SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 37
   É        uma       personagem
    principal, dado que possui um
    papel central na história e
    contribui        para       o
    desenvolvimento da mesma.

   Quanto à composição, é uma
    personagem modelada, dado que
    o seu comportamento altera-se ao
    longo da história.

   Pode ser considerada uma personagem-tipo dado que
    representa um estatuto social: o povo.
Caracterização física:
 - Os seus olhos mudam de cor;
 - É alta e magra;
 - Tem cabelo claro.

Caracterização psicológica:
 - Tem vinte e oito anos;
 - É filha única;
  - Consegue ver por dentro das coisas e das pessoas quando
 está em jejum;
  - É corajosa: vai sozinha à procura de Baltasar; mata o frade
 que a tenta violar;
  - É uma mulher forte: assiste à condenação da sua mãe sem
 derramar uma lágrima, contudo quando chega a casa não
 aguenta mais;
  - Extremamente apaixonada por Baltasar (procura-o durante
 nove anos);
  - É religiosa, acredita em Deus.
   Blimunda surge, pela primeira vez, nesta história quando
    é mencionada pela sua mãe, Sebastiana, que estava a
    ser condenada no auto-de-fé a que Baltasar estava a
    assistir. A sua mãe procura-a, com o olhar, pela multidão
    para lhe transmitir que devia procurar conhecer o
    homem que estava a seu lado, Baltasar.

   Neste mesmo episódio, o nome de Blimunda é
    mencionado onze vezes. Estando tal número associado
    a conhecimentos mais profundos, ao ideal, às
    revelações, à junção de Deus com o Mundo, são
    facilmente notáveis as semelhanças entre o seu
    significado e a personalidade de Blimunda: vê por
    dentro, logo tem um maior conhecimento, tem
    revelações e é muito ligada a Deus.
   É feito também um ênfase nos olhos de
    Blimunda, dando a entender que estes veriam mais do
    que as pessoas normais: “olha só, olha com esses teus
    olhos que tudo são capazes de ver”.
   Blimunda atrai Baltasar devido à singularidade dos seus
    traços físicos: os seus olhos mudam de cor e é alta e
    esguia. Estes traços são tão singulares pois não era
    habitual vê-los: as mulheres tinham olhos de uma só cor
    e, geralmente, eram de baixa altura. Baltasar chega
    mesmo a confessar : “Não tenho forças que me levem
    daqui, deitaste-me um encanto”.

   Blimunda causa também um certo             fascínio   a
    Scarlatti, que a compara à deusa Vénus.
   Também os pais de Baltasar estranharam os traços
    físicos de Blimunda, nomeadamente o seu cabelo claro e
    os seus olhos de cor inconstante. Provoca também uma
    certa curiosidade à mãe de Baltasar, dado que, primeiro
    que tudo, não entra imediatamente na casa de
    Baltasar, fazendo com que a mesma se interrogasse
    acerca de quem seria tal mulher. Por outro lado, Marta
    Maria, mãe de Baltasar, impede que Blimunda comece
    imediatamente à procura de trabalho, pois pretende que
    ela fique em casa consigo, para conhecê-la melhor.
Devido à sua ligação com Baltasar Sete-Sóis, é
apelidada de Blimunda Sete-Luas, pelo padre
Bartolomeu Lourenço. Este apelido pode ter os seguintes
significados: o número sete está associado à
totalidade, à perfeição, o que, de certo modo, se
adequa dado que o Baltasar e Blimunda, como formam
um par romântico, completam-se; por outro lado, a lua
pode simbolizar a faceta submissa de Blimunda, dado
que a lua reflete a luz do Sol (que neste caso seria
Baltasar) e as mudanças no seu comportamento. A Lua
pode também ser associada ao princípio feminino e
passivo e ao sonho, ao inconsciente e ao facto de ser
o complementar do Sol (ele e Baltasar completavam-
se).
Ao longo de toda a obra, vive um amor pleno com
Baltasar, apesar de todas as dificuldades pelas quais
ambos passaram. Contudo, nem com a morte de
Baltasar este amor acaba, dado que Blimunda recolhe
a vontade de Baltasar. Deste modo, ficarão juntos para
sempre, tendo esta história de amor o seu final
estranhamente feliz.
A mulher do povo, retratada com realismo:
  - Quando vai para Mafra com Baltasar, consegue reunir todos
  os seus pertences numa única trouxa - à semelhança do
  povo, não tinha muitos bens materiais.
  - Não se importa de trabalhar no campo.

