O documento descreve a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, dois movimentos separatistas no Brasil colonial contra os abusos de Portugal. A Inconfidência Mineira, liderada por Tiradentes, visava a independência de Minas Gerais e um governo republicano. A conspiração foi delatada e seus líderes presos. A Conjuração Baiana na Bahia também lutou pela emancipação política do Brasil e reformas sociais, mas foi descoberta e seus participantes torturados e executados.
3. A Inconfidência Mineira:
• No final do século XVIII, o Brasil ainda era
colônia de Portugal e sofria com os abusos
políticos e com a cobrança de altas taxas e
impostos. Além disso, a metrópole havia
decretado uma série de leis que prejudicavam
o desenvolvimento industrial e comercial do
Brasil.
4. • No ano de 1785, por exemplo, Portugal
decretou uma lei que proibia o
funcionamento de indústrias no Brasil.
5. • Neste período, era grande a extração de
ouro, principalmente na região de Minas
Gerais. Os brasileiros que encontravam ouro
deviam pagar o quinto, ou seja, 20% de todo
ouro encontrado ia para Portugal.
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8. • Aqueles que eram pegos com ouro “ilegal”
(sem ter pagado o imposto”) sofria duras
penas, podendo até ser degredado (enviado a
força para o território africano).
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10. • Por causa da grande exploração, o ouro
começou a diminuir nas minas. Mesmo assim
as autoridades portuguesas não diminuíam as
cobranças. Nesta época, Portugal criou a
Derrama.
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12. • Cada região de exploração de ouro deveria
pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por
ano para a metrópole. Quando a região não
conseguia cumprir estas exigências, soldados
de Portugal entravam à força nas casas das
famílias para levarem seus objetos de valor,
até completar o eles deviam de imposto.
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15. • Todas estas atitudes foram provocando uma
insatisfação muito grande no povo e,
principalmente, nos fazendeiros e nos donos
das minas que queriam pagar menos impostos
e ter mais participação na vida política do
país.
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17. • Alguns membros da elite brasileira
(intelectuais, fazendeiros, militares e donos de
minas), influenciados pela ideias de liberdade
que vinham do iluminismo europeu,
começaram a se reunir para buscar uma
solução definitiva para o problema: a
conquista da independência do Brasil.
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19. • O grupo, era formado pelo alferes Joaquim
José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes,
pelos poetas Tomás Antônio Gonzaga e
Cláudio Manuel da Costa, os padres José de
Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues Costa, os
donos de mina Inácio de Alvarenga, Domingos
de Abreu e Joaquim Silvério dos Reis
20. • Sobre a questão da escravidão, o grupo não
possuía uma posição definida. Eles chegaram
a definir até uma nova bandeira para o Brasil.
Ela seria composta por um triangulo vermelho
num fundo branco, com a inscrição em latim :
Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda
que Tardia).
24. • Além de lutarem pelo fim do pacto colonial, os
revoltosos defendiam a criação de um
governo republicano e o estabelecimento de
uma Carta Constitucional (parecida com a dos
Estados Unidos). Minas Gerais seria uma
região livre, com sua capital em São João D’El
Rei.
25. • De acordo com os planos dos revoltosos, o
movimento seria acionado às vésperas da
cobrança da derrama, que consistia no
confisco de bens e propriedades daqueles que
não pagavam seus impostos.
26. • Entretanto, o movimento não aconteceu.
Joaquim Silvério dos Reis delatou a
conspiração em troca do perdão de suas
dívidas.
34. • Tiradentes, que assumiu integralmente as
acusações, foi condenado à morte.
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36. • Tiradentes foi enforcado e depois
esquartejado e as partes do seu corpo foram
expostas nas cidades vizinhas.
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40. • Tiradentes jamais teve barba e cabelos
grandes. Como alferes, o máximo permitido
pelo Exército Português seria um discreto
bigode.
41. • Durante o tempo que passou na prisão,
Tiradentes, assim como todos os presos, tinha
periodicamente os cabelos e a barba
aparados, para evitar infestação de piolhos, e,
durante a execução estava careca com a
barba feita, pois o cabelo e a barba poderiam
interferir na ação da corda.
43. • Também chamada de Revolta dos Alfaiates, a
Conjuração Baiana foi um movimento popular
de caráter emancipacionista, ocorrido em
1798 na Bahia. Este movimento exigia, a
qualquer custo, a independência da
dominação portuguesa e defendia mudanças
sociais e políticas na sociedade da época.
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45. • A Capitania da Bahia era governada por D.
Fernando José de Portugal e Castro e a
população da capital, Salvador se queixava do
governo e da política que aumentava os
preços de produtos essenciais e provocava
falta de alimentos, como, por exemplo, da
carne.
46. • A Conjuração Baiana, também conhecida
como Revolta dos Alfaiates, foi um
movimento separatista que contou com a
participação de sapateiros, alfaiates,
bordadores, ex-escravos e escravos. Essa
revolta também teve o apoio de padres,
médicos e advogados.
47. • Um dos principais líderes da Conjuração
Baiana foi o médico, político e filósofo baiano
Cipriano Barata. O médico organizou a
população mais humilde, como pequenos
camponeses e escravos, para espalhar
mensagens e panfletos que buscavam
incentivar mais pessoas a aderirem à
revolução.
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49. • Além de Cipriano Barata, destacaram-se
também, na liderança e divulgação do
movimento, o soldado Luís Gonzaga das
Virgens e os alfaiates Manuel Faustino dos
Santos Lira e João de Deus do Nascimento.
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51. Os objetivos da Conjuração Baiana
• Defesa da emancipação política do Brasil, isto
é, o fim do pacto colonial com Portugal e
a proclamação da República;
• Aumento do salário para os soldados;
• A liberdade comercial no mercado interno e
com exterior, defendendo a abertura dos
portos;
52. • O fim do preconceito;
• Redução dos impostos;
• A liberdade e a igualdade entre as pessoas,
sendo favoráveis à abolição da escravatura e
ao fim de privilégios sociais.
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54. • A revolta estava marcada, porém, no dia 12 de
agosto de 1798, o movimento se precipitou
quando alguns de seus integrantes, ao
distribuir panfletos e colá-los nas esquinas da
cidade, alertaram as autoridades,
55. • que logo reagiram e interrogaram alguns
envolvidos, que acabaram denunciando
outros participantes da revolta e contando o
dia e a hora em que aconteceria.
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57. • As autoridades do governo baiano
organizaram as tropas para acabar com a
revolta antes que ela acontecesse. Vários
participantes foram presos e torturados,
outros foram expulsos do Brasil e quatro
foram executados na Praça da Piedade em
Salvador.