1. A exclusão tem predominado sobre a integração, e
mesmo quando se fala desta, com frequência
pretendemos iludir as múltiplas formas de
segregação presentes nas práticas educativas
2. Dificuldade na compreensão e definição consensual do conceito de
inclusão
Pretende consubstanciar a simultaneidade do tempo e do espaço
pedagógico para todas as crianças, por forma a concretizar os ideais
educação obrigatória:
Qualidade
Eficiência
Igualdade
Equidade
A inclusão será melhor compreendida enquanto processo de
transformação da escola, conduzido a partir do conceito de
necessidades multidimensionais
Todas as crianças passam a ser igualmente valorizadas, tratadas com
respeito e a ter iguais oportunidades na escola (Thomas, 1997)
3. “O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos
aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades
e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer
as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e
ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para
todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de
estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com
as várias comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e serviços
para satisfazer as necessidades especiais dentro da escola.”
“…as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente das suas
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras.
Devem incluir as crianças deficientes ou sobredotadas, as crianças de rua, e as
que trabalham, as de populações nómadas ou remontas; as de minorias étnicas
e linguísticas e as que pertencem a áreas ou grupos desfavorecidos ou
marginalizados.”
4. Procurar atingir uma educação que garanta simultaneamente os
princípios da “equidade” e da “qualidade.
Promover o desenvolvimento de projectos Educativos e Curriculares
baseados na inclusão, na equidade e na convivência democrática,
envolvendo os professores, os alunos, as famílias e a comunidade social
em que a escola se insere.
Desenvolver uma escola para todos em que o sistema de apoios, sejam
eles internos ou externos à escola, aumente a sua competência para
uma resposta eficaz à diversidade dos alunos.
Promover a participação de todos os alunos nas actividades da sala de
aula e do âmbito extra-escolar, de modo a que se tenha em conta o
conhecimento e a experiência por estes adquiridos fora da escola.
Potenciar os processos de ensino e de aprendizagem numa perspectiva
activa, através da mobilização de todos os recursos da escola e da
comunidade assim como as oportunidades oferecidas pelas tecnologias
de informação e de comunicação.
5. «Se um sistema educativo está organizado para
dar resposta à diversidade de necessidades de
aprendizagem dos alunos , a inclusão de alunos
NEE torna-se parte dessa diversidade e,
portanto, não precisa de ser especificamente
justificada» (Wedell, 1995, p.101).
6. Incondicionalidade da colocação de todos os alunos no ensino regular;
Os direitos constituem um bem inalienável inerente a todas as
condições da natureza humana…
A Declaração de Salamanca consagra um conjunto de princípios, que
reflectem as novas políticas educativas, consagrando os seguintes
princípios:
a) O direito à educação é independente das diferenças individuais;
b) as necessidades educativas especiais não abrangem apenas algumas
crianças com problemas, mas todas as que possuem dificuldades escolares;
c) a escola é que deve adaptar-se às especificidades dos alunos, e não o
contrário;
d) o ensino deve ser diversificado e realizado num espaço comum a todas
as crianças
7. Cada criança tem o direito fundamental à educação e deve
ser-lhe dada a oportunidade de alcançar e manter um nível
aceitável de aprendizagem;
Cada criança tem características, interesses, capacidades e
necessidades de aprendizagem únicos;
Os sistemas e os programas educativos devem ser estruturados
e implementados de forma ter em conta e dar resposta à
grande diversidade das características e necessidades;
Os alunos com NEE devem ter acesso ao ensino regular, que os
deve acomodar através de uma pedagogia centrada na criança
capaz de responder às suas necessidades
8. HUMAN RIGHTS
1.All children have the right to learn together.
2.Children should not be devalued or discriminated against by being excluded or sent away
because of their disability or learning difficulty.
3.Disabled adults, describing themselves as special school survivors, are demanding an end to
segregation
4.There are no legitimate reasons to separate children for their education. Children belong
together -- with advantages and benefits for everyone. They do not need to be protected from
each other.
EDUCATION
5.Research shows children do better, academically and socially, in inclusive settings.
6.There is no teaching or care in a segregated school which cannot take place in an ordinary
school.
7.Given commitment and support, inclusive education is a more efficient use of educational
resources.
SOCIAL
8.Segregation teaches children to be fearful, ignorant and breeds prejudice.
9.All children need an education that will help them develop relationships and prepare them for
life in the mainstream.
10.Only inclusion has the potential to reduce fear and to build friendship, respect and
understanding.
