O documento discute as técnicas cirúrgicas de mamoplastia de aumento, descrevendo as vias de acesso, como sulco submamário, transareolar e periareolar. Também aborda possíveis complicações pós-operatórias como hematoma, infecção e alterações de sensibilidade, assim como o papel da fisioterapia no pré e pós-operatório para melhorar os resultados da cirurgia.
Mamoplastia de aumento: técnicas cirúrgicas e complicações
1.
2. mama expressão máxima da feminilidade,
importante no equilíbrio psicossocial da mulher.
Devido à velocidade dos veículos de comunicação e
por conseqüência a globalização
o conceito de beleza tornou-se manipulável, mudou
por influencia da moda norte-americana e Européia.
Isso se tornou possível devido à mamoplastia de
aumento
3. estabelecer a harmonia corporal em pacientes com
hipoplasia ou ausência de tecido mamário, de
deformidades constitucionais ou adquiridas, ao
longo do tempo vem se procurando encontrar
materiais inertes como a parafina, próteses de
marfim, óleos, gorduras de cadáver, retalhos
autólogos locais, esponjas de diferentes
composições, silicone líquido ou gel, e nos últimos
anos, os implantes mamários de silicone gel
revestidos de material texturizado ou poliuretano, de
consistência mais espessa.
5. Cicatrizes mamárias preexistentes:
nas pacientes já com cicatriz
resultante de mamoplastia de
redução, Mastectomia ou inclusão
de implante anterior, aproveita-se a
incisão preexistente.
6. Inframatória: utiliza-se a
incisão inframamária quando
a paciente apresenta um CAM
pequeno e a indicação é de
colocação de implante de
grande volume.
9. Incisão em Raquete: nos
casos de ptose mamária,
quando há necessidade de
retirada de excesso de pele, a
via de acesso preferencial é a
incisão em raquete.
12. Confecção da Loja( Deslocamento): Faz
um deslocamento amplo na região ante-
peitoral, abaixo da fascia do músculo com
manipulação direta, 1 cm abaixo do sulco
submamário e simetricamente ao lado
contralateral, centralizado no complexo
areolomamiçlar. Na região esternal, faz um
deslocamento muscular e incisão parcial do
peitoral maior nessa região, deixando uma
camada de músculo aderente ao tecido
celular subcutâneo e a pele.
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14. Colocação dos implantes: Antes da
colocação, uisa-se moldes de tamanhos
diferentes para confirmação do
tamanho ideal.posiciona-se os
implantes no interior da loja
antepeitoral através de manilpulação
direta, cuidando para que o mesmo
fique de forma correta
15. Retirada de pele: Essa é feita em forma de
elipse no pólo inferior da mama, nos casos
indicados com incisão inframamária. Nos
casos de ptose mamária, quando se realiza a
incisão em raquete, faz-se a retirada do excesso
de pele após a colocação do implante.
Fecha-se a ferida operatória, e não se faz uso
de drenos.
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21. A história da mamoplastia redutora teve seu início no
século VI com Paulus Aegineta no tratamento de
ginecomastias em homens. Embora os resultados
estéticos fossem limitados e não apresentasse detalhes
técnicos, tal fato mereceu destaque, pois creditou-se ao
cirurgião bizantino a primeira cirurgia na glândula
mamária com objetivos estéticos.
22. A abordagem cirúrgica do sexo feminino iniciou-se
após as primeiras publicações de Thomas, em 1882,
no tratamento de tumores mamários benignos. Apesar
da simplicidade da técnica e da limitação estética dos
resultados, esses procedimentos tiveram sua
importância na época, uma vez que eram a única
maneira de solucionar os casos de hipertrofia
mamária, cujo único objetivo era a estética.
23. • Nenhum procedimento cirúrgico é isento de riscos. O
cirurgião deve estar atento para detectar e intervir tão
logo seja diagnosticada uma complicação cirúrgica.