A mulher de excecional intuição e excecionais capacidades
de “compreensão da complexidade do mundo”:
  - Blimunda vê uma nuvem fechada na óstia e interroga-se
  acerca do que é a religião.
  - Baltasar comenta a possível semelhança entre as nuvens
  que se encontram no céu e as nuvens fechadas que Blimunda
  vê, ao que esta diz que tal semelhança não existe.
A visionária, guardadora de vontades, habitante do
fantástico:
  - Blimunda não come para conseguir ver as vontades
  quando sai de casa para as apanhar.
  - Consegue apanhar muitas vontades ao visitar a casa
  dos doentes.
  - Descobre um local onde existia água para os habitantes
  de uma aldeia que, na altura, estavam a passar por uma
  seca.
Como tinha poderes sobrenaturais, era, à partida e de
entre Baltasar e o padre, a que mais probabilidades tinha
de ser condenada pelo Santo Ofício, tal como a sua mãe.
Contudo, tal não acontece, o que pode ser visto
como, por um lado, a vitória do amor (as vontades de
Baltasar e Blimunda ficam juntas para sempre), e, por
outro lado, como a vitória daquela que via por dentro, o
que lhe permitiu ter uma vida mais “clara”.
   É    uma    personagem
    principal,  dado    que
    possui um papel central
    na história e contribui
    para o desenvolvimento
    da mesma.

   É    uma    personagem
    plana.

   É,     também,        uma
    personagem-tipo      dado
    que     representa     um
    estatuto social: o povo.
É apresentado na história quando a mãe de Blimunda
diz a esta para perguntar o nome ao rapaz que estava
ao seu lado, Baltasar.
Baltasar acaba por ser uma das personagens
principais mais simples de toda a história, pois este é um
soldado que perdeu a mão na guerra, acabando por ser a
crítica do narrador à desumanidade existente na
guerra, pois assim que Baltasar perdeu a mão foi
mandado embora. Não tem uma atitude ou feitio muito
complicados.
    É um homem pragmático, simples e apaixonado por
Blimunda. Quando faz algo gosta que fique tudo perfeito
e está sempre disposto a ajudar, sendo bastante humilde
e honesto.
   Ao longo da história, Baltasar acaba por ser quem
    constrói a passarola, para realizar o sonho do Padre
    Bartolomeu, e ajuda na construção do Convento.

   Baltasar questionava muito os dogmas e lutava por
    realizar sonhos, assim como o fez quando se tratou de
    construir a passarola, pois apesar do sonho não ser
    seu, ele teimou em fazer tudo perfeito, chegando até a
    desmanchar o que já havia feito para construir de novo e
    com mais rigor.
Baltasar é conhecido por Sete Sóis, pois este apenas
consegue ver à luz, ou seja só consegue ver o normal e
o que é visível, ao contrário de Blimunda.
É uma pessoa muito apaixonada, neste caso por
Blimunda, pois estava disposto a correr todos os riscos
que     fossem     necessários    para    estar    com
Blimunda, mesmo sabendo que esta tinha poderes que
podiam ser mal interpretados aos olhos dos outros e até
quando ela tinha de ir colher as vontades, na altura de
uma grande doença, Baltasar foi com ela correndo o
risco de adoecer também.
Baltasar tem um fim bastante trágico pois acaba
queimado, condenado pelo Santo Ofício. Apesar de
tudo, ele e Blimunda continuaram juntos para
sempre, pois quando Blimunda o encontra (depois de
procurá-lo durante 9 anos), esta acaba por só o ver já
quase todo queimado pelas chamas mas ainda a tempo
de recolher a sua vontade e a juntar à dela, pois o lugar
da vontade de Baltasar era na Terra, dado que era aí
que estava Blimunda.
   É uma das personagens principais, dado que contribui
    bastante para o desenvolvimento da ação.

   É também uma personagem modelada, visto que é uma
    personagem dinâmica, complexa e com densidade
    psicológica. Também o seu comportamento se altera ao
    longo da ação.

