SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 5
A Revolução de 1383 - 1385 A Revolução de 1383 - 1385 Inês Isabel da Silva Bastos
Portugal na segunda metade do século XIV Na segunda metade do século XIV, Portugal viveu, á semelhança dos outros países da Europa, um período de fomes, epidemias e guerras. A instabilidade do clima originou uns maus anos agrícolas e fracas colheitas de cereais e fomes; Os alimentos escasseavam  e os seus preços aumentavam; Os camponeses fugiam para as cidades á procura de melhores condições de vida , provocando a falta mão-de-obra para trabalhar nos campos. A falta de higiene e uma má alimentação tornavam as pessoas menos resistentes ás doenças. Uma das mais terríveis foi a peste negra que afectou alguns dos grupos sociais (Clero e Nobreza) excepto um, a Burguesia.
O problema de sucessão D. Fernando tinha-se envolvido em várias guerras com Castela quer por se considerar com direito do trono deste reino quer por alianças que se fez e desfez. Após varias derrotas assinou em 1383 um tratado de paz em Salvaterra.Neste tratado constavam as condições do casamento de D. Beatriz sua filha única com D. João I rei de Castela. «… porque a vontade d’ el rei Dom Fernando era que os reinos de Portugal nunca fossem juntos aos reinos de Castela… foi outorgado que até a Infanta D. Beatriz houvesse um filho e fosse a sua idade catorze anos a regência dos ditos reinos de Portugal pertencesse á rainha D. Leonor…» Figura 1 Tratado de Salvaterra
As movimentações populares D. Leonor Teles favorecia os interesses de Castela e mandou aclamar D. Beatriz rainha de Portugal.A maior parte da Nobreza e do Clero aceitou D. Beatriz como rainha, mas o Povo, a Burguesia e um pequeno número de elementos da Nobreza, temendo pela independência do reino, não aceitaram esta solução e revoltaram-se. Com a finalidade de afastar D. Leonor Teles da governação, organizou-se uma conspiração em Lisboa para matar o Conde Andeiro, conselheiro da rainha regente e defensor dos interesses do rei de Castela.Chefiou esta conspiração Álvaro Pais, respeitável dirigente da Burguesia. Para executar este plano, foi escolhido D. Mestre de Avis. Esta revolta rapidamente se espalhou por todo país. Entretanto, em Lisboa, o Mestre de Avis era aclamado Regedor e Defensor do Reino, enquanto D. Leonor escrevia ao rei de Castela a pedir-lhe que invadisse Portugal.
Os grupos em conforto A agitação era enorme por todo o país .  A população dividiu-se. De um lado os apoiantes do mestre de Avis: O povo a burguesia e parte do clero e da Nobreza, pois não queriam ser governados por um rei estrangeiro e temiam a perda da independência. Do outro os apoiantes de D. Beatriz: Grande parte do alto clero e da alta nobreza, pois achavam que iam perder os seus privilégios e não aceitavam Mestre de Avis por ser filho legitimo de D. Pedro I.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

A Crise do Séc. XIV
A Crise do Séc. XIVA Crise do Séc. XIV
A Crise do Séc. XIV
Carlos Vieira
 
A Crise De 1383 1385 1
A Crise De 1383 1385 1A Crise De 1383 1385 1
A Crise De 1383 1385 1
helder33701
 
Formacao de portugal
Formacao de portugalFormacao de portugal
Formacao de portugal
cattonia
 
A revolução de 1383 85
A revolução de 1383 85A revolução de 1383 85
A revolução de 1383 85
cruchinho
 
Infante D. Henrique
Infante D. HenriqueInfante D. Henrique
Infante D. Henrique
Ana Vieira
 
A Revolução de 1383 / 85
A Revolução de 1383 / 85A Revolução de 1383 / 85
A Revolução de 1383 / 85
guesta5baa8
 
Descobrimentos Portugueses
Descobrimentos PortuguesesDescobrimentos Portugueses
Descobrimentos Portugueses
João Fernandes
 

Was ist angesagt? (20)

Crise 1383 1385
Crise 1383 1385Crise 1383 1385
Crise 1383 1385
 
D. João II
D. João IID. João II
D. João II
 
23 os descobrimentos
23  os descobrimentos23  os descobrimentos
23 os descobrimentos
 
A Crise do Séc. XIV
A Crise do Séc. XIVA Crise do Séc. XIV
A Crise do Séc. XIV
 
A crise de 1383
A crise de 1383A crise de 1383
A crise de 1383
 
Portugal no século xiv
Portugal no século xivPortugal no século xiv
Portugal no século xiv
 
