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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADEMICO DE ENGUENHARIA
CURSO DE ENGUENHARIA CIVIL
CEZAR AUGUSTO TASSI DAL BEN
EDER WANDER GONZAGA NEVES
HENRIQUE CESCO
MATHEUS YARA OMORI
RODOLFO FELIPE KUSMA
PATO BRANCO
2010
ABORDAGEM GERAL DO PROJETO ARQUITETÔNICO
CEZAR AUGUSTO TASSI DAL BEN
EDER WANDER GONZAGA NEVES
HENRIQUE CESCO
MATHEUS YARA OMORI
RODOLFO FELIPE KUSMA
Trabalho apresentado ao curso de
Engenharia Civil da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, como
requisito parcial para conclusão da disciplina
de Introdução a Engenharia.
Orientador: Prof. Dr. Rogério Carrazedo
PATO BRANCO
2010
ABORDAGEM GERAL DO PROJETO ARQUITETÔNICO
RESUMO
Este trabalho aborda o conceito geral do projeto arquitetônico, demonstrando as
características comuns e essenciais referente ao desenho, simbologia usual,
formato, aparência, orientação e escalonamento, buscando o reconhecimento e
entendimento de cada item. Inclui também informações históricas e vocações
contemporâneas da arquitetura, como a questão ambiental e de acessibilidade. Não
deixa de citar a legislação essencial que norteia o profissional da área e a aplicação
diferenciada do projeto apresentado ao cliente. A pesquisa apresenta
conhecimentos referenciados, com função introdutória e didática, visando o
compartilhamento das informações coletadas.
Palavras-chave: Projeto arquitetônico. Informações históricas. Questão ambiental.
Acessibilidade. Projeto ao Cliente.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................5
2 O PROJETO ARQUITETÔNICO .........................................................................7
2.1 DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA .....................................................................7
2.2 DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA .....................................................8
2.3 parâmetros legais do projeto arquitetônico.....................................................11
2.3.1 Licença para Edificação..............................................................................12
2.3.2 Utilização de andaimes, colocação de tapumes e exigências de limpeza ..13
2.3.3 Materiais de construção, paredes e portas .................................................13
2.3.4 Fachadas, balanços e toldos ......................................................................14
2.3.5 Numeração das edificações e elevadores ..................................................14
2.3.6 Compartimentos: classificação e condições ...............................................14
2.3.7 Zoneamento de uso e ocupação do solo ....................................................17
2.4 ESTUDO DA PLANTA BAIXA ........................................................................18
2.5 ELEVAÇÃO ou fachada..................................................................................21
2.5.1 Etapas Para o desenho da elevação ..........................................................23
2.6 Os Cortes .......................................................................................................24
2.7 PROJETO ENTREGUE AO CLIENTE............................................................30
2.8 ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE ..................................................32
2.8.1 Acessibilidade .............................................................................................32
2.8.2 Conforto Térmico ........................................................................................33
2.8.3 Sustentabilidade .........................................................................................33
3 CONCLUSÃO ....................................................................................................35
4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................36
5
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho trata do tema projeto arquitetônico. São informações que
mostram o que é necessário para efetuar o mesmo e também a história que envolve
o assunto abordado. Traz as características do projeto arquitetônico em si, no qual,
deve conter toda informação necessária para que o entendimento e a leitura do
desenho arquitetônico, sejam os mais perfeitos.
O desenho de arquitetura, manifesta-se como um conjunto de símbolos
que expressam uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou
projetista) e o receptor (o leitor do projeto). É através dele que o arquiteto transmite
as suas intenções arquitetônicas e construtivas.
O projeto arquitetônico é composto por diversos documentos, entre
eles as plantas, os cortes e as elevações ou fachadas. Neles encontram-se as
informações sob forma de desenhos, que são fundamentais para a perfeita
compreensão de um volume criado com suas compartimentações. Nas plantas,
visualiza-se o que acontece nos planos horizontais, enquanto nos cortes e
elevações o que acontece nos planos verticais. Assim, a partir do cruzamento das
informações contidas nesses documentos, o volume poderá ser construído. Para
isso, devem ser indicadas todas as dimensões, designações, áreas, pés direitos,
níveis etc. As linhas devem estar bem diferenciadas, em função de suas
propriedades (linhas em corte ou vista) e os textos claros e corretos.
Passando pela história da arquitetura, desde seus primórdios, até a
Arquitetura Contemporânea. A arquitetura como atividade humana existe desde que
o homem passou a se abrigar das intempéries. Uma definição mais precisa da área
envolve todo o projeto do ambiente construído pelo homem, o que engloba desde o
desenho de mobiliário até o desenho da paisagem, da cidade, ou seja, planejamento
e urbanismo e da região (planejamento regional ou Ordenamento do território).
Neste percurso, o trabalho de arquitetura passa necessariamente pelo desenho
de edificações (considerada a atividade mais comum do arquiteto),
como prédios, casas, igrejas, palácios, entre outros edifícios.
Os detalhes da lei que devem ser cumpridos para que o projeto tenha
seu andamento também estão presentes nesta pesquisa. Nesta parte de lei
apresenta-se o código de Obras do município de Pato Branco.
Seguindo, planta baixa, corte e elevação incluem-se no desenho
6
arquitetônico, na planta. Cada elemento com suas maneiras de serem feitas, suas
regras e demais observações seguidas de exemplos gráficos.
No fim, há uma breve citação da acessibilidade, sendo obrigatória na
Arquitetura, não só por seguir um padrão, mas também por respeito a quem
necessita dessa atenção.
7
2 O PROJETO ARQUITETÔNICO
O projeto arquitetônico deve ser composto por informações gráficas,
plantas, cortes, desenhos técnicos, sistemas construtivos e entre outros, sempre
visando o completo entendimento do projeto. O desenho arquitetônico usa um
conjunto de símbolos que formam uma comunicação entre o projetista e o cliente, é
através do projeto que o arquiteto transmite as suas intenções em relação a obra,
sempre evidenciando a sua preocupação com a ambientação da edificação,
podendo ou não levar em conta aspectos históricos ou modernos.
O projeto arquitetônico é um conjunto de diversos os documentos,
entre eles estão às plantas, os cortes e elevações. Nas plantas, é desenhado o que
acontece no plano horizontal, enquanto que nos cortes, se retrata o que ocorre nos
planos verticais. Portanto, cruzando as informações o volume poderá ser construído.
Para isso, devem ser indicadas todas as dimensões, sempre bem claras afim de não
ocorrer problemas ao decorrer do projeto.
Plantas baixas, cortes, elevações ou facadas, planta de cobertura,
planta de localização e situação, são os desenhos básicos para um projeto a partir
de projeções ortogonais.
2.1 DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA
“A arquitetura é uma ciência e uma arte surgindo de muitas outras”,
palavras de Marco Vitrúvio Polião, o primeiro a dar uma definição sobre a
arquitetura, em meados de 25 a.C.
Arquitetura vem do grego: arché(principal), e tékton (construção), e se
refere a técnica de projetar e edificar ambientes que serão ocupados pelo ser
humano, trata mais especificamente sobre a organização do espaço e seus
elementos, por exemplo: organização e estética. Envolve o design e engloba desde
o desenho de mobiliário até o desenho da paisagem, cidade ou região.
Um dos principais processos da arquitetura é o desenho das
edificações, como prédios, casas e igrejas.
8
2.2 DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA
A arquitetura teve seu desenvolvimento lento e progressivo, de acordo
com condições sócias e políticas das regiões. Essa dificuldade de evolução se deve
por diversos fatores, dentre eles o principal talvez seja a não-evolução dos matérias
de construção, que durantes séculos foi basicamente pedra, tijolo e cal.
Na antiguidade, o homem baseava sua vida em torno de diversos
deuses, sempre subordinado ao poder divino, portanto os principais monumentos
arquitetônicos da época eram baseados nessas figuras místicas, sendo os principais
edifícios das cidades os palácios e templos, na maioria das vezes sagrados. Os
elementos da arquitetura antiga resumem-se em paredes, colunas e coberturas, ou
seja, elementos pesados que deixavam a obra pesada. Cúpulas e abobadas são as
grandes descobertas e feitos da época. A Arquitetura egípcia e persa, são os
principais exemplos desse caso.
Figura 1 - Arquitetura antiga grega
Fonte:http://www.saberweb.com.br/grecia/arquitetura_da_grecia_antiga/ima
ges/arquitetura-da-grecia-antig.jpg
Logicamente com o tempo, as edificações tenderam a evoluir, mas
ainda sem sair do caráter divino. Na Idade Média, as construções eram
concentradas em catedrais da Igreja Católica, que detinha o poder político da época.
9
Durante o período Medieval, não tinha a figura do arquiteto, ao invés disso, haviam
dezenas de mestre-de-obras que praticamente fazia o trabalho arquitetônico, eles
desenhavam e executavam as obras da época.
Figura 2 - Cúpula de igreja, arquitetura moderna.
Fonte:http://www.laderzi.com/france/invalides4_cupula.jpg
O arquiteto tinha que ser uma figura intuitiva, fazendo seus trabalhos
seguindo a religião ou crença da época. Com a descentralização do poder da Igreja
Católica, houve um grande avanço pela liberdade da pesquisa cientifica, que
possibilitou a descoberta de antigos tratados arquitetônicos romanos, que passaram
a influenciar a nova arquitetura, era um processo Homem cientifico. O
Renascentismo veio com essa idéia, juntamente com obras que mesclavam a
ciência com a arte, mostrando uma área fértil para a evolução da arquitetura, que na
época se mostrava muito clássica.
10
A perspectiva foi uma grande ‘descoberta’ para o mundo da arquitetura,
juntando a idéia do infinito com a manipulação ponto de fuga, gerou uma concepção
espacial nova, consequentemente, o entendimento do espaço melhorou a partir do
desenho, que se tornou o principal meio de projetação, e a concepção espacial de
edifícios começou a se aprimorar. Destaca-se no aspecto renascentista
Michelangelo.
Com a Revolução Industrial em meados do séc. XVIII surgem novos
materiais de construção, possibilitando estruturas mais ousadas, leveza, flexibilidade
e transparência foram os pontos característicos que a Revolução trouxe ao mundo
moderno.
