Este poema descreve a vida de D. Pedro, Regente de Portugal. Ele é descrito como alguém claro em seus pensamentos, sentimentos e desejos, que viveu sua vida de forma calma e fiel aos seus deveres e ideais, independentemente do que a sorte trouxesse. Apesar de ter vivido sob céus silenciosos, permaneceu fiel às suas promessas e convicções.
2. ESTRUTURA EXTERNA
Claro em pensar, e claro no sentir, A
É claro no querer; B
Indiferente ao que há em conseguir A
Que seja só obter; B
Dúplice dono, sem me dividir, A
De dever e de ser — B
Não me podia a Sorte dar guarida D
Por não ser eu dos seus. E
Assim vivi, assim morri, a vida, D
Calmo sob mudos céus, E
Fiel à palavra dada e à ideia tida. D
Tudo mais é com Deus! E
• Duas sextilhas;
• Rima cruzada com dois versos
soltos no final de cada estrofe;
• Versos hexassilábicos e
decassilábicos, alternadamente;
• Insere-se na 1ª parte, Brasão.
3. ESTRUTURA INTERNA
Claro em pensar, e claro no sentir,
É claro no querer;
Indiferente ao que há em conseguir
Que seja só obter;
Dúplice dono, sem me dividir,
De dever e de ser —
Não me podia a Sorte dar guarida
Por não ser eu dos seus.
Assim vivi, assim morri, a vida,
Calmo sob mudos céus,
Fiel à palavra dada e à ideia tida.
Tudo mais é com Deus!
Descrição de D. Pedro
Descreve a vida que D. Pedro
levou, elogiando-o.
4. RECURSOS EXPRESSIVOS
Claro em pensar, e claro no sentir,
É claro no querer;
Indiferente ao que há em conseguir
Que seja só obter;
Dúplice dono, sem me dividir,
De dever e de ser —
Não me podia a Sorte dar guarida
Por não ser eu dos seus.
Assim vivi, assim morri, a vida,
Calmo sob mudos céus,
Fiel à palavra dada e à ideia tida.
Tudo mais é com Deus!
• Anáfora
• Paradoxo
• Personificação