O documento discute os conceitos de paradigma segundo Kuhn e Santos, definindo-o como um modelo ou padrão compartilhado por uma comunidade científica que influencia fortemente a aceitação de novas ideias.
1. PARADIGMAS
Segundo o físico americano Thomas Khun “[...] um paradigma é aquilo que
os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma
comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma”
(KHUN apud SANTOS, 2009, p.
2). São, portanto, modelos e regras a serem seguidas por essa comunidade
científica que se baseiam em crenças compartilhadas por esses grupos e
está relacionado fortemente à resistência desses grupos em aceitar
mudanças, ideias e regras novas (SANTOS, 2009, p.
3). “A palavra paradigma tem sua origem do grego parádeigma que
significa modelo ou padrão” (VASCONCELLOS, 2002).
2. Paradigmas
Com o advento da revolução tecnológica, novos paradigmas são discutidos no campo
da educação, tendo em vista a necessidade de educandos e professores se
adaptarem à velocidade das transformações que ocorrem diariamente.
Inclusão digital implica, necessariamente, o domínio das Tecnologias da Informação
e Comunicação (TICs), ou seja, computadores, softwares, Internet, e-mail, e-books,
e-learning, e-commerce, entre outros recursos e serviços disponibilizados na web.
Não basta apenas o indivíduo ter acesso ao computador, mas é preciso
educar os sujeitos para as práticas sociais na ciber cultura, investindo-se em uma
educação para o mundo digital.
Aprender a aprender tornou-se um pilar da educação extremamente
relevante nas discussões sobre a prática pedagógica.
3. ESCOLATRADICIONAL INOVADORA
Conteúdista;
Distante da realidade do aluno;
Descontextualizada;
Preocupada com o produto;
Tecnicista;
Transformadora;
Próxima da realidade do aluno;
Contextualizada;
Preocupada com o processo;
Integralista;
FORMAÇÃO DO
SER HUMANO
INTEGRAL
PROATIVO
DINÂMICO
CRIATIVO
COMUNICATIVO
4. Pressupostos - Bases para a Psicologia
REALISMO IDEALISMO
Existência é a
Experiência
Conhecimento está
no Mundo
O Ambiente
EMPIRISMO
Existência é o
Pensamento
A Razão
INATISMO
RACIONALISMO
469 – 399 a.C.
PLATÃO
ARISTÓTEL
ES
5. REALISMO IDEALISMO
Existência
é a Experiência
O conhecimento está
no Mundo.
Existência
é o Pensamento
O conhecimento está
no sujeito.
Evolução do Pensamento
Pedagógico
DE FORA PARA DENTRO
DE DENTRO PARA FORA
CONHECIMENTO
6. BASES DA PSICOLOGIA
INATISMO
EMPIRISM
O
KANTIANISMO
A
ESTRUTU
RA DA
RAZÃO É
INATA
OS
CONTEÚDO
S SÃO
EMPÍRICOS
EXPERIÊNCI
A
FORMA
“O conhecimento racional não é inato nem adquirido, mas uma síntese que a
razão realiza entre uma forma universal inata e um conteúdo particular
fornecido pela experiência”. (KANT)
7. “SE PENSARMOS QUE O SER HUMANO VEM AO MUNDO DESPROVIDO
DO QUE QUER QUE SEJA, O MEIO AMBIENTE SERÁ O ÚNICO
RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE A CRIANÇA IRÁ SE TORNAR. SE AO
CONTRÁRIO, ACHARMOS QUE A CRIANÇA VEM AO MUNDO COM
DETERMINADAS IDEIAS, ENTÃO A MATURAÇÃO BIOLÓGICA SERÁ
RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO. MAS, SE
CONCORDARMOS COM A VISÃO DE KANT E ENTENDERMOS QUE O
SUJEITO VEM AO MUNDO COM POSSIBILIDADES, MAS TEM UM LONGO
TRABALHO PSICOLÓGICO A SER FEITO, ENTÃO A VISÃO DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO SERÁ A DE UMA INTENSA TROCA COM O
MUNDO” (GOULART, 2010).
PRESSUPOSTOS SOBRE A TEORIA DO CONHECIMENTO
8. ORIGENS DA PSICOLOGIA
FILOSOFIA
CIÊNCIAS
PSICOLOGIA
Os pressupostos epistemológicos, construídos pela Filosofia, tornaram-se
fontes que alimentaram as diversas correntes da Psicologia. Encontramos
seus correspondentes também na Pedagogia.