O interesse pela cultura popular começou a formular um novo tipo de
arquitetura, a pós-moderna (atualmente), mesmo contra as criticas, o movimento
ganhou forças, sobretudo com as ironias em algumas obras, fazendo uma analogia
a mesmice durante séculos, enquanto outros artistas enfeitavam suas obras com
uma verdadeira explosão de cores e design novos. As construções da época eram
destinadas a centros comerciais e corporativas.
Nos dias atuais, a arquitetura não conhece limites, não tem regras que
precisam ser seguidas na hora de criar, a imaginação corre solta, e não há limites
para os arquitetos, seja no topo do céu ou embaixo da terra, eles sempre dão um
jeito de surpreender. Hoje em dia, o arquiteto tem que ser um especialista, sabendo
suprir qualquer demanda e sempre com qualidade, tem que ser um verdadeiro
artista!
Figura 3 - Evolução dos maiores prédios durante a história
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8b/Bu
rjDubaiHeight.png/500px-BurjDubaiHeight.png
11
Figura 4 - Arquitetura contemporânea
Fonte:http://www.ignezferraz.com.br/img/dicas/arq-exp_gehry_2.jpg
Figura 5 - Obra de Oscar Niemeyer, o maior arquiteto brasileiro.
Fonte:http://stb.msn.com/i/F5/777F172FC7FB826685813833468B9.jpg
2.3 PARÂMETROS LEGAIS DO PROJETO ARQUITETÔNICO
Dentro dos limites de um Município, existem leis que regem as normas
para qualquer obra realizada dentro dele. São exigências variáveis de cada
12
Município, que tem por fim organizar e regular o crescimento urbano e determinar
como deve ser o uso do solo nas diversas regiões da cidade, garantindo que as
obras não prejudiquem o meio ambiente ou afetem a iluminação e ventilação natural.
Além disso, estabelece medidas de segurança, acessibilidade e adequação aos
locais onde serão realizadas edificações, para que o processo não interfira no bem-
estar da população. Para tudo isso que foi citado, há o Código de Obras do
Município, e, para esse trabalho, trataremos do Município de Pato Branco.
2.3.1 Licença para Edificação
De acordo com o Código de Obras, nenhuma construção pode ser feita
dentro dos perímetros da cidade sem que seja fornecido o alvará de construção para
a mesma, que será fornecido pela Prefeitura Municipal após:
I – ser feito o requerimento da licença sendo assinado pelo profissional
responsável;
II – o pagamento das taxas referentes à obra;
III – serem entregues os projetos e especificações técnicas da obra;
IV – estar em dia com a Fazenda Municipal.
Para a aprovação dos projetos será necessária a consulta à Prefeitura
do Município pela viabilidade para o desenvolvimento do mesmo, provando a posse
do terreno ou autorização do proprietário para a realização de qualquer obra sobre
ele. Então deverá ser solicitada a aprovação do projeto arquitetônico a ser entregue,
o qual será composto por:
- planta de situação e localização;
- planta baixa de cada pavimento;
- cortes e elevações;
- planta de cobertura;
- perfil transversal e longitudinal do terreno;
- comprovante de pagamento das taxas de aprovação.
Sendo realizadas todas as etapas citadas acima, o alvará para a
construção deverá ser entregue dentro de 15 dias, de tal forma que terá validade de
seis meses, ou seja, as obras deverão ser iniciadas dentro desse período, caso
contrário o licenciamento não será mais válido.
Serão isentos de licença serviços como pequenos reparos, pinturas e
13
limpeza no interior ou exterior das edificações e troca de telhas e calhas.
2.3.2 Utilização de andaimes, colocação de tapumes e exigências de limpeza
A utilização de andaimes nas obras é extremamente freqüente, sendo
muito importante para a sua realização. Porém, ao utilizá-los, deverão apresentar
condições de segurança para os trabalhadores e evitar a queda de materiais,
deixando pelo menos 1/3 (um terço) do passeio livre e prever a proteção de árvores,
postes de energia e iluminação, entre outros, sem que haja intervenção no
funcionamento de nenhum dispositivo.
Como se pode constatar com o Artigo 44 da lei 959/90 do Município, a
colocação dos tapumes é obrigatória para construções no alinhamento predial ou
com um recuo inferior a quatro metros.
Medidas de limpeza são exigidas para que sejam evitados transtornos
relacionados à poeira, sujeira e detritos nos logradouros e nos arredores da
edificação. Dessa maneira é possível que exista um melhor estado de conservação
das vias publicas e não ocorra perturbação na vizinhança da obra.
2.3.3 Materiais de construção, paredes e portas
Todos os materiais de construção utilizados na obra devem estar
dentro das normas e padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).
As paredes de tijolos e alvenaria devem ser corretamente
impermeabilizadas, obedecendo a espessura de 20 cm para paredes externas e 15
cm para paredes internas, havendo tolerância de 10 cm para armários embutidos e
estantes ou divisórias de compartimentos sanitários.
A altura mínima de 2,00 metros é exigida para as portas, e variam em
largura mínima da seguinte forma:
I – Para porta de entrada principal:
a) 80 cm para as habitações autônomas;
b) 1,20 cm para habitações de até quatro pavimentos;
c) 1,50 cm para habitações com mais de quatro pavimentos.
II – 70 cm para portas de acesso principal a gabinetes, dormitórios,
14
salas e cozinhas.
III – 60 cm para portas secundárias em geral.
2.3.4 Fachadas, balanços e toldos
Quando uma edificação for construída no alinhamento predial, qualquer
saliência existente abaixo de 2,60 metros de altura deve ter, no máximo, 10
centímetros sobre o passeio. Para os casos em que o edifício estiver situado em
uma esquina, estando no alinhamento predial ou com recuo inferior a 3 metros,
deverá ser deixado livre um canto chanfrado de três metros até 2,60 metros de
altura, perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelos alinhamentos dos
logradouros. Será permitida a construção de uma coluna no cruzamento dos
passeios, desde que seja deixada livre uma faixa de no mínimo 1,50 metros entre o
pilar e a edificação, seguindo a mesma regra de altura e perpendicularidade.
Os balanços, corpos avançados, sacadas e saliências semelhantes, só
poderão existir se estiverem situados no mínimo 2,60 metros de altura do passeio,
sendo projetados à frente da fachada no máximo 1,20 metros.
Para a colocação de toldos deverá ser respeitada a altura mínima de
2,50 metros e o afastamento mínimo de 50 centímetros do meio-fio, de tal maneira
que não será permitida a colocação de apoios sobre o passeio, salvo os prédios de
funcionamento de hotéis, hospitais, clubes, cinemas e teatros, que deverão ter o
afastamento mínimo de 50 centímetros do meio-fio.
2.3.5 Numeração das edificações e elevadores
A numeração será determinada pela Prefeitura Municipal, sendo
obrigatória a colocação do número em um local visível da edificação.
A colocação de elevadores é obrigatória nos edifícios acima de
4(quatro) pavimentos, os quais deverão ter dimensionamento e capacidade definidos
pelas normas da ABNT.
2.3.6 Compartimentos: classificação e condições
Os compartimentos possuem três classificações: os de permanência
15
prolongada, de utilização transitória e de utilização especial. Os de permanência
prolongada são dormitórios, salas de jantar e estar. Compartimentos de utilização
transitória são os vestíbulos, halls, sanitários, cozinhas e lavanderias. Aqueles
classificados como de utilização especial são compartimentos de destinação
específica, não se enquadrando nas outras classificações.
A seguir encontram-se as descrições de cada um dos tipos de
habitações seguidas por suas respectivas tabelas:
- Habitação popular: são consideradas habitações populares as
economias residenciais com objetivo exclusivo de moradia que não excedam 70m²,
podendo ser isoladas, geminadas, em série ou em conjunto. As casas em série
podem ser transversais ou paralelas ao alinhamento predial. As em série
transversais ao alinhamento só podem ser construídas em terrenos com testada
mínima de 20 metros, não podendo ultrapassar de 10 o número de unidades de
moradia no mesmo alinhamento. Já nas casas em série paralelas ao alinhamento
predial, não é permitido que o número de unidades de moradia ultrapasse de
20(vinte). Os conjuntos habitacionais são aqueles cujo número de moradias é maior
que 20, podendo ser constituídos de prédios de apartamentos, casas geminadas ou
isoladas.
Tabela 1 – Habitação Popular
Fonte: www.ippupb.gov.br
16
- Residências Isoladas: são aquelas que possuem as dimensões de
seus compartimentos iguais ou superiores à Tabela II abaixo, e, como as habitações
populares, também podem ser dispostas isoladas, geminadas, em série ou em
conjunto. Para as habitações em série transversais, a testada do lote deverá ser de,
no mínimo, 30 metros, e a taxa de ocupação 50%. As residências paralelas ao
alinhamento deverão ter no mínimo 10 metros de testada cada unidade de moradia,
e a taxa de ocupação também será de 50 %. Os conjuntos habitacionais podem ser
constituídos de prédios de apartamentos ou de residências isoladas, em terrenos de
no mínimo 4.000 metros quadrados, com taxa de ocupação de 50%. As dimensões
para os prédios de apartamentos também deverão seguir as exigências da Tabela II,
sendo que suas partes de uso comum seguem a Tabela III. Prédios de apartamentos
que não constituem habitação popular devem, obrigatoriamente, ter disponível pelo
menos uma vaga de garagem por moradia.
Residências e Apartamentos
Tabela 2 – Residências e Apartamentos
Fonte: www.ippupb.gov.br
17
Tabela 3 – Áreas Comuns de Prédios de Apartamentos
Fonte: www.ippupb.gov.br
2.3.7 Zoneamento de uso e ocupação do solo
O Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Perímetro Urbano de
Pato Branco mostra como deve ser a utilização do solo da cidade, variando de
acordo com as regiões. Dessa forma, todas as obras precisam obedecer a essas
condições. Algumas das exigências do zoneamento são: coeficiente de
aproveitamento, taxa de ocupação, recuo e afastamento. Seguem anexadas a tabela
e legenda referentes. Apenas algumas das observações foram colocadas neste
trabalho, estando as demais disponíveis na Lei Nº. 975/90 de Zoneamento de Pato
Branco.