• As complicações decorrentes da mastoplastia redutora
podem ser decorrentes de diversos fatores:
• Fatores clínicos:
• -Tabagismo
• -Diabetes
• -Hipertensão arterial
• -Distúrbios da coagulação
24. Fatores locais da mama:
-Tamanho da hipertrofia
-Comprometimentos cutâneo por processo infecto-
contagioso
-Cirurgia prévia
-Radioterapia prévia
Fatores decorrentes do ato cirúrgico:
-Técnica cirúrgica empregada
-Falta de experiência do cirurgião.
25. O tabagismo e a hipertensão arterial provocam
alterações na microcirculação sanguínea, interferindo no
processo cicatricial, assim como o diabetes, que , além
da microangiopatia, pode acarretar maior incidência de
infecção pós-cirurgica.
26. Sabe-se que a incidência de complicações pós-cirurgicas é
diretamente proporcional ao tamanho da mama operada.
Fatores Decorrentes do Ato Cirúrgico: A escolha
inadequada da técnica cirúrgica a ser utilizada e a falta de
experiência do cirurgião no procedimento aumentam as
chances de ocorrerem complicações pós-operatórias.
27. Complicações imediatas:
-Hematoma :é uma das complicações mais freqüentes em qualquer ato cirúrgico
e pode decorrente de diversos fatores: alterações da coagulação, hipertensão
arterial., hemostasia inadequada, falta de drenagem pós-cirurgica ou até mesmo
utilização inadequada de drenos.
-Infecção : As infecções pós operatórias, quando ocorrem, variam de pequenas
coleções sero-hemáticas infectadas em subcutâneo à mastite generalizada, que, nos
raríssimos casos relatados na literatura, exigiu realização de mastectomia para
controle da infecção.
• Dentre outras como: Seromas, deiscência de sutura/necrose da pele
Necrose do complexo areolopapilar, complicações decorrentes do ato anestédico,etc.
28. • Cicatrizes Hipertróficas/ Queloidianas
Qualquer incisão na pele leva à formação de uma
cicatriz. Existem fatores que interferem na cicatrização
quais podem ser controlados pelo cirurgião, tais como
técnica cirúrgica atraumática e sutura sem tensão.
• Portanto, além de empregar técnica cirúrgica, técnica
atraumática e de se evitar suturas sob tensão, o cirurgião
deve avaliar no pré-operatório as características do processo
cicatricial da paciente: se apresenta cicatrizes prévias,
antecedentes familiares, uso de medicações que possam
interferir no processo cicatricial, como costicosteróides, tipo
de pele.
29. -Alterações de sensibilidade
-Sobras cutâneas
-Assimetria pós-operatória
-Insatisfação do paciente
30. O tratamento dos hematomas de pequenas proporções consiste
em drenagem através das incições cirúrgicas, que pode ser
realizada em consultório, sob anestesia local.
O tratamento das infecções varia conforme a intensidade do
processo infeccioso, podendo ser desde drenagem da coleção
sero-hemática infectada até a exploração cirúrgica com
antibioticoterapia endovenosa e oxigenoterapia hiperbárica.
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32. A mama é uma glândula secretora alveolar apócrina
constituída de lóbulos mamários e regulares
entremeados por tecido fibroso e adiposo, vasos
sangüíneos que agrupados, formam os lóbulos
mamários.
33. As vias de acesso podem ser:
•Sulco submamário
•Transareolar
•Areolar Superior
•Periareolar
•Transaxilar
34. Sulco Submamário: a incisão deve ser feita cerca de 2 cm
abaixo do sulco submamário original.
Transareolar: a incisão é feita horizontalmente cruzando o
mamilo em sua porção central, devendo ser colocada
completamente dentro da área areolar.
Areolar Superior: é utilizada quando o complexo
areolomamilar está situado em posição baixa e a distancia da
aréola ao sulco submamário está correta.
