O documento traça uma linha do tempo da evolução do trabalho ao longo da história humana, desde as atividades de caça e agricultura na Antiguidade até as profissões do futuro impactadas pela tecnologia. Ele destaca alguns marcos como o feudalismo, o surgimento dos direitos trabalhistas e a Revolução Industrial, além de abordar as transformações trazidas pela automação e a Quarta Revolução Industrial.

1. A história do trabalho acompanha a evolução humana, sendo uma forma de
o indivíduo incidir sobre a natureza, transformá-la e obter seu sustento. Ao longo
da história, o trabalho configurou-se de formas diversas. Veja alguns marcos de destaque.
O trabalho surge como forma de obter
sustento. As ocupações humanas se
concentram na caça, na construção,
na agricultura e no uso de ferramentas.
LINHA DO TEMPO:
O feudalismo é a principal
forma de relação
trabalhista. Os senhores
feudais eram donos das
terras e ofereciam
proteção militar e política
aos servos. A eles, cabia o
trabalho braçal e o
pagamento de tributos.
A Revolução Francesa e a
Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão | Unicef,
de 1789, dão início ao conceito
de liberdade e de direitos do
indivíduo, e trazem o conceito
de “liberdade contratual”, que
inicia uma transformação na
relação de trabalho ocidental.

2. É o período em que o conceito de trabalho
se alia ao de “emprego”, no qual o indivíduo
efetivamente passa a exercer a força de
trabalho em troca de um salário – ainda
que esse movimento tenha começado sem
direitos trabalhistas, que passaram a
vigorar em um segundo momento.
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3. Atualmente, estamos vivendo o que muitos chamam
de 4a Revolução Industrial ou “Indústria 4.0”; um
período no qual o trabalho é fortemente impactado
pelo emprego de tecnologias digitais que otimizam
e automatizam processos. É nesse contexto que
começamos a nos perguntar: qual será o futuro
do trabalho e quais serão as profissões do futuro?
Profissões
do futuro
ª

4. Impulsionada pela globalização, pelo
surgimento da internet e das tecnologias
digitais da informação e comunicação (TDICs),
a 3a Revolução Industrial é um marco nos
paradigmas de produção, com revolução nos
processos de trabalho, o que se concentra
na segunda metade do século 20.
ª

5. 
No século 20, ganham força
os sistemas de produção,
como o fordismo, que
envolviam o uso de
tecnologias aplicadas
à produção industrial em
larga escala, e que foram
considerados um marco
para a “2a Revolução
Industrial”. Os direitos
trabalhistas começam a se
consolidar, mas ainda com
baixos salários e exploração
da mão de obra.
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6. A escravidão remonta à
Antiguidade e foi a mais cruel forma
de exploração do trabalho, tendo
durado, no Brasil, até o fim do século
19, com a Lei Áurea assinada apenas
em 1888. As leis trabalhistas só
chegaram ao país em 1943.

7. Filósofos gregos começaram a refletir sobre
o conceito de trabalho, entendendo-o como
o uso da força física, sem atribuição de
realização pessoal. Cabia aos escravizados
exercerem os trabalhos “braçais”, e, a seus
senhores, as atividades intelectuais, como a
política, os negócios e a filosofia. Algumas
linhas filosóficas, por outro lado, começam a
atribuir ao trabalho valores religiosos.1
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Vendas
1 MARTINS, S. P. Breve histórico a respeito do trabalho. Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, n. 95, p. 167-176, 2000.
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67461. Acesso em: 24 mar. 2021.
2 COUTINHO, L. A Terceira Revolução Industrial e tecnológica: as grandes tendências de mudança. Economia e Saúde. n. 87. p. 69-87, [s.d].
Disponível em: periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643306/10830. Acesso em: 24 mar. 2021.
3 WORLD Economic Forum. The Future of Jobs Report 2020. out. 2020. p. 32. Disponível em:
www3.weforum.org/docs/WEF_Future_of_Jobs_2020.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021.
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