Tabela 4 – Zoneamento e Ocupação do Solo
Fonte: www.ippupb.gov.br
18
ZC1 – Zona Central 1
ZC2 – Zona Central 2
ZR1 – Zona Residencial 1
ZR2 – Zona Residencial 2
ZIS1 – Zona Industrial e de Serviços 1
ZIS2 – Zona Industrial e de Serviços 2
ZER – Zona Especial de Ocupação Restrita
ZEX – Zona Especial de Expansão Urbana
ZEA – Zona Agrícola
ZEVC – Zona Especial de Vias Coletoras
ZEHS – Zona Especial de Habitação Social
Observações:
(6) - Edificações de até dois pavimentos podem encostar nas divisas
laterais. Edificações com mais de dois pavimentos, cada afastamento mínimo será
de dois metros e a soma mínima dos três afastamentos será de oito metros.
Edificações com até 8,50m do ponto mais alto do meio fio até o forro, cujo terreno
será edificado, pode encostar nas divisas laterais
(10) - Para os terrenos de esquina, serão considerados 2 (duas)
frentes, a secundária terá o recuo mínimo de 40% para o estabelecido à frente
principal.
(11) - Nestas zonas as residências e oficinas mecânicas para
motocicletas terão recuo mínimo de 5,00 (cinco metros), as oficinas mecânicas e de
latarias para automóveis e caminhões e postos de abastecimento terão recuo
mínimo de 10,00m (dez metros).
2.4 ESTUDO DA PLANTA BAIXA
Planta baixa é a designação dada ao desenho técnico de um projeto
arquitetônico, em que se aborda a vista superior realizando uma secção horizontal a
1,5 metros de altura contados da base. Ela orienta a construção, indicando suas
dimensões e características, exprime o potencial de utilização da construção antes
mesmo de seu inicio e permite projeções para a melhor funcionalidade de cada
espaço após a conclusão da obra.
Na planta baixa deve constar o maior numero de informações que
19
facilitem seu entendimento, como índice de símbolos e medidas, direção dos ventos
predominantes e a direção Norte. No desenho propriamente dito, sempre
representado em escala, estão contidos todos os espaços físicos de um mesmo
pavimento abaixo da secção, o dimensionamento dos espaços (altura, comprimento
e largura) e das paredes, a identificação dos ambientes e a interação entre eles,
aberturas, portas e janelas e suas dimensões assim como a direção da abertura das
portas e peitoril das janelas.
A localização da edificação no terreno (Planta de Locação) indica as
cotas de amarração (distâncias entre os perímetros da obra e do terreno). Também
agregada a Planta Baixa, a Planta de Situação localiza o terreno na quadra, bairro
ou mesmo cidade incluindo pontos de referencia. Ainda inclusa, a Planta de
Cobertura trás as posições das águas, ou seja, inclinação.
Na figura 6 identificam-se facilmente as propriedades gerais de um
desenho técnico de uma casa contido na planta baixa.
Figura 6 – Casa
Fonte: www.imperiumconstrucoes.com.br/images/planta/
Em destaque nas figuras 2 e 3 se observa as especificações de uma
porta e uma janela em um projeto.
20
Figura 7 – Janela
Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm
Figura 8 – Porta
Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm
A exemplo da figura 4, é necessário especificar o nível de cada
pavimento.
Figura 9 – Elevação
Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm
Dimensões são em geral desenhadas entre as paredes para
especificar seu comprimento e tamanhos de salas. Incluem, ainda, componentes
básicos como chuveiro e acessórios de banheiro, além de notas que especificam
acabamentos, métodos de construção e símbolos de itens elétricos , hidráulicos
entre outros.
Quando necessário, a partir da planta baixa são feitos os lançamentos
dos demais projetos de instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, prevenção e
combate a incêndio, proteção contra descargas atmosféricas, acústica, segurança,
além do cálculo de fundação e estrutura da obra.
21
Assim como o projeto preventivo contra incêndio a planta baixa pode
visar a apresentação de outras especificidades, agregando maior riqueza de
informações e complexidade de acordo com a necessidade de cada obra.
2.5 ELEVAÇÃO OU FACHADA
Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um
projeto de arquitetura, constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume
sobre um plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas
principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente,
auxiliares, da edificação, elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a
execução da obra, bem como antecipar a visualização externa da edificação
projetada. Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada,
telhados assim como todos os outros visíveis de fora da edificação.
Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da
estrutura, as aberturas de portas e janelas (tipo, tamanho e localização), os
materiais, a textura e o contexto.
Em desenhos constituídos apenas de linhas, sem penumbras e
sombras projetadas, diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da
profundidade dos planos. Quanto mais pesada a delineação de um elemento, mais
para a frente ele parece situar-se; quanto mais leve a delineação, mais ele parece
recuar.
Figura 10 – Fachadas
Fonte: Apostila Fag
22
A quantidade de elevações externas necessárias é variável, ficando
sua determinação a critério do projetista, normalmente dependendo de critérios tais
como:
sofisticação dos acabamentos externos
número de frentes do lote
posição da porta principal de acesso
irregularidade das paredes externas
Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal, exige-se no
mínimo uma representação de elevação, normalmente a frontal.
Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas esta
denominação específica: ELEVAÇÃO ou FACHADA. Existindo mais do que uma
elevação, há que se distinguir os vários desenhos conforme a sua localização no
projeto. Há critérios variáveis, aceitos desde que, num mesmo projeto, utilize-se
sempre o mesmo critério:
pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda
pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste
pelo nome da rua: para construções de esquina
pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas)
letras e números
Em elevações ou fachadas a principal indicação é de que os elementos
devem ser representados com a máxima fidelidade possível, dentro dos recursos
disponíveis de instrumental e de escala. saiba-se, complementarmente, que na
maioria das vezes não há outra indicação de informações, senão dos materiais
utilizados (não se deve cotar as fachadas).
Abaixo, algumas demonstrações exemplificativas de alguns dos
principais componentes de elevações: revestimentos e esquadrias, os quais podem
apresentar várias diversificações além das apresentadas.
23
Figura 11– Portas
Fonte: Apostila Fag
2.5.1 Etapas Para o desenho da elevação
No caso em que as fachadas/elevações são desenhadas na mesma
escala que a planta baixa e os cortes (recomendável), o trabalho do desenhista fica
consideravelmente facilitado – o escalímetro não precisa ser usado.
ETAPAS:
Colar a prancha em branco sobre a prancheta, sobre a qual vamos
desenhar a elevação;
Sobre a prancha em branco colar a planta baixa no sentido da
elevação que vamos desenhar;
Traçar, com o auxílio da régua paralela e dos esquadros, todas as
linhas de projeção verticais das paredes e demais detalhes da planta que são de
interesse para o desenho da fachada, na prancha branca;
Retirar a planta baixa e sobre o papel de desenho colar um dos cortes
(com maior detalhe, e com a altura da cumeeira) lateralmente ao desenho da
elevação, alinhando o nível externo do corte com a linha do piso da elevação;
Transportar todos os detalhes em altura que interessam ao desenho da
elevação: altura e forma da cobertura, altura das portas, das janelas, peitoris.
A interseção destas linhas horizontais com as verticais traçadas, a
partir da planta baixa, permite ao desenhista completar com facilidade o desenho.
Esta maneira de trabalhar traz inúmeras vantagens, principalmente rapidez e
impossibilidade de erros de escala ou desenhos que não estejam de acordo com a
planta projetada.
A existência de saliências e reentrâncias nas elevações/fachadas
permite obter contrastes de luz e sombras, que valorizam o desenho.
24
FACHADA FRONTAL
00
FACHADALATERAL
205X60/180
HALL 60x210
PISO CERÂMICO
A=6,22 M²
+0,15
A=9,88 M²
205X60/180
PISO CERÂMICO
WC MASC
CORTE
PLANTA BAIXA
PISO CERÂMICO
60x210
80x210
60x210
A=11,15 M²
WC FEM
80x210
60x210
90x210
Figura 12 – Fachadas
Fonte: Apostila Fag
A escala utilizada para a representação de elevações/fachadas deve
ser a mesma da planta baixa, preferencialmente, 1:50. Particular atenção deve ser
dada, no desenho de elevações/fachadas, à espessura dos traços, que é um recurso
utilizado para dar noção de profundidade dos planos no elemento representado.
Embora não obrigatória, a utilização da técnica de sombras em
fachadas é conveniente e dá melhor apresentação e interpretação ao desenho.
Em fachadas/elevações não se deve tentar fazer representações muito
detalhadas de esquadrias – o que é função de desenho de detalhamento, em escala
adequada – representam-se apenas as linhas compatíveis com a escala, indicando
o tipo de esquadria a ser utilizada.
É possível e aconselhável o enriquecimento da elevação/fachada com
a utilização de vegetação, calungas, veículos, etc, para dar a noção de escala e
aproximar da realidade, desde que não impeçam a visualização de elementos de
importância da construção.
2.6 OS CORTES
Os Cortes são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo
“corte”, obtidas quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção
VERTICAL, normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um
conjunto de informações escritas que o complementam. Assim, neles encontramos o
resultado da interseção do plano vertical com o volume. Os cortes são os desenhos
25
em que são indicadas as dimensões verticais.
O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior
número de relações entre espaços interiores e significantes, que se desenvolvem em
altura, e que, por conseqüência, não são devidamente esclarecidos em planta baixa.
A sua orientação é feita na direção dos extremos mais significantes deste espaço.
Normalmente se faz no mínimo dois cortes, um transversal e outro
longitudinal ao objeto cortado, para melhor entendimento. Podem sofrer desvios,
sempre dentro do mesmo compartimento, para possibilitar a apresentação de
informações mais pertinentes. Os cortes podem ser transversais (plano de corte na
menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão).
A quantidade de cortes necessários em um projeto, porém, é de
exclusiva determinação do projetista, em função das necessidades do projeto. São
fatores que influenciam a quantidade de cortes:
irregularidades das paredes internas;
sofisticação de acabamentos internos;
formato poligonal da construção;
diferenças de níveis nos pisos;
existência de detalhamentos internos.
Figura 13 – Corte transversal
Fonte: Apostila Fag
26
Figura 14 – Corte longitudinal
Fonte: Apostila Fag
Os planos normalmente são paralelos às paredes, e posicionados pela
presença de: pés-direitos variáveis, esquadrias especiais, barreiras impermeáveis,
equipamentos de construção, escadas, elevadores.
