O filme Central do Brasil, indicado ao Oscar em 1998, narra a jornada de Dora, uma professora aposentada analfabeta, e Josué, uma criança em busca de seu pai, que desenvolvem um laço de afeto um pelo outro. O longa retrata a realidade do analfabetismo no Brasil e como os analfabetos são marginalizados e dependentes dos alfabetizados.
1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ELÍDIO MURCELLI FILHO
ENSINO MÉDIO
NATANAEL RODRIGUES PASSOS
CENTRAL DO BRASIL
FERNANDA MONTENEGRO
ARIPUANÃ – MATO GROSSO
2022
2. NATANAEL RODRIGUES PASSOS
CENTRAL DO BRASIL: FERNANDA MONTENEGRO
Trabalho avaliativo do Ensino Médio para a disciplina de
Filosofia na instituição educacional Escola Estadual
Professor Elídio Murcelli Filho.
Orientadora: Regina de Lima Santana
ARIPUANÃ – MATO GROSSO
2022
4. 4
Biografia:
Resumo:
O filme brasileiro Central do Brasil foi indicado para dois Óscar (Melhor Filme
Estrangeiro e Melhor Atriz), em 1998. O longa narra a história de Dora (Fernanda
Montenegro) uma mulher de meia-idade de pouca confiança e uma criança Josué
(Vinícius de Oliveira) que está em busca de seu pai. Em sua jornada, literal e
metaforicamente, os dois encontram no "apego" que gradualmente desenvolvem um
pelo outro, incutindo o afeto ao seu redor, uma forma de reparar a dor que sofreram
no início da vida.
Palavras-chaves: Fé. Óscar. Filme. Analfabetismo. Religião.
Abstract:
The Brazilian film nominated for two Oscars (Best Foreign Film and Best Actress),
Central do Brasil, directed by Walter Salles in 1998. The feature tells the story of Dora
(Fernanda Montenegro) an unreliable middle-aged woman and a child Josué (Vinicius
de Oliveira) in search of his father. On their literal journey, the two meet and
metaphorically find themselves in the "attachment" they will develop for each other,
instilling affection around them, a way of repairing a life around them that will not suffer
at the beginning of life.
Keywords: Faith. Oscar. Movie. Illiteracy. Relig
Fernanda Montenegro (1929) é uma importante atriz
brasileira, considerada a primeira atriz latina e única
brasileira indicada ao Óscar. Sua carreira, já ultrapassa
sete décadas, está marcada pela atuação no rádio, no
teatro, no cinema e na televisão.
5. 5
Drama:
Drama em grego significa "ação". É um gênero literário que surgiu na Grécia
antiga, originalmente, como uma forma de louvor ao deus Dionísio (Baco). O drama é
composto de textos em prosa ou verso destinados a serem apresentados no palco.
No cinema e na televisão, o drama é um gênero de ficção narrativa destinado
a ser sério em vez de humorístico. Dramas desse tipo são frequentemente
qualificados por termos adicionais que designam seu subgênero, macro gênero ou
micro gênero específico, como novelas, dramas policiais, dramas políticos, drama
psicológico e comédia-dramática. Esses termos tendem a indicar um cenário ou tema
específico, ou qualificam o tom sério de um drama com elementos que estimulam uma
gama mais ampla de humores.
Todas as formas de cine matizada ou televisionada envolvendo histórias
ficcionais são dramáticas, no sentido mais amplo se sua narração for realizada por
atores que interpretam os personagens. Nesse sentido mais amplo, o drama é um
modo distinto de romances, contos e poesia narrativa ou canções. Nos tempos
modernos, antes do advento do cinema ou da televisão, um "drama" no teatro era um
tipo de peça que não era nem comédia nem tragédia.
6. 6
Crítica:
No início do filme, encontramos Dora, uma professora aposentada, sentada em
uma mesa no exterior da estação de trem do Rio de Janeiro, onde ganha a vida
escrevendo cartas (que não manda) para analfabetos.