  É conhecido como “O
Voador”, por afirmar que
tinha voado.
Caracterização física:
 - mais baixo do que Baltasar, contudo com um aspeto
 mais novo.

Caracterização psicológica:
 - tem vinte e seis anos;
 - dono de uma enorme capacidade de memorização;
 - ambicioso.
   Nasceu no Brasil, contudo veio ainda novo para
    Portugal.

   Aos     15      anos,    já     tinha    bastantes
    estudos, principalmente na área da Filosofia.

   Aos 24 anos, já tinha feito um balão que chegou
    mesmo a voar.
Membro da corte
  O rei dá-lhe proteção e apoio em relação à construção da
passarola; ouve as confissões do rei.

Orador
  Dá sermões na igreja.

 Bacharel e doutor em cânones

 Tem dúvidas teológicas, apesar de ser padre. Por
exemplo, interroga-se acerca da existência da mão esquerda de
Deus, acabando por concluir que Deus é maneta.
Cientista
   Interessa-se pela ciência. Este interesse é, em
parte, provocado pela necessidade de adquirir
conhecimentos de modo a fazer a passarola voar. É tão
interessado que chega a viajar para a Holanda de modo
a adquirir mais conhecimentos acerca do éter, que iria
fazer a passarola voar.

   Ambicionava voar. Esta ambição, por si só e naquele
tempo, é herética, contudo, ao vir de um padre, torna-se
ainda mais grave, dado que este toma conhecimento
que as vontades humanas eram um dos elementos
necessários para a passarola voar. Ora, não só este
padre se aventura por campos desconhecidos e
facilmente considerados heréticos, como também utiliza
vontades humanas para atingir o seu objetivo
O amigo
    Sente    grande    afeto     por  Baltasar    e
Blimunda, pois, para além de lhes dar abrigo, ainda
afirma que os casou (para estes não serem mal
vistos), mesmo não sendo verdade
A designação Bartolomeu Lourenço é utilizada em
momentos de menor ficcionalização, enquanto a
designação Bartolomeu de Gusmão é utilizada em
momentos de maior ficcionalização.
Esta personagem é baseada
numa figura real, o Padre
Bartolomeu Lourenço de Gusmão.
    Ambos      nasceram       no
Brasil, eram interessados pela
ciência, possuíam uma grande
memória, dedicavam-se ao invento
de engenhos (ambos diziam ter
inventado uma máquina que
voava), estudaram na Faculdade
de Cânones da Universidade de
Coimbra, pediram a proteção do
rei D. João V em relação à sua
máquina de voar e escreviam
sermões.
 É uma personagem secundária e
  plana.
 A sua primeira referência, dá-se
  quando é chamado para dar
  aulas de piano à filha dos reis.
 Embora contratado pelo rei, é
  também um representante de
  contra-poder devido à sua
  liberdade de espírito e pelo seu
  poder libertador e subversivo da
  sua música.
O primeiro contacto entre Domenico e o Padre
Bartolomeu deu-se no dia em que a princesa teve uma
lição com Domenico, à qual estaria a realeza e o padre a
assistirem.
   Depois da lição, o músico ficou a tocar e o padre
Bartolomeu ficou impressionadíssimo com a música e
acabaram, então, por falar um com o outro, chegando até
a irem ao Terreiro do Paço onde depois acabaram por
seguir cada um o seu caminho. Dias depois foi Domenico
quem foi falar com o Padre que se encontrava na capela.
O Padre Bartolomeu acabou por levar Domenico até à
sua invenção, a passarola, mas este, ao chegar ao
local, permaneceu bastante calmo e sereno sem mostrar
grande excitação, e após ver a máquina assim
permaneceu, sempre muito calmo mas um tanto curioso
com o que via, especialmente por ver que as asas eram
fixas e este achava que com asas fixas a máquina nunca
voaria.
    A amizade deste com o padre Bartolomeu, originada
pela compreensão e pela partilha das mesmas ideias e
sonhos, representa a articulação entre a cultura e o
humano, entre o saber e o sonho, entre o conhecimento e
o desejo.
O facto de este estar envolvido, indirectamente, na
construção da passarola serve para unir a ciência e a
arte mostrando que ambas revelam um espírito de
inovação, tolerância e abertura para o modernismo.
Domenico ia tocar para a abegoaria algumas vezes
enquanto a passarola era construída e quando Blimunda
ficou doente, todos os dias Domenico tocava para
ela, acabando por curar a frágil e quase sem forças
Blimunda.
    Isto serve para mostrar que os sonhos aliados à
música permitem a cura e ajuda na conclusão da
passarola, simbolizando o ultrapassar, por parte do
homem, de uma materialidade excessiva e o atingir da
plenitude da vida.
Quando a passarola descolou, Domenico viu-a a
levantar voo pois dirigia-se naquele momento para a
quinta, e ao ver que não iria com eles o que este decidiu
fazer foi mandar o cravo pelo poço abaixo para que não
houvessem provas de que ele estaria envolvido em tal obra
e não podendo assim ser condenado ao santo ofício.
   O facto de não ter ido com eles na passarola deixou o
músico bastante triste, ao ponto de, antes de mandar o
cravo pelo poço abaixo, se ter sentado a tocar mas quase
nada tocou, foi mais um passar de dedos.
Passado um bom tempo, o músico vai ao encontro de
Blimunda e Baltasar sem que ninguém saiba disso, pois
este pediu ao rei para ir ver como iam as obras do
convento para assim ter uma desculpa para poder ir a
Mafra, a fim de os informar que o Padre Bartolomeu
havia morrido em Espanha, devido à loucura.
   Isto mostra que Domenico era alguém fiel e que não
teria ficado tão chateado como era suposto com o facto
de o terem deixado em terra em vez de o levarem com
ele na passarola no momento da partida.
A última referência que se faz ao músico é ao serviço
da corte real, quando este é chamado para distrair a
rainha e sua filha após a conversa sobre o sofrimento a
que as mulheres acabam sempre por ser sujeitas
devido aos homens.
  A música de Domenico, funciona, neste caso, como
uma espécie de calmante, transmitindo plena harmonia
e serenidade, daí o próprio músico ser uma pessoa
serena e calma.
Fontes webgráficas
   http://www.slideshare.net/Mariazinha/categorias-da-narrativa-412346