A Crise De 1383 1385 1
A Crise De 1383 1385 1A Crise De 1383 1385 1
A Crise De 1383 1385 1
 
Formacao de portugal
Formacao de portugalFormacao de portugal
Formacao de portugal
 
Ppt os descobrimentos
Ppt os descobrimentosPpt os descobrimentos
Ppt os descobrimentos
 
A revolução de 1383 85
A revolução de 1383 85A revolução de 1383 85
A revolução de 1383 85
 
Uniao iberica
Uniao ibericaUniao iberica
Uniao iberica
 
D. Afonso Henriques
D. Afonso HenriquesD. Afonso Henriques
D. Afonso Henriques
 
A bordo das caravelas
A bordo das caravelasA bordo das caravelas
A bordo das caravelas
 
Infante D. Henrique
Infante D. HenriqueInfante D. Henrique
Infante D. Henrique
 
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIV
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIVConcelhos e cortes - séculos XIII e XIV
Concelhos e cortes - séculos XIII e XIV
 
A Revolução de 1383 / 85
A Revolução de 1383 / 85A Revolução de 1383 / 85
A Revolução de 1383 / 85
 
Crise sec. xiv
Crise sec. xivCrise sec. xiv
Crise sec. xiv
 
Descobrimentos Portugueses
Descobrimentos PortuguesesDescobrimentos Portugueses
Descobrimentos Portugueses
 
Afonso henriques grupo2
Afonso henriques   grupo2Afonso henriques   grupo2
Afonso henriques grupo2
 
Reconquista cristã e Formação do Reino de Portugal
Reconquista cristã e Formação do Reino de PortugalReconquista cristã e Formação do Reino de Portugal
Reconquista cristã e Formação do Reino de Portugal
 

Ähnlich wie A revolução de 1383 - 1385

Crise 1383 1385-
Crise 1383 1385-Crise 1383 1385-
Crise 1383 1385-
Ana Pereira
 
7 arevoluode1383-85
7 arevoluode1383-857 arevoluode1383-85
7 arevoluode1383-85
R C
 
Crises e revolução no século xiv (guardado automaticamente)
Crises e revolução no século xiv (guardado automaticamente)Crises e revolução no século xiv (guardado automaticamente)
Crises e revolução no século xiv (guardado automaticamente)
BrunoLopes8a
 
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
inessalgado
 
resumo de história 5º ano
resumo de história 5º anoresumo de história 5º ano
resumo de história 5º ano
Sara Ferreira
 
A historia de portugal
A historia de portugalA historia de portugal
A historia de portugal
gracindacasais
 
Crises e revolução no século xiv 7ºc daniela charrua e ricardo português
Crises e revolução no século xiv 7ºc daniela charrua e ricardo portuguêsCrises e revolução no século xiv 7ºc daniela charrua e ricardo português
Crises e revolução no século xiv 7ºc daniela charrua e ricardo português
ceufaias
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugal
ana2643232
 
Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9
Annarrocha
 
Ate a segunda dinastia
Ate a segunda dinastiaAte a segunda dinastia
Ate a segunda dinastia
Froncky
 
Até a segunda dinastia
Até a segunda dinastiaAté a segunda dinastia
Até a segunda dinastia
Froncky
 

Ähnlich wie A revolução de 1383 - 1385 (20)

Ppt aula de história final
Ppt   aula de história finalPpt   aula de história final
Ppt aula de história final
 
Crises e revoluções no século 14a
Crises e revoluções no século 14aCrises e revoluções no século 14a
Crises e revoluções no século 14a
 
Crise 1383 1385-
Crise 1383 1385-Crise 1383 1385-
Crise 1383 1385-
 
Dinis courela 5.º a
Dinis courela   5.º aDinis courela   5.º a
Dinis courela 5.º a
 
7 arevoluode1383-85
7 arevoluode1383-857 arevoluode1383-85
7 arevoluode1383-85
 
Crises e revolução no século xiv (guardado automaticamente)
Crises e revolução no século xiv (guardado automaticamente)Crises e revolução no século xiv (guardado automaticamente)
Crises e revolução no século xiv (guardado automaticamente)
 
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu
 
resumo de história 5º ano
resumo de história 5º anoresumo de história 5º ano
resumo de história 5º ano
 
A historia de portugal
A historia de portugalA historia de portugal
A historia de portugal
 