Ao longo das cenas, vemos como Dora é uma mulher dura, sem emoção,
desonesta que mente e rouba. O outro personagem central do filme é Josué, um
menino de rua com 9 anos de idade, inteligente e experiente. Confiante o suficiente
para sempre falar o que pensa, ele era uma criança traumatizada pela morte de sua
mãe, Ana, sendo atropelada por um ônibus bem na frente de seus olhos, ele sente a
ausência de seu pai, Jesus, um homem que tinha fama de ser um bêbado vagabundo.
Josué era uma criança, o que significa que as circunstâncias o privaram de sua
infância normal, no filme, nunca o vemos jogar (exceto, sozinho, com o pião) ou
interagir com outras crianças, isto é, até que o vejamos, no final jogando futebol com
seus meios-irmãos.
As suspeitas de Josué era de que Dora era uma mulher que continuava a menti-
lo e enganá-lo foram dissipadas quando ele descobriu suas fraquezas ao notar sua
infeliz infância. Com o tempo, Dora se torna uma personagem agradável, tanto para
Josué quanto para nós, espectadores, à medida que a conhecemos e a entendemos
melhor. A história da vida de Dora, e especialmente suas perdas, é contada como um
espelho da história de Josué. Ela vem de uma família disfuncional, sua mãe morreu
quando ela era apenas uma criança e seu pai promíscuo os abandonou. Alguns anos
depois, quando Dora era adolescente, ela passou por ele na rua, mas ele não a
reconheceu. À medida que Dora e Josué começam sua jornada para o nordeste, eles
aprendem a confiar um no outro, sua hostilidade inicial dando lugar à tolerância,
compreensão, respeito e até amor um pelo outro.
Quanto ao final, o público se pergunta: eles viverão nos corações e mentes um
do outro após a separação, ou serão esquecidos novamente? Porém, achei o final
muito sentimental. Minha impressão é que esse filme perfeitamente equilibrado
merecia uma cena mais sutil para encerrar a jornada: quando expõe o choro forçado
de Dora; além do filtro amarelo causar desconforto do início ao fim do filme; quanto a
música de fundo, é substancial em comparação com o que está acontecendo na tela.
7. 7
Indiscutivelmente essa película é uma joia que precisa ser aproveitada para
enriquecer a compreensão dos telespectadores, principalmente dos brasileiros.
8. 8
Considerações finais:
Após a análise da obra, é notória a representação do analfabetismo no filme
Central do Brasil: o analfabeto ocupa um lugar do público em que é dominado pelo
letrado, ou seja, o alfabetizado tem mais poder. O diretor também revela em seu filme
que o analfabeto tem menos direitos do que o letrado, pois o analfabeto não é o autor
de sua carta. O analfabeto é apresentado como dependente do letrado e tem valor
insignificante na sociedade, pois sua escolha não é respeitada. Os analfabetos
mostrados na cena são os subordinados do porta-bíblia. Você tem vontade própria e
quer dar sua opinião, então cabe a Dora (Deus).
Assim, o analfabeto não é o senhor de sua vida, muito menos o autor de sua
carta. Embora às vezes desfavorecidos, eles não são ingênuos a ponto de não
conseguirem controlar suas próprias vidas. Os analfabetos têm sonhos, mas sua
realização não depende de uma pessoa alfabet, 1izada querer realizá-los.
9. 9
Bibliografia:
FILHO, Rubens Ewald. Central do Brasil. Disponível em:
<http://epipoca.uol.com.br/filmes_critica.php?acao=D&idf=394&idc=348>. Acesso
em: 22 de março 2022.
FUKS, Rebeca. Fernanda Montenegro. Disponível em:
<https://www.ebiografia.com/fernanda_montenegro/> Acesso em: 22 de março
2022.
WIKIPEDIA. Central do Brasil (filme). Disponível em
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Central_do_Brasil_(filme)#Enredo> Acesso em: 22 de
março 2022.