   http://moodle.eshn.net/mod/forum/discuss.php?d=442


   http://www.numerologo.com.br/simbologia.htm#s11


   http://pt.wikipedia.org/wiki/Memorial_do_Convento


Fontes bibliográficas
    PINTO, Elisa Costa (2011), Plural, 6ª edição, Lisboa Editora, Lisboa
    SARAMAGO, José (2010), Memorial do Convento, 47º edição, Caminho, Alfragide
Nº8 Filipa Monteiro
Nº13 Miguel Rodrigues

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Memorial do Convento
Memorial do ConventoMemorial do Convento
Memorial do Conventoguest304ad9
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaSamuel Neves
 
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoA sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoJoana Filipa Rodrigues
 
A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaDina Baptista
 
Memorial do Convento - Cap. IV
Memorial do Convento - Cap. IVMemorial do Convento - Cap. IV
Memorial do Convento - Cap. IV12º A Golegã
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosRui Matos
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMaria Teixiera
 
Os Maias Episódios da Vida Romântica
Os Maias   Episódios da Vida RomânticaOs Maias   Episódios da Vida Romântica
Os Maias Episódios da Vida RomânticaPatrícia Pereira
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoDina Baptista
 
Ficha verificação leitura memorial
Ficha verificação leitura memorialFicha verificação leitura memorial
Ficha verificação leitura memorialFernanda Pereira
 
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)José Galvão
 
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho Marisa Ferreira
 

Was ist angesagt? (20)

Memorial do Convento
Memorial do ConventoMemorial do Convento
Memorial do Convento
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoA sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
 
A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. Pessoa
 
Memorial do Convento - Cap. IV
Memorial do Convento - Cap. IVMemorial do Convento - Cap. IV
Memorial do Convento - Cap. IV
 
Fernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-OrtónimoFernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-Ortónimo
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por Capítulos
 
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de PortugalMensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal
 
Os Maias Episódios da Vida Romântica
Os Maias   Episódios da Vida RomânticaOs Maias   Episódios da Vida Romântica
Os Maias Episódios da Vida Romântica
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-Sistematização
 
