2. POR QUE PLANEJAR O ENSINO?
Para fazermos escolhas
coerentes;
Organizarmos as rotinas;
Termos objetivos
delimitados;
Saber aonde queremos
chegar;
Delimitarmos o que
precisamos ensinar aos
nossos alunos.
3. E O CURRÍCULO?
Os documentos
curriculares (PCNs,
PCSC e DCMs)
constituem-se de
orientações que podem
reger o trabalho do
professor.
Por isso, influencia no
planejamentos e nos
processos de mediação
dos professores.
4. Quando as aulas são bem planejadas, os
estudantes se envolvem muito mais.
Contudo, isso não quer dizer que devamos nos
preocupar apenas com o planejamento das
atividades, mas sobretudo com nossas posturas,
os modos de mediação e à capacidade de
explicar e dialogar com nossas crianças, pois a
melhoria da prática pedagógica envolve, por um
lado, a ampliação contínua dos conhecimentos,
mas também o desenvolvimento de modos de
interagir com nossos alunos.
5. É interessante que os professores
planejem atividades permanentes que
favoreçam o interesse e crescimento de
seus alunos. Uma sugestão é realizar
atividades que envolvam a leitura de
gêneros textuais, como contos, charges,
histórias em quadrinhos, podcasts,
videocasts, blogs.
Vieira e Fernandes argumentam que “por
ser a escola, às vezes, o único espaço
onde algumas crianças terão oportunidade
de acesso a livros, é importante favorecer
este acesso”.
6. COMO ENSINAR AS PRODUÇÕES
ORAL E ESCRITA?
Através da sequência didática:
“Tem a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor
um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou
falar de uma maneira adequada numa dada situação
de comunicação”. (Schneuwly, 2004 )
7. SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
Uma boa forma de organizar o
trabalho pedagógico são as
sequências didáticas ou atividades
sequenciais, que são as situações
em que as atividades são
dependentes umas das outras e
a ordem das atividades é
importante. Por meio das
atividades didáticas, um mesmo
conteúdo pode ser revisitado em
diferentes aulas, de modo
articulado e integrado.
8. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – PARA QUE SERVE?
Organizar as intenções
pedagógicas através de
temas, objetivos,
conteúdos que atendam as
necessidades do projeto
didático, dos professores e
dos alunos;
Organizar as intenções
pedagógicas de tal forma
que garanta a
transversalidade de seus
conteúdos, temas e
objetivos;
9. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – PARA QUE SERVE?
Preparar técnica e
academicamente o
professor, tornando-o capaz
de fomentar e propiciar a
construção de
conhecimentos específicos
com o grupo de alunos sob
sua responsabilidade, posto
que é fundamental que se
procure, através de pesquisas,
ter conhecimentos prévios que
ultrapassem o senso comum,
o óbvio.
10. SEQUÊNCIA DIDÁTICA E OS GÊNEROS TEXTUAIS
Gêneros textuais são as
mais diferentes espécies de
textos, escritos ou falados,
que circulam na sociedade e
que são reconhecidos com
facilidade pelas pessoas.
Por exemplo: carta, bilhete,
poema, sermão, notícia de
jornal, receita culinária,
conversa ao telefone, piada,
romance, videocast, podcast,
fotonovela, hipertexto, etc.
11. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – VANTAGENS
A elaboração de sequências
didáticas permite ao
professor:
aquisição de novos
conhecimentos (amplia
seus horizontes);
ampliação de repertório;
previsão de materiais e
novas possibilidades de
trabalho.
12. SEQUÊNCIA DIDÁTICA
COLETIVA E INTERDISCIPLINAR?
Ao trabalhar coletivamente, são colocados, à
mesa, os conhecimentos e as habilidades de
cada professor (formação inicial, criatividade,
inciativa, escrita, dança, artes).
Portanto, é a convergência das competências
que garante a qualidade dos serviços
educacionais oferecidos à comunidade.
13. Seria ingênuo desconsiderar que, ao mesmo tempo,
divergências surgem e, é por elas que amadurecemos
profissionalmente.
Trabalhar as competências do grupo, ao invés de
investir, insistentemente, nas dificuldades individuais,
não esquecendo que é preciso reconhecê-las para
superá-las.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
COLETIVA E INTERDISCIPLINAR?
14. Em uma sequência
didática, não há uma
cronologia a ser
seguida, o professor tem
total autonomia para
colocá-la em prática,
considerando que os
objetivos devem ser
cumpridos, assim como,
o tema estabelecido.
O CUMPRIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
15. Para fazermos uma sequência
didática é preciso estudo e
pesquisa. Portanto, para
fazê-las não há alternativa
senão sairmos da zona de
conforto. Uma sequência
didática, assim como a
música, precisa de um
começo, um meio e um fim
e, além disso, de muita
inspiração e estudo.
O CUMPRIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
17. 1ª ETAPA: APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
Compartilhar a proposta de trabalho com os alunos;
Analisar as marcas do gênero;
Sondar o conhecimento prévio dos alunos acerca do
gênero;
Ler diferentes textos do gênero escolhido;
Buscar informações sobre o tema.
18. 2ª ETAPA: PRODUÇÃO INICIAL
Mapear o conhecimento prévio dos alunos:
Nessa etapa, ao propor a primeira produção aos alunos,
o professor deve detalhar a situação de comunicação:
para quem se destina o texto (pais, colegas, professores),
qual é a finalidade (informar, convencer, divertir), que
posição tem o autor (aluno, representante da turma,
narrador), onde o texto vai ser publicado (no jornal da
escola, no mural da sala de aula, no jornal local).
Essa produção aponta os saberes dos alunos e dá
pistas para que o professor possa melhor intervir no
processo de aprendizagem.
19. 2ª ETAPA: PRODUÇÃO INICIAL
Analisar as marcas do gênero:
No decorrer das atividades, é essencial a mediação do
professor, para que os alunos consigam analisar e
identificar os recursos utilizados pelos autores na
escrita. Por exemplo: ler textos, identificar as marcas
próprias do gênero ( as expressões próprias, os tempos
verbais utilizados).
20. 3ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Nos módulos, de modo geral, procura-se trabalhar os
problemas que apareceram na produção inicial e
dar aos alunos os instrumentos necessários para
superá-los.
O professor avalia as principais dificuldades da
expressão oral ou escrita dos alunos e constrói
módulos com diversas atividades e estratégias para
trabalhar a superação de cada problema.
Os módulos, assim como toda a sequência didática, não
são fixos, mas possuem um movimento que vai do mais
complexo ao mais simples, para, no final, voltar ao
complexo, que é a produção final.
21. 3ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
• Identificar a situação de comunicação:
Quem escreve? Para quem? Por quê? Onde
circula? O que não pode faltar?
Módulo 01 –
Condições de produção
e conteúdos temáticos
• Analisar os elementos próprios da
composição do gênero.
• Adequação da linguagem ao gênero.
Módulo 02 –
Plano global
• Analisar as convenções de escrita.
• Analisar as convenções sintáticas (estudo gramatical
contextualizado).
• Observar o nível semântico da expressão.
Módulo o3 –
Estilos ou marcas
linguísticas
22. 3ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Instrumentos necessários para superação dos
problemas
o Em cada um desses níveis, o aluno encontrará problemas
específicos de cada gênero e deve, ao final, ser capaz de
resolvê-los simultaneamente. Para isso, em cada módulo,
“é muito importante propor atividades as mais
diversificadas possíveis, dando, assim, a cada aluno a
possibilidade de ter acesso, por diferentes vias, às noções
e aos instrumentos, aumentando, desse modo, suas
chances de sucesso”.
23. 3ª ETAPA: ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Por isso, é importante um trabalho/ sequência didática
envolvendo atividades com uma ou mais linguagens, seja em
Língua Inglesa ou de modo interdisciplinar.
Pictórica – desenho;
Musical – vocalização, oralidade, rota fonológica e voz;
Sinestésica – movimento/ psicomotricidade;
Midiática – computador, celular, tablet, etc.;
Gráfica – as letras e os números.
24. 4ª ETAPA: PRODUÇÃO FINAL
o O produto final ao ser planejado pelo professor deverá enfocar os
objetivos iniciais geral e específicos, assim como, exigir do aluno as
competências e habilidades exploradas ao longo das conceituações
e atividades desenvolvidas ao longo da sequência didática.
o O produto final não pode ser uma mera reprodução do conteúdo
estudado ao longo da sequência didática. O produto final visa
estabelecer um olhar sobre o todo/ conjunto de ações e demonstrar o
ensino-aprendizagem estabelecida desde o início da sequência
didática.
25. “5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Avaliação é um tema de grande complexidade não havendo ainda um
consenso em torno de um modelo.
Porém a avaliação ocorre em todos os momentos da sequência didática.
Diagnóstica: entrada – início da sequência didática.