35. Periareolar: é realizada quando há a necessidade de
mastopexia concomitante. A ressecção de pele é feita de
forma oval.
Transaxilar: a incisão é feita no oco do axilar, em uma forma
de S, com certa de 3 a 4 cm.
36. Devem ser observado fatores que possam desencadear
sangramentos, como uso de anticoagulantes e antiadesivantes
plaquetários, hipertensão arterial, alterações de coagulação.
É aconselhado o estudo da mama por meios radiográficos
(mamografia).
37. Análise da simetria mamária observando os volumes das
mamas pois são muito freqüentes as diferenças. Pode haver
casos de assimetria de caixa torácica, o que torna difícil obter
uma simetria ideal, o que deve ser discutido previamente
com a paciente.
Deve- se avaliar o psiquismo da paciente no momento da
anamnese e esclarece- la sobre os procedimentos e os
resultados obtidos.
38. Os problemas mais frequentes são:
Hematoma
Seroma
Infecções
Contraturas Capsulares
Assimetrias
39. Embora pareça desnecessário para alguns cirurgiões, o atendimento
fisioterapêutico antes da cirurgia plástica é de extrema importância na
reabilitação do paciente operado.
Num atendimento de pré-operatório, o fisioterapeuta poderá avaliar
vários fatores que estejam relacionados à disfunção estética, dentre eles
retrações musculares, deformidades articulares, desvios posturais que
levam a alguma alteração estética e funcional, por exemplo, desvios de
coluna que causam protusão do abdômen, e outros.
40. Devemos avaliar também as condições circulatórias dos pacientes,
estabelecendo presença de alterações como edemas/linfedemas, e também
complicações secundárias como o fibro edema gelóide (celulite).
Também é importante a observação da manutenção de mobilidade
articular e muscular. Exercícios de alongamento realizados no período
pré-operatório ajudam o restabelecimento funcional do paciente no pós-
operatório, permitindo melhores condições de circulação sanguínea e
linfática, bem como preparar o paciente para os exercícios que serão
realizados após a cirurgia.
De uma forma geral o pré-operatório fisioterapêutico funciona também
como orientação para o paciente. É neste momento que preparamos o
mesmo para cirurgia, é onde conhecemos suas alterações e limitações e
começamos a traçar o plano de tratamento pós-cirúrgico.
41. Os recursos fisioterapêuticos, quando bem utilizados, podem diminuir o
tempo de repouso, restaurar a funcionalidade, e acelerar a recuperação,
possibilitando a reintegração do indivíduo em suas atividades sociais.
Baseando-se nos estágios do processo de inflamação e reparo, o
fisioterapeuta poderá traçar um programa de tratamento eficaz,
observando sempre as características clínicas apresentadas pelo paciente,
acompanhando a evolução do processo cicatricial.
42. Pacientes pós-operados não devem seguir apenas um
tipo de tratamento pré-determinado, pois inúmeros
fatores influenciam as respostas cicatricias, fazendo que
se tornem errônea a utilização de protocolos neste tipo
de paciente. É necessária a observação constante da
evolução do quadro, e por muitas vezes, mudar o
tratamento de uma sessão para outra. Devemos saber
identificar o resultado imediato do recurso que estamos
utilizando, não nos prendermos a tempo de sessão, e sim
a resultados obtidos a cada modalidade utilizada.
43. Os vasos linfáticos também possuem válvulas de mão única que
propulsionam a linfa e impedem seu fluxo retrógrado.
Segundo Marx e Camargo, quando ocorre uma resposta inflamatória, o
sistema vascular sanguíneo é o primeiro a se alterar. Essa alteração será
caracterizada por uma vasodilatação e um aumento da permeabilidade da
parede capilar à água, às proteínas plasmáticas, às células e aos minerais.
