3. • Roma, atual capital da Itália, é o centro de onde
surgiu um dos mais maiores impérios da
Antiguidade. Situada no centro da Península
Itálica, esta cidade foi criada no século VIII a.C. e
contou com diferentes influências culturais e
étnicas. Antes de falarmos sobre a criação da
civilização romana, devemos dizer que vários
povos contribuíram para a origem de Roma.
Entre estes, destacamos os etruscos, úmbrios,
latinos, sabinos, samnitas e gregos.
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5. • Antes da criação da cidade de Roma, os etruscos
se destacavam como uma das principais
civilizações da porção central da Península Itálica.
Os territórios etruscos alcançavam porções do
Lácio e da Campanha. Cerca de doze centros
urbanos eram ali distribuídos, estabelecendo
uma economia bastante estruturada devido às
intensas atividades comerciais. Esse
desenvolvimento se deu também devido às boas
relações firmadas com os fenícios, fixados na
porção norte do continente africano.
6. • Eles dominaram boa parte da Península Itálica
até se renderem ao domínio romano. As
necrópoles da região da Toscana contam sua
história e os geneticistas tentam descobrir se
deixaram descendentes.
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9. • A criação de Roma é conhecidamente marcada
pela lenda envolvendo os irmãos Rômulo e
Remo. Segundo a história descrita na obra
Eneida, do poeta Virgilio, o povo romano é
descendente do herói troiano Enéias. Sua fuga
para a Península Itálica se deu em função da
destruição da cidade de Tróia, invadida pelos
gregos em 1400 a.C.. Após sua chegada, criou
uma nova cidade chamada Lavínio. Tempos
depois, seu filho Ascânio criou o reino de Alba
Longa.
10. • Neste reino a princesa Rea Sílvia, filha do rei
Numitor engravidou do deus da guerra (Marte) O
envolvimento da princesa com a divindade deu
origem aos gêmeos Rômulo e Remo, que
deveriam ter direito de reinar sobre Alba Longa.
No entanto, Amúlio, irmão do rei, fez um plano
para tomar o governo e, por isso, decidiu jogar as
crianças no rio Tibre. Rômulo e Remo
sobreviveram graças aos cuidados de uma loba
que os amamentou e os entregou à proteção de
uma família camponesa.
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12. • Quando chegaram à idade adulta, os irmãos
retornaram para Alba Longa e destituíram
Amúlio, logo em seguida decidiram criar a cidade
de Roma. Rômulo, que tinha o favor dos deuses,
traçou o local onde seriam feitas as primeiras
obras da cidade. Inconformado com a decisão do
irmão, Remo saltou sobre a marca feita por
Rômulo. Em resposta, Rômulo acabou
assassinando Remo, tornando-se o primeiro
monarca da história de Roma.
14. • Segundo a lenda do “Rapto das Sabinas”, uma
das primeiras preocupações de Rômulo era
empreender formas para que a cidade fosse
povoada. Com isso, passou a atrair fugitivos e
pastores de diferentes regiões com a garantia
de que concederia uma esposa a cada um dos
novos habitantes. Para cumprir sua palavra,
organizou um banquete para distrair os
habitantes da tribo dos Sabinos
15. • Nesse meio tempo, raptou suas mulheres para
torná-las esposas dos romanos.
17. • Essa lenda fala sobre o processo de fusão
entre os romanos e sabinos, que se
alternariam na ocupação do trono real. De
fato, o segundo rei de Roma, Numa Pompílio,
é de origem sabina e foi responsável pela
organização dos cultos religiosos da cidade.
Outras lendas explicam como os limites da
cidade romana se estenderam com a
conquista de novas regiões.
18. • Túlio Hostílio, o terceiro rei, teria dominado a
cidade de Alba Longa. Anco Márico, sucessor
do trono, foi quem construiu o porto de Óstia
e a ponte Sublícia.
19. • Já a história nos diz que algumas tribos de
origem sabina e latina estabeleceram um
povoado no monte Capitolino, junto ao rio
Tibre. Segundo especialistas, a fundação de
Roma ocorreu a partir da construção de uma
fortificação criada pelos latinos e sabinos.
Esses dois povos tomaram tal iniciativa, pois
resistiam às invasões militares feitas pelos
etruscos.
20. • No entanto, os mesmos etruscos vieram a
dominar a região no século VII a.C.. A partir da
fixação desses povos, começa historicamente
o início da civilização romana.
22. • Se não temos dados concretos sobre sua
fundação, podemos começar a contar a
história de Roma, a partir da monarquia (753
a 509 a.C.). Nesse período, o meio de
subsistência principal daquele povo era a
agricultura. A sociedade romana dividia-se em
quatro grupos, segundo a posição política,
econômica e social de cada pessoa: havia
patrícios, plebeus, clientes e escravos.
23.
24. • O estudo da monarquia romana conta com
um conjunto de fontes históricas bastante
limitadas. A maioria das informações obtidas
desse período é tirada da interpretação de
lendas que fazem referência aos sete reinados
instituídos nesta época. Embora a fundação
de Roma seja uma história de natureza mítica,
estas lendas apontam Rômulo com sendo o
primeiro rei de Roma.
