0 4,9 a 2,6 a 4,5 a 13,9 a 21,8 a 48,5 a 25,7 a 15,3 a N P K (5-20-10) 30-120-60 3,2 a 6,4 a 9,1 a 16,7 a 29,5 a 62,0 a 20,6 a 10,7 a N P K (5-20-10) 60-240-120 2,8 a 6,3 a 6,8 a 18,8 a 36,1 a 61,2 a 22,9 a 13,9 a 3,4 a 7,0 a 5,0 a 20,4 a 22,0 a 53,9 a 22,0 a 16,2 a 63,5 49,8 34,1 11,7 9,3 9,1 12,6 16,9 testemunha sem adubação CV% Obs: Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (a análise de variância foi realizada com dados transformados para log x +0,5, porém os resultados apresentados são dados originais).
  • 81. 81 TABELA 2. Porcentagem de folhas de cebola, cultivar Crioula, infectadas por Peronospora destructor , sob adubações mineral e orgânica. Ituporanga, SC, EPAGRI,1998. Tratamentos Doses de nutrientes (kg/ha) 14/10* 21/10 28/10 Datas de avaliação 04/11 11/11 19/11 25/11* 02/12 N (esterco de suíno) 75,0 0,0 0,0 a 0,0 a 0,8 a 0,0 a 8,6 ab 0,0 4,4 a N (esterco de suíno) 37,5 0,0 0,9 a 1,2 a 0,7 a 1,6 a 7,3 ab 0,0 5,8 a N (esterco Barriga Verde,  aves) N (composto orgânico) 75,0 0,0 0,0 a 0,9 a 0,0 a 5,0 a 16,4 a 0,0 9,8 a 75,0 0,0 0,0 a 0,4 a 0,0 a 0,6 a 5,3 b 0,0 9,1 a N (esterco de perú) 75,0 0,0 0,5 a 0,9 a 0,6 a 1,5 a 10,9 ab 0,0 13,0 a N (húmus) 75,0 0,0 3,4 a 0,4 a 1,2 a 1,6 a 11,1 ab 0,0 8,6 a N P K (5-20-10) 30-120-60 0,5 0,0 a 0,0 a 0,4 a 0,3 a 8,4 ab 0,0 7,5 a N P K (5-20-10) 60-240-120 0,0 0,0 a 0,7 a 0,8 a 1,3 a 9,6 ab 0,0 6,3 a 0,0 0,9 a 0,4 a 0,8 a 2,3 a 7,1 ab 0,0 6,7 a 600,0 227,6 134,7 159,9 123,1 22,7 testemunha sem adubação CV% 55,2 Obs: Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. (a análise devariância foi realizada com dados transformados para arco seno √x/100, porém os resultados apresentados são dados originais). * Nas datas de avaliações de 14/10, 25/11 não foi realizada análise de variância devido a baixa incidência ou inexistência da doença.
