O documento discute hipertensão arterial, definindo-a como pressão arterial elevada e fornecendo estatísticas sobre sua prevalência. Ele explica como medir a pressão arterial corretamente e classifica os níveis de pressão. O documento também discute as possíveis causas da hipertensão, sintomas, consequências e formas de tratamento, incluindo mudanças no estilo de vida e terapia medicamentosa.
3. Definição
Pressão Pressão que o sangue exerce sobre a parede
Arterial das artérias durante a circulação
Hipertensão • Elevação da pressão arterial acima dos valores
Arterial normais
• Ocorre quando o coração ao bombear o sangue,
exerce uma força excessiva contra a parede das
artérias
Carrageta M. 2009
4. Definição
Pressão Pressão máxima atingida durante a expulsão do
Sistólica sangue através da artéria aorta
Pressão
Diastólica
Pressão mais baixa atingida à medida que
o coração relaxa permitindo a entrada de
sangue nos ventrículos
Carrageta M. 2009
6. Prevalência
A prevalência da hipertensão na Europa é duas vezes mais alta que na
América do Norte
Os Afro-Americanos residentes nos USA têm a prevalência mais elevada de
hipertensão arterial no mundo
Eutrotrials 2005
7. Avaliação
• Devem ser utilizados aparelhos calibrados
• Deve ser utilizada uma braçadeira adequada (bolsa
insuflável deve ocupar pelo menos metade do braço)
• Utilizar sempre que possível o mesmo aparelho
• Deve descansar, na posição sentada, durante pelo
menos 5 minutos antes da medição (ambiente calmo)
• Medir sempre no mesmo braço
• Medir regularmente (semanalmente ou
quinzenalmente)
• Registar os valores
DGS 2004
8. Classificação
Categoria Tensão arterial Tensão arterial
sistólica diastólica
TAS mmHg TAD mmHg
Normal 120 – 129 E 80 - 84
Normal alto 130 – 139 Ou 85 – 89
Hipertensão 140 – 150 Ou 90 – 99
Estádio 1
Hipertensão ≥ 160 Ou ≥ 100
Estádio 2
DGS 2004
9. Causas de hipertensão
HTA • Sem causa aparente
essencial
• 95% do total
• Factores hereditários e estilos de vida
HTA
• 5% do total
secundária
Apneia do sono (↓ oxigenação)
Induzida por farmácos
Doença renal crónica (sobrecarga de volume)
Doenças endócrinas
Anticonceptivos orais
Envelhecimento (embora a pressão arterial
elevada no idoso não deva ser considerada
normal)
DGS 2004
10. Causas de HTA essencial
Consumo sal Consumo em Portugal superior 2x à média
em excesso
europeia
Alteração na função cardíaca
Excesso de Associado a outros factores de risco
peso
cardiovascular
Excesso de ≥ 4 copos/dia de bebidas alcoólicas (incluindo o
álcool
vinho) contribui para a elevação da pressão
arterial
Carrageta M. 2009
11. Causas de HTA essencial
Sedentarismo O exercício físico regular reduz a pressão
arterial
Tabaco
Eleva a pressão arterial e agrava os efeitos da
hipertensão sobre as paredes das artérias
(acelerando a aterosclerose)
Carrageta M. 2009
12. Sintomas
• No período inicial a HTA não provoca quaisquer sintomas
ou sinais de doença
• No decorrer da doença, a pressão arterial elevada pode
levar ao prejuízo de diversos órgãos provocando:
Dores de cabeça
Tonturas
Zumbidos
Aumento dos batimentos cardíacos
Contente A. 2001
13. Consequências
Fornecimento insuficiente de Hipertrofia e dilatação dos
sangue vasos sanguíneos
• Acidente vascular cerebral (AVC)
• Cardiopatia isquémica, incluindo angina de
peito, enfarte do miocárdio e a morte súbita
• Insuficiência cardíaca
• Aneurisma da aorta
• Insuficiência renal
Carrageta M. 2009
14. Tratamento HTA
• Reduzir o consumo de sal (confecção e sal mesa)
– 5g de sal/dia
– Temperos sumo de limão ou laranja e ervas
aromáticas
– Evitar salgados e charcutaria
• Reduzir consumo de álcool
– Mulheres: 1 a 2 copos/dia; Homens: 1 a 3 copos/dia
• Reduzir excesso de peso
– Redução em 5kg no peso corporal equivale a ↓ da
pressão sistólica em 10mmHg e em 5 mmHg na
pressão diastólica
Carrageta M. 2009
15. Tratamento HTA
• Praticar regularmente exercício físico
– O exercício físico regular reduz a pressão arterial
em cerca de 10 a 15 mmHg
– O exercício escolhido deve compreender
movimento cíclicos (marcha, corrida, natação,
dança, ciclismo)
– Os hipertensos devem evitar esforços (levantar
pesos, empurrar moveis pesados), uma vez que a
pressão arterial aumenta durante o esforço
• Controlo Farmacológico
– Aliado ao tratamento nutricional e ao exercício
físico
Carrageta M. 2009
16. Hipertensão resistente
• Medição incorrecta da pressão arterial
• Má adesão ao tratamento
• Excesso de ingestão de sal e/ou álcool
• Medição diurética inadequada
• Doses inadequadas e/ou interacções
farmacológicas
• Suplementos alimentares de origem vegetal
• Hipertensão da “bata branca”