A posição do plano de corte e o sentido de observação depende do
interesse de visualização. Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas
(banheiro e cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores.
Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar
sua visualização e interpretação – indicar a sua posição e o sentido de visualização.
A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais
significantes do espaço cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser
indicado em planta, bem como a sua localização.
27
CORTE AB SENTIDO INDICADO CORTE AB SENTIDO INDICADO
CORTE CD INDICADO CORTE CD INDICADO
Figura 15 – Variação do corte
Fonte: Apostila Fag
São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua
disposição geral, com dimensões aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é
função do projeto estrutural. Alguns exemplos de fundações mais utilizadas:
VIGA
BALDRAME
BLOCOS DE
CONCRETO
VIGA
BALDRAME
SAPATA
DE
CONCRETO
Figura 16 – Estrutural
Fonte: Apostila Fag
Normalmente identifica-se apenas a espesssura do contrapiso + piso
com espessura aproximada de 10cm, através de duas linhas paralelas, cortadas –
espessura de linha média-grossa. A terra ou aterro são indicados através de
hachura inclinada. O contrapiso-piso ocorre alinhado com a viga baldrame das
paredes.
Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No
caso de paredes seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta
baixa. Existindo paredes em vista (que não são cortadas pelo plano de corte) a
representação é similar aos pisos em planta.
28
PORTAS: em vista são indicadas apenas pelo seu contorno;
preferencialmente com linhas duplas (5cm), quando forem dotadas de marco. Em
corte, indica-se apenas o vão, com a visão da parede do fundo em vista.
JANELAS: em vista seguem as mesmas diretrizes das portas. Em corte
têm representação similar à planta baixa, marcando-se o peitoril como parede (traço
cheio e grosso) e a altura da janela (quatro linhas paralelas em traço cheio e médio).
Figura 17 – Portas e janelas
Fonte: Apostila Fag
No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas
verticais, indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados. Outras
informações julgadas importantes podem ser discriminadas (impermeabilizações,
capacidade de reservatórios, inclinação telhados, informações relativas a escadas,
rampas e poços de elevador).
As Cotas são representadas exclusivamente as cotas verticais, de
todos os elementos de interesse em projeto, e principalmente:
pés direitos (altura do piso ao forro/teto);
altura de balcões e armários fixos;
altura de impermeabilizações parciais;
cotas de peitoris, janelas e vergas;
cotas de portas, portões e respectivas vergas;
cotas das lajes e vigas existentes;
alturas de patamares de escadas e pisos intermediários;
altura de empenas e platibandas;
altura de cumeeiras;
altura de reservatórios (posição e dimensões);
29
NÃO SE COTAM OS ELEMENTOS ABAIXO DO PISO (função do
projeto estrutural);
Para as regras de cotagem, utilizam-se os mesmos princípios utilizados
para cotas em planta baixa:
As cotas devem ser preferencialmente externas;
As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas;
A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção,
sendo que a primeira linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser
cotado e as seguintes devem afastar-se umas das outras 1,0cm;
Todas as dimensões totais devem ser identificadas;
As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho;
As linhas de cota nunca devem se cruzar;
Identificar pelo menos três linhas de cota: cotas de subdivisão de
paredes, esquadrias, vergas, vigas, lajes, cumeeira; cotas dos pés direitos; e cotas
totais externas.
Os níveis São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a
diferença de nível, evitando a repetição desnecessária e não fazendo a
especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada).
A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da
simbologia para indicação em planta, porém, os níveis constantes em planta baixa
devem ser os mesmos indicados nos cortes.
A simbologia utilizada para indicação dos níveis em cortes é:
Figura 18 – Níveis
Fonte: Apostila Fag
Os níveis devem ser sempre indicados em METROS e acompanhados
do sinal, conforme localizarem-se acima ou abaixo do nível de referência (00).
Sempre são indicados com referência ao nível ZERO.
00 +0,30 -0,15
30
Etapas para desenho do corte
Colocar o papel sulfurizê sobre a planta, observando o sentido do corte
já marcado na planta baixa;
Desenhar a linha do terreno;
Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar;
Marcar o pé direito e traçar;
Desenhar as paredes externas (usar o traçado da planta baixa);
Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o
contra-piso;
Desenhar a cobertura ou telhado;
Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano;
Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte;
Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.:
janela e porta não cortadas, parede em vista não cortada....
Denominar os ambientes em corte;
Colocar a indicação de nível;
Colocar linhas de cota e cotar o desenho;
Repassar os traços a grafite nos elementos em corte. Ex.: parede –
traço grosso; laje – traço médio; portas, janelas e demais elementos em vista – traço
finos.
OBS.: No corte as cotas são somente na verticais. As portas e janelas
aparecem SEMPRE FECHADAS.
2.7 PROJETO ENTREGUE AO CLIENTE
A diferenciação do projeto técnico para o projeto destinado ao cliente
está claramente no objetivo final de cada um, enquanto aquele visa a realização da
obra com qualidade, maior otimização de recursos em menor tempo e custo
possíveis, esse tem foco comercial, maior apelo visual e uso de recursos gráficos
que atendem aos anseios do publico alvo. As figuras 6, 7 e 8 ilustram as técnicas e
conceitos contidos no projeto destinado ao consumidor.
31
Figura 19 – Projeto ao Cliente 1
Fonte:http://www.sjengenharia.com.br/php/media/prjArquitetonico_gr.jpg)
Figura 20 – Projeto ao Cliente 2
Fonte: http://www.arctre.com.br/upload/foto_galeria_foto
32
2.8 ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE
2.8.1 Acessibilidade
Acessibilidade; O debate sobre a acessibilidade em locais públicos e
privados desenvolveu-se muito durantes os últimos anos, até uma lei foi criada
visando à total integração de pessoas com algum tipo de deficiência ou restrição de
mobilidade, obrigando aos arquitetos a se adaptarem e mudarem seu jeito de
pensar para um estilo onde além de trazer beleza para seus projetos também traga
toda essa integração.
Ainda existem muitos locais que ainda não foram adaptados para essa
nova lei, por isso estão surgindo vários projetos de mobilidade, como o Projeto
Mobilidade.
Devido à grande preocupação com o meio ambiente a arquitetura
sustentável vem se desenvolvendo em grande escala. Arquitetura sustentável é toda
forma de arquitetura que leva em consideração formas de prevenir o impacto
ambiental que uma construção pode gerar, utilizando a maior quantidade possível de
elementos de origem natural e garantindo um aproveitamento racional dos recursos
necessários para iluminar e ventilar os ambientes.
Um cuidado especial é dado ao posicionamento da casa e a disposição
das janelas conforme o deslocamento do sol no horizonte e a direção do vento. O
uso de vidros duplos é também um aliado importante para garantir que a casa seja
bem iluminada ao longo do dia pela luz do sol sem, no entanto, permitir que o calor
se instale. Esse procedimento é responsável por uma economia enorme de energia
que seria gasta na iluminação e na refrigeração desses lugares.
Outro item importante para a arquitetura sustentável é a utilização
racional da água nos empreendimentos como o aproveitamento da água da chuva
para regar plantas e jardins, lavar as áreas externas e utilizada nas descargas
sanitárias.
Seguindo todos os parâmetros e mantendo-se dentro das
especificações da arquitetura sustentável, os prédios são avaliados e recebem um
selo de acordo com os parâmetros de sustentabilidade adotados na construção.
Desta forma, valoriza-se o imóvel e garante-se uma vida plena e menos estressante
33
para toda uma comunidade.
2.8.2 Conforto Térmico
O Conforto térmico e acústico visa assegurar conforto ao ambiente
construído é um dos aspectos mais importantes de qualquer projeto arquitetônico.
Quando se trata de escritórios, esse item assume importância ainda maior.
As boas condições termo acústicas de uma edificação dependem
principalmente do posicionamento e das dimensões das aberturas nas fachadas,
eficácia da ventilação, propriedades dos materiais utilizados na construção e no
acabamento, sistema de ar condicionado ou quantidade de equipamentos que
geram calor (computadores, luminárias, copiadoras etc.), entre outras. O importante
é restringir os ganhos de calor do exterior e minimizar as cargas internas.
Os materiais utilizados para isolamento acústico podem ser
classificados em convencionais e não convencionais.
Convencionais são os materiais de vedação de uso comum dentro da
construção civil. Os mesmos possuem uma série de vantagens. Uma das principais
vantagens é o isolamento acústico razoavelmente bom para uso comum. Exemplo:
blocos cerâmicos, bloco de concreto, bloco de silico calcário, madeira, vidro etc.
Os não convencionais são materiais desenvolvidos especialmente para
isolar acusticamente diferentes ambientes. Geralmente, estes materiais também
possuem algumas vantagens térmicas. Exemplo: lã de vidro, lã de rocha, vermiculita,
espumas elastoméricas, fibra de coco etc. A parte de conforto acústico vem sendo
muito importante devido à crescente poluição sonora das cidades.
São utilizados como isolantes térmico placa de isopor, placas de
poliestireno expandido, argila, lã de vidro, entre outros.
2.8.3 Sustentabilidade
A bioarquitetura, também chamada de bioconstrução, é uma técnica de
arquitetura e engenharia que busca utilizar apenas materiais alternativos, ou seja,
recicláveis e energias não poluentes. Que além de ser ecológico possui um baixo
custo.
Um dos maiores desafios para esta nova técnica é o preconceito, as
34
classes mais humildes vêem como algo precário, para solucionar isso os
“bioarquitetos” procuram trabalhar com a classe média e alta para que estes sirvam
de exemplo.
Para um custo mais baixo o uso de materiais alternativos é a melhor
solução.
35
3 CONCLUSÃO
Neste trabalho foi apresentada toda a história da arquitetura desde os
primórdios, e um pouco sobre as normas que seguem um projeto arquitetônico,
lembrando que é importante para todo arquiteto levar em consideração todos os
regulamentos legais e éticos. Apresenta também a definição de planta baixa,
elevação e corte e o que consiste detalhadamente cada um. Distingue claramente
um projeto técnico de um projeto destinado ao cliente, utilizando de várias figuras.
Para a realização deste trabalho foram necessárias pesquisas em
diversas fontes, entre elas tanto consultas bibliográficas quanto conversas com um
profissional da área. De um modo geral demonstrou a noção de vários aspectos de
um projeto arquitetônico em si.
