José Eduardo Costa - “As dificuldades e oportunidades das cadeias produtivas quanto as adequações em Boas Práticas Agropecuárias” - Boas Práticas Agropecuárias e Produção Integrada - De 11 a 14 de novembro de 2014, em Foz do Iguaçu/PR.
José Eduardo Costa - “As dificuldades e oportunidades das cadeias produtivas quanto as adequações em Boas Práticas Agropecuárias” - Boas Práticas Agropecuárias e Produção Integrada - De 11 a 14 de novembro de 2014, em Foz do Iguaçu/PR.
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José Eduardo Costa - “As dificuldades e oportunidades das cadeias produtivas quanto as adequações em Boas Práticas Agropecuárias” - Boas Práticas Agropecuárias e Produção Integrada - De 11 a 14 de novembro de 2014, em Foz do Iguaçu/PR.
1. José Eduardo Costa Diretor Executivo
As dificuldades e oportunidades das cadeias produtivas quanto as adequações em Boas Práticas Agropecuárias
V SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO MERCOSUL.
XII SEMINÁRIO BRASILEIRO DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE FRUTAS
2. Na década passada, o objetivo principal das certificações de hortifrutícolas era tranquilizar os consumidores quanto à qualidade e segurança dos produtos (food safety);
A partir de 2010, a abordagem dos protocolos de certificação tem ganhado nova perspectiva;
Certificações socioambiental;
Diferenciam o produto, especialmente aos olhos de compradores estrangeiros.
Certificações
3. Avanços da certificação de frutas no Brasil nos últimos 10 anos,;
Pequena parcela dos produtores conta com esse diferencial;
Maioria deles fornecedores principalmente do mercado externo ou de grandes redes varejistas brasileiras;
Constatação da necessidade de obter certificação.
Busca por diferenciação ou ganho de competitividade e a visão de que certos compradores não aceitarão o seu produto em futuro.
Diagnostico atual
Certificação é tema de interesse dos produtores,
Destaque para produtores de frutas , hortaliças;
Desconhecimento da variedade dos selos disponíveis para o setor hortifrutícola.
4. Protocolos : Orgânicos, Boas Práticas Agrícolas e Socioambientais.
Proliferação de normas e selos;
Certificações independentes;
Promovidas por Organizações não- -Governamentais (ONGs), institutos ou empresas;
Confundir consumidores e produtores;
junção das certificações que apresentam o mesmo foco: Boas Práticas Agrícolas, Orgânico ou Socioambiental;
Criação de um protocolo oficial em condições de ser aceito pelos principais compradores internacionais.
7. Entre todas as classes sociais há o entendimento de que a alimentação efetivamente saudável distancia-se do público pelo preço mais elevado. Dão como exemplos: - O azeite de oliva extra virgem - Oléo de girassol, de canola - Os integrais, aveia, linhaça - Peixe - Margarina livre de colesterol - Leite com ômega 3 - Os orgânicos - Verduras e legumes já higienizados, cortados É disseminada entre as várias classes e faixas etárias a associação entre produtos orgânicos e saudabilidade
Pesquisa sobre consumo de FLV’s pelo brasileiro
8. Orgânicos são basicamente definidos como livres de agrotóxico. Compõem uma categoria aspiracional para todos os segmentos de público. E são aspiracionais porque: 1. Tem preço elevado, inclusive para a classe A/B1. Entre este segmento é comum a compra esporádica ou a compra de determinadas FLVs orgânicas 2. A distribuição é restrita
A atratividade: Aos defensivos agrícolas são associadas expressões como veneno, câncer, doença, prejuízo à saúde
9. Assim, há duas campanhas paralelas em vigor:
Uma que marca benefícios e vantagens do consumo de FLVs
A forte imagem de saudabilidade dos FLVs preconizada por médicos, mídia parece promover a dissociação entre a visão dos agrotóxicos e o consumo das FLVs
-Não se olha para uma FLV como um produto com veneno ou potencialmente cancerígeno. Olha-se como um produto que promove benefícios à saúde