Ficha verificação leitura memorial
Ficha verificação leitura memorialFicha verificação leitura memorial
Ficha verificação leitura memorial
 
Capítulo i
Capítulo iCapítulo i
Capítulo i
 
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
Memorial do convento dimensão crítica da história (1)
 
Os maias a intriga
Os maias   a intrigaOs maias   a intriga
Os maias a intriga
 
Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
 
Sísifo- Miguel Torga
Sísifo- Miguel TorgaSísifo- Miguel Torga
Sísifo- Miguel Torga
 
Valor aspetual
Valor aspetualValor aspetual
Valor aspetual
 
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
 
Ficha de gramática12º
Ficha de gramática12ºFicha de gramática12º
Ficha de gramática12º
 

Ähnlich wie Memorial do convento - Personagens

Memorial do Convento - Personagens
Memorial do Convento - PersonagensMemorial do Convento - Personagens
Memorial do Convento - PersonagensFilipa Alexandra
 
Memorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólicaMemorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólicananasimao
 
O amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do ConventoO amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do ConventoAntónio Teixeira
 
Dom Casmurro, de Machado de Assis - análise
Dom Casmurro, de Machado de Assis - análiseDom Casmurro, de Machado de Assis - análise
Dom Casmurro, de Machado de Assis - análisejasonrplima
 
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!Hebert Silva
 
Personagens memorial do convento
Personagens memorial do conventoPersonagens memorial do convento
Personagens memorial do conventopaulouhf
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81luisprista
 

Ähnlich wie Memorial do convento - Personagens (9)

Memorial do Convento - Personagens
Memorial do Convento - PersonagensMemorial do Convento - Personagens
Memorial do Convento - Personagens
 
Memorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólicaMemorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólica
 
O amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do ConventoO amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do Convento
 
Dom Casmurro, de Machado de Assis - análise
Dom Casmurro, de Machado de Assis - análiseDom Casmurro, de Machado de Assis - análise
Dom Casmurro, de Machado de Assis - análise
 
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
De olhosfechadoslindotexto!!!!leiammmm!!!!!
 
A persistência das memórias
A persistência das memóriasA persistência das memórias
A persistência das memórias
 
Infância
InfânciaInfância
Infância
 
Personagens memorial do convento
Personagens memorial do conventoPersonagens memorial do convento
Personagens memorial do convento
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 80-81
 