36
4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CHING, Francis D. K. trad. Salgato, Luiz A. Meirelles. Representação Gráfica em
Arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2000
NEUFERT, Ernst. A Arte de Projetar em Arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili do
Brasil, 1998
COSTA, Antonio Ferreira da. Detalhando a Arquitetura I. Zoograf, 1997
Schuler, Denise. Mukai, Hitomi. Apostila de Desenho I. Faculdade Assis Gurgacz-
Cascavel, 2008
Comitê Brasileiro de Construção Civil, NBRs 6492, 13531 e 13532.
Lei Nº 959/90 – Código de Obras de Pato Branco
Lei Nº 975/90 – Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo

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Projeto arquitetônico

  • 1. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADEMICO DE ENGUENHARIA CURSO DE ENGUENHARIA CIVIL CEZAR AUGUSTO TASSI DAL BEN EDER WANDER GONZAGA NEVES HENRIQUE CESCO MATHEUS YARA OMORI RODOLFO FELIPE KUSMA PATO BRANCO 2010 ABORDAGEM GERAL DO PROJETO ARQUITETÔNICO
  • 2. CEZAR AUGUSTO TASSI DAL BEN EDER WANDER GONZAGA NEVES HENRIQUE CESCO MATHEUS YARA OMORI RODOLFO FELIPE KUSMA Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, como requisito parcial para conclusão da disciplina de Introdução a Engenharia. Orientador: Prof. Dr. Rogério Carrazedo PATO BRANCO 2010 ABORDAGEM GERAL DO PROJETO ARQUITETÔNICO
  • 3. RESUMO Este trabalho aborda o conceito geral do projeto arquitetônico, demonstrando as características comuns e essenciais referente ao desenho, simbologia usual, formato, aparência, orientação e escalonamento, buscando o reconhecimento e entendimento de cada item. Inclui também informações históricas e vocações contemporâneas da arquitetura, como a questão ambiental e de acessibilidade. Não deixa de citar a legislação essencial que norteia o profissional da área e a aplicação diferenciada do projeto apresentado ao cliente. A pesquisa apresenta conhecimentos referenciados, com função introdutória e didática, visando o compartilhamento das informações coletadas. Palavras-chave: Projeto arquitetônico. Informações históricas. Questão ambiental. Acessibilidade. Projeto ao Cliente.
  • 4. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................5 2 O PROJETO ARQUITETÔNICO .........................................................................7 2.1 DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA .....................................................................7 2.2 DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA .....................................................8 2.3 parâmetros legais do projeto arquitetônico.....................................................11 2.3.1 Licença para Edificação..............................................................................12 2.3.2 Utilização de andaimes, colocação de tapumes e exigências de limpeza ..13 2.3.3 Materiais de construção, paredes e portas .................................................13 2.3.4 Fachadas, balanços e toldos ......................................................................14 2.3.5 Numeração das edificações e elevadores ..................................................14 2.3.6 Compartimentos: classificação e condições ...............................................14 2.3.7 Zoneamento de uso e ocupação do solo ....................................................17 2.4 ESTUDO DA PLANTA BAIXA ........................................................................18 2.5 ELEVAÇÃO ou fachada..................................................................................21 2.5.1 Etapas Para o desenho da elevação ..........................................................23 2.6 Os Cortes .......................................................................................................24 2.7 PROJETO ENTREGUE AO CLIENTE............................................................30 2.8 ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE ..................................................32 2.8.1 Acessibilidade .............................................................................................32 2.8.2 Conforto Térmico ........................................................................................33 2.8.3 Sustentabilidade .........................................................................................33 3 CONCLUSÃO ....................................................................................................35 4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................36
  • 5. 5 1 INTRODUÇÃO Este trabalho trata do tema projeto arquitetônico. São informações que mostram o que é necessário para efetuar o mesmo e também a história que envolve o assunto abordado. Traz as características do projeto arquitetônico em si, no qual, deve conter toda informação necessária para que o entendimento e a leitura do desenho arquitetônico, sejam os mais perfeitos. O desenho de arquitetura, manifesta-se como um conjunto de símbolos que expressam uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). É através dele que o arquiteto transmite as suas intenções arquitetônicas e construtivas. O projeto arquitetônico é composto por diversos documentos, entre eles as plantas, os cortes e as elevações ou fachadas. Neles encontram-se as informações sob forma de desenhos, que são fundamentais para a perfeita compreensão de um volume criado com suas compartimentações. Nas plantas, visualiza-se o que acontece nos planos horizontais, enquanto nos cortes e elevações o que acontece nos planos verticais. Assim, a partir do cruzamento das informações contidas nesses documentos, o volume poderá ser construído. Para isso, devem ser indicadas todas as dimensões, designações, áreas, pés direitos, níveis etc. As linhas devem estar bem diferenciadas, em função de suas propriedades (linhas em corte ou vista) e os textos claros e corretos. Passando pela história da arquitetura, desde seus primórdios, até a Arquitetura Contemporânea. A arquitetura como atividade humana existe desde que o homem passou a se abrigar das intempéries. Uma definição mais precisa da área envolve todo o projeto do ambiente construído pelo homem, o que engloba desde o desenho de mobiliário até o desenho da paisagem, da cidade, ou seja, planejamento e urbanismo e da região (planejamento regional ou Ordenamento do território). Neste percurso, o trabalho de arquitetura passa necessariamente pelo desenho de edificações (considerada a atividade mais comum do arquiteto), como prédios, casas, igrejas, palácios, entre outros edifícios. Os detalhes da lei que devem ser cumpridos para que o projeto tenha seu andamento também estão presentes nesta pesquisa. Nesta parte de lei apresenta-se o código de Obras do município de Pato Branco. Seguindo, planta baixa, corte e elevação incluem-se no desenho
  • 6. 6 arquitetônico, na planta. Cada elemento com suas maneiras de serem feitas, suas regras e demais observações seguidas de exemplos gráficos. No fim, há uma breve citação da acessibilidade, sendo obrigatória na Arquitetura, não só por seguir um padrão, mas também por respeito a quem necessita dessa atenção.
  • 7. 7 2 O PROJETO ARQUITETÔNICO O projeto arquitetônico deve ser composto por informações gráficas, plantas, cortes, desenhos técnicos, sistemas construtivos e entre outros, sempre visando o completo entendimento do projeto. O desenho arquitetônico usa um conjunto de símbolos que formam uma comunicação entre o projetista e o cliente, é através do projeto que o arquiteto transmite as suas intenções em relação a obra, sempre evidenciando a sua preocupação com a ambientação da edificação, podendo ou não levar em conta aspectos históricos ou modernos. O projeto arquitetônico é um conjunto de diversos os documentos, entre eles estão às plantas, os cortes e elevações. Nas plantas, é desenhado o que acontece no plano horizontal, enquanto que nos cortes, se retrata o que ocorre nos planos verticais. Portanto, cruzando as informações o volume poderá ser construído. Para isso, devem ser indicadas todas as dimensões, sempre bem claras afim de não ocorrer problemas ao decorrer do projeto. Plantas baixas, cortes, elevações ou facadas, planta de cobertura, planta de localização e situação, são os desenhos básicos para um projeto a partir de projeções ortogonais. 2.1 DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA “A arquitetura é uma ciência e uma arte surgindo de muitas outras”, palavras de Marco Vitrúvio Polião, o primeiro a dar uma definição sobre a arquitetura, em meados de 25 a.C. Arquitetura vem do grego: arché(principal), e tékton (construção), e se refere a técnica de projetar e edificar ambientes que serão ocupados pelo ser humano, trata mais especificamente sobre a organização do espaço e seus elementos, por exemplo: organização e estética. Envolve o design e engloba desde o desenho de mobiliário até o desenho da paisagem, cidade ou região. Um dos principais processos da arquitetura é o desenho das edificações, como prédios, casas e igrejas.
  • 8. 8 2.2 DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA A arquitetura teve seu desenvolvimento lento e progressivo, de acordo com condições sócias e políticas das regiões. Essa dificuldade de evolução se deve por diversos fatores, dentre eles o principal talvez seja a não-evolução dos matérias de construção, que durantes séculos foi basicamente pedra, tijolo e cal. Na antiguidade, o homem baseava sua vida em torno de diversos deuses, sempre subordinado ao poder divino, portanto os principais monumentos arquitetônicos da época eram baseados nessas figuras místicas, sendo os principais edifícios das cidades os palácios e templos, na maioria das vezes sagrados. Os elementos da arquitetura antiga resumem-se em paredes, colunas e coberturas, ou seja, elementos pesados que deixavam a obra pesada. Cúpulas e abobadas são as grandes descobertas e feitos da época. A Arquitetura egípcia e persa, são os principais exemplos desse caso. Figura 1 - Arquitetura antiga grega Fonte:http://www.saberweb.com.br/grecia/arquitetura_da_grecia_antiga/ima ges/arquitetura-da-grecia-antig.jpg Logicamente com o tempo, as edificações tenderam a evoluir, mas ainda sem sair do caráter divino. Na Idade Média, as construções eram concentradas em catedrais da Igreja Católica, que detinha o poder político da época.
  • 9. 9 Durante o período Medieval, não tinha a figura do arquiteto, ao invés disso, haviam dezenas de mestre-de-obras que praticamente fazia o trabalho arquitetônico, eles desenhavam e executavam as obras da época. Figura 2 - Cúpula de igreja, arquitetura moderna. Fonte:http://www.laderzi.com/france/invalides4_cupula.jpg O arquiteto tinha que ser uma figura intuitiva, fazendo seus trabalhos seguindo a religião ou crença da época. Com a descentralização do poder da Igreja Católica, houve um grande avanço pela liberdade da pesquisa cientifica, que possibilitou a descoberta de antigos tratados arquitetônicos romanos, que passaram a influenciar a nova arquitetura, era um processo Homem cientifico. O Renascentismo veio com essa idéia, juntamente com obras que mesclavam a ciência com a arte, mostrando uma área fértil para a evolução da arquitetura, que na época se mostrava muito clássica.