Crise
CriseCrise
Crise
 
Crises e revolução no século xiv 7ºc daniela charrua e ricardo português
Crises e revolução no século xiv 7ºc daniela charrua e ricardo portuguêsCrises e revolução no século xiv 7ºc daniela charrua e ricardo português
Crises e revolução no século xiv 7ºc daniela charrua e ricardo português
 
Acrisede1383 13851-090625104725-phpapp02
Acrisede1383 13851-090625104725-phpapp02Acrisede1383 13851-090625104725-phpapp02
Acrisede1383 13851-090625104725-phpapp02
 
As crises do século xiv
As crises do século xivAs crises do século xiv
As crises do século xiv
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugal
 
História de portugal1
História de portugal1História de portugal1
História de portugal1
 
Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9
 
Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9Histria de-portugal-1222350041054449-9
Histria de-portugal-1222350041054449-9
 
Historia de Portugal
Historia de PortugalHistoria de Portugal
Historia de Portugal
 
Ate a segunda dinastia
Ate a segunda dinastiaAte a segunda dinastia
Ate a segunda dinastia
 
Até a segunda dinastia
Até a segunda dinastiaAté a segunda dinastia
Até a segunda dinastia
 

Kürzlich hochgeladen

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
rfmbrandao
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
LidianeLill2
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 

Kürzlich hochgeladen (20)

O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 

A revolução de 1383 - 1385

  • 1. A Revolução de 1383 - 1385 A Revolução de 1383 - 1385 Inês Isabel da Silva Bastos
  • 2. Portugal na segunda metade do século XIV Na segunda metade do século XIV, Portugal viveu, á semelhança dos outros países da Europa, um período de fomes, epidemias e guerras. A instabilidade do clima originou uns maus anos agrícolas e fracas colheitas de cereais e fomes; Os alimentos escasseavam e os seus preços aumentavam; Os camponeses fugiam para as cidades á procura de melhores condições de vida , provocando a falta mão-de-obra para trabalhar nos campos. A falta de higiene e uma má alimentação tornavam as pessoas menos resistentes ás doenças. Uma das mais terríveis foi a peste negra que afectou alguns dos grupos sociais (Clero e Nobreza) excepto um, a Burguesia.
  • 3. O problema de sucessão D. Fernando tinha-se envolvido em várias guerras com Castela quer por se considerar com direito do trono deste reino quer por alianças que se fez e desfez. Após varias derrotas assinou em 1383 um tratado de paz em Salvaterra.Neste tratado constavam as condições do casamento de D. Beatriz sua filha única com D. João I rei de Castela. «… porque a vontade d’ el rei Dom Fernando era que os reinos de Portugal nunca fossem juntos aos reinos de Castela… foi outorgado que até a Infanta D. Beatriz houvesse um filho e fosse a sua idade catorze anos a regência dos ditos reinos de Portugal pertencesse á rainha D. Leonor…» Figura 1 Tratado de Salvaterra
  • 4. As movimentações populares D. Leonor Teles favorecia os interesses de Castela e mandou aclamar D. Beatriz rainha de Portugal.A maior parte da Nobreza e do Clero aceitou D. Beatriz como rainha, mas o Povo, a Burguesia e um pequeno número de elementos da Nobreza, temendo pela independência do reino, não aceitaram esta solução e revoltaram-se. Com a finalidade de afastar D. Leonor Teles da governação, organizou-se uma conspiração em Lisboa para matar o Conde Andeiro, conselheiro da rainha regente e defensor dos interesses do rei de Castela.Chefiou esta conspiração Álvaro Pais, respeitável dirigente da Burguesia. Para executar este plano, foi escolhido D. Mestre de Avis. Esta revolta rapidamente se espalhou por todo país. Entretanto, em Lisboa, o Mestre de Avis era aclamado Regedor e Defensor do Reino, enquanto D. Leonor escrevia ao rei de Castela a pedir-lhe que invadisse Portugal.
  • 5. Os grupos em conforto A agitação era enorme por todo o país . A população dividiu-se. De um lado os apoiantes do mestre de Avis: O povo a burguesia e parte do clero e da Nobreza, pois não queriam ser governados por um rei estrangeiro e temiam a perda da independência. Do outro os apoiantes de D. Beatriz: Grande parte do alto clero e da alta nobreza, pois achavam que iam perder os seus privilégios e não aceitavam Mestre de Avis por ser filho legitimo de D. Pedro I.