Memorial do convento - Personagens

  • 1.
  • 2. É uma personagem principal, dado que possui um papel central na história e contribui para o desenvolvimento da mesma.  Quanto à composição, é uma personagem modelada, dado que o seu comportamento altera-se ao longo da história.  Pode ser considerada uma personagem-tipo dado que representa um estatuto social: o povo.
  • 3. Caracterização física: - Os seus olhos mudam de cor; - É alta e magra; - Tem cabelo claro. Caracterização psicológica: - Tem vinte e oito anos; - É filha única; - Consegue ver por dentro das coisas e das pessoas quando está em jejum; - É corajosa: vai sozinha à procura de Baltasar; mata o frade que a tenta violar; - É uma mulher forte: assiste à condenação da sua mãe sem derramar uma lágrima, contudo quando chega a casa não aguenta mais; - Extremamente apaixonada por Baltasar (procura-o durante nove anos); - É religiosa, acredita em Deus.
  • 4. Blimunda surge, pela primeira vez, nesta história quando é mencionada pela sua mãe, Sebastiana, que estava a ser condenada no auto-de-fé a que Baltasar estava a assistir. A sua mãe procura-a, com o olhar, pela multidão para lhe transmitir que devia procurar conhecer o homem que estava a seu lado, Baltasar.  Neste mesmo episódio, o nome de Blimunda é mencionado onze vezes. Estando tal número associado a conhecimentos mais profundos, ao ideal, às revelações, à junção de Deus com o Mundo, são facilmente notáveis as semelhanças entre o seu significado e a personalidade de Blimunda: vê por dentro, logo tem um maior conhecimento, tem revelações e é muito ligada a Deus.
  • 5. É feito também um ênfase nos olhos de Blimunda, dando a entender que estes veriam mais do que as pessoas normais: “olha só, olha com esses teus olhos que tudo são capazes de ver”.
  • 6. Blimunda atrai Baltasar devido à singularidade dos seus traços físicos: os seus olhos mudam de cor e é alta e esguia. Estes traços são tão singulares pois não era habitual vê-los: as mulheres tinham olhos de uma só cor e, geralmente, eram de baixa altura. Baltasar chega mesmo a confessar : “Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto”.  Blimunda causa também um certo fascínio a Scarlatti, que a compara à deusa Vénus.
  • 7. Também os pais de Baltasar estranharam os traços físicos de Blimunda, nomeadamente o seu cabelo claro e os seus olhos de cor inconstante. Provoca também uma certa curiosidade à mãe de Baltasar, dado que, primeiro que tudo, não entra imediatamente na casa de Baltasar, fazendo com que a mesma se interrogasse acerca de quem seria tal mulher. Por outro lado, Marta Maria, mãe de Baltasar, impede que Blimunda comece imediatamente à procura de trabalho, pois pretende que ela fique em casa consigo, para conhecê-la melhor.
  • 8. Devido à sua ligação com Baltasar Sete-Sóis, é apelidada de Blimunda Sete-Luas, pelo padre Bartolomeu Lourenço. Este apelido pode ter os seguintes significados: o número sete está associado à totalidade, à perfeição, o que, de certo modo, se adequa dado que o Baltasar e Blimunda, como formam um par romântico, completam-se; por outro lado, a lua pode simbolizar a faceta submissa de Blimunda, dado que a lua reflete a luz do Sol (que neste caso seria Baltasar) e as mudanças no seu comportamento. A Lua pode também ser associada ao princípio feminino e passivo e ao sonho, ao inconsciente e ao facto de ser o complementar do Sol (ele e Baltasar completavam- se).
  • 9. Ao longo de toda a obra, vive um amor pleno com Baltasar, apesar de todas as dificuldades pelas quais ambos passaram. Contudo, nem com a morte de Baltasar este amor acaba, dado que Blimunda recolhe a vontade de Baltasar. Deste modo, ficarão juntos para sempre, tendo esta história de amor o seu final estranhamente feliz.
  • 10. A mulher do povo, retratada com realismo: - Quando vai para Mafra com Baltasar, consegue reunir todos os seus pertences numa única trouxa - à semelhança do povo, não tinha muitos bens materiais. - Não se importa de trabalhar no campo. A mulher de excecional intuição e excecionais capacidades de “compreensão da complexidade do mundo”: - Blimunda vê uma nuvem fechada na óstia e interroga-se acerca do que é a religião. - Baltasar comenta a possível semelhança entre as nuvens que se encontram no céu e as nuvens fechadas que Blimunda vê, ao que esta diz que tal semelhança não existe.
  • 11. A visionária, guardadora de vontades, habitante do fantástico: - Blimunda não come para conseguir ver as vontades quando sai de casa para as apanhar. - Consegue apanhar muitas vontades ao visitar a casa dos doentes. - Descobre um local onde existia água para os habitantes de uma aldeia que, na altura, estavam a passar por uma seca.