Formativa (processual): contínua - acompanhamento – qualitativa
Somativa: final – produto – quantitativa
Uma avaliação sem a devida fundamentação teórica e metodológica
constitui-se em mero ato mecânico.
26. “5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Avaliação só tem sentido para a aprendizagem quando os resultados
permitem ao aluno continuar progredindo. E isto só será possível
quando a avaliação dos resultados que se transmite ao aluno for feita
com relação a suas capacidades e ao esforço realizado. Este é
provavelmente o único conhecimento que é preciso saber com justiça,
já que é o permite promover a auto-estima e a motivação para
continuar. (Zabala, 1998)
A avaliação deve ser usada sempre para melhorar, nunca para
eliminar, selecionar ou segregar. Ensinar, aprender e avaliar não são
momentos separados. Formam um contínuo em interação
permanente. (Méndez, 2005)
28. “5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Avaliação Formativa ou Processual
É realizada com o propósito de informar o professor e o aluno sobre o
resultado da aprendizagem, durante o desenvolvimento das atividades
escolares. Localiza deficiências na organização do ensino-aprendizagem
de modo a possibilitar reformulações no mesmo e assegurar o alcance dos
objetivos.
É denominada formativa porque demonstra como os alunos estão se
modificando em direção aos objetivos.
A avaliação formativa ou processual pode ser feita de maneira contínua e
informal, no dia-a-dia da sala de aula, e pode também ser feita em
oportunidades regulares, incluindo o uso de instrumentos mais formais
como testes, provas, apresentações de relatórios de trabalhos, competições
e jogos.
29. “5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Quando realizar e como avaliar?
Diariamente: ao rever os cadernos, o dever de casa, fazer e receber
perguntas, observar o desempenho dos alunos, nas diversas atividades de
classe;
Ocasionalmente: por meio de provas ou outros instrumentos, mais ou
menos formais, para aferir a aprendizagem e outros desempenhos dos
alunos;
Periodicamente: utilizando testes ao final de cada sequência didática,
sub-unidade, unidade, projeto, trimestre (bimestre) ou semestre.
30. “5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Para que avaliar?
Para corrigir rumos, rever, melhorar, reformar, adequar o ensino de
forma que o aluno atinja os objetivos de aprendizagem;
Estabelecer critérios e os níveis de eficiência para comparar os
resultados da produção inicial, ao longo e ao término da sequência
didática;
31. “5ª ETAPA”: AVALIAÇÃO
Avaliação para além do cognitivo: inicial, processual e somatória
Avaliação totalizadora
A. Conhecer;
A. Fazer;
A. Viver juntos;
A. Ser.
Cognitivo;
Psicomotor;
Afetivo.
(Bloom, 1970)
Factual;
Conceitual;
Procedimental;
Atitudinal.
(Zabala,1998)
32. CADA PLANEJAMENTO DA SEQUÊNCIA DEVERÁ CONTER:
TEMPO ESTIMADO
MATERIAL
NECESSÁRIO
OBJETIVOS
O que se espera que os alunos aprendam com a atividade
proposta, tendo como foco a aprendizagem, e não o
ensino.
CONTEÚDOS Conteúdos curriculares trabalhados na atividade.
DESENVOLVIMENTO
Envolve as várias etapas da atividade, as intervenções
a serem feitas, a criação de situações mais adequadas
à realidade da turma.
AVALIAÇÃO
Verificação do processo de aprendizagem.
Parâmetros a serem usados no decorrer das etapas.
Atividades específicas, como problemas e perguntas.
33. REFERÊNCIAS
o AMARAL, Heloísa. Como e por que trabalhar com gêneros textuais no Prêmio Escrevendo o
Futuro. Disponível em:<http://www.cenpec.org.br >– Acesso em: 22 mar 2015.
o BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
o BLOOM, B.; HASTINGS, J. T.; MADAUS, G. F. Manual de avaliação formativa e somativa do
aprendizado escolar. São Paulo: Pioneira, 1983.
o KOCH, I.V.; ELIAS, V.M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
o MARCUSCHI, Luis Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In DIONISIO, A.P.;
MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros Textuais e Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
o MÉNDEZ, Juan Manuel Alvarez. Avaliar para Conhecer – Examinar para Excluir.; trad. Magda
Schwartzhaupt Chaves. Porto Alegre, RS: Artmed Editora, 2005.
o SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ Joaquim. Gêneros orais e escritos. Campinas: Mercado de letras,
2004.
o ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998