25. • No século VII a.C., a cidade de Roma passou a ser
governada por reis de origem etrusca. O primeiro
deles, Tarquínio, O Antigo; foi responsável pela
construção de importantes obras públicas. Sérvio
Túlio, seu sucessor, preocupou-se em proteger a
cidade com a construção de uma muralha. Além
disso, dividiu a população em quatro grandes
tribos urbanas e promoveu a distinção social do
povo romano com base em suas riquezas.
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28. • A economia do período monárquico era agropastoril.
Os patrícios compunham a elite romana,
representando os proprietários de terra. Costumavam
se reunir em torno da liderança de um mesmo chefe
familiar e cultuavam antepassados em comum. Os
encontros religiosos eram normalmente realizados nas
cúrias. Os parentes mais pobres dos patrícios, os
clientes, não possuíam terras e viviam sob a proteção
dos patrícios. Todo aquele que não pertencesse à
família de algum patrício era considerado plebeu.
29.
30. • No governo de Tarquínio, O Soberbo, foram
criados o sistema de esgoto da cidade de
Roma, chamado de “cloaca máxima”, e um
templo de adoração ao deus Júpiter. Tarquínio
foi deposto porque desagradava à elite
econômica romana ao conceder benefícios às
camadas mais pobres da população.
42. • Com a queda do rei etrusco, o Conselho dos
Anciãos, órgão de representação política dos
patrícios, inaugurou o regime republicano em
Roma. Essa transformação só foi possível
graças à crise vivida no interior do Império
Etrusco, após as derrotas militares sofridas
contra os gregos e gauleses. A instituição da
República marcou a hegemonia dos patrícios
nos quadros políticos e econômicos do antigo
povo romano
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44. As Guerras Púnicas:
• As Guerras Púnicas foram entre Roma e
Cartago pelo domínio do Mediterrâneo.
• A primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.)
aconteceu quase toda no mar e começou
quando os romanos invadiram a ilha da Sicília
para expulsar os cartagineses de lá. Os
romanos venceram a 1ª Guerra Púnica.
48. • Cartago e Roma lutaram para obter o controle
do mar Mediterrâneo, nos séculos III e II a.C.,
durante as Guerras Púnicas. O general
cartaginês Aníbal formou um grande exército
que cruzou o rio Ródano e os Alpes em
elefantes para atacar os romanos na Itália.
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51. A 2ª Guerra Púnica:
• Aníbal atacou Sagunto, o que desencadeou a
segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.). Depois,
cruzou os Alpes e atacou os romanos na Itália,
sobre os quais obteve importantes vitórias,
embora não os pudesse derrotar de forma
definitiva. Cipião, o Africano, que havia
derrotado os cartagineses na Hispânia,
desembarcou no norte da África e derrotou
Aníbal em Zama.
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53. • Aníbal assinou um acordo de paz se
comprometendo a não lutar fora da
África sem autorização de Roma. Ele também
cedeu Hispânia (Península Ibérica), que se tor
nou província romana, e Cartago passou a
ter que pagar um tributo (imposto) anual a
Roma.
Procurado pelos Romanos para ser preso,
fugiu para oriente e suicidou-se (183 a. C.).
60. • De acordo com a história Catão, o censor, um
dos mais ilustres e respeitados políticos da
época convenceu o Senado a declarar guerra a
Cartago. Ele alegava que Cartago estava se
recuperando muito rapidamente, e poderia
voltar a ameaçar Roma. Então ele terminou
seu discurso proferindo a seguinte frase
“Delenda Carthago” (Cartago deve ser
destruída).
65. • Mas para que tal condição ocorresse o Senado
teria que arranjar um pretexto. Já que Cartago
fora proibida de lutar contra outros povos, o
Senado ordenou que os Numidas atacassem
os cartagineses até que após três anos de
conflito, e Cartago implorando apoio a Roma,
decidira resolver a situação por contra
própria.
66. • Assim os cartagineses partem para guerra,
desobedecendo ao tratado com Roma, a qual
lhe declara guerra. Em 149 a.C as legiões
romanas atacam Cartago, porem estáa não
cederia facilmente, tal fato levou a guerra a se
prolongar por três anos. Até que em 146 a. C,
liderados por Cipião Emiliano (neto de Cipião,
o Africano), os romanos conseguiram invadir a
cidade.
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68. • Porém estes tiveram que lutar ferozmente
com os cartagineses que defendiam sua
cidade com todas as suas forças. Tal luta
acabou por levar a pilhagem, a milhares de
mortes, e a própria destruição da cidade. Os
50 mil prisioneiros partiram vendo a cidade
ser engolida pelas chamas.
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73. • Após a destruição da cidade, reza lenda que
toda a terra ao redor fora salgada, para que
nada mais ali crescesse. Roma declarou as
terras de Cartago como sendo malditas. Assim
a poderosa Cartago chegara ao fim. Contudo
anos depois outra cidade de mesmo nome
fora fundada, e esta passou a pertencer à
província romana.
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76. • Com o fim de Cartago, todos os seus domínios
passaram a pertencer aos romanos. A vitória
romana consolidava a supremacia dos
romanos sobre o Mediterrâneo e sua
gradativa expansão territorial até o fim da
República e o início do seu glorioso Império.