  • 12. Como tinha poderes sobrenaturais, era, à partida e de entre Baltasar e o padre, a que mais probabilidades tinha de ser condenada pelo Santo Ofício, tal como a sua mãe. Contudo, tal não acontece, o que pode ser visto como, por um lado, a vitória do amor (as vontades de Baltasar e Blimunda ficam juntas para sempre), e, por outro lado, como a vitória daquela que via por dentro, o que lhe permitiu ter uma vida mais “clara”.
  • 13. É uma personagem principal, dado que possui um papel central na história e contribui para o desenvolvimento da mesma.  É uma personagem plana.  É, também, uma personagem-tipo dado que representa um estatuto social: o povo.
  • 14. É apresentado na história quando a mãe de Blimunda diz a esta para perguntar o nome ao rapaz que estava ao seu lado, Baltasar.
  • 15. Baltasar acaba por ser uma das personagens principais mais simples de toda a história, pois este é um soldado que perdeu a mão na guerra, acabando por ser a crítica do narrador à desumanidade existente na guerra, pois assim que Baltasar perdeu a mão foi mandado embora. Não tem uma atitude ou feitio muito complicados. É um homem pragmático, simples e apaixonado por Blimunda. Quando faz algo gosta que fique tudo perfeito e está sempre disposto a ajudar, sendo bastante humilde e honesto.
  • 16. Ao longo da história, Baltasar acaba por ser quem constrói a passarola, para realizar o sonho do Padre Bartolomeu, e ajuda na construção do Convento.  Baltasar questionava muito os dogmas e lutava por realizar sonhos, assim como o fez quando se tratou de construir a passarola, pois apesar do sonho não ser seu, ele teimou em fazer tudo perfeito, chegando até a desmanchar o que já havia feito para construir de novo e com mais rigor.
  • 17. Baltasar é conhecido por Sete Sóis, pois este apenas consegue ver à luz, ou seja só consegue ver o normal e o que é visível, ao contrário de Blimunda.
  • 18. É uma pessoa muito apaixonada, neste caso por Blimunda, pois estava disposto a correr todos os riscos que fossem necessários para estar com Blimunda, mesmo sabendo que esta tinha poderes que podiam ser mal interpretados aos olhos dos outros e até quando ela tinha de ir colher as vontades, na altura de uma grande doença, Baltasar foi com ela correndo o risco de adoecer também.
  • 19. Baltasar tem um fim bastante trágico pois acaba queimado, condenado pelo Santo Ofício. Apesar de tudo, ele e Blimunda continuaram juntos para sempre, pois quando Blimunda o encontra (depois de procurá-lo durante 9 anos), esta acaba por só o ver já quase todo queimado pelas chamas mas ainda a tempo de recolher a sua vontade e a juntar à dela, pois o lugar da vontade de Baltasar era na Terra, dado que era aí que estava Blimunda.
  • 20. É uma das personagens principais, dado que contribui bastante para o desenvolvimento da ação.  É também uma personagem modelada, visto que é uma personagem dinâmica, complexa e com densidade psicológica. Também o seu comportamento se altera ao longo da ação.  É conhecido como “O Voador”, por afirmar que tinha voado.
  • 21. Caracterização física: - mais baixo do que Baltasar, contudo com um aspeto mais novo. Caracterização psicológica: - tem vinte e seis anos; - dono de uma enorme capacidade de memorização; - ambicioso.
  • 22. Nasceu no Brasil, contudo veio ainda novo para Portugal.  Aos 15 anos, já tinha bastantes estudos, principalmente na área da Filosofia.  Aos 24 anos, já tinha feito um balão que chegou mesmo a voar.
  • 23. Membro da corte O rei dá-lhe proteção e apoio em relação à construção da passarola; ouve as confissões do rei. Orador Dá sermões na igreja. Bacharel e doutor em cânones Tem dúvidas teológicas, apesar de ser padre. Por exemplo, interroga-se acerca da existência da mão esquerda de Deus, acabando por concluir que Deus é maneta.
  • 24. Cientista Interessa-se pela ciência. Este interesse é, em parte, provocado pela necessidade de adquirir conhecimentos de modo a fazer a passarola voar. É tão interessado que chega a viajar para a Holanda de modo a adquirir mais conhecimentos acerca do éter, que iria fazer a passarola voar. Ambicionava voar. Esta ambição, por si só e naquele tempo, é herética, contudo, ao vir de um padre, torna-se ainda mais grave, dado que este toma conhecimento que as vontades humanas eram um dos elementos necessários para a passarola voar. Ora, não só este padre se aventura por campos desconhecidos e facilmente considerados heréticos, como também utiliza vontades humanas para atingir o seu objetivo
  • 25. O amigo Sente grande afeto por Baltasar e Blimunda, pois, para além de lhes dar abrigo, ainda afirma que os casou (para estes não serem mal vistos), mesmo não sendo verdade