EPISTEMOLOGIA PSICOLOGIA PEDAGOGIA
Inatismo
O conhecimento é anterior à
experiência
Teorias Inatistas
Maturacionista
Gestalt
Pedagogia
Não-diretiva
Empirismo
O conhecimento provém da
experiência
Teorias Associacionistas
Behaviorismo
Pedagogia
Diretiva
Construtivismo
O conhecimento é fruto da
interação do sujeito com o
meio.
Psicologias Genéticas:
Epistemologia Genética,
Abordagem Histórico-
cultural
Pedagogia Relacional
9. Caminhos da Alfabetização.......
INATISMO PEDAGOGIA NÃO DIRETIVA
VALORIZAÇÃO DOS FATORES INTERNOS-BIOLÓGICOS, HEREDITÁRIOS, GENÉTICOS (ENDÓGENOS);
NEGAÇÃO DAS INFLUÊNCIAS HISTÓRICOS -SOCIAIS , ESTAS NÃO INTERFEREM NA APRENDIZAGEM;
A CRIANÇA JÁ TRAZ CONSIGO CARACTERÍSTICAS DEFINIDAS DESDE O NASCIMENTO;
PROFESSOR INTERFERE O MÍNIMO POSSÍVEL;
REGIME DO LAISSE-FAIRE – “DEIXA FAZER”
A CRIANÇA APRENDE POR SI MESMA
O PROFESSOR NÃO TRANSMITE E SIM PROPICIA LEVA A CRIANÇA A CONHECER
PEDAGOGIA APRIORISTA, APRIORI: AQUILO QUE É POSTO ANTES COMO CONDIÇÃO;
ISENÇÃO DA ESCOLA E DO PROFESSOR PELO FRACASSO DO ALUNO;
S OSUJEITO OBJETO
A PALUNO PROFESSOR
O ALUNO DETERMINA A AÇÃO
10. Caminhos da Alfabetização.......
AMBIENTALISMO PEDAGOGIA DIRETIVA
VALORIZAÇÃO DA “EMPIRIA” FATORES EXTERNOS (EXÓGENOS), EXPERIÊNCIA,
CONHECIMENTO VEM DE FORA, DOS LIVROS E DO PROFESSOR, DO MEIO FÍSICO E SOCIAL
FONTE DO APRENDIZADO VEM DAS ESTIMULAÇÕES QUE O MEIO OFERECE;
O CONHECIMENTO PODE SER TRANSMITIDO PARA A CRIANÇA;
A CRIANÇA NADA TEM, É UMA FOLHA EM BRANCO, É TABULA RASA;
O ALFABETIZADOR CONSIDERA QUE O ALUNO NADA SABE E QUE ELE TEM DE ENSINAR TUDO;
O SUJEITO É DETERMINADO PELO MUNDO DO OBJETO;
A CRIANÇA APRENDE SE O PROFESSOR ENSINA;
MITO DA TRANSFERÊNCIA DE CONTEÚDOS;
S OSUJEITO OBJETO
A PALUNO PROFESSOR
O PROFESSOR DETERMINA O ALUNO
11. Reflexão.... PEDAGOGIA DIRETIVA
Os empiristas acreditam que para aprender o aluno precisa
memorizar com o objetivo de fixar as informações que são
oferecidas pelo professor, geralmente de forma fragmentada e
linear (do simples para o complexo). Todos os alunos devem
aprender da mesma forma e na mesma velocidade. É valorizada
a quantidade de informações que são depositadas nas aulas: a
chamada “educação bancária”.
VOCÊ SE LEMBRA DE COMO FOI ALFABETIZADO (A)?
12. AS CONCEPÇÕES INATISTAS E AMBIENTALISTAS
não deram conta de explicar o desenvolvimento da criança, pois a
consideravam como um ser passivo cuja função seria apenas desenvolver
talentos inatos ou como um ser moldado pelos estímulos do ambiente.
SURGE ENTÃO UMA NOVA VISÃO PARA COMPREENDER O
PROCESSO DE APRENDIZAGEM .....
A CONCEPÇÃO INTERACIONISTA
Para eles, o homem está em permanente construção, relacionando-se com o mundo, a partir
da reformulação de conhecimentos já constituídos. Acreditam que pela interação com
parceiros mais experientes e com o objeto do conhecimento, a criança vai ininterruptamente
desenvolvendo-se e construindo suas características e seu conhecimento. A palavra
interação sugere que a criança deve ter uma relação ativa com o meio.
