O documento define diabetes como uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de açúcar no sangue (hiperglicemia) devido à produção insuficiente ou ação deficiente de insulina. A diabetes pode causar complicações como retinopatia, nefropatia e problemas cardiovasculares e é tratada com insulina, medicamentos ou terapia nutricional e exercício físico.
4. Definição
A diabetes é uma doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis
de açúcar (glicose) no sangue.
A quantidade de glicose no sangue, chama-se glicemia
Ao aumento da glicemia, chama-se: hiperglicemia
Hiperglicémia
(açúcar elevado no sangue)
insuficiente produção insuficiente acção da insulina
Hanas R. 2007
5. Definição
A diabetes é uma doença que resulta de uma deficiente capacidade de
utilização pelo nosso organismo da nossa principal fonte de energia – a
glicose.
Muitos dos alimentos que ingerimos são transformados em glicose no
nosso TGI.
Ela resulta da digestão e
transformação dos amidos e dos
açúcares da nossa alimentação.
Depois de absorvida, entra na circulação sanguínea e está
disponível para as células a utilizarem.
Para que a glicose possa ser utilizada como fonte de
energia, é necessária a insulina.
Hanas R. 2007
6. Definição
Índice Glicémico (IG) é o valor de glicemia (glicose sanguínea) obtido pela ingestão
de 50g de glícidos de um alimento quando comparado com o valor de glicemia
obtida pela ingestão de 50g de glicose pura ou 50g de pão branco
O IG classifica a capacidade dos alimentos em aumentar o nível de glicemia após a sua
ingestão (resposta glicémica)
Pico de glicemia
Glicemia
Glicemia
Tempo Tempo
Refeição com Baixo Índice Glicémico Refeição com Alto Índice Glicémico
Digestão e absorção gradual dos Digestão e absorção rápida dos alimentos
alimentos
Holford P. et al. 2009; Teixeira P. et al. 2008
7. Definição
A insulina é produzida no pâncreas
A sua falta ou a insuficiência da sua acção leva a alterações muito
importantes no aproveitamento dos açúcares, das gorduras e das
proteínas pelas células
As células do cérebro, nervos, retina, rins, glândulas supra-renais, e
glóbulos vermelhos podem absorver a glicose sem ajuda da insulina
(proporção directa ao nível existente no sangue)
Hanas R. 2007
8. Diagnóstico
Sintomas são confirmados com análises sanguíneas
Podem não existir sintomas e o diagnóstico ser feito em
exames realizados por outra causa
Se tiver uma glicemia ocasional de 200 mg/dl* ou superior com sintomas
Se tiver uma glicemia em jejum (8 horas) de 126 mg/dl ou superior em 2
ocasiões separadas de curto espaço de tempo
Categoria Glicemia (mg/dl)
Normal < 100
Pré-diabetes 100-126
Diabetes > 126
Hanas R. 2007, ESPEN 2006
9. Classificação
Insulino-dependente
Crianças e jovens (<35anos)
Perda total da capacidade de
produção de insulina
Não Insulino-dependente
Adultos
Resistência à insulina
Hanas R. 2007
11. Causas
Envelhecimento Estilo de vida
sedentário
A cada 10 segundos 1
indivíduo morre por
complicações associadas à
diabetes
A cada 10 segundos 2
pessoas desenvolvem
diabetes
Reduz a esperança média
Alimentação não Obesidade de vida em 5-10 anos
saudável
Aumenta 2x o risco de
desenvolver doenças
cardiovasculares
IDF 2007
12. Sintomas
Sintomas típicos
Urinar em grande quantidade e mais vezes - POLIÚRIA
Sede constante e intensa - POLIDÍPSIA
Fome constante e difícil de saciar - POLIFAGIA
Sensação de boca seca - XEROSTOMIA
Fadiga
Comichão (prurido) no corpo (sobretudo ao nível dos orgão
genitais)
Visão turva
Hanas R. 2007
17. Complicações
Possíveis complicações
Complicações microvasculares
Retinopatia
Nefropatia
Neuropatia
Complicações macrovasculares
Macroangiopatia
Hipertensão arterial
Complicações neuro, macro e microvasculares
Pé diabético
Outras complicações
Disfunção sexual
Infecções
Hanas R. 2007
18. Tratamento
Insulina ou antidiabéticos orais
Terapêutica Nutricional
Exercício físico
Terapêutica
Nutricional Polifraccionamento
20 a 30 kcal/kg de peso/dia
55-60% de glícidos do valor energético total diário
< 30% de lípidos do valor energético total diário
0.8 – 1g proteínas/kg de peso/dia
20-30g de fibra /dia
Reduzir ingestão de sal
Hanas R. 2007, ESPEN 2006
19. Tratamento
Antidiabéticos orais
São comprimidos usados para ajudar no controlo da glicemia em
diabéticos do tipo 2.
Os antidiabéticos orais actuam de várias formas para melhorar a
eficácia da acção da insulina existente no organismo.
Estes medicamentos só podem ser eficazes no diabetes Tipo 2, uma vez
que no diabetes Tipo 1 a insulina própria do organismo não é produzida.
Os antidiabéticos orais não são uma insulina por via oral mas sim
produtos químico-farmacêuticos que têm a propriedade de baixar os
níveis de glicemia, através de mecanismo diversos.
Hanas R. 2007