3. -Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento
sentimental;
- Representação mais fiel da realidade;
- Romance como meio de combate e crítica às instituições
sociais decadentes, como o casamento, por exemplo;
4. - Análise dos valores burgueses com visão crítica
denunciando a hipocrisia e corrupção da classe;
- Influência dos métodos experimentais;
- Narrativa minuciosa (com muitos detalhes);
- Personagens analisadas psicologicamente;
5. Na segunda metade do século XIX, as ideias
do Liberalismo e Democracia ganham mais espaço. As ciências
evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade
passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico.
Houve também uma transformação no aspecto social com o
surgimento da população urbana, a desigualdade econômica e o
aparecimento do proletariado.
6. O Brasil passou por mudanças políticas e sociais
marcantes. A queda da escravidão e do Império
criou uma nova realidade no país; influenciadas por
ideais europeus: liberalismo, socialismo, positivismo,
cientificismo, etc
.
7. Realismo: os escritores voltavam-se para a observação
do mundo objetivo. Procuravam fazer arte com os
problemas concretos de seu tempo, sem preconceitos ou
convenções. Focalizavam o cotidiano. O adultério, o clero e
a sociedade burguesa em crise tornaram-se temas para as
obras desse período.
8. Naturalismo: radicalizou o determinismo (o homem como produto
de leis físicas e sociais) do movimento realista. Essa nova tendência
apareceu em uma situação de grande pessimismo. Os escritores
naturalistas introduziram o chamado "romance experimental" contra o
esteticismo em que se enveredava a arte. O movimento não se
restringiu à ciência positivista. Registrou como os realistas, não o
passado, mas o presente com temas inovadores e linguagem atual.
Denunciou a hipocrisia e caracterizou as lutas sociais, temáticas novas,
que anteciparam a literatura de ênfase social do século XX.
9.
10. Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo,
invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com
casamento. Machado de Assis
É o maior escritor do século XIX, escreveu romances e contos, e
aventurou-se pelo mundo da poesia, teatro, crônica e critica literária.
Sua infância foi muito pobre e a sua ascensão artística se deve a
muito trabalho e dedicação.
11. Como romancista escreveu: ”A mão e a luva”, “Ressurreição”,
”Helena” e “Iaiá Garcia”.
Essas obras revelam algumas características que marcarão a fase
realista e , como a análise psicológica dos personagens, o humor,
monólogos interiores e cortes na narrativa“Memórias Póstumas da
Brás Cubas”, “Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó” e
“Memorial de Aires”, revelam o interesse do autor de aprofundar a
análise do comportamento do homem, revelando algumas características
próprias do ser-humano como a inveja, a luxúria, o egoísmo e a vaidade,
todas encobertas por uma aparência boa e honesta.
12. Como contista Machado escreveu: ”A Cartomante”,”O
Alienista”,”O Enfermeiro” ,”O Espelho” dentre outros
Suas peças teatrais não tinham o mesmo nível que seus
contos e romances, ex: “Quase ministro” e “Os deuses da
casaca”.
Como crítico literário, além de vários prefácios e ensaios
destacam-se 3 estudos: ”Instinto de nacionalidade”,”A
nova geração” e “O primo Basílio”
13. Nasceu em Angra do Reis, filho de uma família de grandes proprietários.
Teve uma infância bastante reclusa. No começo da década de 1870, os
Pompéia se mudaram para a Corte e o menino vai estudar no Colégio Abílio,
onde permaneceu por cinco anos e do qual se vingaria dez anos depois.
Concluiu seus estudos no Colégio D. Pedro II e, mais tarde, bacharelou-se
pela Faculdade de Direito do Recife. Abolicionista e republicano exaltado, é
uma espécie de intelectual de esquerda da época.
14. Ocupou vários cargos públicos, inclusive a
direção da Biblioteca Nacional. Seu temperamento
exaltado despertou ódios e inimizades. Chegou a
marcar um duelo com Olavo Bilac, que acabou não
se realizando. Esta sensibilidade doentia e não
resolvida impeliu-o ao suicídio, num dia de Natal.
Contava então trinta e dois anos de idade.
15. A Noite...
Chamamos treva à noite. A noite vem do Oriente como a luz.
Adiante, voam-lhe os gênios da sombra, distribuindo estrelas e
pirilampos. A noite, soberana, desce. Por estranha magia revelam-se
os fantasmas de súbito.
Saem as paixões más e obscenas; a hipocrisia descasca-se e
aparece; levantam-se no escuro as vesgas traições, crispando
os punhos ao cabo dos punhais; à sombra do bosque e nas ruas ermas,
a alma perversa e a alma bestial encontram-se como amantes
apalavrados; tresanda o miasma da orgia e da maldade.......
16. Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 1857 . Como
sempre foi muito bom caricaturista e desenhista, Aluísio ingressou na
Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro. Ao retornar ao
Maranhao sua terra natal escreveu o romance romântico “Uma lágrima
de Mulher”, ao passo que continuou na carreira jornalística, escrevendo
para alguns jornais, entre eles o que ajudou a fundar, chamado “O
Pensador”.
17. Foi então, que decidiu se sustentar como escritor e em 1881
publicou o livro “O mulato”, que daria ao autor o título de “precursor
do Naturalismo no Brasil”. Esta obra foi um verdadeiro escândalo para
a época.
Contudo, há outro romance naturalista de Aluísio que tem mais
destaque na literatura: O cortiço. As personagens nesta narrativa são
operários, lavadeiras, prostitutas e apresentam a população
marginalizada, excluída da sociedade. O ambiente social é caótico,
degradado e sem estrutura, ou seja, um cortiço.
18. Veja um trecho da obra “O cortiço” sobre o estereótipo de João Romão:
"E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha de
pedreira para a venda, da venda para as hortas e ao capinzal, sempre em mangas de camisa,
tamancos, sem meias, olhando para todos os lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-
se, com os olhos, de tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas".
Obras: Uma lágrima de mulher (1879); Memórias de um condenado (ou A
condessa Vésper) (1882); Mistério da Tijuca (ou Girândola de amores) (1882);
Filomena Borges (1884); A mortalha de Alzira (1894).
Romances naturalistas: O mulato (1881); Casa de pensão (1884); O homem
(1887); O cortiço (1890); O coruja (1890).
19. Romancista, contista, cronista, crítico literário e epistoló-grafo, Em 1867,
integra o Cenáculo, grupo composto por intelectuais que desencadeia o
movimento realista em Portugal.
Eça faz sua estreia literária em 1866, no jornal “Gazeta de Portugal”, e publica
seus primeiros versos na revista “Revolução de Setembro”, com o pseudônimo de
Carlos Fradique Mendes . Escritor irônico, revitaliza a prosa de seu país com
neologismos e recursos da língua falada, evitando o purismo tradicional.
Considerado por alguns críticos literários o represen-tante máximo do
Realismo-Naturalismo português.
20. O amor eterno é o amor impossível.
Os amores possíveis começam a morrer
no dia em que se concretizam.
Eça de Queiroz