- O defensivo tem uma invisibilidade
Outra contra os agrotóxicos/ defensivos: sinônimo do mal
É discurso corrente entre as variadas classes, idades
Há o risco objetivo: na medida em que orgânicos se afirmam como a referência do saudável, “empurram” os convencionais para zona do não saudável…
O selo de qualidade parece grande iniciativa contra o risco
10. Mas eu não sei discernir a ponto de deixar de comprar. Eu não deixo de comprar. A não ser que tenha uma plaquinha: “fui tratado com agrotóxico”. Se não tiver a plaquinha, tiver bonito, viçoso, eu tô querendo comprar... (POA – A/B – 17 a 24 anos) Se você lavar bem lavadinha, você pode usufruir de tudo que você compra. É só saber lavar. O Leandro morreu por causa disso aí. (Brasília B2/C– 36 a 45 anos)
11. Selo de garantia de qualidade: - Ganha uma força muito grande quando é compreendido como a garantia da qualidade em todo o processo, desde o plantio até a distribuição - Gera confiança, segurança Fortalecidas quando se refere ao uso correto de defensivos agrícolas e se destaca a existência de níveis aceitos pelo Ministério da Saúde como não prejudiciais á saúde humana. O selo de qualidade divulgado com estes conteúdos, é extremamente valorizado pelo público
Os diferenciais
12. Produção ecologicamente correta:
O entendimento nao é amplo, claro.
Sugere por vezes que é livre de agrotóxico .
Sabe-se que não prejudica o meio ambiente, mas não se tem clara a extensao disso.
Não vai poluir as águas é a percepção mais comum
A preocupação com o meio ambiente gera uma primeira atração, mas raramente se dispõem a pagar a mais por isso
Os diferenciais
13. Procedência: tem simpatia de expressiva parcela do público - - O mote central é que oferece uma responsabilidade sobre o produto, confundindo-se com a “marca” - É inexpressiva a percepção de indicação de qualidade a partir da região produtora. Desconhecem este valor, exceto por situações pontuais como os “Morangos de Atibaia para os paulistanos
Marca: Tende a predominar a percepção de falta de sentido em se atribuir marcas a produtos naturais Alguns participantes consideram positivo porque: - “alguém” passa a se responsabilizar pelo produto - com o tempo, a marca se afirma e vira uma referência de qualidade
Os diferenciais
14. E inclusive pela profusão de informações veiculadas na mídia, o consumidor não consegue ligar dados benefícios a produtos específicos. Esta condição é outro facilitador do consumo privilegiado daqueles produtos mais baratos. Assim, é estratégico que estas informações sejam trazidas para dentro dos pontos de venda, que estejam orientando a compra do consumidor, ligadas aos produtos. Há ainda que se considerar a forte associação entre o agrotóxico ou defensivos agrícolas e doenças, principalmente câncer. É fato que ninguém está deixando de comer FLVs pelo uso de agrotóxicos, até porque é invisível ao consumidor. Mas esta tendência tem potencial para fragilizar o apelo de saudabilidade das FLVs. O selo de qualidade poderia ser uma resposta eficaz,se bem divulgado. Vários outros aspectos pesam como limitadores e possíveis estímulos de consumo. Baseado nisto, algumas ações estão listadas a seguir.
Algumas conclusões da pesquisa
15. 6) Preventivamente: iniciar o trabalho de esclarecimento sobre as características de saudabilidade dos produtos com defensivos agrícolas empregados corretamente Evitar que visão dos agrotóxicos passe a operar como freio de consumo das FLVs convencionais. Certamente o público de elevado poder aquisitivo vem migrando para os orgânicos Criar selo de garantia de qualidade.
Algumas conclusões da pesquisa
19. José Eduardo Costa Diretor Executivo
Na vida não existem soluções, existem forças em marcha. Há de se articulá-las e as soluções se articularão” Antoine de Saint-Exupérry