  • 82. 68 TABELA 3. Coeficientes de correlação (r) e determinação (r2 %) entre níveis de nutrientes em folhas de cebola, cultivar Crioula, e incidência de Thrips tabaci Lindeman 1888. Ituporanga, SC, EPAGRI, 1998. Datas de avaliação Nutrientes N P K Ca Mg Fe Mn Zn Cu B N/P N/K N/Ca N/Mg N/Fe N/Mn N/Zn N/Cu N/B P/K P/Ca P/Mg P/Fe P/Mn P/Zn P/Cu P/B K/Ca K/Mg K/Fe K/Mn K/Zn K/Cu K/B r 0,05 -0,21 0,02 0,00 0,09 -0,07 -0,16 0,17 -0,26 0,12 0,20 0,00 0,00 -0,09 0,18 0,12 0,00 0,14 -0,14 -0,13 -0,19 -0,19 0,12 0,05 -0,11 0,05 -0,32 0,00 -0,04 0,16 0,14 0,00 0,14 -0,07 14/10 r2 % 0,17 4,57 0,03 0,00 0,81 0,44 2,49 2,79 6,75 1,50 3,97 0,00 0,00 0,81 3,24 1,52 0,00 1,84 1,95 1,81 3,65 3,54 1,41 0,21 1,26 0,20 10,16 0,00 0,18 2,57 1,83 0,00 1,99 0,47 r 0,16 -0,12 0,29 -0,05 -0,03 0,13 0,03 -0,25 -0,15 0,21 0,17 -0,23 0,12 0,06 -0,13 -0,11 0,27 0,24 -0,12 -0,30 -0,02 -0,08 -0,22 -0,15 0,23 0,15 -0,19 0,25 0,18 0,08 0,00 0,36* 0,32 0,03 11/11 r2 % 2,55 1,34 8,64 0,24 0,10 1,74 0,07 6,34 2,16 4,21 3,02 5,38 1,41 0,40 1,80 1,16 7,26 5,67 1,37 8,72 0,05 0,59 4,72 2,37 5,25 2,37 3,43 6,14 3,13 0,60 0,00 13,32 10,19 0,07 r 02/12 r2 % 0,10 0,15 -0,38* -0,09 0,21 -0,10 -0,29 0,00 0,33* 0,19 -0,11 0,33* 0,11 -0,17 0,03 0,44** 0,02 -0,19 -0,20 0,38* 0,17 0,01 0,14 0,46** 0,13 -0,05 -0,12 -0,25 -0,34* -0,17 0,18 -0,22 -0,49** -0,40* 0,99 2,32 14,18 0,74 4,45 0,95 8,27 0,00 10,99 3,46 1,31 10,64 1,11 2,98 0,10 19,58 0,05 3,76 4,11 14,27 2,90 0,02 1,89 21,14 1,72 0,22 1,36 6,41 11,39 2,79 3,21 5,01 23,68 15,79 Obs: * e **, respectivamente r diferente de zero pelo teste de T ao nível de 5 e 1% de probabilidade.
  • 83. 69 Continuação da TABELA 3. Datas de avaliação Nutrientes Ca/Mg Ca/Fe Ca/Mn Ca/Zn Ca/Cu Ca/B Mg/Fe Mg/Mn Mg/Zn Mg/Cu Mg/B Fe/Mn Fe/Zn Fe/Cu Fe/B Mn/Zn Mn/Cu Mn/B Zn/Cu Zn/B Cu/B r -0,07 0,17 0,10 0,00 0,11 -0,15 0,21 0,13 0,03 0,16 -0,03 0,00 -0,11 -0,01 -0,10 -0,14 0,07 -0,20 0,15 0,11 -0,29 14/10 r2 % r 11/11 r2 % 0,56 2,95 1,10 0,00 1,22 2,15 4,49 1,69 0,07 2,59 0,07 0,00 1,26 0,01 1,10 1,96 0,49 3,88 2,15 1,29 8,24 -0,04 -0,18 -0,11 0,21 0,15 -0,11 -0,18 -0,16 0,22 0,23 -0,15 0,00 0,23 0,18 -0,03 0,09 0,10 -0,13 0,01 -0,29 -0,13 0,18 3,18 1,26 4,43 2,39 1,17 3,20 2,56 4,64 5,27 2,23 0,00 5,23 3,42 0,08 0,88 1,06 1,69 0,01 8,24 1,68 r 02/12 r2 % -0,28 0,02 0,35* 0,00 -0,24 -0,23 0,08 0,45** 0,08 -0,15 -0,07 0,11 -0,04 -0,08 -0,20 -0,35* -0,21 -0,30 -0,03 -0,13 0,27 7,87 0,04 12,38 0,00 5,71 5,52 0,67 20,01 0,68 2,18 0,56 1,25 0,13 0,63 3,84 12,14 4,53 9,09 0,08 1,75 7,32