9. “O currículo deve ser acessível a todos os alunos e basear-se
em modelos de aprendizagem, eles próprios, inclusivos e deve
acomodar-se a uma diversidade de estilos de aprendizagem.”
“O currículo deve organizar-se de forma flexível, respondendo
à diversidade das necessidades individuais dos alunos
(linguísticas, étnicas, religiosas ou outras) e não ser
rigidamente prescrito a nível nacional ou central.”
“Um currículo inclusivo coloca maiores desafios e exigências
aos professores que devem ser apoiados nos seus esforços de
planificação, organização e implementação dos contextos de
aprendizagem que melhor asseguram a participação e sucesso
dos alunos.”
10. “uma diversidade de recursos – materiais de ensino, equipamentos
especiais, recursos humanos adicionais, metodologias de ensino ou
outros organizadores da aprendizagem – que podem ajudar no acto de
aprender. O apoio refere-se a todos estes recursos, mas
particularmente àqueles que estão para além dos que o professor, só
por si, pode proporcionar.” (Overcoming Exclusion, 2003, p. 26);
o apoio é considerado, fundamentalmente, um factor de mudança e
melhoria das condições de aprendizagem e participação dos alunos, de todos
os alunos, nas suas comunidades de aprendizagem, não apenas um conjunto
de recursos que de alguma forma suplementam o que a classe regular
proporciona aos seus alunos.
implica que os recursos mais importantes sejam os que têm um
impacto directo na aprendizagem e participação dos alunos - alunos
que não devem apenas estar juntos, mas que, acima de tudo, devem
aprender juntos – e que consistem, essencialmente, em:
Nos alunos (organização das relações de colaboração entre alunos…).
Nos professores (colaboração entre professores…).
Nos pais (como parceiros na educação dos seus filhos…).
Na comunidade (como rede de apoio e suporte das escolas…).
11. Neste contexto, importa fundamentalmente salvaguardar estratégias de desenvolvimento
tais como:
As adaptações nos materiais e equipamentos.
A planificação colaborativa das adaptações.
A organização de tutorias pedagógicas.
A reorganização das formas de interdependência social entre alunos.
A aprendizagem activa e cooperativa.
A flexibilização dos níveis de participação dos alunos em contexto de sala de aula.
A alteração dos procedimentos avaliativos.
As condições de matrícula e frequência.
A adequação de classes ou turmas.
A participação dos pais.
Podem ainda equacionar-se outras alterações, mais ou menos profundas, que envolvam
mudanças a nível de:
Modificações dos objectivos.
Modificações dos conteúdos.
Outras aprendizagens.
Técnicas de ensino específicas e especializadas (Braille, mobilidade, formas alternativas de
comunicação, etc.).
Aprendizagens noutros contextos.
Reorganização dos tempos ou blocos.
Reforço da aprendizagem em contextos naturais (funcionalidade e ambiente casa, comunidade e
lazer).
Diversificação das experiências de aprendizagem na classe, na escola, na família e na comunidade.
12. Conhecimento base (Reynolds, 1990) que os professores de educação especial
deveriam dominar:
Princípios éticos e legais
Curriculum
Teoria e sistemas educativos
Organização da sala de aula
Competências básicas de literacia
Auto-regulação e comportamento estratégico
Avaliação
Tecnologia
Interdependência positiva entre alunos com NEE e outros colegas
Comunicação e consultadoria
Trabalho com os pais
Ensino interactivo para a mudança cognitiva
«Não é recomendável uma formação distinta em educação especial… Não há
motivos fortes para que educação geral e especial permaneçam separadas na
educação dos professores» (Reynolds et al., 1996).
13. Inserir situações de aprendizagem em actividades
significativas
Promoção do diálogo na sala de aula de forma a
favorecer condições para uma aprendizagem auto-
regulada
Demonstração, por parte do professor, de
responsividade instrucional face à realidade e
necessidade dos alunos;
Estabelecimentos de comunidades de aprendizagem
nas salas de aula
14. Não há evidencia que as NEE dos alunos estejam a ser
adequadamente respondidas nesses contextos;
O ensino tende a ser dirigido ao grupo com relativamente
poucos períodos de monitorização do trabalho individual
Os processos de feedback são pouco observados
Os alunos com NEE envolvem-se menos nas actividades
académicas
De um modo geral os professores tem expectativas baixas
relativamente aos alunos com NEE
O comportamento dos alunos com NEE é marcado pelo selo
da passividade