  • 10. 10 A perspectiva foi uma grande ‘descoberta’ para o mundo da arquitetura, juntando a idéia do infinito com a manipulação ponto de fuga, gerou uma concepção espacial nova, consequentemente, o entendimento do espaço melhorou a partir do desenho, que se tornou o principal meio de projetação, e a concepção espacial de edifícios começou a se aprimorar. Destaca-se no aspecto renascentista Michelangelo. Com a Revolução Industrial em meados do séc. XVIII surgem novos materiais de construção, possibilitando estruturas mais ousadas, leveza, flexibilidade e transparência foram os pontos característicos que a Revolução trouxe ao mundo moderno. O interesse pela cultura popular começou a formular um novo tipo de arquitetura, a pós-moderna (atualmente), mesmo contra as criticas, o movimento ganhou forças, sobretudo com as ironias em algumas obras, fazendo uma analogia a mesmice durante séculos, enquanto outros artistas enfeitavam suas obras com uma verdadeira explosão de cores e design novos. As construções da época eram destinadas a centros comerciais e corporativas. Nos dias atuais, a arquitetura não conhece limites, não tem regras que precisam ser seguidas na hora de criar, a imaginação corre solta, e não há limites para os arquitetos, seja no topo do céu ou embaixo da terra, eles sempre dão um jeito de surpreender. Hoje em dia, o arquiteto tem que ser um especialista, sabendo suprir qualquer demanda e sempre com qualidade, tem que ser um verdadeiro artista! Figura 3 - Evolução dos maiores prédios durante a história Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8b/Bu rjDubaiHeight.png/500px-BurjDubaiHeight.png
  • 11. 11 Figura 4 - Arquitetura contemporânea Fonte:http://www.ignezferraz.com.br/img/dicas/arq-exp_gehry_2.jpg Figura 5 - Obra de Oscar Niemeyer, o maior arquiteto brasileiro. Fonte:http://stb.msn.com/i/F5/777F172FC7FB826685813833468B9.jpg 2.3 PARÂMETROS LEGAIS DO PROJETO ARQUITETÔNICO Dentro dos limites de um Município, existem leis que regem as normas para qualquer obra realizada dentro dele. São exigências variáveis de cada
  • 12. 12 Município, que tem por fim organizar e regular o crescimento urbano e determinar como deve ser o uso do solo nas diversas regiões da cidade, garantindo que as obras não prejudiquem o meio ambiente ou afetem a iluminação e ventilação natural. Além disso, estabelece medidas de segurança, acessibilidade e adequação aos locais onde serão realizadas edificações, para que o processo não interfira no bem- estar da população. Para tudo isso que foi citado, há o Código de Obras do Município, e, para esse trabalho, trataremos do Município de Pato Branco. 2.3.1 Licença para Edificação De acordo com o Código de Obras, nenhuma construção pode ser feita dentro dos perímetros da cidade sem que seja fornecido o alvará de construção para a mesma, que será fornecido pela Prefeitura Municipal após: I – ser feito o requerimento da licença sendo assinado pelo profissional responsável; II – o pagamento das taxas referentes à obra; III – serem entregues os projetos e especificações técnicas da obra; IV – estar em dia com a Fazenda Municipal. Para a aprovação dos projetos será necessária a consulta à Prefeitura do Município pela viabilidade para o desenvolvimento do mesmo, provando a posse do terreno ou autorização do proprietário para a realização de qualquer obra sobre ele. Então deverá ser solicitada a aprovação do projeto arquitetônico a ser entregue, o qual será composto por: - planta de situação e localização; - planta baixa de cada pavimento; - cortes e elevações; - planta de cobertura; - perfil transversal e longitudinal do terreno; - comprovante de pagamento das taxas de aprovação. Sendo realizadas todas as etapas citadas acima, o alvará para a construção deverá ser entregue dentro de 15 dias, de tal forma que terá validade de seis meses, ou seja, as obras deverão ser iniciadas dentro desse período, caso contrário o licenciamento não será mais válido. Serão isentos de licença serviços como pequenos reparos, pinturas e
  • 13. 13 limpeza no interior ou exterior das edificações e troca de telhas e calhas. 2.3.2 Utilização de andaimes, colocação de tapumes e exigências de limpeza A utilização de andaimes nas obras é extremamente freqüente, sendo muito importante para a sua realização. Porém, ao utilizá-los, deverão apresentar condições de segurança para os trabalhadores e evitar a queda de materiais, deixando pelo menos 1/3 (um terço) do passeio livre e prever a proteção de árvores, postes de energia e iluminação, entre outros, sem que haja intervenção no funcionamento de nenhum dispositivo. Como se pode constatar com o Artigo 44 da lei 959/90 do Município, a colocação dos tapumes é obrigatória para construções no alinhamento predial ou com um recuo inferior a quatro metros. Medidas de limpeza são exigidas para que sejam evitados transtornos relacionados à poeira, sujeira e detritos nos logradouros e nos arredores da edificação. Dessa maneira é possível que exista um melhor estado de conservação das vias publicas e não ocorra perturbação na vizinhança da obra. 2.3.3 Materiais de construção, paredes e portas Todos os materiais de construção utilizados na obra devem estar dentro das normas e padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As paredes de tijolos e alvenaria devem ser corretamente impermeabilizadas, obedecendo a espessura de 20 cm para paredes externas e 15 cm para paredes internas, havendo tolerância de 10 cm para armários embutidos e estantes ou divisórias de compartimentos sanitários. A altura mínima de 2,00 metros é exigida para as portas, e variam em largura mínima da seguinte forma: I – Para porta de entrada principal: a) 80 cm para as habitações autônomas; b) 1,20 cm para habitações de até quatro pavimentos; c) 1,50 cm para habitações com mais de quatro pavimentos. II – 70 cm para portas de acesso principal a gabinetes, dormitórios,
  • 14. 14 salas e cozinhas. III – 60 cm para portas secundárias em geral. 2.3.4 Fachadas, balanços e toldos Quando uma edificação for construída no alinhamento predial, qualquer saliência existente abaixo de 2,60 metros de altura deve ter, no máximo, 10 centímetros sobre o passeio. Para os casos em que o edifício estiver situado em uma esquina, estando no alinhamento predial ou com recuo inferior a 3 metros, deverá ser deixado livre um canto chanfrado de três metros até 2,60 metros de altura, perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelos alinhamentos dos logradouros. Será permitida a construção de uma coluna no cruzamento dos passeios, desde que seja deixada livre uma faixa de no mínimo 1,50 metros entre o pilar e a edificação, seguindo a mesma regra de altura e perpendicularidade. Os balanços, corpos avançados, sacadas e saliências semelhantes, só poderão existir se estiverem situados no mínimo 2,60 metros de altura do passeio, sendo projetados à frente da fachada no máximo 1,20 metros. Para a colocação de toldos deverá ser respeitada a altura mínima de 2,50 metros e o afastamento mínimo de 50 centímetros do meio-fio, de tal maneira que não será permitida a colocação de apoios sobre o passeio, salvo os prédios de funcionamento de hotéis, hospitais, clubes, cinemas e teatros, que deverão ter o afastamento mínimo de 50 centímetros do meio-fio. 2.3.5 Numeração das edificações e elevadores A numeração será determinada pela Prefeitura Municipal, sendo obrigatória a colocação do número em um local visível da edificação. A colocação de elevadores é obrigatória nos edifícios acima de 4(quatro) pavimentos, os quais deverão ter dimensionamento e capacidade definidos pelas normas da ABNT. 2.3.6 Compartimentos: classificação e condições Os compartimentos possuem três classificações: os de permanência
  • 15. 15 prolongada, de utilização transitória e de utilização especial. Os de permanência prolongada são dormitórios, salas de jantar e estar. Compartimentos de utilização transitória são os vestíbulos, halls, sanitários, cozinhas e lavanderias. Aqueles classificados como de utilização especial são compartimentos de destinação específica, não se enquadrando nas outras classificações. A seguir encontram-se as descrições de cada um dos tipos de habitações seguidas por suas respectivas tabelas: - Habitação popular: são consideradas habitações populares as economias residenciais com objetivo exclusivo de moradia que não excedam 70m², podendo ser isoladas, geminadas, em série ou em conjunto. As casas em série podem ser transversais ou paralelas ao alinhamento predial. As em série transversais ao alinhamento só podem ser construídas em terrenos com testada mínima de 20 metros, não podendo ultrapassar de 10 o número de unidades de moradia no mesmo alinhamento. Já nas casas em série paralelas ao alinhamento predial, não é permitido que o número de unidades de moradia ultrapasse de 20(vinte). Os conjuntos habitacionais são aqueles cujo número de moradias é maior que 20, podendo ser constituídos de prédios de apartamentos, casas geminadas ou isoladas. Tabela 1 – Habitação Popular Fonte: www.ippupb.gov.br
  • 16. 16 - Residências Isoladas: são aquelas que possuem as dimensões de seus compartimentos iguais ou superiores à Tabela II abaixo, e, como as habitações populares, também podem ser dispostas isoladas, geminadas, em série ou em conjunto. Para as habitações em série transversais, a testada do lote deverá ser de, no mínimo, 30 metros, e a taxa de ocupação 50%. As residências paralelas ao alinhamento deverão ter no mínimo 10 metros de testada cada unidade de moradia, e a taxa de ocupação também será de 50 %. Os conjuntos habitacionais podem ser constituídos de prédios de apartamentos ou de residências isoladas, em terrenos de no mínimo 4.000 metros quadrados, com taxa de ocupação de 50%. As dimensões para os prédios de apartamentos também deverão seguir as exigências da Tabela II, sendo que suas partes de uso comum seguem a Tabela III. Prédios de apartamentos que não constituem habitação popular devem, obrigatoriamente, ter disponível pelo menos uma vaga de garagem por moradia. Residências e Apartamentos Tabela 2 – Residências e Apartamentos Fonte: www.ippupb.gov.br
  • 17. 17 Tabela 3 – Áreas Comuns de Prédios de Apartamentos Fonte: www.ippupb.gov.br 2.3.7 Zoneamento de uso e ocupação do solo O Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Perímetro Urbano de Pato Branco mostra como deve ser a utilização do solo da cidade, variando de acordo com as regiões. Dessa forma, todas as obras precisam obedecer a essas condições. Algumas das exigências do zoneamento são: coeficiente de aproveitamento, taxa de ocupação, recuo e afastamento. Seguem anexadas a tabela e legenda referentes. Apenas algumas das observações foram colocadas neste trabalho, estando as demais disponíveis na Lei Nº. 975/90 de Zoneamento de Pato Branco. Tabela 4 – Zoneamento e Ocupação do Solo Fonte: www.ippupb.gov.br
