O documento discute a perturbação do espectro do autismo, definindo-a como um distúrbio do desenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Descreve três níveis de gravidade do autismo e sinais característicos. Também apresenta um caso de estudo de uma criança diagnosticada com autismo e discute a importância da família, escola e modelos de intervenção no tratamento.
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Perturbação do Espectro do Autismo
1. Perturbação
do espetro do
Autismo
Trabalho realizado por:
Anabela Castro
Nádia Vieira
Educação Especial e Inclusão
Licenciatura em Educação
Básica
2º Ano, 1º Semestre
Docente: Isabel Santos
2. Enquadramento teórico
Um distúrbio do desenvolvimento
que se caracteriza por alterações
presentes desde idade muito
precoce, tipicamente antes dos três
anos, com impacto multiplo e
variável em áreas nobres do
desenvolvimento humano como as
áreas de comunicação, interação
social, aprendizagem e capacidade
de adptação.
Mello(2007, p.16)
3. Nível de gravidade da
Perturbação do Espectro do Autismo
Nível 1 — Autismo leve
As pessoas que se enquadram no nível 1 do TEA, apresentam sintomas menos graves.
Podem ter dificuldades em situações sociais, comportamentos restritivos e repetitivos, mas requerem apenas
um suporte mínimo para ajudá-las nas atividades do dia a dia.
Nível 2 — Autismo moderado
As pessoas com nível 2 de autismo precisam de mais suporte. É a faixa intermediária do autismo.
Existe mais dificuldade com habilidades sociais e em situações sociais. Podem ou não comunicar
verbalmente ( conversas podem ser curtas ou apenas sobre tópicos específicos).
Nível 3 — Autismo severo
As pessoas com autismo nível 3, precisam de muito apoio, já que é a forma mais grave de TEA.
Apresentam dificuldade significativa na comunicação e nas habilidades sociais, assim como têm
comportamentos restritivos e repetitivos que as atrapalham nas atividades cotidianas.
Embora alguns indivíduos com nível 3 de TEA possam comunicar verbalmente, muitos não falam ou não usam
muitas palavras . Geralmente, não lidam bem com eventos inesperados.
5. Diagnóstico
“Os primeiros critérios de diagnóstico de
Autismo foram definidos em 1980 no
Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders, os atuais caracterizam
como sendo uma Perturbação Global do
Desenvolvimento, caracterizada por um
défice grave e global em três áreas do
desenvolvimento: interação social,
comunicação e comportamento”. (LIMA,
2012, p.46)
6. Características Diagnosticas
Critério A
As características essenciais do transtorno do espetro do
autismo são prejuízos persistentes na comunicação social
recíproca e na interação social.
Critério B
Padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividades.
Critérios C e D
Esses sintomas estão presentes desde o início da infância
e limitam ou prejudicam o funcionamento diário.
7. A família
A família é o elemento principal de
desenvolvimento físico e psicológico para
qualquer elemento que dela fazem parte.
Para os pais, ter um filho diferente é
sempre difícil. Eles passam por várias
fases até à aceitação:
Choque e negação;
Vergonha, culpa e desmotivação;
Tristeza, raiva...
Aceitação ( tomam consciência de que
sozinhos não conseguem ajudar o seu
filho).
... “ a família constitui um pilar básico na estrutura da
nossa sociedade”
Cruz (2005: 13)
8. Caracterização do
caso
O André é uma criança diagnosticada com
Espetro Global Autista, com distúrbio
comportamental grave, nasceu de uma
cesariana, com tempo normal de gravidez.
A mãe sempre o viu como uma criança
normal. Quando tinha um ano a mãe
percebeu que as outras crianças eram
diferentes.
Com um ano e seis meses bateu com a
boca na bicicleta e deixou de dizer a única
palavra que verbalizava (bau).
9. Caracterização
do caso(cont.)
Aos três anos, o André foi matriculado na creche. A
equipa e a comunidade escolar recebeu-o com muito
carinho. No início, o André rejeitava o espaço
escolar, chorava muito, não brincava com as outras
crianças, era uma criança agitada, não se sentava,
não ficava na sala, só andava segurado à mão de
alguém.
Com a sua inclusão na escola, o André teve uma
evolução muito grande. Começou a dizer muitas
palavras como: xixi, xau, água, sumo, carne, comer,
pai, mãe, chama para sair, imita sons de animais e
sabe o nome de todos.
O grande empenho da equipa escolar, contribuiu
para que, o André, hoje, seja uma criança mais
calma capaz de se relacionar com os seus pares.
10. A Escola e o seu papel inclusivo
A inclusão não é só abrir portas para
receber os alunos no seu todo. A inclusão
implica criar condições para permitir a todos,
independentemente das suas diferenças, o
direito à educação e á igualdade de
oportunidades.
Para isso a escola deve ser um lugar que:
Proporciona as condições necessárias para
garantir a equidade;
Fornece aos agentes educativos formação
contínua no sentido de atender às
especificidades de cada aluno;
Adapta currículos e pedagogias atendendo
às caracteristicas da comunidade
escolar...
12. Conclusão
Com a realização deste trabalho concluímos que, são
vários os teóricos que defendem que “os professores
devem criar estratégias pedagógicas para incluir os
alunos com autismo nas turmas regulares”. Em suma
conclui-se que é fundamental o papel do professor
frente à inclusão de crianças com autismo, bem como a
escolha de estratégias e atividades que promovam o
desenvolvimento destes alunos. Não deixando de referir
que o papel da família também é fundamental.
À luz do decreto-lei nº54/2018 a inclusão só é
verdadeira se for feita com todos e para todos, e
todos os agentes educativos são fundamentais neste
processo. Os professores assumem uma posição fulcral
enquanto promotores da inclusão. É preciso o
desenvolvimento de projetos inclusivos em colaboração
com as escolas, que permitam a todos os alunos
aprendizagens ricas em significado e a promoção de
uma vida verdadeiramente autónoma.
15. Sugestão de jogo interativo
ABC Autismo- Animais
https://play.google.com/store/apps/details?i
d=com.dokye.abcanimais
16. Bibliografia
APA
(2014).
DSM
5.
Manual
de
Diagnóstico
e
Estatístico
das
Perturbações
Mentais,
5ª
Edição.
Lisboa:
Climepsi
Editores
APA (2014). DSM 5. Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais, 5ª Edição. Lisboa: Climepsi
Editores
Braga, Carolina da Conceição Silva. (2010). Perturbações do Espectro do Autismo e Inclusão: atitudes e
representações dos pais, professores e educadores de infância (Dissertação de Mestrado). Universidade do Minho.
Instituto da Educação, Braga.
Pereira, E. (1996). Autismo: do conceito à pessoa. Secretariado Nacional de Reabilitação, Lisboa
Lima, Cláudia. (2012). Perturbações do Espectro Autista. Editora Lidel, Lisboa- Porto
Decreto-lei nº54 de 2018 no Diário da República Eletrónico
http://www.proesc.com/blog/educacao-inclusiva-o-que-a-escola-precisa-fazer/
http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/t9DunCz9lWZsLm7_2021-6-8-20-47-47.pdf
https://institutoneurosaber.com.br/quais-os-niveis-de-intensidade-no-autismo/