  • 26. A designação Bartolomeu Lourenço é utilizada em momentos de menor ficcionalização, enquanto a designação Bartolomeu de Gusmão é utilizada em momentos de maior ficcionalização.
  • 27. Esta personagem é baseada numa figura real, o Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão. Ambos nasceram no Brasil, eram interessados pela ciência, possuíam uma grande memória, dedicavam-se ao invento de engenhos (ambos diziam ter inventado uma máquina que voava), estudaram na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra, pediram a proteção do rei D. João V em relação à sua máquina de voar e escreviam sermões.
  • 28.  É uma personagem secundária e plana.  A sua primeira referência, dá-se quando é chamado para dar aulas de piano à filha dos reis.  Embora contratado pelo rei, é também um representante de contra-poder devido à sua liberdade de espírito e pelo seu poder libertador e subversivo da sua música.
  • 29. O primeiro contacto entre Domenico e o Padre Bartolomeu deu-se no dia em que a princesa teve uma lição com Domenico, à qual estaria a realeza e o padre a assistirem. Depois da lição, o músico ficou a tocar e o padre Bartolomeu ficou impressionadíssimo com a música e acabaram, então, por falar um com o outro, chegando até a irem ao Terreiro do Paço onde depois acabaram por seguir cada um o seu caminho. Dias depois foi Domenico quem foi falar com o Padre que se encontrava na capela.
  • 30. O Padre Bartolomeu acabou por levar Domenico até à sua invenção, a passarola, mas este, ao chegar ao local, permaneceu bastante calmo e sereno sem mostrar grande excitação, e após ver a máquina assim permaneceu, sempre muito calmo mas um tanto curioso com o que via, especialmente por ver que as asas eram fixas e este achava que com asas fixas a máquina nunca voaria. A amizade deste com o padre Bartolomeu, originada pela compreensão e pela partilha das mesmas ideias e sonhos, representa a articulação entre a cultura e o humano, entre o saber e o sonho, entre o conhecimento e o desejo.
  • 31. O facto de este estar envolvido, indirectamente, na construção da passarola serve para unir a ciência e a arte mostrando que ambas revelam um espírito de inovação, tolerância e abertura para o modernismo.
  • 32. Domenico ia tocar para a abegoaria algumas vezes enquanto a passarola era construída e quando Blimunda ficou doente, todos os dias Domenico tocava para ela, acabando por curar a frágil e quase sem forças Blimunda. Isto serve para mostrar que os sonhos aliados à música permitem a cura e ajuda na conclusão da passarola, simbolizando o ultrapassar, por parte do homem, de uma materialidade excessiva e o atingir da plenitude da vida.
  • 33. Quando a passarola descolou, Domenico viu-a a levantar voo pois dirigia-se naquele momento para a quinta, e ao ver que não iria com eles o que este decidiu fazer foi mandar o cravo pelo poço abaixo para que não houvessem provas de que ele estaria envolvido em tal obra e não podendo assim ser condenado ao santo ofício. O facto de não ter ido com eles na passarola deixou o músico bastante triste, ao ponto de, antes de mandar o cravo pelo poço abaixo, se ter sentado a tocar mas quase nada tocou, foi mais um passar de dedos.
  • 34. Passado um bom tempo, o músico vai ao encontro de Blimunda e Baltasar sem que ninguém saiba disso, pois este pediu ao rei para ir ver como iam as obras do convento para assim ter uma desculpa para poder ir a Mafra, a fim de os informar que o Padre Bartolomeu havia morrido em Espanha, devido à loucura. Isto mostra que Domenico era alguém fiel e que não teria ficado tão chateado como era suposto com o facto de o terem deixado em terra em vez de o levarem com ele na passarola no momento da partida.
  • 35. A última referência que se faz ao músico é ao serviço da corte real, quando este é chamado para distrair a rainha e sua filha após a conversa sobre o sofrimento a que as mulheres acabam sempre por ser sujeitas devido aos homens. A música de Domenico, funciona, neste caso, como uma espécie de calmante, transmitindo plena harmonia e serenidade, daí o próprio músico ser uma pessoa serena e calma.
  • 36. Fontes webgráficas  http://www.slideshare.net/Mariazinha/categorias-da-narrativa-412346  http://moodle.eshn.net/mod/forum/discuss.php?d=442  http://www.numerologo.com.br/simbologia.htm#s11  http://pt.wikipedia.org/wiki/Memorial_do_Convento Fontes bibliográficas PINTO, Elisa Costa (2011), Plural, 6ª edição, Lisboa Editora, Lisboa SARAMAGO, José (2010), Memorial do Convento, 47º edição, Caminho, Alfragide
  • 37. Nº8 Filipa Monteiro Nº13 Miguel Rodrigues