14. Caminhos da Alfabetização.......
CONSTRUTIVISMO PEDAGOGIA RELACIONAL
VALORIZAÇÃO DOS FATORES INTERNOS BIOLÓGICOS QUANTO DAS INFLUÊNCIAS DOS FATORES
EXTERNOS;
CONHECIMENTO OCORRERÁ A PARTIR DAS INTERAÇÕES DA CRIANÇA COM O OBJETO;
AÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO;
A CRIANÇA PRECISA AGIR SOBRE O OBJETO (MATERIAL QUE O PROFESSOR PRESUME QUE TENHA
SIGNIFICADO);
O PROFESSOR NÃO ACREDITA QUE O CONHECIMENTO SEJA ALGO TRANSMITIDO, LOGO SEU
PAPEL É DE FACILITADOR E DESESTABILIZADOR DE SITUAÇÕES PROBLEMAS,
DESCOBERTA POR CONSTRUÇÃO;
S O A PSUJEITO OBJETO ALUNO PROFESSOR
17. Estou respeitando a individualidade do
aluno?
Como tenho tratado a sua liberdade?
Como encaro/trabalho sua autonomia?
Como estimulo sua capacidade de
comunicação?
Como desperto sua consciência de
participação na sociedade?
18. CAMINHOS PERCORRIDOS........
1. Pensar os conceitos
de currículo: oficial, real, oculto.
Lembre-se sempre de que, além do currículo formal, o “oficial”, há um currículo em ação,
o “real” – aquilo que, de fato, acontece na escola – e o “oculto” – não explicitado, mas que
perpassa, o tempo todo, as atividades escolares. Tudo é currículo!
Experiências
AprendizagensMatérias
20. CAMINHOS PERCORRIDOS........
2. Trabalho com Projetos.
A aprendizagem baseada em projetos, por exemplo, envolve os estudantes em um objetivo, exige mais
concentração e busca por conhecimento, além de fazer com que eles trabalhem inúmeras
competências para o século XXI, como cooperação e autor regulação.
PROJETOS
TEMA
S
CONTEÚDO
SINTERESSE DOS
ALUNOS
21.
22. Didática: Do grego, didaktiké que significa a arte (maneira) de
ensinar ou instruir.
Mediar teoria e prática educativa - a didática é como se fosse uma ponte
entre essas duas ações.
TEORIA PRÁTICA
DIDÁTICA
BASES TÉORICO-CIENTÍFICAS
PRÁTICA DOCENTE
Revendo conceitos importantes
25. O professor deixa de ser o centro da
aprendizagem, fornecedor de
conteúdos e único detentor de todos
os saberes;
O professor passa a compartilhar com
os estudantes o processo de
aprendizagem, numa relação menos
hierárquica e mais colaborativa;
Aproxima-se do aluno e entende
melhor a sua realidade, seus
interesses e anseios;
Olha para as tecnologias como aliadas
poderosas nesse novo papel –
professor do século XXI, professor
“digital”
28. Promover atividades relevantes de criação,
construção e transferência de conhecimentos.
Adotar posturas e medidas no sentido de
garantir a qualidade da aprendizagem e o ritmo
dos alunos.
Suscitar o desejo de aprender.
29. Trabalhar a favor da reflexão e formação de
valores próprios e dos alunos.
Promover um ambiente democrático e
transparente.
Apoiar e dar suporte ao aluno na realização
de uma tarefa complexa.
30. Estar presente observando a interação,
analisando as mensagens, identificando
feedbacks necessários e exercendo seu papel
de organizador de condições de
aprendizagem.
Fomentar a emancipação e autonomia dos
alunos de forma gradativa, por meio de
diálogos, interações e vivências significativas.
31. Criar ambientes interativos de
aprendizagem com diferentes graus de
complexidade, de forma a possibilitar a ação
de cada sujeito, em cada momento, com
variados recursos de animação.
Reconhecer que seus alunos são sujeitos
ativos na construção dos seus próprios
conhecimentos.
32. De acordo com o que foi discutido nesta aula,
elabore um texto explicativo sobre como a
criança se apropria dos conhecimentos
acumulados e qual seria o papel do professor na
escola.
ATIVIDADE REFLEXIVA