Nos traumas mecânicos, como na cirurgia plástica, pode haver alteração
estrutural ou funcional dos vasos linfáticos, causada por laceração ou
compressão (hematoma, fibrose). Essa obstrução mecânica modificará
substancialmente o equilíbrio das tensões, resultando inevitavelmente em
edema.
44. A realização de uma terapia por massagem eficiente
envolve diversas condições básicas como:
1-Conhecimento da anatomia, histologia e fisiologia da pele;
2-Conhecimento profundo das manobras a serem executadas, suas indicações e
contra-indicações, direção, pressão, velocidade, ritmo, freqüência e durações
das sessões;
3- Avaliação dos sinais e sintomas pós-tratamento,dentre outros.
A massagem é capaz de produzir estimulação mecânica nos tecidos por
aplicação rítmica de pressão e estiramento, tendo como efeitos relaxamento,
auxílio da circulação venosa e linfática, e absorção de substâncias
extravasadas nos tecidos.
45. A mobilização impede a formação de fibroses através da estimulação da
síntese de proteoglicanos. A tensão mecânica promove a deposição
ordenada das fibras de colágeno, e ainda lubrifica o tecido conjuntivo.
As manobras de liberação tecidual funcional provocam um
tensionamento contínuo e prolongado, “organizando” a deposição do
colágeno, tornando o tecido mais elástico e sem retrações, prevenindo o
tratamento de fibroses e aderências.
46. Para que sejam obtidos níveis terapêuticos de aquecimento, a temperatura
atingida nos tecidos deve situar-se entre 40 e 45 graus Celsius. É provável
a ocorrência de queimaduras com temperaturas acima deste nível e ,
abaixo desse, os efeitos do aquecimento são considerados brandos demais
para que tenha qualquer valia terapêutica.
Incluem efeitos fisiológicos do calor: o aumento da taxa de metabolismo
celular, da liberação de leucócitos, da permeabilidade capilar, da drenagem
linfática e venosa, e aumento da elasticidade do tecido conjuntivo.
A utilização do calor em pós-cirurgia plástica tem como objetivo
melhorar a qualidade do tecido cicatricial, tratar as fibroses e aderências.
47. O resfriamento imediato reduz a temperatura tecidual, limitando
portanto o trauma tecidual. O resfriamento também diminui a taxa de
edema e a produção de irritantes e, deste modo, aliviar a dor.
A vasoconstrição que ocorre por estímulo das fibras simpáticas e a
diminuição da pressão oncótica , juntamente com a diminuição da
permeabilidade da membrana, levam a uma redução do edema.
O tratamento com o frio em cirurgia plástica é realizado na fase inicial,
com a intenção de conter o edema.
48. As intenções da utilização do ultra-som na pós-
cirurgia plástica são a aceleração da cicatrização,
alcançar força tênsil normal e até mesmo a
prevenção de cicatrizes hipertróficas e
quelóidianas.
49. Os recursos principalmente utilizados na terapêutica
pós-cirurgia plástica são a microcorrente, a corrente
galvânica (através da iontoforese) e a alta voltagem.
Estes recursos apresentam especial indicação para
acelerar o processo de reparo tecidual.
50. A vacuoterapia promove um “deslocamento” tecidual. Sua utilização na
cirurgia plástica deve ser extremamente cautelosa, uma vez que os tecidos
precisam se reconstituir para cicatrizarem.
Pressoterapia: É um método fisioterapêutico que se utiliza de uma
massagem pneumática realizada na direção do fluxo circulatório, através
de pressão positiva sobre o seguimento corpóreo, por meio de artefatos
pneumáticos específicos, com o objetivo de ativar o retorno venoso e
linfático.
Cinesioterapia: A utilização consciente da cinesioterapia em pós-cirurgia
plástica se faz extremamente útil na prevenção e no tratamento das
aderências e fibroses. Os alongamentos passivos promovem tensões
mecânicas nos tecidos , ajudando a reorganizar as fibras de colágeno
cicatricial.