  • 18. 18 ZC1 – Zona Central 1 ZC2 – Zona Central 2 ZR1 – Zona Residencial 1 ZR2 – Zona Residencial 2 ZIS1 – Zona Industrial e de Serviços 1 ZIS2 – Zona Industrial e de Serviços 2 ZER – Zona Especial de Ocupação Restrita ZEX – Zona Especial de Expansão Urbana ZEA – Zona Agrícola ZEVC – Zona Especial de Vias Coletoras ZEHS – Zona Especial de Habitação Social Observações: (6) - Edificações de até dois pavimentos podem encostar nas divisas laterais. Edificações com mais de dois pavimentos, cada afastamento mínimo será de dois metros e a soma mínima dos três afastamentos será de oito metros. Edificações com até 8,50m do ponto mais alto do meio fio até o forro, cujo terreno será edificado, pode encostar nas divisas laterais (10) - Para os terrenos de esquina, serão considerados 2 (duas) frentes, a secundária terá o recuo mínimo de 40% para o estabelecido à frente principal. (11) - Nestas zonas as residências e oficinas mecânicas para motocicletas terão recuo mínimo de 5,00 (cinco metros), as oficinas mecânicas e de latarias para automóveis e caminhões e postos de abastecimento terão recuo mínimo de 10,00m (dez metros). 2.4 ESTUDO DA PLANTA BAIXA Planta baixa é a designação dada ao desenho técnico de um projeto arquitetônico, em que se aborda a vista superior realizando uma secção horizontal a 1,5 metros de altura contados da base. Ela orienta a construção, indicando suas dimensões e características, exprime o potencial de utilização da construção antes mesmo de seu inicio e permite projeções para a melhor funcionalidade de cada espaço após a conclusão da obra. Na planta baixa deve constar o maior numero de informações que
  • 19. 19 facilitem seu entendimento, como índice de símbolos e medidas, direção dos ventos predominantes e a direção Norte. No desenho propriamente dito, sempre representado em escala, estão contidos todos os espaços físicos de um mesmo pavimento abaixo da secção, o dimensionamento dos espaços (altura, comprimento e largura) e das paredes, a identificação dos ambientes e a interação entre eles, aberturas, portas e janelas e suas dimensões assim como a direção da abertura das portas e peitoril das janelas. A localização da edificação no terreno (Planta de Locação) indica as cotas de amarração (distâncias entre os perímetros da obra e do terreno). Também agregada a Planta Baixa, a Planta de Situação localiza o terreno na quadra, bairro ou mesmo cidade incluindo pontos de referencia. Ainda inclusa, a Planta de Cobertura trás as posições das águas, ou seja, inclinação. Na figura 6 identificam-se facilmente as propriedades gerais de um desenho técnico de uma casa contido na planta baixa. Figura 6 – Casa Fonte: www.imperiumconstrucoes.com.br/images/planta/ Em destaque nas figuras 2 e 3 se observa as especificações de uma porta e uma janela em um projeto.
  • 20. 20 Figura 7 – Janela Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm Figura 8 – Porta Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm A exemplo da figura 4, é necessário especificar o nível de cada pavimento. Figura 9 – Elevação Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm Dimensões são em geral desenhadas entre as paredes para especificar seu comprimento e tamanhos de salas. Incluem, ainda, componentes básicos como chuveiro e acessórios de banheiro, além de notas que especificam acabamentos, métodos de construção e símbolos de itens elétricos , hidráulicos entre outros. Quando necessário, a partir da planta baixa são feitos os lançamentos dos demais projetos de instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, prevenção e combate a incêndio, proteção contra descargas atmosféricas, acústica, segurança, além do cálculo de fundação e estrutura da obra.
  • 21. 21 Assim como o projeto preventivo contra incêndio a planta baixa pode visar a apresentação de outras especificidades, agregando maior riqueza de informações e complexidade de acordo com a necessidade de cada obra. 2.5 ELEVAÇÃO OU FACHADA Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um projeto de arquitetura, constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume sobre um plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente, auxiliares, da edificação, elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra, bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada. Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada, telhados assim como todos os outros visíveis de fora da edificação. Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da estrutura, as aberturas de portas e janelas (tipo, tamanho e localização), os materiais, a textura e o contexto. Em desenhos constituídos apenas de linhas, sem penumbras e sombras projetadas, diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da profundidade dos planos. Quanto mais pesada a delineação de um elemento, mais para a frente ele parece situar-se; quanto mais leve a delineação, mais ele parece recuar. Figura 10 – Fachadas Fonte: Apostila Fag
  • 22. 22 A quantidade de elevações externas necessárias é variável, ficando sua determinação a critério do projetista, normalmente dependendo de critérios tais como: sofisticação dos acabamentos externos número de frentes do lote posição da porta principal de acesso irregularidade das paredes externas Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal, exige-se no mínimo uma representação de elevação, normalmente a frontal. Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas esta denominação específica: ELEVAÇÃO ou FACHADA. Existindo mais do que uma elevação, há que se distinguir os vários desenhos conforme a sua localização no projeto. Há critérios variáveis, aceitos desde que, num mesmo projeto, utilize-se sempre o mesmo critério: pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste pelo nome da rua: para construções de esquina pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas) letras e números Em elevações ou fachadas a principal indicação é de que os elementos devem ser representados com a máxima fidelidade possível, dentro dos recursos disponíveis de instrumental e de escala. saiba-se, complementarmente, que na maioria das vezes não há outra indicação de informações, senão dos materiais utilizados (não se deve cotar as fachadas). Abaixo, algumas demonstrações exemplificativas de alguns dos principais componentes de elevações: revestimentos e esquadrias, os quais podem apresentar várias diversificações além das apresentadas.
  • 23. 23 Figura 11– Portas Fonte: Apostila Fag 2.5.1 Etapas Para o desenho da elevação No caso em que as fachadas/elevações são desenhadas na mesma escala que a planta baixa e os cortes (recomendável), o trabalho do desenhista fica consideravelmente facilitado – o escalímetro não precisa ser usado. ETAPAS: Colar a prancha em branco sobre a prancheta, sobre a qual vamos desenhar a elevação; Sobre a prancha em branco colar a planta baixa no sentido da elevação que vamos desenhar; Traçar, com o auxílio da régua paralela e dos esquadros, todas as linhas de projeção verticais das paredes e demais detalhes da planta que são de interesse para o desenho da fachada, na prancha branca; Retirar a planta baixa e sobre o papel de desenho colar um dos cortes (com maior detalhe, e com a altura da cumeeira) lateralmente ao desenho da elevação, alinhando o nível externo do corte com a linha do piso da elevação; Transportar todos os detalhes em altura que interessam ao desenho da elevação: altura e forma da cobertura, altura das portas, das janelas, peitoris. A interseção destas linhas horizontais com as verticais traçadas, a partir da planta baixa, permite ao desenhista completar com facilidade o desenho. Esta maneira de trabalhar traz inúmeras vantagens, principalmente rapidez e impossibilidade de erros de escala ou desenhos que não estejam de acordo com a planta projetada. A existência de saliências e reentrâncias nas elevações/fachadas permite obter contrastes de luz e sombras, que valorizam o desenho.
  • 24. 24 FACHADA FRONTAL 00 FACHADALATERAL 205X60/180 HALL 60x210 PISO CERÂMICO A=6,22 M² +0,15 A=9,88 M² 205X60/180 PISO CERÂMICO WC MASC CORTE PLANTA BAIXA PISO CERÂMICO 60x210 80x210 60x210 A=11,15 M² WC FEM 80x210 60x210 90x210 Figura 12 – Fachadas Fonte: Apostila Fag A escala utilizada para a representação de elevações/fachadas deve ser a mesma da planta baixa, preferencialmente, 1:50. Particular atenção deve ser dada, no desenho de elevações/fachadas, à espessura dos traços, que é um recurso utilizado para dar noção de profundidade dos planos no elemento representado. Embora não obrigatória, a utilização da técnica de sombras em fachadas é conveniente e dá melhor apresentação e interpretação ao desenho. Em fachadas/elevações não se deve tentar fazer representações muito detalhadas de esquadrias – o que é função de desenho de detalhamento, em escala adequada – representam-se apenas as linhas compatíveis com a escala, indicando o tipo de esquadria a ser utilizada. É possível e aconselhável o enriquecimento da elevação/fachada com a utilização de vegetação, calungas, veículos, etc, para dar a noção de escala e aproximar da realidade, desde que não impeçam a visualização de elementos de importância da construção. 2.6 OS CORTES Os Cortes são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo “corte”, obtidas quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção VERTICAL, normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um conjunto de informações escritas que o complementam. Assim, neles encontramos o resultado da interseção do plano vertical com o volume. Os cortes são os desenhos
  • 25. 25 em que são indicadas as dimensões verticais. O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior número de relações entre espaços interiores e significantes, que se desenvolvem em altura, e que, por conseqüência, não são devidamente esclarecidos em planta baixa. A sua orientação é feita na direção dos extremos mais significantes deste espaço. Normalmente se faz no mínimo dois cortes, um transversal e outro longitudinal ao objeto cortado, para melhor entendimento. Podem sofrer desvios, sempre dentro do mesmo compartimento, para possibilitar a apresentação de informações mais pertinentes. Os cortes podem ser transversais (plano de corte na menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão). A quantidade de cortes necessários em um projeto, porém, é de exclusiva determinação do projetista, em função das necessidades do projeto. São fatores que influenciam a quantidade de cortes: irregularidades das paredes internas; sofisticação de acabamentos internos; formato poligonal da construção; diferenças de níveis nos pisos; existência de detalhamentos internos. Figura 13 – Corte transversal Fonte: Apostila Fag
  • 26. 26 Figura 14 – Corte longitudinal Fonte: Apostila Fag Os planos normalmente são paralelos às paredes, e posicionados pela presença de: pés-direitos variáveis, esquadrias especiais, barreiras impermeáveis, equipamentos de construção, escadas, elevadores. A posição do plano de corte e o sentido de observação depende do interesse de visualização. Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas (banheiro e cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores. Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e interpretação – indicar a sua posição e o sentido de visualização. A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a sua localização.
