2. Antecedentes
Renascimento cultural foi um movimento artístico-intelectual que, a
partir do séc. XV, recusou o pensamento religioso medieval, colocando
o ser humano no centro de todos os interesses.
O Renascimento foi marcado pelo retorno aos valores da antiguidade
clássica greco-romana. Os renascentistas faziam críticas ao período
medieval, dominado pelos valores culturais e religiosos da Igreja.
Assim, para eles, a Idade Média foi um período de pouco avanço
cultural, que ficava entre a Antiguidade e a Modernidade. Modernidade
era a forma como denominavam o período em que viviam.
Assim, a Modernidade foi caracterizada como uma época de progresso
intelectual, na qual se fazia renascer a cultura clássica greco-romana.
Daí a origem do termo Renascimento.
3. Características
O Renascimento Cultural foi um movimento com características próprias. Uma
delas foi o retorno à cultura greco-romana, pois os renascentistas achavam que
gregos e romanos tinham um conhecimento mais amplo da vida.
Outra característica foi o humanismo, ou antropocentrismo, pois o homem
passou a ser o centro de todas as atenções – até então situado nas coisas
divinas.
Além disso, foi caracterizado pelo hedonismo e o individualismo,
considerando a grande preocupação dos renascentistas com o prazer e a
liberdade do indivíduo.
Foi marcado também pelo racionalismo, uma vez que os renascentistas
passaram a adotar métodos experimentais e de observação da natureza.
Vale ressaltar que estas características faziam um contraponto aos valores
medievais, marcado, geralmente, pelo teocentrismo, pela negação dos
desejos humanos e pelo conhecimento marcado pela fé.
4. Onde e quando ocorreu
A Itália foi o berço do Renascimento cultural. Um dos motivos foi o fato
da Itália ter sido herdeira direta do Império Romano. Assim, havia um
contato constante com resquícios da cultura romana.
Além disso, o forte desenvolvimento econômico das cidades italianas
possibilitou que os comerciantes financiassem os artistas.
O período de maior produção renascentista, na Itália, foi de 1450 a
1550. No restante da Europa, ele ocorreu durante todo o século XVI.
Os pensadores, escritores do Renascimento eram conhecidos como
humanistas, ou seja, grandes conhecedores da cultura clássica.
Boa parte destes representantes do Renascimento se destacou na
Itália, especialmente na pintura e na escultura. Outros, tiveram
destaque fora da Itália, principalmente na literatura e na filosofia.
5. Representantes italianos
Leonardo da Vinci (1452-1519): foi pintor, arquiteto, escultor, físico,
engenheiro, entre outros. É autor, entre outras obras, da Mona Lisa e A Última
Ceia.
Michelângelo Buonarroti (1475-1564): foi arquiteto, escultor e pintor. É autor
de obras como, Pietá, Davi, Moisés e pinturas da Capela Sistina.
Nicolau Maquiavel (1469-1527): historiador e diplomata, é considerado o
fundador do pensamento e da ciência política moderna.
Sandro Botticelli (1444-1510): também pintou um grande número de
madonas, além de quadros de inspiração religiosa e pagã, como A Primavera e
O Nascimento de Vênus.
Galileu Galilei (1564-1642): Físico e astrônomo, foi um dos primeiros a usar o
método experimental para estudar a natureza. Defendeu o heliocentrismo, ou
seja, a teoria de que o centro do universo é o sol, e não a terra.
6. Leonardo da Vinci
Foi pintor,
arquiteto, escultor,
físico, engenheiro,
entre outros. É
autor, entre outras
obras, da Mona
Lisa e A Última
Ceia.
14. Nicolau Maquiavel
Historiador e
diplomata, é
considerado
o fundador do
pensamento
e da ciência
política
moderna.
15. Sandro Botticelli
Também pintou um
grande número de
madonas, além de
quadros de inspiração
religiosa e pagã, como
A Primavera e O
Nascimento de Vênus.
18. Galileu Galilei
Físico e astrônomo,
foi um dos primeiros
a usar o método
experimental para
estudar a natureza.
Defendeu o
heliocentrismo, ou
seja, a teoria de que
o centro do universo
é o sol, e não a
terra.
19. Os mecenas
O comércio intenso com o Oriente, fez algumas cidades italianas
acumularem grandes fortunas.
Com isso, dispunham de condições materiais para financiar a produção
artística de escultores, pintores, arquitetos, músicos, entre outros.
Os próprios governantes e papas passaram a dar proteção e ajuda
financeira aos artistas e intelectuais. Era, em outras palavras, uma
espécie de patrocínio.
Este patrocínio era denominado mecenato e, os patrocinadores, eram
chamados de mecenas. Em linhas gerais, o mecenato visava tornar o
poder central mais popular.
Assim, os donos do poder se valiam dos artistas para se tornarem
conhecidos através de estátuas, pinturas, obras escritas e canções.
20. Outros representantes
Erasmo de Roterdã (1466-1536): nascido nos Países Baixos,
destacou-se na literatura e na filosofia. Criticou a sociedade do seu
tempo na obra Elogia da Loucura.
Michel de Montaigne (1533-1592): nascido na França, foi um célebre
filósofo e moralista, autor de Ensaios.
William Shakespeare (1564-1616): nascido na Inglaterra, destacou-se
na literatura e teatro, autor de Romeu e Julieta, Hamlet, entre outros.
Miguel de Cervantes (1547-1616): nascido na Espanha, destacou-se
na literatura, autor de Dom Quixote de la Mancha.
André Vesálio (1514-1564): nascido na Bélgica, é considerado o pai
da anatomia moderna, autor de De Humani Corporis Fabrica.