Praga é uma joia arquitetônica com edifícios de estilos românicos, góticos, renascentistas e barrocos que formam um conjunto feérico. A catedral gótica, o castelo, as igrejas com cúpulas e as pontes sobre o rio Vltava atraem e encantam os visitantes, enquanto o Menino Jesus de Praga reina sobre a cidade.
1. A feeria
arquitetônica
de Praga
Gregorio Vivanco Lopes
Praga, capital da República Tcheca, é uma joia arquitetônica em que florescem admiráveis
estilos característicos da civilização cristã.
Na Europa da Idade Média, a arquitetura religiosa foi esplendidamente desenvolvida a partir
do românico, desabrochando depois nessa maravilha inigualável que são as catedrais góticas.
Posteriormente o barroco, também ele digno, produziu monumentos religiosos de grande
beleza artística, próprios a servir de moldura para a elevação do culto e da piedade dos fiéis
nas igrejas e nas capelas, nos mosteiros e nos conventos. Está fora do nosso panorama a
chamada “arte moderna”, na verdade uma degenerescência da arte.
E a arquitetura profana? Por definição, é aquela não especificamente religiosa. É a
arquitetura dos castelos e dos palácios dos nobres, das mansões dos burgueses, das casas
modestas, mas ornadas, do povo em geral. A arquitetura profana, embora não sendo
especificamente religiosa, não deve ser a-religiosa, e menos ainda anti-religiosa.
2. Como se obtém isso? Pela proporção e beleza do prédio, pelo bom gosto das cores, pela
elevação das linhas arquitetônicas, pelos mil imponderáveis enfim que um edifício comunica
a quem o contempla.
Nesse sentido, um castelo, um palácio, uma mansão, mesmo a simples residência de um
camponês ou de um operário, cada qual no seu nível próprio, deve ajudar o espírito humano
a elevar-se por meio da admiração e da contemplação. Dado que o homem é um ser
composto de espírito e matéria, a casa não deve ter em vista apenas o conforto do corpo,
mas deve satisfazer também os nobres anseios da alma.
A arquitetura tradicional de Praga, felizmente restaurada após os anos de pesadelo
comunista, é um convite permanente à admiração e à contemplação. Edifícios de grande
beleza, de estilos muito diferentes (românicos, góticos, renascentistas, barrocos), todos
misturados, sem ordem definida, formam um conjunto arquitetural verdadeiramente feérico,
distribuído por ruelas e pequenas praças que mantêm toda a organicidade de um traçado
medieval.
3. A portentosa catedral gótica, onde se encontra o túmulo do imperador Carlos IV do Sacro
Império, que em Praga estabeleceu sua capital; o enorme castelo, visível de toda a cidade; as
“cem cúpulas” das igrejas; numa área diversa da arquitetura, as vitrines com encantadores
cristais brancos e coloridos da Boêmia; as numerosas e antigas pontes sobre o sinuoso rio
Vltava, especialmente a artística ponte Carlos, do século XIV; tudo isso atrai, encanta, eleva.
E pairando sobre a cidade, as bênçãos do Menino Jesus de Praga, que se venera na igreja dos
4. carmelitas descalços, junto a um altar onde reina Nossa Senhora Aparecida.
(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)