Através desta apresentação explicarei a importância de registrar as atividades na educação infantil, pois com a observação do registro poderemos melhorar nossa prática pedagógica.
2. O ato de observar requer uma atitude de acolhimento
do adulto com relação às formas peculiares pelas quais a
criança se relaciona com o mundo e atribui sentido às
suas experiências. Por isso o olhar observador do adulto
deve estar presente em todos os momentos do cotidiano
das crianças na instituição: nas brincadeiras livres ou
dirigidas, nos momentos de interação entre as crianças
sem a participação dos adultos e nas interações das
crianças com os adultos, com a natureza, com os objetos
do mundo físico.
3. Através da observação os educadores conhecem
cada vez melhor as crianças individualmente e as
características dos diferentes grupos, oferecendo a
elas a segurança necessária no momento em que
chegam à instituição e também na passagem pelos
diferentes grupos no interior da unidade escolar.
Considerando a importância das observações é
necessário que elas sejam registradas, para que não
se percam e possam ser compartilhadas entre os
demais educadores, com as crianças e com as
famílias.
4. A prática de registrar o desenvolvimento da criança é comum na
Educação Infantil; no entanto, o brincar, que é a linguagem por
excelência da infância, não era visto como atividade de observação e
registro. No pátio, onde maior parte das brincadeiras acontece,
sempre nos comportamos como mero espectadores, fazendo
intervenção somente nos conflitos.
Precisamos mudar esse olhar, sabemos que as brincadeiras não tem
um produto final mas, ao longo do tempo, constitui-se em um
processo de planejamento, de negociações, de troca de papeis e uma
série de atos e fatos desencadeados por experiências significativas.
Quando usamos os registros fotográficos para registrar esses
momentos, temos um olhar para uma criança mais ativa, ocupada
em viver experiências diversificadas e plenas de sentido.
5. Observar, documentar e interpretar ajuda a pensar
de novo a didática — ou seria uma didática nova? —
construída e compartilhada por adultos e crianças.
Assim, o processo de documentação constitui-se em
um processo de aprendizagem ao mesmo tempo
individual e coletiva. Observar é produzir
conhecimento, mas não um conhecimento abstrato,
e sim a emoção de conhecer que ele está atravessado
pela nossa subjetividade.