3. • A Revolução Inglesa, do século XVII, foi um
dos principais acontecimentos da Idade
Moderna. Foi considerada a primeira das
grandes revoluções burguesas: as revoluções
encabeçadas pela burguesia europeia, que se
tornou economicamente forte durante os
séculos XVI e XVII, e que precisava alcançar o
poder político
4. • Durante o século XVI, a burguesia inglesa
esteve em harmonia com os nobres e os reis
da dinastia Tudor (Henrique VIII e sua filha
Elizabeth), que consolidaram a Reforma
Anglicana. A reforma religiosa de Henrique VIII
proporcionou grandes benefícios financeiros
tanto para nobres quanto para burgueses da
Inglaterra.
7. • Muitos piratas ingleses, atacavam navios
espanhóis e levavam sua mercadoria ( metais
preciosos) para a Inglaterra, o que contribuía
para o fortalecimento do mercado interno do
país.
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9. • No entanto, os pequenos comerciantes
acabaram sendo prejudicados. As vantagens
da política econômica da Inglaterra só
beneficiavam uma pequena parte da
burguesia que tinha um bom relacionamento
com as autoridades da época.
10. • No campo, a velha economia agrícola voltada
para o abastecimento sofria grandes
transformações. As terras passaram por um
grande processo de especulação econômica
por causa da necessidade da burguesia por
matérias-primas. Foi nesse período que
começou a política dos cercamentos; que era
uma maneira de aumentar a produção de
matéria-prima(algodão, lã, etc).
11. • Os cercamentos eram a apropriação das terras
coletivas e devolutas (terra devoluta é terra
que pertence ao governo). Com isso, vários
camponeses e pequenos proprietários de
terra sofreram uma terrível perda que os
deixou cada vez mais pobres e acabaram
tendo que ir para a cidade em busca de
trabalho.
19. Dinastia Stuart:
• Essa dinastia começou depois da morte da
rainha Elisabeth I, em 1603, que ao morrer
sem deixar herdeiros, promoveu o início da
Dinastia Stuart.
21. • Com a morte da rainha Elisabeth na Inglaterra
em 1603, surge uma dinastia de linhagem
escocesa, a dos Stuart. Enquanto os Tudor
tinham representado um anglicanismo com
mais ênfase ao conteúdo calvinista,
favorecendo a burguesia, os Stuart valorizaram
a forma católica do anglicanismo, condizente
com os interesses da aristocracia contra a
burguesia.
22. • Através do catolicismo ficava mais fácil
justificar o poder absoluto do rei. Com isso, o
Parlamento de maioria burguesa, assumiu
uma postura de oposição identificada com os
princípios calvinistas, rejeitando o
anglicanismo.
23. Jaime I rei da Escócia e da Inglaterra
(1603-1625):
24. • O primeiro reinado Stuart na Inglaterra, deu-
se com Jaime VI, rei da Escócia que assumiu o
poder na Inglaterra com o nome de Jaime I.
• Jaime I era admirador dos reis franceses,
queria implantar na Inglaterra um absolutismo
de direito, tentando inclusive acabar com o
poder do Parlamento, e começar uma política
de perseguição aos puritanos.
28. • Para atingir esse objetivo, o poder real deveria
ser considerado de origem divina, igual ao dos
reis da França, valorizando-se a forma católica
do anglicanismo, identificada com a nobreza
contra a burguesia. Jaime I dissolveu várias
vezes o Parlamento e perseguiu vários grupos
religiosos de oposição, inclusive os católicos.
29. • Com a morte de Jaime I em 1625 assumiu o
trono seu filho Carlos I.
31. • Carlos I aumentou os poderes da nobreza
concedendo vantagens políticas e legais aos
seguidores do catolicismo. A burguesia, de
maioria protestante, viu nessa medida uma
ameaça a seus interesses comerciais e, ao
mesmo tempo, a possibilidade de existir um
governo centralizado e católico.
32. • Em 1628, com tantas guerras, o rei foi
obrigado a convocar o parlamento, que impôs
ao rei o juramento da “Petição dos Direitos” ,
garantia a população contra os tributos e
detenções ilegais. O parlamento queria o
controle da política financeira e do exército,
além de regularizar a convocação do
parlamento.
35. • Houve uma nova tentativa de acordo entre a
Coroa e o Parlamento para que houvesse um
novo aumento de impostos. A Câmara dos
Lordes ficou a favor do rei, mas a Câmara dos
Comuns novamente o confrontou.
36. • O rei decidiu então dissolver novamente o
Parlamento, que ficou inativo até 1640. Em
1640, Carlos I entrou em um novo conflito
contra a Escócia e precisou novamente do
tributo dos burgueses para bancar a guerra,
convocando, assim, mais uma vez, o
Parlamento.
37. • Novamente a Câmara dos Comuns se recusou
a ajudá-lo. Mas ao contrário do que ocorrera
antes, os burgueses puritanos se enfrentar o
rei e a nobreza.
38. • Um líder radical puritano chamado Oliver
Cromwell organizou um exército burguês
conhecido como exército dos “Cabeças
redondas” por se recusarem a usar as perucas
dos nobres.
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40. • Esse exército declarou guerra ao rei, que foi
defendido pelos “Cavaleiros”, isto é, o
exército tradicional da nobreza. Começou
a Revolução Puritana, ou Guerra Civil Inglesa.
43. • Além do corte de cabelo, a diferença maior foi
que o exército dos Cabeças Redondas,
conhecido como Exército de Novo Tipo,
baseava-se em promoções internas por
mérito, e não por condição de nascimento,
além de permitir debates sobre os motivos da
guerra, o que garantia aos soldados uma
consciência política de suas ações.
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45. • O conflito colocou frente a frente o exército
da realeza (com apoio dos senhores feudais) e
os apoiadores do parlamento, chamados de
cabeças-redondas, que, em sua maioria, eram
puritanos burgueses liderados por Oliver
Cromwell. No primeiro ano do conflito, o rei
foi apoiado pela nobreza das regiões norte e
sul da Inglaterra e pelos burgueses ricos.
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49. • No ano de 1645, depois de muitos combates,
os cabeças-redondas, com seu exército
chamado New Model Army, vencem a
cavalaria real na Batalha de Naseby e fazem
Carlos I fugir para a Escócia, onde tinha muitos
inimigos. O rei acabou sendo capturado e
vendido ao parlamento da Inglaterra, onde foi
executado.
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51. • Em 1647, Carlos I foi preso pelos soldados. O
rei ainda fugiu da prisão e tentou reorganizar
uma reação.
53. • Porém, foi novamente derrotado. Em 1649,
Carlos I foi julgado e executado. Ele foi o
primeiro rei europeu a ser executado por
ordem de um Parlamento.
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56. • Após Carlos I perder a cabeça, uma República
foi instaurada na Inglaterra, formando um
Conselho de Estado e extinguindo a Câmara
dos Lordes.