2. Era uma vez uma cidade de
pedra. Os montes, as ruas,
as calçadas, as casas, tudo
era de pedra. Que estranho...
Os moradores também são
de pedra. Velhos, jovens,
mulheres e crianças, até os
animais são de pedra.
3. Meu Deus, que cidade triste! Reparando bem, é tudo muito
triste. Os rostos, os olhares, a vida. Não sorriem, não
abraçam, não se falam, não se percebem.
4. Nessa cidade não se vê criança brincando na rua, jovens,
casais e velhos passeando na praça. Aliás, não existem
praças nessa cidade. Foram substituídas por imensas
colméias de pedra.
5. Mas a cidade de pedra não para. Seus moradores estão
sempre correndo, cada vez mais rápido de um lado para outro,
conquistando, descobrindo, superando, escalando a vida.
6. Mas descobriu-se que estes seres estranhos quanto mais se
desenvolvem, mais endurecidos ficam os seus corações. Não
sentem, não choram, não se envolvem, não partilham, são
indiferentes aos sentimentos alheios. São de pedra.
7. Andando por essa cidade, em qualquer parte dela, se
percebe sua agonia: drogas, violência, prostituição, tráfico,
seqüestro, delinqüência juvenil, injustiça social, fome quebra
dos valores morais, divórcio e amaziamento e tantas outras
misérias.
8. Nesta cidade a vida grita e chora, mas ninguém ouve. São
de pedra. Ah! Mas nessa cidade há um grupo diferente,
quer dizer, aparentemente igual aos demais, mas há algo na
essência que faz toda a diferença: o coração é de carne.
9. É gente que chora, que ri, que abraça, que partilha. É gente
que reparte o seu pão, veste o nu, acode ao necessitado,
abre a porta ao forasteiro. É tudo fruto de um novo coração.
Esse grupo especial é alegre, corajoso, confiante e cheio de
esperança.
10. O grito de dor da cidade de pedra não passa desapercebido
aos ouvidos desse povo. É gente que não se omite, não se
esconde do seu semelhante, ajuda. Costumam chamar a
esse grupo de “Igreja”.
11. Dizem que foi um homem chamado JESUS que transformou
seus corações, abriu os seus olhos e mudou o seu modo de
viver. Há alguns moradores da cidade de pedra que dizem
ser amigos de Jesus e que foram tocados por Ele, mas os
seus corações continuam de pedra e as suas ações são iguais
aos demais seres de pedra.
12. Eu descobri que entre os seres de coração de carne, tocados
por Jesus, há uma palavra que define suas vidas: é o amor.
E aquele que odeia ao seu irmão, em essência é assassino,
não é gente, é pedra.
13. Ele também disse que a cidade
continuaria de pedra, mas que
Ele daria a muitos um coração
de carne, que ama e abençoa o
seu semelhante.
Seja você um desses!
Autor: Pr. Itamar S. Bezerra
Edição e Criação Gráfica: Janice
M. dos Santos