  • 27. 27 CORTE AB SENTIDO INDICADO CORTE AB SENTIDO INDICADO CORTE CD INDICADO CORTE CD INDICADO Figura 15 – Variação do corte Fonte: Apostila Fag São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua disposição geral, com dimensões aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projeto estrutural. Alguns exemplos de fundações mais utilizadas: VIGA BALDRAME BLOCOS DE CONCRETO VIGA BALDRAME SAPATA DE CONCRETO Figura 16 – Estrutural Fonte: Apostila Fag Normalmente identifica-se apenas a espesssura do contrapiso + piso com espessura aproximada de 10cm, através de duas linhas paralelas, cortadas – espessura de linha média-grossa. A terra ou aterro são indicados através de hachura inclinada. O contrapiso-piso ocorre alinhado com a viga baldrame das paredes. Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta baixa. Existindo paredes em vista (que não são cortadas pelo plano de corte) a representação é similar aos pisos em planta.
  • 28. 28 PORTAS: em vista são indicadas apenas pelo seu contorno; preferencialmente com linhas duplas (5cm), quando forem dotadas de marco. Em corte, indica-se apenas o vão, com a visão da parede do fundo em vista. JANELAS: em vista seguem as mesmas diretrizes das portas. Em corte têm representação similar à planta baixa, marcando-se o peitoril como parede (traço cheio e grosso) e a altura da janela (quatro linhas paralelas em traço cheio e médio). Figura 17 – Portas e janelas Fonte: Apostila Fag No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas verticais, indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados. Outras informações julgadas importantes podem ser discriminadas (impermeabilizações, capacidade de reservatórios, inclinação telhados, informações relativas a escadas, rampas e poços de elevador). As Cotas são representadas exclusivamente as cotas verticais, de todos os elementos de interesse em projeto, e principalmente: pés direitos (altura do piso ao forro/teto); altura de balcões e armários fixos; altura de impermeabilizações parciais; cotas de peitoris, janelas e vergas; cotas de portas, portões e respectivas vergas; cotas das lajes e vigas existentes; alturas de patamares de escadas e pisos intermediários; altura de empenas e platibandas; altura de cumeeiras; altura de reservatórios (posição e dimensões);
  • 29. 29 NÃO SE COTAM OS ELEMENTOS ABAIXO DO PISO (função do projeto estrutural); Para as regras de cotagem, utilizam-se os mesmos princípios utilizados para cotas em planta baixa: As cotas devem ser preferencialmente externas; As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas; A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastar-se umas das outras 1,0cm; Todas as dimensões totais devem ser identificadas; As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho; As linhas de cota nunca devem se cruzar; Identificar pelo menos três linhas de cota: cotas de subdivisão de paredes, esquadrias, vergas, vigas, lajes, cumeeira; cotas dos pés direitos; e cotas totais externas. Os níveis São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a diferença de nível, evitando a repetição desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada). A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da simbologia para indicação em planta, porém, os níveis constantes em planta baixa devem ser os mesmos indicados nos cortes. A simbologia utilizada para indicação dos níveis em cortes é: Figura 18 – Níveis Fonte: Apostila Fag Os níveis devem ser sempre indicados em METROS e acompanhados do sinal, conforme localizarem-se acima ou abaixo do nível de referência (00). Sempre são indicados com referência ao nível ZERO. 00 +0,30 -0,15
  • 30. 30 Etapas para desenho do corte Colocar o papel sulfurizê sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado na planta baixa; Desenhar a linha do terreno; Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar; Marcar o pé direito e traçar; Desenhar as paredes externas (usar o traçado da planta baixa); Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o contra-piso; Desenhar a cobertura ou telhado; Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano; Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte; Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.: janela e porta não cortadas, parede em vista não cortada.... Denominar os ambientes em corte; Colocar a indicação de nível; Colocar linhas de cota e cotar o desenho; Repassar os traços a grafite nos elementos em corte. Ex.: parede – traço grosso; laje – traço médio; portas, janelas e demais elementos em vista – traço finos. OBS.: No corte as cotas são somente na verticais. As portas e janelas aparecem SEMPRE FECHADAS. 2.7 PROJETO ENTREGUE AO CLIENTE A diferenciação do projeto técnico para o projeto destinado ao cliente está claramente no objetivo final de cada um, enquanto aquele visa a realização da obra com qualidade, maior otimização de recursos em menor tempo e custo possíveis, esse tem foco comercial, maior apelo visual e uso de recursos gráficos que atendem aos anseios do publico alvo. As figuras 6, 7 e 8 ilustram as técnicas e conceitos contidos no projeto destinado ao consumidor.
  • 31. 31 Figura 19 – Projeto ao Cliente 1 Fonte:http://www.sjengenharia.com.br/php/media/prjArquitetonico_gr.jpg) Figura 20 – Projeto ao Cliente 2 Fonte: http://www.arctre.com.br/upload/foto_galeria_foto
  • 32. 32 2.8 ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE 2.8.1 Acessibilidade Acessibilidade; O debate sobre a acessibilidade em locais públicos e privados desenvolveu-se muito durantes os últimos anos, até uma lei foi criada visando à total integração de pessoas com algum tipo de deficiência ou restrição de mobilidade, obrigando aos arquitetos a se adaptarem e mudarem seu jeito de pensar para um estilo onde além de trazer beleza para seus projetos também traga toda essa integração. Ainda existem muitos locais que ainda não foram adaptados para essa nova lei, por isso estão surgindo vários projetos de mobilidade, como o Projeto Mobilidade. Devido à grande preocupação com o meio ambiente a arquitetura sustentável vem se desenvolvendo em grande escala. Arquitetura sustentável é toda forma de arquitetura que leva em consideração formas de prevenir o impacto ambiental que uma construção pode gerar, utilizando a maior quantidade possível de elementos de origem natural e garantindo um aproveitamento racional dos recursos necessários para iluminar e ventilar os ambientes. Um cuidado especial é dado ao posicionamento da casa e a disposição das janelas conforme o deslocamento do sol no horizonte e a direção do vento. O uso de vidros duplos é também um aliado importante para garantir que a casa seja bem iluminada ao longo do dia pela luz do sol sem, no entanto, permitir que o calor se instale. Esse procedimento é responsável por uma economia enorme de energia que seria gasta na iluminação e na refrigeração desses lugares. Outro item importante para a arquitetura sustentável é a utilização racional da água nos empreendimentos como o aproveitamento da água da chuva para regar plantas e jardins, lavar as áreas externas e utilizada nas descargas sanitárias. Seguindo todos os parâmetros e mantendo-se dentro das especificações da arquitetura sustentável, os prédios são avaliados e recebem um selo de acordo com os parâmetros de sustentabilidade adotados na construção. Desta forma, valoriza-se o imóvel e garante-se uma vida plena e menos estressante
  • 33. 33 para toda uma comunidade. 2.8.2 Conforto Térmico O Conforto térmico e acústico visa assegurar conforto ao ambiente construído é um dos aspectos mais importantes de qualquer projeto arquitetônico. Quando se trata de escritórios, esse item assume importância ainda maior. As boas condições termo acústicas de uma edificação dependem principalmente do posicionamento e das dimensões das aberturas nas fachadas, eficácia da ventilação, propriedades dos materiais utilizados na construção e no acabamento, sistema de ar condicionado ou quantidade de equipamentos que geram calor (computadores, luminárias, copiadoras etc.), entre outras. O importante é restringir os ganhos de calor do exterior e minimizar as cargas internas. Os materiais utilizados para isolamento acústico podem ser classificados em convencionais e não convencionais. Convencionais são os materiais de vedação de uso comum dentro da construção civil. Os mesmos possuem uma série de vantagens. Uma das principais vantagens é o isolamento acústico razoavelmente bom para uso comum. Exemplo: blocos cerâmicos, bloco de concreto, bloco de silico calcário, madeira, vidro etc. Os não convencionais são materiais desenvolvidos especialmente para isolar acusticamente diferentes ambientes. Geralmente, estes materiais também possuem algumas vantagens térmicas. Exemplo: lã de vidro, lã de rocha, vermiculita, espumas elastoméricas, fibra de coco etc. A parte de conforto acústico vem sendo muito importante devido à crescente poluição sonora das cidades. São utilizados como isolantes térmico placa de isopor, placas de poliestireno expandido, argila, lã de vidro, entre outros. 2.8.3 Sustentabilidade A bioarquitetura, também chamada de bioconstrução, é uma técnica de arquitetura e engenharia que busca utilizar apenas materiais alternativos, ou seja, recicláveis e energias não poluentes. Que além de ser ecológico possui um baixo custo. Um dos maiores desafios para esta nova técnica é o preconceito, as
  • 34. 34 classes mais humildes vêem como algo precário, para solucionar isso os “bioarquitetos” procuram trabalhar com a classe média e alta para que estes sirvam de exemplo. Para um custo mais baixo o uso de materiais alternativos é a melhor solução.
  • 35. 35 3 CONCLUSÃO Neste trabalho foi apresentada toda a história da arquitetura desde os primórdios, e um pouco sobre as normas que seguem um projeto arquitetônico, lembrando que é importante para todo arquiteto levar em consideração todos os regulamentos legais e éticos. Apresenta também a definição de planta baixa, elevação e corte e o que consiste detalhadamente cada um. Distingue claramente um projeto técnico de um projeto destinado ao cliente, utilizando de várias figuras. Para a realização deste trabalho foram necessárias pesquisas em diversas fontes, entre elas tanto consultas bibliográficas quanto conversas com um profissional da área. De um modo geral demonstrou a noção de vários aspectos de um projeto arquitetônico em si.
  • 36. 36 4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CHING, Francis D. K. trad. Salgato, Luiz A. Meirelles. Representação Gráfica em Arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2000 NEUFERT, Ernst. A Arte de Projetar em Arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili do Brasil, 1998 COSTA, Antonio Ferreira da. Detalhando a Arquitetura I. Zoograf, 1997 Schuler, Denise. Mukai, Hitomi. Apostila de Desenho I. Faculdade Assis Gurgacz- Cascavel, 2008 Comitê Brasileiro de Construção Civil, NBRs 6492, 13531 e 13532. Lei Nº 959/90 – Código de Obras de Pato Branco Lei Nº 975/90 – Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo